Serviços têm alta de 1,1% em julho e atingem maior nível em 5 anos


Com avanço da vacinação contra covid-19 e reabertura de estabelecimentos, setor está 3,9% acima do patamar pré-pandemia, segundo o IBGE 

Por Daniela Amorim e Cicero Cotrim

RIO e SÃO PAULO - Em meio ao avanço da imunização da população contra a covid-19 e da reabertura de estabelecimentos, as famílias brasileiras aumentaram o consumo de serviços em julho. O volume de serviços prestados no País cresceu 1,1% em relação a junho, impulsionado por um avanço de 3,8% nos serviços prestados às famílias no período. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgados nesta terça-feira, 14, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"O setor de serviços não é exclusivamente voltado para as famílias. Você pode prestar serviços para as famílias, para as empresas e para o próprio governo. Desemprego e inflação de alguma forma são impeditivos para o crescimento das empresas que prestam serviços voltados às famílias. Mas as famílias de baixa renda consomem proporcionalmente menos serviços que famílias de classe média e classe média alta. A partir do momento que você percebe o avanço da imunização e flexibilização (de medidas restritivas), essas famílias de classe média acabam trocando consumo de bens por mais consumo de serviços. Com o avanço da vacinação, tem um aumento do consumo de serviços nas famílias de classe média para cima. Já nas famílias de mais baixa renda, essa perda de renda tende a afetar mais o comércio", explicou Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa do IBGE.

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Com o desempenho de julho, o setor de serviços passou a operar em nível 3,9% superior ao de fevereiro de 2020, no pré-pandemia, alcançando o patamar mais elevado em mais de cinco anos. Quatro das cinco atividades que integram o setor de serviços já operavam acima do nível pré-covid: transportes (6,9% acima), serviços de informação e comunicação (9,6%), outros serviços (6,8%) e serviços profissionais e administrativos (0,5%). Já os serviços prestados às famílias ainda estavam 23,2% abaixo do pré-crise sanitária.

"É o setor que está mais defasado, e a expectativa é que isso seja o fator que vai puxar o crescimento da atividade no segundo semestre", previu o economista Helcio Takeda, da consultoria Pezco Economics.

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Segundo Rodrigo Lobo, do IBGE, há uma demanda reprimida das famílias por serviços, por conta das restrições impostas pela pandemia. O setor ainda funciona com capacidade ociosa elevada.

Apesar do avanço em julho, a atividade deserviços prestados às famílias, que inclui bares e restaurantes, ainda está abaixo do patamar pré-pandemia. Foto: Alex Silva/Estadão - 24/4/2021

"Todo o crescimento que a gente observa no setor de serviços prestados às famílias está muito mais relacionado à maior oferta de vacinação, à maior oferta de serviços de hotéis e restaurantes, mas ainda é um crescimento distante para chegar a um patamar similar àquele de 2020", disse Lobo. "Ainda há espaço para crescimento dos serviços prestados às famílias."

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O gerente da pesquisa avalia que variáveis como desemprego, massa de rendimentos e inflação podem afetar futuramente o desempenho do setor de serviços prestados às famílias. "Em algum momento futuro, você vai ter que ter uma massa de rendimento mais polpuda e significativa para consumir mais serviços. Elas serão mais determinantes. Atualmente ainda não há pressão dessas variáveis (desemprego, renda e inflação) na escolha das famílias para consumir serviços", avaliou Lobo.

Os serviços de caráter presencial têm reduzido ao longo dos últimos meses as perdas provocadas pela crise sanitária, mas a retomada do setor de serviços como um todo vem sustentada por serviços voltados para exportações, de inovação tecnológica, pouco empregadores e prestados às empresas, enumerou Lobo.

Os serviços devem se manter em recuperação, com números superiores aos da indústria e do varejo, estima o economista-chefe da gestora de recursos Greenbay Investimentos, Flávio Serrano. A tendência, no entanto, é de desaceleração dos resultados mensais, que dificilmente vão manter um ritmo de crescimento acima de 1,0% ao mês.

