Trabalhadores que escapam de demissão em massa precisam de diálogo e adaptação na empresa; entenda


Lidar com a angústia e se adaptar ao novo cenário é fundamental para profissionais que não são desligados; empresas devem buscar transparência

Por João Scheller
Atualização:

Nos últimos meses, é cada vez mais difícil rolar o feed do LinkedIn e não encontrar notícias ou relatos sobre uma nova rodada de layoffs em empresas de tecnologia. A onda de demissões no setor tem se tornado lugar comum e atinge desde bigtechs até pequenas startups, em diferentes partes do mundo - só até o final do ano passado, mais de 85 mil pessoas foram desligadas de empresas de tecnologia nos EUA, por exemplo.

Enquanto os profissionais desligados, em geral, partem em busca de uma recolocação no mercado de trabalho, aqueles que permanecem também enfrentam dilemas importantes. Lidar com a angústia de permanecer em uma companhia com a saúde financeira instável, a dificuldade de compreender as mudanças de postura no ambiente de trabalho e a sobrecarga causada pela diminuição no número de funcionários são alguns dos pontos destacados por especialistas ouvidos pelo Estadão.

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Apesar disso, eles apontam ser necessário estabelecer uma relação de diálogo com os gestores. Isso vai ajudar a compreender a postura a ser adotada após o movimento de demissão em massa e a se tornar cada vez mais adaptável. Para as empresas, é importante se reestruturar para uma nova realidade financeira sem comprometer a essência da companhia.

Tentar ser mais flexível e tornar-se útil para outras áreas da empresa é fundamental para aqueles que permanecem empregados após layoff Foto: Patrick T. Fallon/Bloomberg - 13/06/2020

Adaptação é fundamental

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Na avaliação de Junior Borneli, fundador da plataforma de educação profissional StartSe, uma das perguntas que deve ser feita por aqueles que permanecem após um processo de desligamento é “Será que eu consigo mostrar valor para outra área de companhia?”.

Segundo ele, compreender que é necessário ser mais flexível e tornar-se útil para outras áreas da empresa pode ajudar o profissional a ser realocado em um futuro movimento de layoff, além de demonstrar flexibilidade e valor para a companhia.

A preparação emocional para lidar com a situação também é fundamental para passar por um processo de reestruturação. “Instabilidade, incerteza muito grande e uma impressão de que pode ser o próximo. Isso tudo afeta a vida das pessoas”, pontua.

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“Um ponto importante é fazer muito bem o seu trabalho”, afirma Ana Paula Prado, CEO do portal de vagas Infojobs e porta-voz do PandaPé, sistema de recrutamento e seleção de profissionais.

Ela pontua que focar na estabilidade emocional é o primeiro passo para os profissionais poupados, para evitar com que o processo afete negativamente processos que já ocorriam antes do layoff. “Temos de saber que desligamentos podem acontecer em qualquer lugar”, explica.

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Além disso, a compreensão de que o espaço de trabalho é um local seguro para o profissional crescer também deve ser analisado. “Se você continua na empresa, está se sentindo muito inseguro e percebe que não está sendo saudável, talvez seja melhor buscar uma outra alternativa de emprego desde já, se for possível”, afirma.

Cultura organizacional

A cultura de maior tolerância a falhas, cultivada por muitas empresas de tecnologia, por acreditar que fazem parte do processo criativo, não pode ser drasticamente modificada, apesar das dificuldades no setor, defende Borneli. “Se as companhias tiram o pé totalmente da inovação, se colocam em risco”, afirma.

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Para ele, os próximos meses serão de adaptação, onde as empresas terão de repensar suas estruturas de organização, além da fonte de recursos para se manterem vivas em um cenário de dificuldades no setor. “A estrutura organizacional precisa mudar e vai mudar”, explica, ao citar que a crise no setor ainda deve perdurar por mais alguns meses.

“Comunicação é fundamental para que as pessoas se sintam seguras”, defende Prado, ao citar que mudanças em políticas internas devem ser passadas de forma clara para os colaboradores.

