Siderúrgicas veem produção menor em 2013


Por Monica Ciarelli e RIO

Em meio a uma queda livre nas exportações de aço, o Instituto Aço Brasil (IABr) decidiu revisar para baixo suas projeções para o setor este ano. Nem a recente disparada do dólar frente ao real trouxe alento às siderúrgicas, que já não trabalham mais com uma perspectiva de crescimento da produção em 2013. "A solução para o Brasil não é o mercado internacional", diz o presidente do IABr, Marco Polo de Mello Lopes, ao lembrar que o excedente mundial de aço gira na casa dos 600 milhões de toneladas. Nos primeiros sete meses, as exportações brasileiras caíram 16,9% em volume e 21,9% em valores. Preocupado com o cenário negativo, o instituto agora trabalha com uma retração de 0,1% na produção de aço este ano, totalizando 34,5 milhões. Na estimativa anterior, divulgada no início do ano, a produção apontava para um aumento de 5,8% frente ao ano passado. Segundo ele, as siderúrgicas não têm interesse em elevar a produção porque passariam a ter o ônus de manter o material em estoque. Além das dificuldades no exterior, o setor enfrenta também a falta de dinamismo do mercado doméstico. "O mercado interno não demandou aquilo que se imaginava com os eventos esportivos no país, como a Copa do Mundo e Olimpíadas", disse. O executivo lembra que quatro estádios de futebol que foram construídos para a Copa 2014 foram feitos com aço importado, no total 13,3 mil toneladas de aço. "Não foi licitação e o governo optou por importar", criticou. "O governo tem que decidir se quer ou não uma indústria siderúrgica no país." O executivo, porém, é mais otimista em relação aos benefícios que a exploração dos campos petrolíferos do pré-sal podem trazer para o setor. O prospecto do mega campo de Libra "é um negócio fantástico", segundo Lopes, que assistiu uma apresentação feita pela diretora geral da ANP, Madga Chambriard, sobre o tema.Lista. Ontem, o presidente do IABr aproveitou para criticar a decisão do governo de não renovar a lista de exceção à Tarifa Externa Comum (TEC), que inclui 10 produtos siderúrgicos. Lopes se disse surpreendido pelo anúncio feito pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. "A retirada da alíquota não tem sentido. As condições que sensibilizaram o governo a elevar a alíquota não mudaram", disse. "Surpreendeu porque isso não estava em discussão." O governo pleiteava a permanência na lista até que fosse acertada desoneração do setor. Dos 100 itens da lista, a cadeia do aço tinha 10 produtos.O presidente explicou ainda que a recente disparada do dólar pode ajudar as exportações de aço este ano, mas tem um efeito limitado diante desse cenário de excedente na produção mundial.