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"Vai acomodar, é natural e faz parte do processo. Essa situação é conjuntural. Não é que a economia esteja muito forte, ao contrário: está refletindo a reabertura de alguns segmentos, e é por isso que os serviços se destacam", justificou o economista.

RIO e SÃO PAULO - Em meio ao avanço da imunização da população contra a covid-19 e da reabertura de estabelecimentos, as famílias brasileiras aumentaram o consumo de serviços em julho. O volume de serviços prestados no País cresceu 1,1% em relação a junho, impulsionado por um avanço de 3,8% nos serviços prestados às famílias no período. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgados nesta terça-feira, 14, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"O setor de serviços não é exclusivamente voltado para as famílias. Você pode prestar serviços para as famílias, para as empresas e para o próprio governo. Desemprego e inflação de alguma forma são impeditivos para o crescimento das empresas que prestam serviços voltados às famílias. Mas as famílias de baixa renda consomem proporcionalmente menos serviços que famílias de classe média e classe média alta. A partir do momento que você percebe o avanço da imunização e flexibilização (de medidas restritivas), essas famílias de classe média acabam trocando consumo de bens por mais consumo de serviços. Com o avanço da vacinação, tem um aumento do consumo de serviços nas famílias de classe média para cima. Já nas famílias de mais baixa renda, essa perda de renda tende a afetar mais o comércio", explicou Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa do IBGE.

Com o desempenho de julho, o setor de serviços passou a operar em nível 3,9% superior ao de fevereiro de 2020, no pré-pandemia, alcançando o patamar mais elevado em mais de cinco anos. Quatro das cinco atividades que integram o setor de serviços já operavam acima do nível pré-covid: transportes (6,9% acima), serviços de informação e comunicação (9,6%), outros serviços (6,8%) e serviços profissionais e administrativos (0,5%). Já os serviços prestados às famílias ainda estavam 23,2% abaixo do pré-crise sanitária.

"É o setor que está mais defasado, e a expectativa é que isso seja o fator que vai puxar o crescimento da atividade no segundo semestre", previu o economista Helcio Takeda, da consultoria Pezco Economics.

Segundo Rodrigo Lobo, do IBGE, há uma demanda reprimida das famílias por serviços, por conta das restrições impostas pela pandemia. O setor ainda funciona com capacidade ociosa elevada.

Apesar do avanço em julho, a atividade deserviços prestados às famílias, que inclui bares e restaurantes, ainda está abaixo do patamar pré-pandemia. Foto: Alex Silva/Estadão - 24/4/2021

"Todo o crescimento que a gente observa no setor de serviços prestados às famílias está muito mais relacionado à maior oferta de vacinação, à maior oferta de serviços de hotéis e restaurantes, mas ainda é um crescimento distante para chegar a um patamar similar àquele de 2020", disse Lobo. "Ainda há espaço para crescimento dos serviços prestados às famílias."

O gerente da pesquisa avalia que variáveis como desemprego, massa de rendimentos e inflação podem afetar futuramente o desempenho do setor de serviços prestados às famílias. "Em algum momento futuro, você vai ter que ter uma massa de rendimento mais polpuda e significativa para consumir mais serviços. Elas serão mais determinantes. Atualmente ainda não há pressão dessas variáveis (desemprego, renda e inflação) na escolha das famílias para consumir serviços", avaliou Lobo.

Os serviços de caráter presencial têm reduzido ao longo dos últimos meses as perdas provocadas pela crise sanitária, mas a retomada do setor de serviços como um todo vem sustentada por serviços voltados para exportações, de inovação tecnológica, pouco empregadores e prestados às empresas, enumerou Lobo.

Os serviços devem se manter em recuperação, com números superiores aos da indústria e do varejo, estima o economista-chefe da gestora de recursos Greenbay Investimentos, Flávio Serrano. A tendência, no entanto, é de desaceleração dos resultados mensais, que dificilmente vão manter um ritmo de crescimento acima de 1,0% ao mês.

