Trabalhar fora: empresas dão chance de fazer carreira pelo mundo; saiba como se preparar


Vivência internacional impulsiona crescimento profissional dos colaboradores e pode servir como ferramenta para capacitar e motivar equipes

Por Bruna Klingspiegel
Atualização:

A oportunidade de trabalhar quatro meses em um projeto no Reino Unido marcou um ponto de virada na carreira de Joana Rebocho dentro do Grupo Santander. Hoje, como head de Cultura, Engajamento e Aprendizado & Desenvolvimento, ela conta que essa experiência no exterior abriu novos horizontes, impulsionando seu crescimento profissional na empresa. Como resultado, Joana foi promovida a um cargo mais alto e também passou a ganhar mais.

Selecionada em 2019 para participar da iniciativa que já levou dezenas de brasileiros para os diversos escritórios da empresa pelo mundo, Rebocho assumiu o desafio de participar de um projeto de aceleração de mulheres em posição de liderança na região e pôde trazer percepções e experiências para adaptar e aplicar à realidade brasileira.

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“Meu antigo chefe do Reino Unido agora é meu parceiro de projetos aqui no Brasil. Podemos colaborar e trocar ideias. Já conheço toda a equipe, o que me dá um bom entendimento de como as coisas funcionam e me permite ter empatia com diferentes perspectivas”, conta Rebocho.

Joana Rebocho, 37 anos, responsável pela área de cultura, engajamento e educação do Santander Brasil Foto: TABA BENEDICTO

Experiência abre portas para crescer na carreira

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Ao vivenciar uma cultura diferente, lidar com desafios em outros países e interagir com profissionais de diversas nacionalidades, os colaboradores desenvolvem habilidades de adaptação, flexibilidade e pensamento estratégico.

De acordo com Mario Custódio, diretor da área de recrutamento executivo da Robert Half no Brasil, essa bagagem internacional é extremamente valorizada no mercado de trabalho e, assim como para Rebocho, pode abrir portas para oportunidades de crescimento profissional.

Empresas também ganham com qualificação

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Se para os profissionais existem incontáveis vantagens em participar desse tipo de oportunidade, do lado das empresas, iniciativas de vivência internacional também são um grande investimento de capacitação e aprimoramento das habilidades profissionais, explica Elita Ariaz, vice-presidente de recursos humanos do banco no Brasil.

Segundo ela, iniciativas como essas fazem parte de uma estratégia que tem se mostrado eficaz para aumentar o engajamento e a motivação por parte da equipe. Os colaboradores sentem-se valorizados e reconhecidos, o que fortalece o vínculo com a empresa e contribui para a retenção de talentos.

“É uma oportunidade para gente também de ter os nossos profissionais olhando o que está acontecendo lá fora e trazendo essa experiência para cá”, explica a VP.

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“Não precisamos ficar reinventando a roda, podemos partir de soluções de colegas, com outras vivências, mas que passam pelos mesmos desafios.”

Farmacêutica alemã forma líderes em outros países

A farmacêutica alemã Boehringer Ingelheim é outro exemplo de multinacional que oferece oportunidades para os funcionários explorarem diferentes locais e desenvolverem suas carreiras.

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Com um processo formal de conversas e avaliações para entender as necessidades e expectativas dos funcionários, a empresa tem políticas e programas que contemplam diferentes cenários, permitindo flexibilidade na tomada de decisões em relação ao trabalho no exterior.

O argentino Esteban Ziegler, diretor de recursos humanos no Brasil, e também um caso de sucesso da política na companhia, explica que a empresa alemã possui um programa de mobilidade interna, no qual os funcionários podem se candidatar a vagas em projetos temporários ou fixos em outros países.

O objetivo é permitir o crescimento natural dos colaboradores e formar líderes em diferentes partes do mundo.

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Ziegler começou sua carreira trabalhando na área de compensações e benefícios na Argentina, mas expressava meu desejo de conhecer outras culturas e continuar aprendendo fora do país.

A oportunidade surgiu quando participou de um projeto global de avaliação de posições em uma empresa multinacional. Inicialmente, foi para os Estados Unidos e depois para a Alemanha e, por fim, chegou ao Brasil, liderando o time de RH do País.

Outro exemplo do alto escalão da companhia é a nova presidente da Boehringer Ingelheim no Brasil. Após passagens por Suécia, Canadá e Alemanha, Andrea Sambati foi repatriada e assumiu o cargo em junho deste ano.

