Setores falam em ‘alívio’ e ‘bom senso’ após devolução de trechos da MP do PIS/Cofins pelo Senado


Presidente da CNA, João Martins cobrou do governo diálogo com o setor produtivo ‘porque é ele que paga a conta e que recolhe os impostos’; Fiesp classificou decisão de Pacheco de ‘bem-vinda’

Por Victor Ohana
Atualização:

BRASÍLIA - Representantes do setor produtivo falaram em “alívio” e “bom senso” após a decisão do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), de devolver nesta terça-feira, 11, parte da medida provisória (MP) que limitava o uso de créditos decorrentes da tributação do PIS/Cofins pelas empresas. Com a decisão, “cessam imediatamente” os efeitos dos trechos devolvidos.

O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, afirmou que os empresários do setor ficaram “aliviados”. Segundo ele, a medida provisória que compensaria as despesas da desoneração da folha de pagamentos configurava uma “inconstitucionalidade”.

“Nós hoje voltamos para nossas casas um pouco mais aliviados”, declarou. “Esperamos que o governo, qualquer que seja outra medida, antes venha discutir, venha dialogar com o setor produtivo, porque é ele que paga a conta e que recolhe os impostos. Queremos o diálogo.”

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Martins disse ter relatado ao governo que a MP “não podia prevalecer” porque, segundo ele, “iria trazer sérias consequências para o setor produtivo”. O presidente da CNA também agradeceu a Pacheco pelo que chamou de “bom senso”. “Foi uma maneira mais adequada, foi devolvida dentro do que poderia ser possível da inconstitucionalidade da 1227″, disse.

Pacheco decidiu devolver nesta terça-feira, 11, parte da medida provisória que limitava o uso de créditos decorrentes da tributação do PIS/Cofins pelas empresas  Foto: Wilton Junior/Estadão
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As declarações ocorreram em uma entrevista à imprensa com o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Pedro Lupion (PP-PR), e com o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban.

Para Lupion, “reinou o bom senso” com a decisão do presidente do Senado. Segundo ele, a MP era “um golpe muito duro no produtor brasileiro” e o tema estava “sepultado” no Congresso Nacional. Além disso, ele sugeriu que o governo compense a queda da arrecadação da Previdência com cortes de gastos e com uma reforma administrativa.

“Esse tema PIS/Cofins é sepultado, não se fala mais nisso”, afirmou o presidente da FPA. Na ocasião, também reivindicou articulação política do governo no Congresso. “Não aceitamos nenhuma surpresa ao setor produtivo. Não vamos aceitar nunca.”

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Segundo o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia deixado em aberto ao longo do dia duas possibilidades: a de o governo retirar a MP e a de o Congresso devolvê-la.

Alban disse que a ideia sinalizada por Lula foi a de encontrar uma “solução convergente” entre o Executivo e o Legislativo para que não houvesse nem vitoriosos nem vencidos. Questionado sobre qual a sugestão da CNI para recompor a base fiscal, o presidente da entidade disse que “existem várias possibilidades”, mas que a primeira demanda é pelo diálogo.

Devolução ‘bem-vinda’

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A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) considerou “muito bem-vinda” a decisão de Pacheco. Segundo a entidade patronal, a iniciativa favorece setores produtivos, dado o impacto negativo que a medida teria para a indústria e outros segmentos.

“A Fiesp seguirá acompanhando ativamente os desdobramentos deste tema de forma a garantir que os investimentos produtivos, a geração de empregos e a neoindustrialização do país sejam estimulados e não prejudicados”, comentou a entidade em nota./Com Eduardo Laguna

BRASÍLIA - Representantes do setor produtivo falaram em “alívio” e “bom senso” após a decisão do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), de devolver nesta terça-feira, 11, parte da medida provisória (MP) que limitava o uso de créditos decorrentes da tributação do PIS/Cofins pelas empresas. Com a decisão, “cessam imediatamente” os efeitos dos trechos devolvidos.

O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, afirmou que os empresários do setor ficaram “aliviados”. Segundo ele, a medida provisória que compensaria as despesas da desoneração da folha de pagamentos configurava uma “inconstitucionalidade”.

“Nós hoje voltamos para nossas casas um pouco mais aliviados”, declarou. “Esperamos que o governo, qualquer que seja outra medida, antes venha discutir, venha dialogar com o setor produtivo, porque é ele que paga a conta e que recolhe os impostos. Queremos o diálogo.”

Martins disse ter relatado ao governo que a MP “não podia prevalecer” porque, segundo ele, “iria trazer sérias consequências para o setor produtivo”. O presidente da CNA também agradeceu a Pacheco pelo que chamou de “bom senso”. “Foi uma maneira mais adequada, foi devolvida dentro do que poderia ser possível da inconstitucionalidade da 1227″, disse.

Pacheco decidiu devolver nesta terça-feira, 11, parte da medida provisória que limitava o uso de créditos decorrentes da tributação do PIS/Cofins pelas empresas  Foto: Wilton Junior/Estadão

As declarações ocorreram em uma entrevista à imprensa com o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Pedro Lupion (PP-PR), e com o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban.