"Vai acomodar, é natural e faz parte do processo. Essa situação é conjuntural. Não é que a economia esteja muito forte, ao contrário: está refletindo a reabertura de alguns segmentos, e é por isso que os serviços se destacam", justificou o economista.

RIO e SÃO PAULO - Em meio ao avanço da imunização da população contra a covid-19 e da reabertura de estabelecimentos, as famílias brasileiras aumentaram o consumo de serviços em julho. O volume de serviços prestados no País cresceu 1,1% em relação a junho, impulsionado por um avanço de 3,8% nos serviços prestados às famílias no período. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgados nesta terça-feira, 14, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"O setor de serviços não é exclusivamente voltado para as famílias. Você pode prestar serviços para as famílias, para as empresas e para o próprio governo. Desemprego e inflação de alguma forma são impeditivos para o crescimento das empresas que prestam serviços voltados às famílias. Mas as famílias de baixa renda consomem proporcionalmente menos serviços que famílias de classe média e classe média alta. A partir do momento que você percebe o avanço da imunização e flexibilização (de medidas restritivas), essas famílias de classe média acabam trocando consumo de bens por mais consumo de serviços. Com o avanço da vacinação, tem um aumento do consumo de serviços nas famílias de classe média para cima. Já nas famílias de mais baixa renda, essa perda de renda tende a afetar mais o comércio", explicou Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa do IBGE.

Com o desempenho de julho, o setor de serviços passou a operar em nível 3,9% superior ao de fevereiro de 2020, no pré-pandemia, alcançando o patamar mais elevado em mais de cinco anos. Quatro das cinco atividades que integram o setor de serviços já operavam acima do nível pré-covid: transportes (6,9% acima), serviços de informação e comunicação (9,6%), outros serviços (6,8%) e serviços profissionais e administrativos (0,5%). Já os serviços prestados às famílias ainda estavam 23,2% abaixo do pré-crise sanitária.

"É o setor que está mais defasado, e a expectativa é que isso seja o fator que vai puxar o crescimento da atividade no segundo semestre", previu o economista Helcio Takeda, da consultoria Pezco Economics.

Segundo Rodrigo Lobo, do IBGE, há uma demanda reprimida das famílias por serviços, por conta das restrições impostas pela pandemia. O setor ainda funciona com capacidade ociosa elevada.

Apesar do avanço em julho, a atividade deserviços prestados às famílias, que inclui bares e restaurantes, ainda está abaixo do patamar pré-pandemia. Foto: Alex Silva/Estadão - 24/4/2021

"Todo o crescimento que a gente observa no setor de serviços prestados às famílias está muito mais relacionado à maior oferta de vacinação, à maior oferta de serviços de hotéis e restaurantes, mas ainda é um crescimento distante para chegar a um patamar similar àquele de 2020", disse Lobo. "Ainda há espaço para crescimento dos serviços prestados às famílias."

O gerente da pesquisa avalia que variáveis como desemprego, massa de rendimentos e inflação podem afetar futuramente o desempenho do setor de serviços prestados às famílias. "Em algum momento futuro, você vai ter que ter uma massa de rendimento mais polpuda e significativa para consumir mais serviços. Elas serão mais determinantes. Atualmente ainda não há pressão dessas variáveis (desemprego, renda e inflação) na escolha das famílias para consumir serviços", avaliou Lobo.

Os serviços de caráter presencial têm reduzido ao longo dos últimos meses as perdas provocadas pela crise sanitária, mas a retomada do setor de serviços como um todo vem sustentada por serviços voltados para exportações, de inovação tecnológica, pouco empregadores e prestados às empresas, enumerou Lobo.

Os serviços devem se manter em recuperação, com números superiores aos da indústria e do varejo, estima o economista-chefe da gestora de recursos Greenbay Investimentos, Flávio Serrano. A tendência, no entanto, é de desaceleração dos resultados mensais, que dificilmente vão manter um ritmo de crescimento acima de 1,0% ao mês.

"Vai acomodar, é natural e faz parte do processo. Essa situação é conjuntural. Não é que a economia esteja muito forte, ao contrário: está refletindo a reabertura de alguns segmentos, e é por isso que os serviços se destacam", justificou o economista.