Além disso, os próprios processos de demissão devem ser revistos. O movimento já vem ocorrendo em algumas empresas, onde a transparência com o colaborador desligado vai desde a explicação do motivo da demissão até a ajuda no processo de recolocação no mercado de trabalho. “A gente tem visto um movimento de desligamentos mais humanizados, com a manutenção do plano de saúde por mais tempo e um auxílio para quem procura uma nova colocação, por exemplo”, explica Prado.

Nos últimos meses, é cada vez mais difícil rolar o feed do LinkedIn e não encontrar notícias ou relatos sobre uma nova rodada de layoffs em empresas de tecnologia. A onda de demissões no setor tem se tornado lugar comum e atinge desde bigtechs até pequenas startups, em diferentes partes do mundo - só até o final do ano passado, mais de 85 mil pessoas foram desligadas de empresas de tecnologia nos EUA, por exemplo.

Enquanto os profissionais desligados, em geral, partem em busca de uma recolocação no mercado de trabalho, aqueles que permanecem também enfrentam dilemas importantes. Lidar com a angústia de permanecer em uma companhia com a saúde financeira instável, a dificuldade de compreender as mudanças de postura no ambiente de trabalho e a sobrecarga causada pela diminuição no número de funcionários são alguns dos pontos destacados por especialistas ouvidos pelo Estadão.

Apesar disso, eles apontam ser necessário estabelecer uma relação de diálogo com os gestores. Isso vai ajudar a compreender a postura a ser adotada após o movimento de demissão em massa e a se tornar cada vez mais adaptável. Para as empresas, é importante se reestruturar para uma nova realidade financeira sem comprometer a essência da companhia.

Tentar ser mais flexível e tornar-se útil para outras áreas da empresa é fundamental para aqueles que permanecem empregados após layoff Foto: Patrick T. Fallon/Bloomberg - 13/06/2020

Adaptação é fundamental

Na avaliação de Junior Borneli, fundador da plataforma de educação profissional StartSe, uma das perguntas que deve ser feita por aqueles que permanecem após um processo de desligamento é “Será que eu consigo mostrar valor para outra área de companhia?”.

Segundo ele, compreender que é necessário ser mais flexível e tornar-se útil para outras áreas da empresa pode ajudar o profissional a ser realocado em um futuro movimento de layoff, além de demonstrar flexibilidade e valor para a companhia.

A preparação emocional para lidar com a situação também é fundamental para passar por um processo de reestruturação. “Instabilidade, incerteza muito grande e uma impressão de que pode ser o próximo. Isso tudo afeta a vida das pessoas”, pontua.

“Um ponto importante é fazer muito bem o seu trabalho”, afirma Ana Paula Prado, CEO do portal de vagas Infojobs e porta-voz do PandaPé, sistema de recrutamento e seleção de profissionais.

Ela pontua que focar na estabilidade emocional é o primeiro passo para os profissionais poupados, para evitar com que o processo afete negativamente processos que já ocorriam antes do layoff. “Temos de saber que desligamentos podem acontecer em qualquer lugar”, explica.

Além disso, a compreensão de que o espaço de trabalho é um local seguro para o profissional crescer também deve ser analisado. “Se você continua na empresa, está se sentindo muito inseguro e percebe que não está sendo saudável, talvez seja melhor buscar uma outra alternativa de emprego desde já, se for possível”, afirma.

Cultura organizacional

A cultura de maior tolerância a falhas, cultivada por muitas empresas de tecnologia, por acreditar que fazem parte do processo criativo, não pode ser drasticamente modificada, apesar das dificuldades no setor, defende Borneli. “Se as companhias tiram o pé totalmente da inovação, se colocam em risco”, afirma.

Para ele, os próximos meses serão de adaptação, onde as empresas terão de repensar suas estruturas de organização, além da fonte de recursos para se manterem vivas em um cenário de dificuldades no setor. “A estrutura organizacional precisa mudar e vai mudar”, explica, ao citar que a crise no setor ainda deve perdurar por mais alguns meses.

“Comunicação é fundamental para que as pessoas se sintam seguras”, defende Prado, ao citar que mudanças em políticas internas devem ser passadas de forma clara para os colaboradores.

Além disso, os próprios processos de demissão devem ser revistos. O movimento já vem ocorrendo em algumas empresas, onde a transparência com o colaborador desligado vai desde a explicação do motivo da demissão até a ajuda no processo de recolocação no mercado de trabalho. “A gente tem visto um movimento de desligamentos mais humanizados, com a manutenção do plano de saúde por mais tempo e um auxílio para quem procura uma nova colocação, por exemplo”, explica Prado.

