Startups apostam nos recursos naturais da Amazônia, com soluções inovadoras; conheça


Nos últimos cinco anos, negócios do setor receberam mais de R$ 150 milhões de investimento por meio da política de PD&I da Superintendência da Zona Franca de Manaus

Por Pedro de Paiva
Atualização:

Na Amazônia Legal, startups têm encontrado soluções inovadoras ao transformar resíduos da região em produtos de alto valor agregado. Este modelo de produção se baseia na bioeconomia, conceito que promove o uso sustentável dos recursos naturais, aliando desenvolvimento econômico à preservação ambiental. Um exemplo dessa tendência é a Biofert, sediada no Amapá, que investiu R$ 1,26 milhão por meio de iniciativas como o Sebrae, a Embrapii e a política de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).

A startup produz biocarvão de resíduos do açaí, usado como fertilizantes para regenerar solos de plantações. Idealizada em 2021, a empresa buscou apoio financeiro para transformar o caroço do açaí em seu produto final. “A partir da obtenção de recursos, conseguimos transformar o nosso protótipo em um bioreator com capacidade produtiva. Saímos da escala de 1,5 toneladas por mês para 93 toneladas por mês”, destaca Thyago Magnun, sócio-fundador do negócio.

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A expectativa de produção para 2025 é de 1.200 toneladas, número que corresponde a mais de 800 hectares regenerados.

Produto da Biofert tem a finalidade de fixar o carbono e aumentar a produtividade da plantação  Foto: Fábio Emanuel Bezerra Braga/Biofert

A Engenho Café e Açaí é outro negócio que utiliza resíduos naturais da Amazônia. Também natural do Amapá, os fundadores tiveram a ideia de aproveitar o caroço do açaí na produção de uma bebida aromática: o café de açaí. A empresa existe desde 2011, mas só lançou o produto no mercado em 2020. Recentemente, o grupo fechou um contrato para enviar 2,5 toneladas por mês do produto para os EUA.

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“A Engenho quer minimizar o problema causado pela cadeia produtiva do açaí, transformando o resíduo em uma bebida aromática”, afirma Lázaro Gonçalves, sócio administrador. De acordo com o IBGE, 1.696.485 toneladas de açaí foram cultivadas em 2023. O caroço, em média, corresponde a cerca de 40% do peso total do fruto.

Polo Industrial de Manaus

As startups de bioeconomia estão sendo incentivadas pelo Polo Industrial de Manaus, centros industrial e tecnológico com mais 500 empresas. A região é famosa por ceder espaço a grandes marcas do segmento eletroeletrônico, mas o crescimento da bioeconomia é outra modalidade que tem atraído a atenção de mais de 40 empresas investidoras. Por meio da política de PD&I, nos últimos cinco anos, mais de R$ 150 milhões foram investidos nessa área da economia.

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As empresas produtoras de bens de informática de Manaus têm incentivos fiscais desde que invistam, anualmente, ao menos 5% do faturamento bruto em atividades de PD&I na região da Amazônia Ocidental – compostas pelos Estados do Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima – ou no Estado do Amapá.

Esse projeto, idealizado pela Suframa, é chamado de Programa Prioritário de Bioeconomia (PPBio). Desde 2018, o programa é coordenado pelo Idesam, organização vencedora do edital público que elegeu os responsáveis pela condução do PPBio. Neste ano, os negócios do segmento estimam faturar R$ 2 milhões.

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Como as empresas investem?

A GBR, empresa de componentes do segmento eletrônico de Manaus, diz investir há mais de cinco anos em práticas de bioeconomia. O grupo tem parceria com a Biozer, uma startup da região que desenvolve cosméticos utilizando frutas típicas da Amazônia como matéria-prima. A marca já tem uma linha de produtos desenvolvidos a partir do açaí e da copaíba.

Rebecca Garcia, diretora de planejamento estratégico e novos negócios da empresa, destaca que os projetos são possíveis vetores de desenvolvimento econômico para a região pelo potencial da biodiversidade amazônica e pela capacidade de geração de emprego local.

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Biozer é uma startup da região que desenvolve cosméticos utilizando frutas típicas da Amazônia como matéria-prima Foto: Thiago Looney/Idesam

Ainda em estudo, a startup está progredindo na produção de um gel cicatrizante para úlcera diabética que tem o gengibre amargo como componente principal. O produto está em fase de testes e pode estar pronto para o mercado no segundo semestre de 2025.

“O investimento em bioeconomia veio pelo comprometimento com a Amazônia”, afirma Thyago Alves, CEO da Flex Industries. A indústria de eletroeletrônicos tem donos amazonenses e procura investir em projetos locais desde 2017.

