Sindicato articula negociações para montadoras chinesas de ônibus elétricos se instalarem no ABC


Entidade que representa os metalúrgicos quer atrair empresas; nos últimos anos, região perdeu fábrica da Ford, e Toyota encerrará operação no fim do ano

Por Cleide Silva

O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC vai intermediar negociações para a instalação, na região da Grande São Paulo, de duas fabricantes chinesas de ônibus elétricos. Dirigentes da entidade se reuniram com o presidente da Sinomach, Cai Jibo, em São Bernardo do Campo, no início no mês, e uma nova reunião está marcada para a próxima semana, desta vez de forma virtual.

O presidente do sindicato, Moises Selerges, também teve encontro em Brasília com o vice-presidente da Beijing Peack Automotive, Peter Lee, e com o gerente geral da Chery, Rou Wu no dia 6. Segundo ele, a empresa tem acordos com a Chery na China e planeja instalar uma planta para fabricar ônibus elétricos da marca.

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A Sinomach é um conglomerado chinês que atua na produção de ferramentas, equipamentos de construção, agrícolas e de infraestrutura, e pretende entrar no segmento de ônibus elétricos. A Chery já tem presença no Brasil numa parceria com o Grupo Caoa e produz SUVs a combustão e híbridos na fábrica da empresa brasileira em Goiás.

“Assinamos memorandos para investimentos estratégicos na região”, informa Selerges, que teve os primeiros contatos com representantes das montadoras durante visita à China, em abril, quando acompanhou a comitiva do presidente Lula em visita ao país.

Selerges, do Sindicato dos Metalúrgicos (ao centro), com o vice-presidente da Beijing Peak (à esq.) em encontro em Brasília  Foto: SMSB
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Selerges explica que, na próxima semana, serão discutidos detalhes sobre o que as companhias pretendem em termos de tamanho de áreas e infraestrutura para seus projetos, para então iniciar conversas com governos municipais, estadual e federal parta envolvê-los nas negociações.

“De nossa parte, já falamos que os investimentos são bem-vindos, desde que gerem empregos locais e, futuramente, uma cadeia de fornecedores na região, além de transferência de tecnologias e parcerias com universidades”, diz o sindicalista. Também participa das reuniões com as fabricantes chinesas o presidente da Frente Parlamentar Brasil-China, deputado Fausto Pinato (PP), outro que foi à China com Lula.

A região do ABC, tradicional polo automotivo, vem perdendo empresas nos últimos anos. Em 2019 a Ford fechou sua fábrica de automóveis e caminhões em São Bernardo e a Toyota encerra suas operações de componentes no município no fim do ano.

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“A porta da entrada dessas empresas no Brasil será o sindicato”, afirma Selerges, indicando uma forma diferente de atração de novos investidores que, normalmente, procuram primeiro os governantes. Segundo ele, o sindicato participa ativamente das discussões e uma nova política industrial para o País que gere empregos e renda para os trabalhadores.

Ainda não há informações sobre valores pretendidos para eventuais investimentos locais. O apetite dos chineses na produção de veículos elétricos no Brasil vem aumentando. Até agora, três fabricantes já confirmaram projetos no País.

A porta de entrada dessas empresas no Brasil será o sindicato

Moisés Selerges, presidente do Sindicato dos Metalúrgico do ABC

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A Great Wall Motors (GWM) adquiriu a fábrica desativada da Mercedes-Benz em Iracemápolis (SP) e anunciou investimentos de R$ 10 bilhões até 2016 para a produção de utilitários-esportivos (SUVs) híbridos e futuramente elétricos.

Na semana passada, a BYD confirmou aportes iniciais de R$ 3 bilhões para fábrica de automóveis, caminhões, ônibus e processamento de lítio Camaçari (BA). O grupo segue negociando com a Ford a compra de sua instalação local, também desativada.

A Higer Bus importa ônibus elétricos de sua matriz desde o ano passado, mas a em 2024 começará a montagem, local com investimento, na primeira fase de operações, de US$ 10 milhões (cerca de R$ 50 milhões) em Fortaleza (CE).

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Outra chinesa que estuda operações locais é a XCMG, para montagem de caminhões elétricos rodoviários, provavelmente em Pouso Alegre (MG), onde tem uma operação de produtos da linha amarela (máquinas e equipamentos).

Baterias

Mercedes-Benz e Marcopolo iniciaram recentemente a produção de ônibus elétricos no País, e a Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWCO) já comercializa caminhões com essa tecnologia e vai entrar também no segmento de ônibus. A Eletra já atua no segmento há vários anos, mas antes era voltada principalmente para o segmento de trólebus.

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Na parte de baterias, a BorgWarner iniciou no ano passado a montagem local do equipamento para veículos comerciais, em Piracicaba (SP), e é a fornecedora para o ônibus da Mercedes-Benz que ainda não está à venda. O grupo importa boa parte dos componentes, mas vem nacionalizando vários deles, segundo Marcelo Rezende, diretor da fábrica. Weg e Mouta também atuam no segmento.