Nos últimos meses, é cada vez mais difícil rolar o feed do LinkedIn e não encontrar notícias ou relatos sobre uma nova rodada de layoffs em empresas de tecnologia. A onda de demissões no setor tem se tornado lugar comum e atinge desde bigtechs até pequenas startups, em diferentes partes do mundo - só até o final do ano passado, mais de 85 mil pessoas foram desligadas de empresas de tecnologia nos EUA, por exemplo.

Enquanto os profissionais desligados, em geral, partem em busca de uma recolocação no mercado de trabalho, aqueles que permanecem também enfrentam dilemas importantes. Lidar com a angústia de permanecer em uma companhia com a saúde financeira instável, a dificuldade de compreender as mudanças de postura no ambiente de trabalho e a sobrecarga causada pela diminuição no número de funcionários são alguns dos pontos destacados por especialistas ouvidos pelo Estadão.

Apesar disso, eles apontam ser necessário estabelecer uma relação de diálogo com os gestores. Isso vai ajudar a compreender a postura a ser adotada após o movimento de demissão em massa e a se tornar cada vez mais adaptável. Para as empresas, é importante se reestruturar para uma nova realidade financeira sem comprometer a essência da companhia.

Tentar ser mais flexível e tornar-se útil para outras áreas da empresa é fundamental para aqueles que permanecem empregados após layoff Foto: Patrick T. Fallon/Bloomberg - 13/06/2020

Adaptação é fundamental

Na avaliação de Junior Borneli, fundador da plataforma de educação profissional StartSe, uma das perguntas que deve ser feita por aqueles que permanecem após um processo de desligamento é “Será que eu consigo mostrar valor para outra área de companhia?”.

Segundo ele, compreender que é necessário ser mais flexível e tornar-se útil para outras áreas da empresa pode ajudar o profissional a ser realocado em um futuro movimento de layoff, além de demonstrar flexibilidade e valor para a companhia.

A preparação emocional para lidar com a situação também é fundamental para passar por um processo de reestruturação. “Instabilidade, incerteza muito grande e uma impressão de que pode ser o próximo. Isso tudo afeta a vida das pessoas”, pontua.

“Um ponto importante é fazer muito bem o seu trabalho”, afirma Ana Paula Prado, CEO do portal de vagas Infojobs e porta-voz do PandaPé, sistema de recrutamento e seleção de profissionais.

Ela pontua que focar na estabilidade emocional é o primeiro passo para os profissionais poupados, para evitar com que o processo afete negativamente processos que já ocorriam antes do layoff. “Temos de saber que desligamentos podem acontecer em qualquer lugar”, explica.

Além disso, a compreensão de que o espaço de trabalho é um local seguro para o profissional crescer também deve ser analisado. “Se você continua na empresa, está se sentindo muito inseguro e percebe que não está sendo saudável, talvez seja melhor buscar uma outra alternativa de emprego desde já, se for possível”, afirma.

Cultura organizacional

A cultura de maior tolerância a falhas, cultivada por muitas empresas de tecnologia, por acreditar que fazem parte do processo criativo, não pode ser drasticamente modificada, apesar das dificuldades no setor, defende Borneli. “Se as companhias tiram o pé totalmente da inovação, se colocam em risco”, afirma.

Para ele, os próximos meses serão de adaptação, onde as empresas terão de repensar suas estruturas de organização, além da fonte de recursos para se manterem vivas em um cenário de dificuldades no setor. “A estrutura organizacional precisa mudar e vai mudar”, explica, ao citar que a crise no setor ainda deve perdurar por mais alguns meses.

“Comunicação é fundamental para que as pessoas se sintam seguras”, defende Prado, ao citar que mudanças em políticas internas devem ser passadas de forma clara para os colaboradores.

Além disso, os próprios processos de demissão devem ser revistos. O movimento já vem ocorrendo em algumas empresas, onde a transparência com o colaborador desligado vai desde a explicação do motivo da demissão até a ajuda no processo de recolocação no mercado de trabalho. “A gente tem visto um movimento de desligamentos mais humanizados, com a manutenção do plano de saúde por mais tempo e um auxílio para quem procura uma nova colocação, por exemplo”, explica Prado.

