É difícil saber exatamente o que esperar para 2022. As estruturas de trabalho pré-pandemia ficaram no passado e estamos repensando não só onde trabalhamos, mas também por que e como. Se não bastasse a incerteza quanto ao futuro da economia, da saúde e da política no País, o futuro do trabalho continua complexo, mas alguns caminhos são propostos por pesquisas que envolvem empresas e funcionários.
Nos últimos dois anos, foram feitas experimentações e novas formas de trabalhar foram testadas, do home office às ferramentas de comunicação e colaboração. Em meio a tantas mudanças, as demandas continuam chegando e as empresas tiveram de encontrar soluções inovadoras enquanto os colaboradores começaram a repensar e priorizar necessidades.
À medida que as corporações procuram criar ambientes mais saudáveis e redefinir a forma que os funcionários trabalham, estes, por sua vez, contam o que querem para o futuro do trabalho: valorização, hibridez e equidade.
O trabalho remoto continua sendo o 'queridinho' do momento. Em pesquisa realizada com mais de 730 profissionais brasileiros, o site de emprego Indeed indicou que, para 60% deles, a produtividade aumentou desde que começaram a trabalhar remotamente. Flexibilizar a rotina dos colaboradores melhora a saúde mental e ajuda a equilibrar vida pessoal e profissional.
Além disso, de acordo com a pesquisa, 20% dos entrevistados sugerem que mais empregadores deveriam oferecer opções de trabalho flexíveis, com quatro dias de expediente semanal ou subsídio de férias ilimitado, por exemplo.
Desenvolver uma cultura flexível ajuda na produtividade e na retenção dos colaboradores. Um dos destaques do relatório desenvolvido pela Herman Miller com arquitetos e designers de cinco Estados brasileiros é o espaço híbrido como ideal, uma vez que, com o trabalho remoto, as pessoas passaram a sentir falta do olho no olho e do sentimento de pertencimento.
Benefícios constroem o futuro do trabalho
Dado que o bem-estar é um grande foco para os empregadores, refletir sobre os benefícios oferecidos é uma forma simples de abordar a saúde financeira e emocional dos colaboradores. Além disso, a valorização do funcionário está diretamente ligada à retenção e produtividade dele.
Isso porque, de acordo com pesquisa da empresa de benefícios Flash, 84% dos 503 trabalhadores entrevistados consideram que as empresas que oferecem benefícios se importam mais com os colaboradores. Ao mesmo tempo, 54% dos funcionários preferem “melhores benefícios a melhores salários”.
O plano de saúde é considerado o mais importante pelos funcionários, sendo o mais oferecido pelas companhias. Em segundo lugar de preferência está o vale-alimentação. Mas o que as organizações ofertam nem sempre é o que o empregado espera. Em terceiro lugar, elas disponibilizam vale-transporte ou auxílio-combustível (57%), enquanto os trabalhadores preferem participação nos lucros (28%).
Uma pesquisa da Bain & Company, que ouviu cerca de dois mil brasileiros, também mostrou que, entre as dez prioridades listadas pelos trabalhadores na escolha de uma empresa, bons salários e benefícios ficaram em primeiro lugar. Oportunidades de crescimento e aprendizado ocuparam a segunda posição.
Diversas empresas escolheram o trabalho híbrido como modelo ideal para manter durante esse ano. A escolha requer cautela e planejamento para garantir que funcione tanto para a companhia quanto para os colaboradores. A combinação casa-escritório não é mais uma solução temporária, por isso, é preciso pensar estrategicamente para evitar futuras crises.
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