‘Só um time diverso pode desenvolver soluções inovadoras’, diz CEO da Ame Digital


Segundo Anna Saicali, uma das raras mulheres à frente de startups, é necessária uma mudança de cultura dentro das organizações

Por Redação
Foto: Gustavo Lacerda
Entrevista comAnna SaicaliCEO da Ame Digital

À frente da Ame Digital (a plataforma de meios de pagamento da Americanas) e da IF (Inovação e Futuro, braço de inovação da Americanas), Anna Saicali é hoje uma das raras mulheres no comando de startups. Para ela, a ampliação do espaço para as mulheres no topo da carreira passa pela mudança cultural das organizações, que vão desde o processo seletivo à busca de parcerias com instituições voltadas para a política de inclusão. A seguir, os principais trechos da entrevista:

Das 100 maiores startups do Brasil, apenas 5 têm CEOs mulheres, segundo um estudo da Distrito. Como a sra. se sente fazendo parte dessa estatística? O que acha que falta para se ter mais mulheres em cargos de liderança?

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Esta é uma estatística que gera desconforto, mas também gera uma responsabilidade. É uma realidade que precisa ser transformada, e isso passa pela mudança de cultura dentro das organizações, desde a ampliação de oportunidades nos processos seletivos, formação e capacitação de talentos, até a busca por parcerias com instituições e entidades que ajudam a alavancar a representatividade e a implementar políticas de inclusão.

Somos um ponto fora da curva. Hoje, mais de 53% dos cargos de liderança da Americanas S/A são ocupados por mulheres. Isso é resultado de uma cultura que aposta na diversidade de gênero na companhia. A diversidade é um pilar estratégico para a Americanas, seja étnico-racial, de idade, de gênero e orientação sexual.

Qual o papel da diversidade maior nos cargos de liderança dentro da empresa?

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A acreditamos que só um time diverso pode desenvolver soluções inovadoras e que alcancem os mais diferentes públicos. Aqui dentro, são diversas iniciativas nesse sentido. Uma delas é o Ame Fast Foward, programa que oferece capacitação gratuita de mulheres desenvolvedoras de software. Este é um compromisso da Ame com a equidade de gênero na tecnologia, por meio da formação de novos e qualificados talentos femininos nesta área. Até 2023, queremos formar cinco mil mulheres em funções ligadas à tecnologia. E vamos além: queremos nos consolidar como uma companhia que não só busca profissionais no mercado, mas que também vai até eles e elas, preparando e desenvolvendo talentos tech do futuro.

A sra. Costuma ter uma presença ativa em programas sociais. Qual a importância dessas práticas no mundo da tecnologia?

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Quando a gente olha para o mundo, fica nítido o tanto que precisamos evoluir para torná-lo mais sustentável. Se colocarmos uma lupa no Brasil, vamos enxergar uma série de questões socioambientais que podem - e devem - ser solucionadas de maneira organizada e colaborativa. Como mulher, líder, empreendedora e educadora, entendo que tenho o dever de atuar, de forma direta, em causas essenciais como educação e equidade racial e de gênero. Mas este trabalho, sem dúvida, não é uma construção individual. Eu acredito no poder do coletivo e em cada um que soma nessa rede para uma transformação potente e perene.

Anna Saicali diz que 53% dos cargos de liderança da Americanas S/A são ocupados por mulheres Foto: Gustavo Lacerda

Quando a Ame surgiu a ideia era de ser uma plataforma de cashback, porém, hoje ela é bem mais do que isso. Quais os próximos passos da empresa?

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A Ame é a principal iniciativa do motor de inovação da Americanas S/A, a IF - Inovação e Futuro. Ame nasceu, em 2018, como uma carteira digital e meio de pagamento das lojas, sites e apps das marcas Americanas, Submarino e Shoptime, se tornando referência na mecânica promocional do cashback no País. O sucesso entre os milhões de clientes da Americanas foi tão grande que, em 2020, expandimos o alcance para fora do ecossistema, por meio de parcerias estratégicas em segmentos de alta frequência. Em quatro anos, transformamos a Ame em um negócio poderoso, com a oferta de seguros e planos, Pix, carnê digital, quase 2 milhões de cartões de crédito Ame emitidos e um marketplace de crédito que atende clientes de todo o ecossistema da Americanas S/A e também de fora.

Recentemente, a Ame recebeu liberação para emitir moeda eletrônica e ser credenciadora. Quais os planos para essas duas novas possibilidades?