Nos últimos meses, é cada vez mais difícil rolar o feed do LinkedIn e não encontrar notícias ou relatos sobre uma nova rodada de layoffs em empresas de tecnologia. A onda de demissões no setor tem se tornado lugar comum e atinge desde bigtechs até pequenas startups, em diferentes partes do mundo - só até o final do ano passado, mais de 85 mil pessoas foram desligadas de empresas de tecnologia nos EUA, por exemplo.

Enquanto os profissionais desligados, em geral, partem em busca de uma recolocação no mercado de trabalho, aqueles que permanecem também enfrentam dilemas importantes. Lidar com a angústia de permanecer em uma companhia com a saúde financeira instável, a dificuldade de compreender as mudanças de postura no ambiente de trabalho e a sobrecarga causada pela diminuição no número de funcionários são alguns dos pontos destacados por especialistas ouvidos pelo Estadão.

Apesar disso, eles apontam ser necessário estabelecer uma relação de diálogo com os gestores. Isso vai ajudar a compreender a postura a ser adotada após o movimento de demissão em massa e a se tornar cada vez mais adaptável. Para as empresas, é importante se reestruturar para uma nova realidade financeira sem comprometer a essência da companhia.

Tentar ser mais flexível e tornar-se útil para outras áreas da empresa é fundamental para aqueles que permanecem empregados após layoff Foto: Patrick T. Fallon/Bloomberg - 13/06/2020

Adaptação é fundamental

Na avaliação de Junior Borneli, fundador da plataforma de educação profissional StartSe, uma das perguntas que deve ser feita por aqueles que permanecem após um processo de desligamento é “Será que eu consigo mostrar valor para outra área de companhia?”.

Segundo ele, compreender que é necessário ser mais flexível e tornar-se útil para outras áreas da empresa pode ajudar o profissional a ser realocado em um futuro movimento de layoff, além de demonstrar flexibilidade e valor para a companhia.

A preparação emocional para lidar com a situação também é fundamental para passar por um processo de reestruturação. “Instabilidade, incerteza muito grande e uma impressão de que pode ser o próximo. Isso tudo afeta a vida das pessoas”, pontua.

“Um ponto importante é fazer muito bem o seu trabalho”, afirma Ana Paula Prado, CEO do portal de vagas Infojobs e porta-voz do PandaPé, sistema de recrutamento e seleção de profissionais.

Ela pontua que focar na estabilidade emocional é o primeiro passo para os profissionais poupados, para evitar com que o processo afete negativamente processos que já ocorriam antes do layoff. “Temos de saber que desligamentos podem acontecer em qualquer lugar”, explica.

Além disso, a compreensão de que o espaço de trabalho é um local seguro para o profissional crescer também deve ser analisado. “Se você continua na empresa, está se sentindo muito inseguro e percebe que não está sendo saudável, talvez seja melhor buscar uma outra alternativa de emprego desde já, se for possível”, afirma.

Cultura organizacional

A cultura de maior tolerância a falhas, cultivada por muitas empresas de tecnologia, por acreditar que fazem parte do processo criativo, não pode ser drasticamente modificada, apesar das dificuldades no setor, defende Borneli. “Se as companhias tiram o pé totalmente da inovação, se colocam em risco”, afirma.

Para ele, os próximos meses serão de adaptação, onde as empresas terão de repensar suas estruturas de organização, além da fonte de recursos para se manterem vivas em um cenário de dificuldades no setor. “A estrutura organizacional precisa mudar e vai mudar”, explica, ao citar que a crise no setor ainda deve perdurar por mais alguns meses.

“Comunicação é fundamental para que as pessoas se sintam seguras”, defende Prado, ao citar que mudanças em políticas internas devem ser passadas de forma clara para os colaboradores.

Além disso, os próprios processos de demissão devem ser revistos. O movimento já vem ocorrendo em algumas empresas, onde a transparência com o colaborador desligado vai desde a explicação do motivo da demissão até a ajuda no processo de recolocação no mercado de trabalho. “A gente tem visto um movimento de desligamentos mais humanizados, com a manutenção do plano de saúde por mais tempo e um auxílio para quem procura uma nova colocação, por exemplo”, explica Prado.