Em meio a uma queda livre nas exportações de aço, o Instituto Aço Brasil (IABr) decidiu revisar para baixo suas projeções para o setor este ano. Nem a recente disparada do dólar frente ao real trouxe alento às siderúrgicas, que já não trabalham mais com uma perspectiva de crescimento da produção em 2013. "A solução para o Brasil não é o mercado internacional", diz o presidente do IABr, Marco Polo de Mello Lopes, ao lembrar que o excedente mundial de aço gira na casa dos 600 milhões de toneladas. Nos primeiros sete meses, as exportações brasileiras caíram 16,9% em volume e 21,9% em valores. Preocupado com o cenário negativo, o instituto agora trabalha com uma retração de 0,1% na produção de aço este ano, totalizando 34,5 milhões. Na estimativa anterior, divulgada no início do ano, a produção apontava para um aumento de 5,8% frente ao ano passado. Segundo ele, as siderúrgicas não têm interesse em elevar a produção porque passariam a ter o ônus de manter o material em estoque. Além das dificuldades no exterior, o setor enfrenta também a falta de dinamismo do mercado doméstico. "O mercado interno não demandou aquilo que se imaginava com os eventos esportivos no país, como a Copa do Mundo e Olimpíadas", disse. O executivo lembra que quatro estádios de futebol que foram construídos para a Copa 2014 foram feitos com aço importado, no total 13,3 mil toneladas de aço. "Não foi licitação e o governo optou por importar", criticou. "O governo tem que decidir se quer ou não uma indústria siderúrgica no país." O executivo, porém, é mais otimista em relação aos benefícios que a exploração dos campos petrolíferos do pré-sal podem trazer para o setor. O prospecto do mega campo de Libra "é um negócio fantástico", segundo Lopes, que assistiu uma apresentação feita pela diretora geral da ANP, Madga Chambriard, sobre o tema.Lista. Ontem, o presidente do IABr aproveitou para criticar a decisão do governo de não renovar a lista de exceção à Tarifa Externa Comum (TEC), que inclui 10 produtos siderúrgicos. Lopes se disse surpreendido pelo anúncio feito pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. "A retirada da alíquota não tem sentido. As condições que sensibilizaram o governo a elevar a alíquota não mudaram", disse. "Surpreendeu porque isso não estava em discussão." O governo pleiteava a permanência na lista até que fosse acertada desoneração do setor. Dos 100 itens da lista, a cadeia do aço tinha 10 produtos.O presidente explicou ainda que a recente disparada do dólar pode ajudar as exportações de aço este ano, mas tem um efeito limitado diante desse cenário de excedente na produção mundial.

Em meio a uma queda livre nas exportações de aço, o Instituto Aço Brasil (IABr) decidiu revisar para baixo suas projeções para o setor este ano. Nem a recente disparada do dólar frente ao real trouxe alento às siderúrgicas, que já não trabalham mais com uma perspectiva de crescimento da produção em 2013. "A solução para o Brasil não é o mercado internacional", diz o presidente do IABr, Marco Polo de Mello Lopes, ao lembrar que o excedente mundial de aço gira na casa dos 600 milhões de toneladas. Nos primeiros sete meses, as exportações brasileiras caíram 16,9% em volume e 21,9% em valores. Preocupado com o cenário negativo, o instituto agora trabalha com uma retração de 0,1% na produção de aço este ano, totalizando 34,5 milhões. Na estimativa anterior, divulgada no início do ano, a produção apontava para um aumento de 5,8% frente ao ano passado. Segundo ele, as siderúrgicas não têm interesse em elevar a produção porque passariam a ter o ônus de manter o material em estoque. Além das dificuldades no exterior, o setor enfrenta também a falta de dinamismo do mercado doméstico. "O mercado interno não demandou aquilo que se imaginava com os eventos esportivos no país, como a Copa do Mundo e Olimpíadas", disse. O executivo lembra que quatro estádios de futebol que foram construídos para a Copa 2014 foram feitos com aço importado, no total 13,3 mil toneladas de aço. "Não foi licitação e o governo optou por importar", criticou. "O governo tem que decidir se quer ou não uma indústria siderúrgica no país." O executivo, porém, é mais otimista em relação aos benefícios que a exploração dos campos petrolíferos do pré-sal podem trazer para o setor. O prospecto do mega campo de Libra "é um negócio fantástico", segundo Lopes, que assistiu uma apresentação feita pela diretora geral da ANP, Madga Chambriard, sobre o tema.Lista. Ontem, o presidente do IABr aproveitou para criticar a decisão do governo de não renovar a lista de exceção à Tarifa Externa Comum (TEC), que inclui 10 produtos siderúrgicos. Lopes se disse surpreendido pelo anúncio feito pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. "A retirada da alíquota não tem sentido. As condições que sensibilizaram o governo a elevar a alíquota não mudaram", disse. "Surpreendeu porque isso não estava em discussão." O governo pleiteava a permanência na lista até que fosse acertada desoneração do setor. Dos 100 itens da lista, a cadeia do aço tinha 10 produtos.O presidente explicou ainda que a recente disparada do dólar pode ajudar as exportações de aço este ano, mas tem um efeito limitado diante desse cenário de excedente na produção mundial.

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