O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC vai intermediar negociações para a instalação, na região da Grande São Paulo, de duas fabricantes chinesas de ônibus elétricos. Dirigentes da entidade se reuniram com o presidente da Sinomach, Cai Jibo, em São Bernardo do Campo, no início no mês, e uma nova reunião está marcada para a próxima semana, desta vez de forma virtual.

O presidente do sindicato, Moises Selerges, também teve encontro em Brasília com o vice-presidente da Beijing Peack Automotive, Peter Lee, e com o gerente geral da Chery, Rou Wu no dia 6. Segundo ele, a empresa tem acordos com a Chery na China e planeja instalar uma planta para fabricar ônibus elétricos da marca.

A Sinomach é um conglomerado chinês que atua na produção de ferramentas, equipamentos de construção, agrícolas e de infraestrutura, e pretende entrar no segmento de ônibus elétricos. A Chery já tem presença no Brasil numa parceria com o Grupo Caoa e produz SUVs a combustão e híbridos na fábrica da empresa brasileira em Goiás.

“Assinamos memorandos para investimentos estratégicos na região”, informa Selerges, que teve os primeiros contatos com representantes das montadoras durante visita à China, em abril, quando acompanhou a comitiva do presidente Lula em visita ao país.

Selerges, do Sindicato dos Metalúrgicos (ao centro), com o vice-presidente da Beijing Peak (à esq.) em encontro em Brasília  Foto: SMSB

Selerges explica que, na próxima semana, serão discutidos detalhes sobre o que as companhias pretendem em termos de tamanho de áreas e infraestrutura para seus projetos, para então iniciar conversas com governos municipais, estadual e federal parta envolvê-los nas negociações.

“De nossa parte, já falamos que os investimentos são bem-vindos, desde que gerem empregos locais e, futuramente, uma cadeia de fornecedores na região, além de transferência de tecnologias e parcerias com universidades”, diz o sindicalista. Também participa das reuniões com as fabricantes chinesas o presidente da Frente Parlamentar Brasil-China, deputado Fausto Pinato (PP), outro que foi à China com Lula.

A região do ABC, tradicional polo automotivo, vem perdendo empresas nos últimos anos. Em 2019 a Ford fechou sua fábrica de automóveis e caminhões em São Bernardo e a Toyota encerra suas operações de componentes no município no fim do ano.

“A porta da entrada dessas empresas no Brasil será o sindicato”, afirma Selerges, indicando uma forma diferente de atração de novos investidores que, normalmente, procuram primeiro os governantes. Segundo ele, o sindicato participa ativamente das discussões e uma nova política industrial para o País que gere empregos e renda para os trabalhadores.

Ainda não há informações sobre valores pretendidos para eventuais investimentos locais. O apetite dos chineses na produção de veículos elétricos no Brasil vem aumentando. Até agora, três fabricantes já confirmaram projetos no País.

A porta de entrada dessas empresas no Brasil será o sindicato

Moisés Selerges, presidente do Sindicato dos Metalúrgico do ABC

A Great Wall Motors (GWM) adquiriu a fábrica desativada da Mercedes-Benz em Iracemápolis (SP) e anunciou investimentos de R$ 10 bilhões até 2016 para a produção de utilitários-esportivos (SUVs) híbridos e futuramente elétricos.

Na semana passada, a BYD confirmou aportes iniciais de R$ 3 bilhões para fábrica de automóveis, caminhões, ônibus e processamento de lítio Camaçari (BA). O grupo segue negociando com a Ford a compra de sua instalação local, também desativada.

A Higer Bus importa ônibus elétricos de sua matriz desde o ano passado, mas a em 2024 começará a montagem, local com investimento, na primeira fase de operações, de US$ 10 milhões (cerca de R$ 50 milhões) em Fortaleza (CE).

Outra chinesa que estuda operações locais é a XCMG, para montagem de caminhões elétricos rodoviários, provavelmente em Pouso Alegre (MG), onde tem uma operação de produtos da linha amarela (máquinas e equipamentos).

Baterias

Mercedes-Benz e Marcopolo iniciaram recentemente a produção de ônibus elétricos no País, e a Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWCO) já comercializa caminhões com essa tecnologia e vai entrar também no segmento de ônibus. A Eletra já atua no segmento há vários anos, mas antes era voltada principalmente para o segmento de trólebus.

Na parte de baterias, a BorgWarner iniciou no ano passado a montagem local do equipamento para veículos comerciais, em Piracicaba (SP), e é a fornecedora para o ônibus da Mercedes-Benz que ainda não está à venda. O grupo importa boa parte dos componentes, mas vem nacionalizando vários deles, segundo Marcelo Rezende, diretor da fábrica. Weg e Mouta também atuam no segmento.