A autorização do Banco Central permitirá a participação da Ame na agenda do Open Finance, ampliando sua capacidade de geração de ofertas de produtos e serviços ainda mais aderentes às necessidades dos integrantes de todo o ecossistema Americanas S/A. Como credenciadora, podemos oferecer mais soluções de pagamento e também uma maior inteligência de dados para os mais de três milhões de parceiros da Ame. Este é um marco importante no nosso plano de negócios e vai acelerar a consolidação da nossa plataforma financeira. /COLABOROU THAIS PORSCH, ESPECIAL PARA O ESTADÃO

À frente da Ame Digital (a plataforma de meios de pagamento da Americanas) e da IF (Inovação e Futuro, braço de inovação da Americanas), Anna Saicali é hoje uma das raras mulheres no comando de startups. Para ela, a ampliação do espaço para as mulheres no topo da carreira passa pela mudança cultural das organizações, que vão desde o processo seletivo à busca de parcerias com instituições voltadas para a política de inclusão. A seguir, os principais trechos da entrevista:

Das 100 maiores startups do Brasil, apenas 5 têm CEOs mulheres, segundo um estudo da Distrito. Como a sra. se sente fazendo parte dessa estatística? O que acha que falta para se ter mais mulheres em cargos de liderança?

Esta é uma estatística que gera desconforto, mas também gera uma responsabilidade. É uma realidade que precisa ser transformada, e isso passa pela mudança de cultura dentro das organizações, desde a ampliação de oportunidades nos processos seletivos, formação e capacitação de talentos, até a busca por parcerias com instituições e entidades que ajudam a alavancar a representatividade e a implementar políticas de inclusão.

Somos um ponto fora da curva. Hoje, mais de 53% dos cargos de liderança da Americanas S/A são ocupados por mulheres. Isso é resultado de uma cultura que aposta na diversidade de gênero na companhia. A diversidade é um pilar estratégico para a Americanas, seja étnico-racial, de idade, de gênero e orientação sexual.

Qual o papel da diversidade maior nos cargos de liderança dentro da empresa?

A acreditamos que só um time diverso pode desenvolver soluções inovadoras e que alcancem os mais diferentes públicos. Aqui dentro, são diversas iniciativas nesse sentido. Uma delas é o Ame Fast Foward, programa que oferece capacitação gratuita de mulheres desenvolvedoras de software. Este é um compromisso da Ame com a equidade de gênero na tecnologia, por meio da formação de novos e qualificados talentos femininos nesta área. Até 2023, queremos formar cinco mil mulheres em funções ligadas à tecnologia. E vamos além: queremos nos consolidar como uma companhia que não só busca profissionais no mercado, mas que também vai até eles e elas, preparando e desenvolvendo talentos tech do futuro.

A sra. Costuma ter uma presença ativa em programas sociais. Qual a importância dessas práticas no mundo da tecnologia?

Quando a gente olha para o mundo, fica nítido o tanto que precisamos evoluir para torná-lo mais sustentável. Se colocarmos uma lupa no Brasil, vamos enxergar uma série de questões socioambientais que podem - e devem - ser solucionadas de maneira organizada e colaborativa. Como mulher, líder, empreendedora e educadora, entendo que tenho o dever de atuar, de forma direta, em causas essenciais como educação e equidade racial e de gênero. Mas este trabalho, sem dúvida, não é uma construção individual. Eu acredito no poder do coletivo e em cada um que soma nessa rede para uma transformação potente e perene.

Anna Saicali diz que 53% dos cargos de liderança da Americanas S/A são ocupados por mulheres Foto: Gustavo Lacerda

Quando a Ame surgiu a ideia era de ser uma plataforma de cashback, porém, hoje ela é bem mais do que isso. Quais os próximos passos da empresa?

A Ame é a principal iniciativa do motor de inovação da Americanas S/A, a IF - Inovação e Futuro. Ame nasceu, em 2018, como uma carteira digital e meio de pagamento das lojas, sites e apps das marcas Americanas, Submarino e Shoptime, se tornando referência na mecânica promocional do cashback no País. O sucesso entre os milhões de clientes da Americanas foi tão grande que, em 2020, expandimos o alcance para fora do ecossistema, por meio de parcerias estratégicas em segmentos de alta frequência. Em quatro anos, transformamos a Ame em um negócio poderoso, com a oferta de seguros e planos, Pix, carnê digital, quase 2 milhões de cartões de crédito Ame emitidos e um marketplace de crédito que atende clientes de todo o ecossistema da Americanas S/A e também de fora.

Recentemente, a Ame recebeu liberação para emitir moeda eletrônica e ser credenciadora. Quais os planos para essas duas novas possibilidades?

