Comunicação interna é legado da pandemia e se torna prioridade para 2022


Diálogo com funcionários se torna ferramenta estratégica para medir nível de satisfação e engajar; metade das empresas veem área como tema do ano, segundo pesquisa da GPTW

Por Bianca Zanatta

A pesquisa anual “Tendências em Gestão de Pessoas” do Great Place to Work (GPTW) apontou a comunicação interna como um dos principais temas a serem trabalhados pelas empresas em 2022, segundo 49,2% dentre os mais de 2,6 mil profissionais ouvidos na quarta edição do levantamento. De acordo com os entrevistados, a adoção dos formatos de trabalho híbrido, remoto e flexível continua sendo um desafio para as empresas, que precisam encontrar as tecnologias adequadas para manter o fluxo da comunicação e redesenhar processos para que todos se sintam contemplados na troca de informações.

Para o diretor de governança da startup Dialog.ci, Gabriel Kessler, a principal dor da comunicação interna sempre foi o alcance. “Chegar no colaborador que está no campo, na fábrica, na loja ou na estrada é um desafio. E além de chegar, saber se a mensagem de fato foi entendida”, afirma. Com a pandemia, ele fala que esse desafio ficou ainda mais complexo, pois uma dificuldade que antes era “restrita” ao público operacional - entre aspas, segundo ele, porque o público operacional é a imensa maioria dos colaboradores - passou a ser um desafio também no time administrativo, que antes tinha uma comunicação muito mais fluida nos escritórios.

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“Depender de jornal, mural ou do cascateamento de informações via líderes não permite que a empresa saiba se a mensagem está chegando como e onde deveria”, diz Kessler. “Sabe aquele papo do cafezinho, o almoço de trabalho, a ideia no corredor? No Cubo (hub de startups do Itaú), isso era chamado de serendipidade. Com o home office, diminuiu muito.” São os prós e contras do novo modelo de trabalho, de acordo com ele. Se de um lado a área de Recursos Humanos e a comunicação fizeram esforços para promover encontros virtuais e estimular a integração nas organizações, do outro o trabalho remoto dificultou algumas práticas que antes eram habituais. “As ferramentas de produtividade remota e de teleconferência se desenvolveram muito nesse período, mas houve uma redução nos espaços de troca e geração de ideias”, exemplifica.

Juliana Dimário, líder de cultura e pessoas da CBYK. Foto: Werther Santana/Estadão

Com tantas mudanças no formato de trabalho, a líder de cultura e pessoas da CBYK, Juliana Dimário, fala que a comunicação interna passou a ser olhada como estratégia. “Antes era uma área mais vista como custo, que só soltava comunicado. Com a pandemia, tivemos que buscar ferramentas mais assertivas, criar uma comunicação entre líderes e liderados, fazer a aproximação dos times”, explica. “A gente também passou a treinar os líderes para serem grandes comunicólogos, desenvolvendo soft skills como empatia e escuta ativa.”

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No caso da CBYK, que tem hoje 280 colaboradores trabalhando em formato híbrido, a executiva conta que o maior desafio foi conversar com aqueles que ficam alocados em clientes. “Em um primeiro momento, fizemos uma pesquisa para entender que assuntos faziam sentido para eles. E descobrimos que eram temas como saúde mental, educação emocional e financeira, saber mais da empresa”, diz. “Mais do que encher a pessoa de informações, precisa saber do que ela precisa.”

Além de intensificar treinamentos, usar ferramentas como Teams e e-mail e criar um mural digital de elogios entre funcionários, a executiva apostou no que batizou de “rádio pirata do bem” - grupos de Whatsapp em que os próprios colaboradores disseminam assuntos ligados à cultura da empresa.

“Por exemplo, na nossa ação de Dia das Mães, perguntamos se seria difícil fazer um dia da pizza. A ideia era mandar os kits com tudo para que as mães fizessem em casa e depois quem quisesse poderia compartilhar como foi a experiência”, ela explica. “Das 20 mães que receberam o kit, 15 compartilharam, mostraram como foi. O envolvimento das pessoas é um baita indicador de que a comunicação está sendo efetiva.”

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Transparência para ter funcionários engajados

Com quatro grandes marcas e 2,3 mil colaboradores embaixo de seu guarda-chuva, a Edenred Brasil tem um time de sete profissionais que cuidam exclusivamente da comunicação. “Quando todos foram para casa, a primeira ação foi criar um comitê multidisciplinar em que a comunicação interna tinha cadeira fixa para debates e estratégias”, relata Guilherme Almeida, gerente de comunicação interna do grupo. “Não é uma caixinha fechada, um quadradinho que fica em uma área específica. A gente participa com o board da empresa e a comunicação interna e a externa andam juntas para que o colaborador não fique sabendo de nada depois do mercado.”