Nos últimos meses, é cada vez mais difícil rolar o feed do LinkedIn e não encontrar notícias ou relatos sobre uma nova rodada de layoffs em empresas de tecnologia. A onda de demissões no setor tem se tornado lugar comum e atinge desde bigtechs até pequenas startups, em diferentes partes do mundo - só até o final do ano passado, mais de 85 mil pessoas foram desligadas de empresas de tecnologia nos EUA, por exemplo.

Enquanto os profissionais desligados, em geral, partem em busca de uma recolocação no mercado de trabalho, aqueles que permanecem também enfrentam dilemas importantes. Lidar com a angústia de permanecer em uma companhia com a saúde financeira instável, a dificuldade de compreender as mudanças de postura no ambiente de trabalho e a sobrecarga causada pela diminuição no número de funcionários são alguns dos pontos destacados por especialistas ouvidos pelo Estadão.

Apesar disso, eles apontam ser necessário estabelecer uma relação de diálogo com os gestores. Isso vai ajudar a compreender a postura a ser adotada após o movimento de demissão em massa e a se tornar cada vez mais adaptável. Para as empresas, é importante se reestruturar para uma nova realidade financeira sem comprometer a essência da companhia.

Tentar ser mais flexível e tornar-se útil para outras áreas da empresa é fundamental para aqueles que permanecem empregados após layoff Foto: Patrick T. Fallon/Bloomberg - 13/06/2020

Adaptação é fundamental

Na avaliação de Junior Borneli, fundador da plataforma de educação profissional StartSe, uma das perguntas que deve ser feita por aqueles que permanecem após um processo de desligamento é “Será que eu consigo mostrar valor para outra área de companhia?”.

Segundo ele, compreender que é necessário ser mais flexível e tornar-se útil para outras áreas da empresa pode ajudar o profissional a ser realocado em um futuro movimento de layoff, além de demonstrar flexibilidade e valor para a companhia.

A preparação emocional para lidar com a situação também é fundamental para passar por um processo de reestruturação. “Instabilidade, incerteza muito grande e uma impressão de que pode ser o próximo. Isso tudo afeta a vida das pessoas”, pontua.

“Um ponto importante é fazer muito bem o seu trabalho”, afirma Ana Paula Prado, CEO do portal de vagas Infojobs e porta-voz do PandaPé, sistema de recrutamento e seleção de profissionais.

Ela pontua que focar na estabilidade emocional é o primeiro passo para os profissionais poupados, para evitar com que o processo afete negativamente processos que já ocorriam antes do layoff. “Temos de saber que desligamentos podem acontecer em qualquer lugar”, explica.

Além disso, a compreensão de que o espaço de trabalho é um local seguro para o profissional crescer também deve ser analisado. “Se você continua na empresa, está se sentindo muito inseguro e percebe que não está sendo saudável, talvez seja melhor buscar uma outra alternativa de emprego desde já, se for possível”, afirma.

Cultura organizacional

A cultura de maior tolerância a falhas, cultivada por muitas empresas de tecnologia, por acreditar que fazem parte do processo criativo, não pode ser drasticamente modificada, apesar das dificuldades no setor, defende Borneli. “Se as companhias tiram o pé totalmente da inovação, se colocam em risco”, afirma.

Para ele, os próximos meses serão de adaptação, onde as empresas terão de repensar suas estruturas de organização, além da fonte de recursos para se manterem vivas em um cenário de dificuldades no setor. “A estrutura organizacional precisa mudar e vai mudar”, explica, ao citar que a crise no setor ainda deve perdurar por mais alguns meses.

“Comunicação é fundamental para que as pessoas se sintam seguras”, defende Prado, ao citar que mudanças em políticas internas devem ser passadas de forma clara para os colaboradores.

Além disso, os próprios processos de demissão devem ser revistos. O movimento já vem ocorrendo em algumas empresas, onde a transparência com o colaborador desligado vai desde a explicação do motivo da demissão até a ajuda no processo de recolocação no mercado de trabalho. “A gente tem visto um movimento de desligamentos mais humanizados, com a manutenção do plano de saúde por mais tempo e um auxílio para quem procura uma nova colocação, por exemplo”, explica Prado.

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