RIO e SÃO PAULO - Em meio ao avanço da imunização da população contra a covid-19 e da reabertura de estabelecimentos, as famílias brasileiras aumentaram o consumo de serviços em julho. O volume de serviços prestados no País cresceu 1,1% em relação a junho, impulsionado por um avanço de 3,8% nos serviços prestados às famílias no período. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgados nesta terça-feira, 14, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"O setor de serviços não é exclusivamente voltado para as famílias. Você pode prestar serviços para as famílias, para as empresas e para o próprio governo. Desemprego e inflação de alguma forma são impeditivos para o crescimento das empresas que prestam serviços voltados às famílias. Mas as famílias de baixa renda consomem proporcionalmente menos serviços que famílias de classe média e classe média alta. A partir do momento que você percebe o avanço da imunização e flexibilização (de medidas restritivas), essas famílias de classe média acabam trocando consumo de bens por mais consumo de serviços. Com o avanço da vacinação, tem um aumento do consumo de serviços nas famílias de classe média para cima. Já nas famílias de mais baixa renda, essa perda de renda tende a afetar mais o comércio", explicou Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa do IBGE.

Com o desempenho de julho, o setor de serviços passou a operar em nível 3,9% superior ao de fevereiro de 2020, no pré-pandemia, alcançando o patamar mais elevado em mais de cinco anos. Quatro das cinco atividades que integram o setor de serviços já operavam acima do nível pré-covid: transportes (6,9% acima), serviços de informação e comunicação (9,6%), outros serviços (6,8%) e serviços profissionais e administrativos (0,5%). Já os serviços prestados às famílias ainda estavam 23,2% abaixo do pré-crise sanitária.

"É o setor que está mais defasado, e a expectativa é que isso seja o fator que vai puxar o crescimento da atividade no segundo semestre", previu o economista Helcio Takeda, da consultoria Pezco Economics.

Segundo Rodrigo Lobo, do IBGE, há uma demanda reprimida das famílias por serviços, por conta das restrições impostas pela pandemia. O setor ainda funciona com capacidade ociosa elevada.

Apesar do avanço em julho, a atividade deserviços prestados às famílias, que inclui bares e restaurantes, ainda está abaixo do patamar pré-pandemia. Foto: Alex Silva/Estadão - 24/4/2021

"Todo o crescimento que a gente observa no setor de serviços prestados às famílias está muito mais relacionado à maior oferta de vacinação, à maior oferta de serviços de hotéis e restaurantes, mas ainda é um crescimento distante para chegar a um patamar similar àquele de 2020", disse Lobo. "Ainda há espaço para crescimento dos serviços prestados às famílias."

O gerente da pesquisa avalia que variáveis como desemprego, massa de rendimentos e inflação podem afetar futuramente o desempenho do setor de serviços prestados às famílias. "Em algum momento futuro, você vai ter que ter uma massa de rendimento mais polpuda e significativa para consumir mais serviços. Elas serão mais determinantes. Atualmente ainda não há pressão dessas variáveis (desemprego, renda e inflação) na escolha das famílias para consumir serviços", avaliou Lobo.

Os serviços de caráter presencial têm reduzido ao longo dos últimos meses as perdas provocadas pela crise sanitária, mas a retomada do setor de serviços como um todo vem sustentada por serviços voltados para exportações, de inovação tecnológica, pouco empregadores e prestados às empresas, enumerou Lobo.

Os serviços devem se manter em recuperação, com números superiores aos da indústria e do varejo, estima o economista-chefe da gestora de recursos Greenbay Investimentos, Flávio Serrano. A tendência, no entanto, é de desaceleração dos resultados mensais, que dificilmente vão manter um ritmo de crescimento acima de 1,0% ao mês.

"Vai acomodar, é natural e faz parte do processo. Essa situação é conjuntural. Não é que a economia esteja muito forte, ao contrário: está refletindo a reabertura de alguns segmentos, e é por isso que os serviços se destacam", justificou o economista.

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