Outro aspecto que foi impulsionado pela pandemia foi a maior humanização da comunicação, segundo ele, utilizando os próprios executivos para se aproximarem dos colaboradores. “Foi inclusive no pico da pandemia que tivemos o maior crescimento de satisfação dentro da empresa. Isso é resultado de um processo de comunicação com agilidade e transparência das informações”, explica o executivo. 

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A área também adotou como termômetro o NPS (Net Promoter Score), metodologia que permite mensurar o grau de satisfação e lealdade do capital humano das empresas com precisão. Almeida conta que o índice da Edenred chegou pela primeira vez à Zona de Qualidade em 2021, alcançando 57. O aumento foi de 7,6 pontos em relação a 2020. 

“É maravilhoso ter uma comunicação bonita e criativa, mas são os números que mostram a transformação”, afirma Almeida. “As pesquisas de satisfação com a comunicação são importantes, mas a satisfação é subjetiva. Já o NPS mostra o quanto o colaborador assina embaixo e recomenda a empresa, além de permitir que a gente identifique promotores por estrutura e onde estão os problemas.”

O gerente acredita ainda que estejamos entrando em uma era em que os colaboradores terão cada vez mais poder sobre como querem interagir com a organização e receber seus conteúdos. “Aqui a pessoa decide se quer seguir no Instagram, fazer parte da rede social interna global, participar das ações de engajamento”, exemplifica. “As empresas estão entendendo que o colaborador também tem voz ativa. E uma boa comunicação interna precisa passar por atitude, escuta ativa e criatividade para empoderar as pessoas, transformá-las em embaixadoras da marca”, destaca o executivo. Segundo ele, no ano passado houve mais de 7 mil compartilhamentos externos de conteúdos do grupo, todos feitos espontaneamente pelos colaboradores em suas redes sociais pessoais.

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A pesquisa anual “Tendências em Gestão de Pessoas” do Great Place to Work (GPTW) apontou a comunicação interna como um dos principais temas a serem trabalhados pelas empresas em 2022, segundo 49,2% dentre os mais de 2,6 mil profissionais ouvidos na quarta edição do levantamento. De acordo com os entrevistados, a adoção dos formatos de trabalho híbrido, remoto e flexível continua sendo um desafio para as empresas, que precisam encontrar as tecnologias adequadas para manter o fluxo da comunicação e redesenhar processos para que todos se sintam contemplados na troca de informações.

Para o diretor de governança da startup Dialog.ci, Gabriel Kessler, a principal dor da comunicação interna sempre foi o alcance. “Chegar no colaborador que está no campo, na fábrica, na loja ou na estrada é um desafio. E além de chegar, saber se a mensagem de fato foi entendida”, afirma. Com a pandemia, ele fala que esse desafio ficou ainda mais complexo, pois uma dificuldade que antes era “restrita” ao público operacional - entre aspas, segundo ele, porque o público operacional é a imensa maioria dos colaboradores - passou a ser um desafio também no time administrativo, que antes tinha uma comunicação muito mais fluida nos escritórios.

“Depender de jornal, mural ou do cascateamento de informações via líderes não permite que a empresa saiba se a mensagem está chegando como e onde deveria”, diz Kessler. “Sabe aquele papo do cafezinho, o almoço de trabalho, a ideia no corredor? No Cubo (hub de startups do Itaú), isso era chamado de serendipidade. Com o home office, diminuiu muito.” São os prós e contras do novo modelo de trabalho, de acordo com ele. Se de um lado a área de Recursos Humanos e a comunicação fizeram esforços para promover encontros virtuais e estimular a integração nas organizações, do outro o trabalho remoto dificultou algumas práticas que antes eram habituais. “As ferramentas de produtividade remota e de teleconferência se desenvolveram muito nesse período, mas houve uma redução nos espaços de troca e geração de ideias”, exemplifica.

Juliana Dimário, líder de cultura e pessoas da CBYK. Foto: Werther Santana/Estadão

Com tantas mudanças no formato de trabalho, a líder de cultura e pessoas da CBYK, Juliana Dimário, fala que a comunicação interna passou a ser olhada como estratégia. “Antes era uma área mais vista como custo, que só soltava comunicado. Com a pandemia, tivemos que buscar ferramentas mais assertivas, criar uma comunicação entre líderes e liderados, fazer a aproximação dos times”, explica. “A gente também passou a treinar os líderes para serem grandes comunicólogos, desenvolvendo soft skills como empatia e escuta ativa.”