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O grupo, também localizado em Manaus, investe na duplicação genética de sementes amazônicas. O objetivo é fazer com que frutas da região superem barreiras de logística para atingirem outros mercados do País. Para avançar nesse plano, a empresa contou com a ajuda de técnicos da Embrapa para elevar o valor agregado dos produtos.

Na Amazônia Legal, startups têm encontrado soluções inovadoras ao transformar resíduos da região em produtos de alto valor agregado. Este modelo de produção se baseia na bioeconomia, conceito que promove o uso sustentável dos recursos naturais, aliando desenvolvimento econômico à preservação ambiental. Um exemplo dessa tendência é a Biofert, sediada no Amapá, que investiu R$ 1,26 milhão por meio de iniciativas como o Sebrae, a Embrapii e a política de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).

A startup produz biocarvão de resíduos do açaí, usado como fertilizantes para regenerar solos de plantações. Idealizada em 2021, a empresa buscou apoio financeiro para transformar o caroço do açaí em seu produto final. “A partir da obtenção de recursos, conseguimos transformar o nosso protótipo em um bioreator com capacidade produtiva. Saímos da escala de 1,5 toneladas por mês para 93 toneladas por mês”, destaca Thyago Magnun, sócio-fundador do negócio.

A expectativa de produção para 2025 é de 1.200 toneladas, número que corresponde a mais de 800 hectares regenerados.

Produto da Biofert tem a finalidade de fixar o carbono e aumentar a produtividade da plantação  Foto: Fábio Emanuel Bezerra Braga/Biofert

A Engenho Café e Açaí é outro negócio que utiliza resíduos naturais da Amazônia. Também natural do Amapá, os fundadores tiveram a ideia de aproveitar o caroço do açaí na produção de uma bebida aromática: o café de açaí. A empresa existe desde 2011, mas só lançou o produto no mercado em 2020. Recentemente, o grupo fechou um contrato para enviar 2,5 toneladas por mês do produto para os EUA.

“A Engenho quer minimizar o problema causado pela cadeia produtiva do açaí, transformando o resíduo em uma bebida aromática”, afirma Lázaro Gonçalves, sócio administrador. De acordo com o IBGE, 1.696.485 toneladas de açaí foram cultivadas em 2023. O caroço, em média, corresponde a cerca de 40% do peso total do fruto.

Polo Industrial de Manaus

As startups de bioeconomia estão sendo incentivadas pelo Polo Industrial de Manaus, centros industrial e tecnológico com mais 500 empresas. A região é famosa por ceder espaço a grandes marcas do segmento eletroeletrônico, mas o crescimento da bioeconomia é outra modalidade que tem atraído a atenção de mais de 40 empresas investidoras. Por meio da política de PD&I, nos últimos cinco anos, mais de R$ 150 milhões foram investidos nessa área da economia.

As empresas produtoras de bens de informática de Manaus têm incentivos fiscais desde que invistam, anualmente, ao menos 5% do faturamento bruto em atividades de PD&I na região da Amazônia Ocidental – compostas pelos Estados do Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima – ou no Estado do Amapá.

Esse projeto, idealizado pela Suframa, é chamado de Programa Prioritário de Bioeconomia (PPBio). Desde 2018, o programa é coordenado pelo Idesam, organização vencedora do edital público que elegeu os responsáveis pela condução do PPBio. Neste ano, os negócios do segmento estimam faturar R$ 2 milhões.

Como as empresas investem?

A GBR, empresa de componentes do segmento eletrônico de Manaus, diz investir há mais de cinco anos em práticas de bioeconomia. O grupo tem parceria com a Biozer, uma startup da região que desenvolve cosméticos utilizando frutas típicas da Amazônia como matéria-prima. A marca já tem uma linha de produtos desenvolvidos a partir do açaí e da copaíba.

Rebecca Garcia, diretora de planejamento estratégico e novos negócios da empresa, destaca que os projetos são possíveis vetores de desenvolvimento econômico para a região pelo potencial da biodiversidade amazônica e pela capacidade de geração de emprego local.

Biozer é uma startup da região que desenvolve cosméticos utilizando frutas típicas da Amazônia como matéria-prima Foto: Thiago Looney/Idesam

Ainda em estudo, a startup está progredindo na produção de um gel cicatrizante para úlcera diabética que tem o gengibre amargo como componente principal. O produto está em fase de testes e pode estar pronto para o mercado no segundo semestre de 2025.

“O investimento em bioeconomia veio pelo comprometimento com a Amazônia”, afirma Thyago Alves, CEO da Flex Industries. A indústria de eletroeletrônicos tem donos amazonenses e procura investir em projetos locais desde 2017.

O grupo, também localizado em Manaus, investe na duplicação genética de sementes amazônicas. O objetivo é fazer com que frutas da região superem barreiras de logística para atingirem outros mercados do País. Para avançar nesse plano, a empresa contou com a ajuda de técnicos da Embrapa para elevar o valor agregado dos produtos.

