O número de casos de afastamentos de funcionários por dengue deu um salto no primeiro trimestre deste ano, com 2.651 atestados médicos. Isso representa uma alta de 986% em comparação com o mesmo período do ano passado, que teve 244 ausências justificadas pela doença.
Os dados são de levantamento da B2P, consultoria de gestão de funcionários. A maioria dos afastamentos aconteceu em março, que registrou 1.847 atestados.
Na sequência estão fevereiro e janeiro, com 405 e 399 afastamentos, respectivamente. Até o dia 10 de abril, o Brasil já tinha mais de 3 milhões de casos de dengue.
Os números são do Painel de Arboviroses, do Ministério da Saúde, e não refletem imediatamente a realidade, já que há um intervalo até que sejam totalmente atualizados.
Os dados também mostram uma alta de 1.224% na quantidade total de dias de afastamentos. Somados, os atestados do primeiro trimestre de 2024 registram mais de 7.100 dias de ausência no trabalho por dengue. No mesmo período do ano passado, foram 536 dias.
Com mais funcionários parados, as empresas tiveram custo de R$ 1,2 milhão de janeiro a março de 2024. O levantamento consultou cerca de 267 mil colaboradores
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“É um indicador bastante alarmante e que corrobora que temos visto. As empresas estão enfrentando um elevado número de afastamentos em função da alta incidência de casos de dengue”, afirma Marlene Capel, diretora da B2P, em nota enviada à imprensa.