No caso da CBYK, que tem hoje 280 colaboradores trabalhando em formato híbrido, a executiva conta que o maior desafio foi conversar com aqueles que ficam alocados em clientes. “Em um primeiro momento, fizemos uma pesquisa para entender que assuntos faziam sentido para eles. E descobrimos que eram temas como saúde mental, educação emocional e financeira, saber mais da empresa”, diz. “Mais do que encher a pessoa de informações, precisa saber do que ela precisa.”

Além de intensificar treinamentos, usar ferramentas como Teams e e-mail e criar um mural digital de elogios entre funcionários, a executiva apostou no que batizou de “rádio pirata do bem” - grupos de Whatsapp em que os próprios colaboradores disseminam assuntos ligados à cultura da empresa.

“Por exemplo, na nossa ação de Dia das Mães, perguntamos se seria difícil fazer um dia da pizza. A ideia era mandar os kits com tudo para que as mães fizessem em casa e depois quem quisesse poderia compartilhar como foi a experiência”, ela explica. “Das 20 mães que receberam o kit, 15 compartilharam, mostraram como foi. O envolvimento das pessoas é um baita indicador de que a comunicação está sendo efetiva.”

Transparência para ter funcionários engajados

Com quatro grandes marcas e 2,3 mil colaboradores embaixo de seu guarda-chuva, a Edenred Brasil tem um time de sete profissionais que cuidam exclusivamente da comunicação. “Quando todos foram para casa, a primeira ação foi criar um comitê multidisciplinar em que a comunicação interna tinha cadeira fixa para debates e estratégias”, relata Guilherme Almeida, gerente de comunicação interna do grupo. “Não é uma caixinha fechada, um quadradinho que fica em uma área específica. A gente participa com o board da empresa e a comunicação interna e a externa andam juntas para que o colaborador não fique sabendo de nada depois do mercado.”

Outro aspecto que foi impulsionado pela pandemia foi a maior humanização da comunicação, segundo ele, utilizando os próprios executivos para se aproximarem dos colaboradores. “Foi inclusive no pico da pandemia que tivemos o maior crescimento de satisfação dentro da empresa. Isso é resultado de um processo de comunicação com agilidade e transparência das informações”, explica o executivo. 

A área também adotou como termômetro o NPS (Net Promoter Score), metodologia que permite mensurar o grau de satisfação e lealdade do capital humano das empresas com precisão. Almeida conta que o índice da Edenred chegou pela primeira vez à Zona de Qualidade em 2021, alcançando 57. O aumento foi de 7,6 pontos em relação a 2020. 

“É maravilhoso ter uma comunicação bonita e criativa, mas são os números que mostram a transformação”, afirma Almeida. “As pesquisas de satisfação com a comunicação são importantes, mas a satisfação é subjetiva. Já o NPS mostra o quanto o colaborador assina embaixo e recomenda a empresa, além de permitir que a gente identifique promotores por estrutura e onde estão os problemas.”

O gerente acredita ainda que estejamos entrando em uma era em que os colaboradores terão cada vez mais poder sobre como querem interagir com a organização e receber seus conteúdos. “Aqui a pessoa decide se quer seguir no Instagram, fazer parte da rede social interna global, participar das ações de engajamento”, exemplifica. “As empresas estão entendendo que o colaborador também tem voz ativa. E uma boa comunicação interna precisa passar por atitude, escuta ativa e criatividade para empoderar as pessoas, transformá-las em embaixadoras da marca”, destaca o executivo. Segundo ele, no ano passado houve mais de 7 mil compartilhamentos externos de conteúdos do grupo, todos feitos espontaneamente pelos colaboradores em suas redes sociais pessoais.

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Para o diretor de governança da startup Dialog.ci, Gabriel Kessler, a principal dor da comunicação interna sempre foi o alcance. “Chegar no colaborador que está no campo, na fábrica, na loja ou na estrada é um desafio. E além de chegar, saber se a mensagem de fato foi entendida”, afirma. Com a pandemia, ele fala que esse desafio ficou ainda mais complexo, pois uma dificuldade que antes era “restrita” ao público operacional - entre aspas, segundo ele, porque o público operacional é a imensa maioria dos colaboradores - passou a ser um desafio também no time administrativo, que antes tinha uma comunicação muito mais fluida nos escritórios.

“Depender de jornal, mural ou do cascateamento de informações via líderes não permite que a empresa saiba se a mensagem está chegando como e onde deveria”, diz Kessler. “Sabe aquele papo do cafezinho, o almoço de trabalho, a ideia no corredor? No Cubo (hub de startups do Itaú), isso era chamado de serendipidade. Com o home office, diminuiu muito.” São os prós e contras do novo modelo de trabalho, de acordo com ele. Se de um lado a área de Recursos Humanos e a comunicação fizeram esforços para promover encontros virtuais e estimular a integração nas organizações, do outro o trabalho remoto dificultou algumas práticas que antes eram habituais. “As ferramentas de produtividade remota e de teleconferência se desenvolveram muito nesse período, mas houve uma redução nos espaços de troca e geração de ideias”, exemplifica.