“Quando todo esse trabalho de movimentação é feito de uma maneira planejada, você consegue realmente tirar os frutos desse tipo de investimento. Investir em pessoas é o único caminho para chegar ao nível de excelência para os nossos pacientes”, diz.

Conhecimento é aplicado depois em projetos no Brasil

Em sua primeira edição, o programa de mobilidade internacional da empresa de meios de pagamento GetNet Brasil, também levou colaboradores para trabalharem nos escritórios da PagoNxt em Madrid.

Os colaboradores selecionados trabalham sob supervisão local e, ao retornarem, poderão aplicar seu conhecimento em projetos e soluções no Brasil.

Para Rogério Said, VP de RH da companhia, essa é uma oportunidade para os participantes desenvolverem suas competências de liderança, autonomia, desenvolvimento de projeto e também o idioma, essencial para participar dos projetos globais da companhia.

“Quando o talento é exportado, ele desenvolve características de um profissional global, então, em vez de só participar e produzir algo local, ele passa a pensar e entregar globalmente”, diz.

Como você pode se preparar?

Mario Custódio, diretor da área de recrutamento executivo da Robert Half no Brasil, listou seis pontos-chave para se preparar para oportunidades internacionais dentro da sua empresa, se existir essa possibilidade. Confira:

  • Tenha objetivos claros de carreira e demonstre seu interesse em oportunidades internacionais em conversas transparentes com superiores.
  • Faça uma autoavaliação de suas habilidades e identifique as lacunas que precisam ser desenvolvidas para se tornar elegível a projetos no exterior.
  • Busque treinamentos e programas de desenvolvimento para adquirir as habilidades necessárias.
  • Verifique se a empresa oferece iniciativas de mobilidade internacional e investigue a viabilidade dessas oportunidades.
  • Cultive networking interno e estabeleça contatos com profissionais do exterior para aumentar sua exposição e influência.
  • Fluência no idioma do país de interesse é essencial para facilitar a vida no exterior.

A oportunidade de trabalhar quatro meses em um projeto no Reino Unido marcou um ponto de virada na carreira de Joana Rebocho dentro do Grupo Santander. Hoje, como head de Cultura, Engajamento e Aprendizado & Desenvolvimento, ela conta que essa experiência no exterior abriu novos horizontes, impulsionando seu crescimento profissional na empresa. Como resultado, Joana foi promovida a um cargo mais alto e também passou a ganhar mais.

Selecionada em 2019 para participar da iniciativa que já levou dezenas de brasileiros para os diversos escritórios da empresa pelo mundo, Rebocho assumiu o desafio de participar de um projeto de aceleração de mulheres em posição de liderança na região e pôde trazer percepções e experiências para adaptar e aplicar à realidade brasileira.

“Meu antigo chefe do Reino Unido agora é meu parceiro de projetos aqui no Brasil. Podemos colaborar e trocar ideias. Já conheço toda a equipe, o que me dá um bom entendimento de como as coisas funcionam e me permite ter empatia com diferentes perspectivas”, conta Rebocho.

Joana Rebocho, 37 anos, responsável pela área de cultura, engajamento e educação do Santander Brasil Foto: TABA BENEDICTO

Experiência abre portas para crescer na carreira

Ao vivenciar uma cultura diferente, lidar com desafios em outros países e interagir com profissionais de diversas nacionalidades, os colaboradores desenvolvem habilidades de adaptação, flexibilidade e pensamento estratégico.

De acordo com Mario Custódio, diretor da área de recrutamento executivo da Robert Half no Brasil, essa bagagem internacional é extremamente valorizada no mercado de trabalho e, assim como para Rebocho, pode abrir portas para oportunidades de crescimento profissional.

Empresas também ganham com qualificação

Se para os profissionais existem incontáveis vantagens em participar desse tipo de oportunidade, do lado das empresas, iniciativas de vivência internacional também são um grande investimento de capacitação e aprimoramento das habilidades profissionais, explica Elita Ariaz, vice-presidente de recursos humanos do banco no Brasil.

Segundo ela, iniciativas como essas fazem parte de uma estratégia que tem se mostrado eficaz para aumentar o engajamento e a motivação por parte da equipe. Os colaboradores sentem-se valorizados e reconhecidos, o que fortalece o vínculo com a empresa e contribui para a retenção de talentos.