A autorização do Banco Central permitirá a participação da Ame na agenda do Open Finance, ampliando sua capacidade de geração de ofertas de produtos e serviços ainda mais aderentes às necessidades dos integrantes de todo o ecossistema Americanas S/A. Como credenciadora, podemos oferecer mais soluções de pagamento e também uma maior inteligência de dados para os mais de três milhões de parceiros da Ame. Este é um marco importante no nosso plano de negócios e vai acelerar a consolidação da nossa plataforma financeira. /COLABOROU THAIS PORSCH, ESPECIAL PARA O ESTADÃO

À frente da Ame Digital (a plataforma de meios de pagamento da Americanas) e da IF (Inovação e Futuro, braço de inovação da Americanas), Anna Saicali é hoje uma das raras mulheres no comando de startups. Para ela, a ampliação do espaço para as mulheres no topo da carreira passa pela mudança cultural das organizações, que vão desde o processo seletivo à busca de parcerias com instituições voltadas para a política de inclusão. A seguir, os principais trechos da entrevista:

Das 100 maiores startups do Brasil, apenas 5 têm CEOs mulheres, segundo um estudo da Distrito. Como a sra. se sente fazendo parte dessa estatística? O que acha que falta para se ter mais mulheres em cargos de liderança?

Esta é uma estatística que gera desconforto, mas também gera uma responsabilidade. É uma realidade que precisa ser transformada, e isso passa pela mudança de cultura dentro das organizações, desde a ampliação de oportunidades nos processos seletivos, formação e capacitação de talentos, até a busca por parcerias com instituições e entidades que ajudam a alavancar a representatividade e a implementar políticas de inclusão.

Somos um ponto fora da curva. Hoje, mais de 53% dos cargos de liderança da Americanas S/A são ocupados por mulheres. Isso é resultado de uma cultura que aposta na diversidade de gênero na companhia. A diversidade é um pilar estratégico para a Americanas, seja étnico-racial, de idade, de gênero e orientação sexual.

Qual o papel da diversidade maior nos cargos de liderança dentro da empresa?

A acreditamos que só um time diverso pode desenvolver soluções inovadoras e que alcancem os mais diferentes públicos. Aqui dentro, são diversas iniciativas nesse sentido. Uma delas é o Ame Fast Foward, programa que oferece capacitação gratuita de mulheres desenvolvedoras de software. Este é um compromisso da Ame com a equidade de gênero na tecnologia, por meio da formação de novos e qualificados talentos femininos nesta área. Até 2023, queremos formar cinco mil mulheres em funções ligadas à tecnologia. E vamos além: queremos nos consolidar como uma companhia que não só busca profissionais no mercado, mas que também vai até eles e elas, preparando e desenvolvendo talentos tech do futuro.

A sra. Costuma ter uma presença ativa em programas sociais. Qual a importância dessas práticas no mundo da tecnologia?

Quando a gente olha para o mundo, fica nítido o tanto que precisamos evoluir para torná-lo mais sustentável. Se colocarmos uma lupa no Brasil, vamos enxergar uma série de questões socioambientais que podem - e devem - ser solucionadas de maneira organizada e colaborativa. Como mulher, líder, empreendedora e educadora, entendo que tenho o dever de atuar, de forma direta, em causas essenciais como educação e equidade racial e de gênero. Mas este trabalho, sem dúvida, não é uma construção individual. Eu acredito no poder do coletivo e em cada um que soma nessa rede para uma transformação potente e perene.

Anna Saicali diz que 53% dos cargos de liderança da Americanas S/A são ocupados por mulheres Foto: Gustavo Lacerda

Quando a Ame surgiu a ideia era de ser uma plataforma de cashback, porém, hoje ela é bem mais do que isso. Quais os próximos passos da empresa?

A Ame é a principal iniciativa do motor de inovação da Americanas S/A, a IF - Inovação e Futuro. Ame nasceu, em 2018, como uma carteira digital e meio de pagamento das lojas, sites e apps das marcas Americanas, Submarino e Shoptime, se tornando referência na mecânica promocional do cashback no País. O sucesso entre os milhões de clientes da Americanas foi tão grande que, em 2020, expandimos o alcance para fora do ecossistema, por meio de parcerias estratégicas em segmentos de alta frequência. Em quatro anos, transformamos a Ame em um negócio poderoso, com a oferta de seguros e planos, Pix, carnê digital, quase 2 milhões de cartões de crédito Ame emitidos e um marketplace de crédito que atende clientes de todo o ecossistema da Americanas S/A e também de fora.

Recentemente, a Ame recebeu liberação para emitir moeda eletrônica e ser credenciadora. Quais os planos para essas duas novas possibilidades?

A autorização do Banco Central permitirá a participação da Ame na agenda do Open Finance, ampliando sua capacidade de geração de ofertas de produtos e serviços ainda mais aderentes às necessidades dos integrantes de todo o ecossistema Americanas S/A. Como credenciadora, podemos oferecer mais soluções de pagamento e também uma maior inteligência de dados para os mais de três milhões de parceiros da Ame. Este é um marco importante no nosso plano de negócios e vai acelerar a consolidação da nossa plataforma financeira. /COLABOROU THAIS PORSCH, ESPECIAL PARA O ESTADÃO

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