Para Lupion, “reinou o bom senso” com a decisão do presidente do Senado. Segundo ele, a MP era “um golpe muito duro no produtor brasileiro” e o tema estava “sepultado” no Congresso Nacional. Além disso, ele sugeriu que o governo compense a queda da arrecadação da Previdência com cortes de gastos e com uma reforma administrativa.

“Esse tema PIS/Cofins é sepultado, não se fala mais nisso”, afirmou o presidente da FPA. Na ocasião, também reivindicou articulação política do governo no Congresso. “Não aceitamos nenhuma surpresa ao setor produtivo. Não vamos aceitar nunca.”

Segundo o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia deixado em aberto ao longo do dia duas possibilidades: a de o governo retirar a MP e a de o Congresso devolvê-la.

Alban disse que a ideia sinalizada por Lula foi a de encontrar uma “solução convergente” entre o Executivo e o Legislativo para que não houvesse nem vitoriosos nem vencidos. Questionado sobre qual a sugestão da CNI para recompor a base fiscal, o presidente da entidade disse que “existem várias possibilidades”, mas que a primeira demanda é pelo diálogo.

Devolução ‘bem-vinda’

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) considerou “muito bem-vinda” a decisão de Pacheco. Segundo a entidade patronal, a iniciativa favorece setores produtivos, dado o impacto negativo que a medida teria para a indústria e outros segmentos.

“A Fiesp seguirá acompanhando ativamente os desdobramentos deste tema de forma a garantir que os investimentos produtivos, a geração de empregos e a neoindustrialização do país sejam estimulados e não prejudicados”, comentou a entidade em nota./Com Eduardo Laguna

BRASÍLIA - Representantes do setor produtivo falaram em “alívio” e “bom senso” após a decisão do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), de devolver nesta terça-feira, 11, parte da medida provisória (MP) que limitava o uso de créditos decorrentes da tributação do PIS/Cofins pelas empresas. Com a decisão, “cessam imediatamente” os efeitos dos trechos devolvidos.

O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, afirmou que os empresários do setor ficaram “aliviados”. Segundo ele, a medida provisória que compensaria as despesas da desoneração da folha de pagamentos configurava uma “inconstitucionalidade”.

“Nós hoje voltamos para nossas casas um pouco mais aliviados”, declarou. “Esperamos que o governo, qualquer que seja outra medida, antes venha discutir, venha dialogar com o setor produtivo, porque é ele que paga a conta e que recolhe os impostos. Queremos o diálogo.”

Martins disse ter relatado ao governo que a MP “não podia prevalecer” porque, segundo ele, “iria trazer sérias consequências para o setor produtivo”. O presidente da CNA também agradeceu a Pacheco pelo que chamou de “bom senso”. “Foi uma maneira mais adequada, foi devolvida dentro do que poderia ser possível da inconstitucionalidade da 1227″, disse.

Pacheco decidiu devolver nesta terça-feira, 11, parte da medida provisória que limitava o uso de créditos decorrentes da tributação do PIS/Cofins pelas empresas  Foto: Wilton Junior/Estadão

As declarações ocorreram em uma entrevista à imprensa com o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Pedro Lupion (PP-PR), e com o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban.

Para Lupion, “reinou o bom senso” com a decisão do presidente do Senado. Segundo ele, a MP era “um golpe muito duro no produtor brasileiro” e o tema estava “sepultado” no Congresso Nacional. Além disso, ele sugeriu que o governo compense a queda da arrecadação da Previdência com cortes de gastos e com uma reforma administrativa.

“Esse tema PIS/Cofins é sepultado, não se fala mais nisso”, afirmou o presidente da FPA. Na ocasião, também reivindicou articulação política do governo no Congresso. “Não aceitamos nenhuma surpresa ao setor produtivo. Não vamos aceitar nunca.”

Segundo o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia deixado em aberto ao longo do dia duas possibilidades: a de o governo retirar a MP e a de o Congresso devolvê-la.

Alban disse que a ideia sinalizada por Lula foi a de encontrar uma “solução convergente” entre o Executivo e o Legislativo para que não houvesse nem vitoriosos nem vencidos. Questionado sobre qual a sugestão da CNI para recompor a base fiscal, o presidente da entidade disse que “existem várias possibilidades”, mas que a primeira demanda é pelo diálogo.

Devolução ‘bem-vinda’

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) considerou “muito bem-vinda” a decisão de Pacheco. Segundo a entidade patronal, a iniciativa favorece setores produtivos, dado o impacto negativo que a medida teria para a indústria e outros segmentos.

“A Fiesp seguirá acompanhando ativamente os desdobramentos deste tema de forma a garantir que os investimentos produtivos, a geração de empregos e a neoindustrialização do país sejam estimulados e não prejudicados”, comentou a entidade em nota./Com Eduardo Laguna

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