“É uma oportunidade para gente também de ter os nossos profissionais olhando o que está acontecendo lá fora e trazendo essa experiência para cá”, explica a VP.

“Não precisamos ficar reinventando a roda, podemos partir de soluções de colegas, com outras vivências, mas que passam pelos mesmos desafios.”

Farmacêutica alemã forma líderes em outros países

A farmacêutica alemã Boehringer Ingelheim é outro exemplo de multinacional que oferece oportunidades para os funcionários explorarem diferentes locais e desenvolverem suas carreiras.

Com um processo formal de conversas e avaliações para entender as necessidades e expectativas dos funcionários, a empresa tem políticas e programas que contemplam diferentes cenários, permitindo flexibilidade na tomada de decisões em relação ao trabalho no exterior.

O argentino Esteban Ziegler, diretor de recursos humanos no Brasil, e também um caso de sucesso da política na companhia, explica que a empresa alemã possui um programa de mobilidade interna, no qual os funcionários podem se candidatar a vagas em projetos temporários ou fixos em outros países.

O objetivo é permitir o crescimento natural dos colaboradores e formar líderes em diferentes partes do mundo.

Ziegler começou sua carreira trabalhando na área de compensações e benefícios na Argentina, mas expressava meu desejo de conhecer outras culturas e continuar aprendendo fora do país.

A oportunidade surgiu quando participou de um projeto global de avaliação de posições em uma empresa multinacional. Inicialmente, foi para os Estados Unidos e depois para a Alemanha e, por fim, chegou ao Brasil, liderando o time de RH do País.

Outro exemplo do alto escalão da companhia é a nova presidente da Boehringer Ingelheim no Brasil. Após passagens por Suécia, Canadá e Alemanha, Andrea Sambati foi repatriada e assumiu o cargo em junho deste ano.

“Quando todo esse trabalho de movimentação é feito de uma maneira planejada, você consegue realmente tirar os frutos desse tipo de investimento. Investir em pessoas é o único caminho para chegar ao nível de excelência para os nossos pacientes”, diz.

Conhecimento é aplicado depois em projetos no Brasil

Em sua primeira edição, o programa de mobilidade internacional da empresa de meios de pagamento GetNet Brasil, também levou colaboradores para trabalharem nos escritórios da PagoNxt em Madrid.

Os colaboradores selecionados trabalham sob supervisão local e, ao retornarem, poderão aplicar seu conhecimento em projetos e soluções no Brasil.

Para Rogério Said, VP de RH da companhia, essa é uma oportunidade para os participantes desenvolverem suas competências de liderança, autonomia, desenvolvimento de projeto e também o idioma, essencial para participar dos projetos globais da companhia.

“Quando o talento é exportado, ele desenvolve características de um profissional global, então, em vez de só participar e produzir algo local, ele passa a pensar e entregar globalmente”, diz.

Como você pode se preparar?

Mario Custódio, diretor da área de recrutamento executivo da Robert Half no Brasil, listou seis pontos-chave para se preparar para oportunidades internacionais dentro da sua empresa, se existir essa possibilidade. Confira:

  • Tenha objetivos claros de carreira e demonstre seu interesse em oportunidades internacionais em conversas transparentes com superiores.
  • Faça uma autoavaliação de suas habilidades e identifique as lacunas que precisam ser desenvolvidas para se tornar elegível a projetos no exterior.
  • Busque treinamentos e programas de desenvolvimento para adquirir as habilidades necessárias.
  • Verifique se a empresa oferece iniciativas de mobilidade internacional e investigue a viabilidade dessas oportunidades.
  • Cultive networking interno e estabeleça contatos com profissionais do exterior para aumentar sua exposição e influência.
  • Fluência no idioma do país de interesse é essencial para facilitar a vida no exterior.

A oportunidade de trabalhar quatro meses em um projeto no Reino Unido marcou um ponto de virada na carreira de Joana Rebocho dentro do Grupo Santander. Hoje, como head de Cultura, Engajamento e Aprendizado & Desenvolvimento, ela conta que essa experiência no exterior abriu novos horizontes, impulsionando seu crescimento profissional na empresa. Como resultado, Joana foi promovida a um cargo mais alto e também passou a ganhar mais.

Selecionada em 2019 para participar da iniciativa que já levou dezenas de brasileiros para os diversos escritórios da empresa pelo mundo, Rebocho assumiu o desafio de participar de um projeto de aceleração de mulheres em posição de liderança na região e pôde trazer percepções e experiências para adaptar e aplicar à realidade brasileira.