Na Amazônia Legal, startups têm encontrado soluções inovadoras ao transformar resíduos da região em produtos de alto valor agregado. Este modelo de produção se baseia na bioeconomia, conceito que promove o uso sustentável dos recursos naturais, aliando desenvolvimento econômico à preservação ambiental. Um exemplo dessa tendência é a Biofert, sediada no Amapá, que investiu R$ 1,26 milhão por meio de iniciativas como o Sebrae, a Embrapii e a política de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).

A startup produz biocarvão de resíduos do açaí, usado como fertilizantes para regenerar solos de plantações. Idealizada em 2021, a empresa buscou apoio financeiro para transformar o caroço do açaí em seu produto final. “A partir da obtenção de recursos, conseguimos transformar o nosso protótipo em um bioreator com capacidade produtiva. Saímos da escala de 1,5 toneladas por mês para 93 toneladas por mês”, destaca Thyago Magnun, sócio-fundador do negócio.

A expectativa de produção para 2025 é de 1.200 toneladas, número que corresponde a mais de 800 hectares regenerados.

Produto da Biofert tem a finalidade de fixar o carbono e aumentar a produtividade da plantação  Foto: Fábio Emanuel Bezerra Braga/Biofert

A Engenho Café e Açaí é outro negócio que utiliza resíduos naturais da Amazônia. Também natural do Amapá, os fundadores tiveram a ideia de aproveitar o caroço do açaí na produção de uma bebida aromática: o café de açaí. A empresa existe desde 2011, mas só lançou o produto no mercado em 2020. Recentemente, o grupo fechou um contrato para enviar 2,5 toneladas por mês do produto para os EUA.

“A Engenho quer minimizar o problema causado pela cadeia produtiva do açaí, transformando o resíduo em uma bebida aromática”, afirma Lázaro Gonçalves, sócio administrador. De acordo com o IBGE, 1.696.485 toneladas de açaí foram cultivadas em 2023. O caroço, em média, corresponde a cerca de 40% do peso total do fruto.

Polo Industrial de Manaus

As startups de bioeconomia estão sendo incentivadas pelo Polo Industrial de Manaus, centros industrial e tecnológico com mais 500 empresas. A região é famosa por ceder espaço a grandes marcas do segmento eletroeletrônico, mas o crescimento da bioeconomia é outra modalidade que tem atraído a atenção de mais de 40 empresas investidoras. Por meio da política de PD&I, nos últimos cinco anos, mais de R$ 150 milhões foram investidos nessa área da economia.

As empresas produtoras de bens de informática de Manaus têm incentivos fiscais desde que invistam, anualmente, ao menos 5% do faturamento bruto em atividades de PD&I na região da Amazônia Ocidental – compostas pelos Estados do Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima – ou no Estado do Amapá.

Esse projeto, idealizado pela Suframa, é chamado de Programa Prioritário de Bioeconomia (PPBio). Desde 2018, o programa é coordenado pelo Idesam, organização vencedora do edital público que elegeu os responsáveis pela condução do PPBio. Neste ano, os negócios do segmento estimam faturar R$ 2 milhões.

Como as empresas investem?

A GBR, empresa de componentes do segmento eletrônico de Manaus, diz investir há mais de cinco anos em práticas de bioeconomia. O grupo tem parceria com a Biozer, uma startup da região que desenvolve cosméticos utilizando frutas típicas da Amazônia como matéria-prima. A marca já tem uma linha de produtos desenvolvidos a partir do açaí e da copaíba.

Rebecca Garcia, diretora de planejamento estratégico e novos negócios da empresa, destaca que os projetos são possíveis vetores de desenvolvimento econômico para a região pelo potencial da biodiversidade amazônica e pela capacidade de geração de emprego local.

Biozer é uma startup da região que desenvolve cosméticos utilizando frutas típicas da Amazônia como matéria-prima Foto: Thiago Looney/Idesam

Ainda em estudo, a startup está progredindo na produção de um gel cicatrizante para úlcera diabética que tem o gengibre amargo como componente principal. O produto está em fase de testes e pode estar pronto para o mercado no segundo semestre de 2025.

“O investimento em bioeconomia veio pelo comprometimento com a Amazônia”, afirma Thyago Alves, CEO da Flex Industries. A indústria de eletroeletrônicos tem donos amazonenses e procura investir em projetos locais desde 2017.

O grupo, também localizado em Manaus, investe na duplicação genética de sementes amazônicas. O objetivo é fazer com que frutas da região superem barreiras de logística para atingirem outros mercados do País. Para avançar nesse plano, a empresa contou com a ajuda de técnicos da Embrapa para elevar o valor agregado dos produtos.

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