Juliana Dimário, líder de cultura e pessoas da CBYK. Foto: Werther Santana/Estadão

Com tantas mudanças no formato de trabalho, a líder de cultura e pessoas da CBYK, Juliana Dimário, fala que a comunicação interna passou a ser olhada como estratégia. “Antes era uma área mais vista como custo, que só soltava comunicado. Com a pandemia, tivemos que buscar ferramentas mais assertivas, criar uma comunicação entre líderes e liderados, fazer a aproximação dos times”, explica. “A gente também passou a treinar os líderes para serem grandes comunicólogos, desenvolvendo soft skills como empatia e escuta ativa.”

No caso da CBYK, que tem hoje 280 colaboradores trabalhando em formato híbrido, a executiva conta que o maior desafio foi conversar com aqueles que ficam alocados em clientes. “Em um primeiro momento, fizemos uma pesquisa para entender que assuntos faziam sentido para eles. E descobrimos que eram temas como saúde mental, educação emocional e financeira, saber mais da empresa”, diz. “Mais do que encher a pessoa de informações, precisa saber do que ela precisa.”

Além de intensificar treinamentos, usar ferramentas como Teams e e-mail e criar um mural digital de elogios entre funcionários, a executiva apostou no que batizou de “rádio pirata do bem” - grupos de Whatsapp em que os próprios colaboradores disseminam assuntos ligados à cultura da empresa.

“Por exemplo, na nossa ação de Dia das Mães, perguntamos se seria difícil fazer um dia da pizza. A ideia era mandar os kits com tudo para que as mães fizessem em casa e depois quem quisesse poderia compartilhar como foi a experiência”, ela explica. “Das 20 mães que receberam o kit, 15 compartilharam, mostraram como foi. O envolvimento das pessoas é um baita indicador de que a comunicação está sendo efetiva.”

Transparência para ter funcionários engajados

Com quatro grandes marcas e 2,3 mil colaboradores embaixo de seu guarda-chuva, a Edenred Brasil tem um time de sete profissionais que cuidam exclusivamente da comunicação. “Quando todos foram para casa, a primeira ação foi criar um comitê multidisciplinar em que a comunicação interna tinha cadeira fixa para debates e estratégias”, relata Guilherme Almeida, gerente de comunicação interna do grupo. “Não é uma caixinha fechada, um quadradinho que fica em uma área específica. A gente participa com o board da empresa e a comunicação interna e a externa andam juntas para que o colaborador não fique sabendo de nada depois do mercado.”

Outro aspecto que foi impulsionado pela pandemia foi a maior humanização da comunicação, segundo ele, utilizando os próprios executivos para se aproximarem dos colaboradores. “Foi inclusive no pico da pandemia que tivemos o maior crescimento de satisfação dentro da empresa. Isso é resultado de um processo de comunicação com agilidade e transparência das informações”, explica o executivo. 

A área também adotou como termômetro o NPS (Net Promoter Score), metodologia que permite mensurar o grau de satisfação e lealdade do capital humano das empresas com precisão. Almeida conta que o índice da Edenred chegou pela primeira vez à Zona de Qualidade em 2021, alcançando 57. O aumento foi de 7,6 pontos em relação a 2020. 

“É maravilhoso ter uma comunicação bonita e criativa, mas são os números que mostram a transformação”, afirma Almeida. “As pesquisas de satisfação com a comunicação são importantes, mas a satisfação é subjetiva. Já o NPS mostra o quanto o colaborador assina embaixo e recomenda a empresa, além de permitir que a gente identifique promotores por estrutura e onde estão os problemas.”

O gerente acredita ainda que estejamos entrando em uma era em que os colaboradores terão cada vez mais poder sobre como querem interagir com a organização e receber seus conteúdos. “Aqui a pessoa decide se quer seguir no Instagram, fazer parte da rede social interna global, participar das ações de engajamento”, exemplifica. “As empresas estão entendendo que o colaborador também tem voz ativa. E uma boa comunicação interna precisa passar por atitude, escuta ativa e criatividade para empoderar as pessoas, transformá-las em embaixadoras da marca”, destaca o executivo. Segundo ele, no ano passado houve mais de 7 mil compartilhamentos externos de conteúdos do grupo, todos feitos espontaneamente pelos colaboradores em suas redes sociais pessoais.

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