“Meu antigo chefe do Reino Unido agora é meu parceiro de projetos aqui no Brasil. Podemos colaborar e trocar ideias. Já conheço toda a equipe, o que me dá um bom entendimento de como as coisas funcionam e me permite ter empatia com diferentes perspectivas”, conta Rebocho.

Joana Rebocho, 37 anos, responsável pela área de cultura, engajamento e educação do Santander Brasil Foto: TABA BENEDICTO

Experiência abre portas para crescer na carreira

Ao vivenciar uma cultura diferente, lidar com desafios em outros países e interagir com profissionais de diversas nacionalidades, os colaboradores desenvolvem habilidades de adaptação, flexibilidade e pensamento estratégico.

De acordo com Mario Custódio, diretor da área de recrutamento executivo da Robert Half no Brasil, essa bagagem internacional é extremamente valorizada no mercado de trabalho e, assim como para Rebocho, pode abrir portas para oportunidades de crescimento profissional.

Empresas também ganham com qualificação

Se para os profissionais existem incontáveis vantagens em participar desse tipo de oportunidade, do lado das empresas, iniciativas de vivência internacional também são um grande investimento de capacitação e aprimoramento das habilidades profissionais, explica Elita Ariaz, vice-presidente de recursos humanos do banco no Brasil.

Segundo ela, iniciativas como essas fazem parte de uma estratégia que tem se mostrado eficaz para aumentar o engajamento e a motivação por parte da equipe. Os colaboradores sentem-se valorizados e reconhecidos, o que fortalece o vínculo com a empresa e contribui para a retenção de talentos.

“É uma oportunidade para gente também de ter os nossos profissionais olhando o que está acontecendo lá fora e trazendo essa experiência para cá”, explica a VP.

“Não precisamos ficar reinventando a roda, podemos partir de soluções de colegas, com outras vivências, mas que passam pelos mesmos desafios.”

Farmacêutica alemã forma líderes em outros países

A farmacêutica alemã Boehringer Ingelheim é outro exemplo de multinacional que oferece oportunidades para os funcionários explorarem diferentes locais e desenvolverem suas carreiras.

Com um processo formal de conversas e avaliações para entender as necessidades e expectativas dos funcionários, a empresa tem políticas e programas que contemplam diferentes cenários, permitindo flexibilidade na tomada de decisões em relação ao trabalho no exterior.

O argentino Esteban Ziegler, diretor de recursos humanos no Brasil, e também um caso de sucesso da política na companhia, explica que a empresa alemã possui um programa de mobilidade interna, no qual os funcionários podem se candidatar a vagas em projetos temporários ou fixos em outros países.

O objetivo é permitir o crescimento natural dos colaboradores e formar líderes em diferentes partes do mundo.

Ziegler começou sua carreira trabalhando na área de compensações e benefícios na Argentina, mas expressava meu desejo de conhecer outras culturas e continuar aprendendo fora do país.

A oportunidade surgiu quando participou de um projeto global de avaliação de posições em uma empresa multinacional. Inicialmente, foi para os Estados Unidos e depois para a Alemanha e, por fim, chegou ao Brasil, liderando o time de RH do País.

Outro exemplo do alto escalão da companhia é a nova presidente da Boehringer Ingelheim no Brasil. Após passagens por Suécia, Canadá e Alemanha, Andrea Sambati foi repatriada e assumiu o cargo em junho deste ano.

“Quando todo esse trabalho de movimentação é feito de uma maneira planejada, você consegue realmente tirar os frutos desse tipo de investimento. Investir em pessoas é o único caminho para chegar ao nível de excelência para os nossos pacientes”, diz.

Conhecimento é aplicado depois em projetos no Brasil

Em sua primeira edição, o programa de mobilidade internacional da empresa de meios de pagamento GetNet Brasil, também levou colaboradores para trabalharem nos escritórios da PagoNxt em Madrid.

Os colaboradores selecionados trabalham sob supervisão local e, ao retornarem, poderão aplicar seu conhecimento em projetos e soluções no Brasil.

Para Rogério Said, VP de RH da companhia, essa é uma oportunidade para os participantes desenvolverem suas competências de liderança, autonomia, desenvolvimento de projeto e também o idioma, essencial para participar dos projetos globais da companhia.

“Quando o talento é exportado, ele desenvolve características de um profissional global, então, em vez de só participar e produzir algo local, ele passa a pensar e entregar globalmente”, diz.