O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC vai intermediar negociações para a instalação, na região da Grande São Paulo, de duas fabricantes chinesas de ônibus elétricos. Dirigentes da entidade se reuniram com o presidente da Sinomach, Cai Jibo, em São Bernardo do Campo, no início no mês, e uma nova reunião está marcada para a próxima semana, desta vez de forma virtual.

O presidente do sindicato, Moises Selerges, também teve encontro em Brasília com o vice-presidente da Beijing Peack Automotive, Peter Lee, e com o gerente geral da Chery, Rou Wu no dia 6. Segundo ele, a empresa tem acordos com a Chery na China e planeja instalar uma planta para fabricar ônibus elétricos da marca.

A Sinomach é um conglomerado chinês que atua na produção de ferramentas, equipamentos de construção, agrícolas e de infraestrutura, e pretende entrar no segmento de ônibus elétricos. A Chery já tem presença no Brasil numa parceria com o Grupo Caoa e produz SUVs a combustão e híbridos na fábrica da empresa brasileira em Goiás.

“Assinamos memorandos para investimentos estratégicos na região”, informa Selerges, que teve os primeiros contatos com representantes das montadoras durante visita à China, em abril, quando acompanhou a comitiva do presidente Lula em visita ao país.

Selerges, do Sindicato dos Metalúrgicos (ao centro), com o vice-presidente da Beijing Peak (à esq.) em encontro em Brasília  Foto: SMSB

Selerges explica que, na próxima semana, serão discutidos detalhes sobre o que as companhias pretendem em termos de tamanho de áreas e infraestrutura para seus projetos, para então iniciar conversas com governos municipais, estadual e federal parta envolvê-los nas negociações.

“De nossa parte, já falamos que os investimentos são bem-vindos, desde que gerem empregos locais e, futuramente, uma cadeia de fornecedores na região, além de transferência de tecnologias e parcerias com universidades”, diz o sindicalista. Também participa das reuniões com as fabricantes chinesas o presidente da Frente Parlamentar Brasil-China, deputado Fausto Pinato (PP), outro que foi à China com Lula.

A região do ABC, tradicional polo automotivo, vem perdendo empresas nos últimos anos. Em 2019 a Ford fechou sua fábrica de automóveis e caminhões em São Bernardo e a Toyota encerra suas operações de componentes no município no fim do ano.

“A porta da entrada dessas empresas no Brasil será o sindicato”, afirma Selerges, indicando uma forma diferente de atração de novos investidores que, normalmente, procuram primeiro os governantes. Segundo ele, o sindicato participa ativamente das discussões e uma nova política industrial para o País que gere empregos e renda para os trabalhadores.

Ainda não há informações sobre valores pretendidos para eventuais investimentos locais. O apetite dos chineses na produção de veículos elétricos no Brasil vem aumentando. Até agora, três fabricantes já confirmaram projetos no País.

A porta de entrada dessas empresas no Brasil será o sindicato

Moisés Selerges, presidente do Sindicato dos Metalúrgico do ABC

A Great Wall Motors (GWM) adquiriu a fábrica desativada da Mercedes-Benz em Iracemápolis (SP) e anunciou investimentos de R$ 10 bilhões até 2016 para a produção de utilitários-esportivos (SUVs) híbridos e futuramente elétricos.

Na semana passada, a BYD confirmou aportes iniciais de R$ 3 bilhões para fábrica de automóveis, caminhões, ônibus e processamento de lítio Camaçari (BA). O grupo segue negociando com a Ford a compra de sua instalação local, também desativada.

A Higer Bus importa ônibus elétricos de sua matriz desde o ano passado, mas a em 2024 começará a montagem, local com investimento, na primeira fase de operações, de US$ 10 milhões (cerca de R$ 50 milhões) em Fortaleza (CE).

Outra chinesa que estuda operações locais é a XCMG, para montagem de caminhões elétricos rodoviários, provavelmente em Pouso Alegre (MG), onde tem uma operação de produtos da linha amarela (máquinas e equipamentos).

Baterias

Mercedes-Benz e Marcopolo iniciaram recentemente a produção de ônibus elétricos no País, e a Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWCO) já comercializa caminhões com essa tecnologia e vai entrar também no segmento de ônibus. A Eletra já atua no segmento há vários anos, mas antes era voltada principalmente para o segmento de trólebus.

Na parte de baterias, a BorgWarner iniciou no ano passado a montagem local do equipamento para veículos comerciais, em Piracicaba (SP), e é a fornecedora para o ônibus da Mercedes-Benz que ainda não está à venda. O grupo importa boa parte dos componentes, mas vem nacionalizando vários deles, segundo Marcelo Rezende, diretor da fábrica. Weg e Mouta também atuam no segmento.

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