Como você pode se preparar?

Mario Custódio, diretor da área de recrutamento executivo da Robert Half no Brasil, listou seis pontos-chave para se preparar para oportunidades internacionais dentro da sua empresa, se existir essa possibilidade. Confira:

  • Tenha objetivos claros de carreira e demonstre seu interesse em oportunidades internacionais em conversas transparentes com superiores.
  • Faça uma autoavaliação de suas habilidades e identifique as lacunas que precisam ser desenvolvidas para se tornar elegível a projetos no exterior.
  • Busque treinamentos e programas de desenvolvimento para adquirir as habilidades necessárias.
  • Verifique se a empresa oferece iniciativas de mobilidade internacional e investigue a viabilidade dessas oportunidades.
  • Cultive networking interno e estabeleça contatos com profissionais do exterior para aumentar sua exposição e influência.
  • Fluência no idioma do país de interesse é essencial para facilitar a vida no exterior.

A oportunidade de trabalhar quatro meses em um projeto no Reino Unido marcou um ponto de virada na carreira de Joana Rebocho dentro do Grupo Santander. Hoje, como head de Cultura, Engajamento e Aprendizado & Desenvolvimento, ela conta que essa experiência no exterior abriu novos horizontes, impulsionando seu crescimento profissional na empresa. Como resultado, Joana foi promovida a um cargo mais alto e também passou a ganhar mais.

Selecionada em 2019 para participar da iniciativa que já levou dezenas de brasileiros para os diversos escritórios da empresa pelo mundo, Rebocho assumiu o desafio de participar de um projeto de aceleração de mulheres em posição de liderança na região e pôde trazer percepções e experiências para adaptar e aplicar à realidade brasileira.

“Meu antigo chefe do Reino Unido agora é meu parceiro de projetos aqui no Brasil. Podemos colaborar e trocar ideias. Já conheço toda a equipe, o que me dá um bom entendimento de como as coisas funcionam e me permite ter empatia com diferentes perspectivas”, conta Rebocho.

Joana Rebocho, 37 anos, responsável pela área de cultura, engajamento e educação do Santander Brasil Foto: TABA BENEDICTO

Experiência abre portas para crescer na carreira

Ao vivenciar uma cultura diferente, lidar com desafios em outros países e interagir com profissionais de diversas nacionalidades, os colaboradores desenvolvem habilidades de adaptação, flexibilidade e pensamento estratégico.

De acordo com Mario Custódio, diretor da área de recrutamento executivo da Robert Half no Brasil, essa bagagem internacional é extremamente valorizada no mercado de trabalho e, assim como para Rebocho, pode abrir portas para oportunidades de crescimento profissional.

Empresas também ganham com qualificação

Se para os profissionais existem incontáveis vantagens em participar desse tipo de oportunidade, do lado das empresas, iniciativas de vivência internacional também são um grande investimento de capacitação e aprimoramento das habilidades profissionais, explica Elita Ariaz, vice-presidente de recursos humanos do banco no Brasil.

Segundo ela, iniciativas como essas fazem parte de uma estratégia que tem se mostrado eficaz para aumentar o engajamento e a motivação por parte da equipe. Os colaboradores sentem-se valorizados e reconhecidos, o que fortalece o vínculo com a empresa e contribui para a retenção de talentos.

“É uma oportunidade para gente também de ter os nossos profissionais olhando o que está acontecendo lá fora e trazendo essa experiência para cá”, explica a VP.

“Não precisamos ficar reinventando a roda, podemos partir de soluções de colegas, com outras vivências, mas que passam pelos mesmos desafios.”

Farmacêutica alemã forma líderes em outros países

A farmacêutica alemã Boehringer Ingelheim é outro exemplo de multinacional que oferece oportunidades para os funcionários explorarem diferentes locais e desenvolverem suas carreiras.

Com um processo formal de conversas e avaliações para entender as necessidades e expectativas dos funcionários, a empresa tem políticas e programas que contemplam diferentes cenários, permitindo flexibilidade na tomada de decisões em relação ao trabalho no exterior.

O argentino Esteban Ziegler, diretor de recursos humanos no Brasil, e também um caso de sucesso da política na companhia, explica que a empresa alemã possui um programa de mobilidade interna, no qual os funcionários podem se candidatar a vagas em projetos temporários ou fixos em outros países.

O objetivo é permitir o crescimento natural dos colaboradores e formar líderes em diferentes partes do mundo.

Ziegler começou sua carreira trabalhando na área de compensações e benefícios na Argentina, mas expressava meu desejo de conhecer outras culturas e continuar aprendendo fora do país.

A oportunidade surgiu quando participou de um projeto global de avaliação de posições em uma empresa multinacional. Inicialmente, foi para os Estados Unidos e depois para a Alemanha e, por fim, chegou ao Brasil, liderando o time de RH do País.

Outro exemplo do alto escalão da companhia é a nova presidente da Boehringer Ingelheim no Brasil. Após passagens por Suécia, Canadá e Alemanha, Andrea Sambati foi repatriada e assumiu o cargo em junho deste ano.

“Quando todo esse trabalho de movimentação é feito de uma maneira planejada, você consegue realmente tirar os frutos desse tipo de investimento. Investir em pessoas é o único caminho para chegar ao nível de excelência para os nossos pacientes”, diz.

Conhecimento é aplicado depois em projetos no Brasil

Em sua primeira edição, o programa de mobilidade internacional da empresa de meios de pagamento GetNet Brasil, também levou colaboradores para trabalharem nos escritórios da PagoNxt em Madrid.

Os colaboradores selecionados trabalham sob supervisão local e, ao retornarem, poderão aplicar seu conhecimento em projetos e soluções no Brasil.

Para Rogério Said, VP de RH da companhia, essa é uma oportunidade para os participantes desenvolverem suas competências de liderança, autonomia, desenvolvimento de projeto e também o idioma, essencial para participar dos projetos globais da companhia.

“Quando o talento é exportado, ele desenvolve características de um profissional global, então, em vez de só participar e produzir algo local, ele passa a pensar e entregar globalmente”, diz.

Como você pode se preparar?

Mario Custódio, diretor da área de recrutamento executivo da Robert Half no Brasil, listou seis pontos-chave para se preparar para oportunidades internacionais dentro da sua empresa, se existir essa possibilidade. Confira:

  • Tenha objetivos claros de carreira e demonstre seu interesse em oportunidades internacionais em conversas transparentes com superiores.
  • Faça uma autoavaliação de suas habilidades e identifique as lacunas que precisam ser desenvolvidas para se tornar elegível a projetos no exterior.
  • Busque treinamentos e programas de desenvolvimento para adquirir as habilidades necessárias.
  • Verifique se a empresa oferece iniciativas de mobilidade internacional e investigue a viabilidade dessas oportunidades.
  • Cultive networking interno e estabeleça contatos com profissionais do exterior para aumentar sua exposição e influência.
  • Fluência no idioma do país de interesse é essencial para facilitar a vida no exterior.

A oportunidade de trabalhar quatro meses em um projeto no Reino Unido marcou um ponto de virada na carreira de Joana Rebocho dentro do Grupo Santander. Hoje, como head de Cultura, Engajamento e Aprendizado & Desenvolvimento, ela conta que essa experiência no exterior abriu novos horizontes, impulsionando seu crescimento profissional na empresa. Como resultado, Joana foi promovida a um cargo mais alto e também passou a ganhar mais.

Selecionada em 2019 para participar da iniciativa que já levou dezenas de brasileiros para os diversos escritórios da empresa pelo mundo, Rebocho assumiu o desafio de participar de um projeto de aceleração de mulheres em posição de liderança na região e pôde trazer percepções e experiências para adaptar e aplicar à realidade brasileira.

“Meu antigo chefe do Reino Unido agora é meu parceiro de projetos aqui no Brasil. Podemos colaborar e trocar ideias. Já conheço toda a equipe, o que me dá um bom entendimento de como as coisas funcionam e me permite ter empatia com diferentes perspectivas”, conta Rebocho.

Joana Rebocho, 37 anos, responsável pela área de cultura, engajamento e educação do Santander Brasil Foto: TABA BENEDICTO

Experiência abre portas para crescer na carreira

Ao vivenciar uma cultura diferente, lidar com desafios em outros países e interagir com profissionais de diversas nacionalidades, os colaboradores desenvolvem habilidades de adaptação, flexibilidade e pensamento estratégico.

De acordo com Mario Custódio, diretor da área de recrutamento executivo da Robert Half no Brasil, essa bagagem internacional é extremamente valorizada no mercado de trabalho e, assim como para Rebocho, pode abrir portas para oportunidades de crescimento profissional.

Empresas também ganham com qualificação

Se para os profissionais existem incontáveis vantagens em participar desse tipo de oportunidade, do lado das empresas, iniciativas de vivência internacional também são um grande investimento de capacitação e aprimoramento das habilidades profissionais, explica Elita Ariaz, vice-presidente de recursos humanos do banco no Brasil.

Segundo ela, iniciativas como essas fazem parte de uma estratégia que tem se mostrado eficaz para aumentar o engajamento e a motivação por parte da equipe. Os colaboradores sentem-se valorizados e reconhecidos, o que fortalece o vínculo com a empresa e contribui para a retenção de talentos.

“É uma oportunidade para gente também de ter os nossos profissionais olhando o que está acontecendo lá fora e trazendo essa experiência para cá”, explica a VP.

“Não precisamos ficar reinventando a roda, podemos partir de soluções de colegas, com outras vivências, mas que passam pelos mesmos desafios.”

Farmacêutica alemã forma líderes em outros países

A farmacêutica alemã Boehringer Ingelheim é outro exemplo de multinacional que oferece oportunidades para os funcionários explorarem diferentes locais e desenvolverem suas carreiras.

Com um processo formal de conversas e avaliações para entender as necessidades e expectativas dos funcionários, a empresa tem políticas e programas que contemplam diferentes cenários, permitindo flexibilidade na tomada de decisões em relação ao trabalho no exterior.

O argentino Esteban Ziegler, diretor de recursos humanos no Brasil, e também um caso de sucesso da política na companhia, explica que a empresa alemã possui um programa de mobilidade interna, no qual os funcionários podem se candidatar a vagas em projetos temporários ou fixos em outros países.

O objetivo é permitir o crescimento natural dos colaboradores e formar líderes em diferentes partes do mundo.

Ziegler começou sua carreira trabalhando na área de compensações e benefícios na Argentina, mas expressava meu desejo de conhecer outras culturas e continuar aprendendo fora do país.

A oportunidade surgiu quando participou de um projeto global de avaliação de posições em uma empresa multinacional. Inicialmente, foi para os Estados Unidos e depois para a Alemanha e, por fim, chegou ao Brasil, liderando o time de RH do País.

Outro exemplo do alto escalão da companhia é a nova presidente da Boehringer Ingelheim no Brasil. Após passagens por Suécia, Canadá e Alemanha, Andrea Sambati foi repatriada e assumiu o cargo em junho deste ano.

“Quando todo esse trabalho de movimentação é feito de uma maneira planejada, você consegue realmente tirar os frutos desse tipo de investimento. Investir em pessoas é o único caminho para chegar ao nível de excelência para os nossos pacientes”, diz.

Conhecimento é aplicado depois em projetos no Brasil

Em sua primeira edição, o programa de mobilidade internacional da empresa de meios de pagamento GetNet Brasil, também levou colaboradores para trabalharem nos escritórios da PagoNxt em Madrid.

Os colaboradores selecionados trabalham sob supervisão local e, ao retornarem, poderão aplicar seu conhecimento em projetos e soluções no Brasil.

Para Rogério Said, VP de RH da companhia, essa é uma oportunidade para os participantes desenvolverem suas competências de liderança, autonomia, desenvolvimento de projeto e também o idioma, essencial para participar dos projetos globais da companhia.

“Quando o talento é exportado, ele desenvolve características de um profissional global, então, em vez de só participar e produzir algo local, ele passa a pensar e entregar globalmente”, diz.

Como você pode se preparar?

Mario Custódio, diretor da área de recrutamento executivo da Robert Half no Brasil, listou seis pontos-chave para se preparar para oportunidades internacionais dentro da sua empresa, se existir essa possibilidade. Confira:

  • Tenha objetivos claros de carreira e demonstre seu interesse em oportunidades internacionais em conversas transparentes com superiores.
  • Faça uma autoavaliação de suas habilidades e identifique as lacunas que precisam ser desenvolvidas para se tornar elegível a projetos no exterior.
  • Busque treinamentos e programas de desenvolvimento para adquirir as habilidades necessárias.
  • Verifique se a empresa oferece iniciativas de mobilidade internacional e investigue a viabilidade dessas oportunidades.
  • Cultive networking interno e estabeleça contatos com profissionais do exterior para aumentar sua exposição e influência.
  • Fluência no idioma do país de interesse é essencial para facilitar a vida no exterior.

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