Ela foi bailarina e hoje usa a arte para liderar uma das maiores empresas de tecnologia do Brasil


Adriana Aroulho, CEO da SAP é entrevistada na série ‘DNA da Liderança’, que conta histórias de líderes e dá dicas de carreiras

Por Bruna Klingspiegel
Atualização:
Foto: FELIPE RAU
Entrevista comAdriana AroulhoCEO da SAP no Brasil

Há três anos na linha de frente de uma das maiores empresas de desenvolvimento de software do mundo, Adriana Aroulho vem de uma trajetória que foge do tradicional. Ex-bailarina e formada em Ciências Sociais, a CEO leva a arte para o mundo corporativo e diz que é importante uma liderança unir exemplo, confiança e propósito.

Para ela, estar aberta ao diálogo e saber ouvir os colaboradores que estão em diversas posições dentro da companhia amplia sua perspectiva do negócio e, consequentemente, sua capacidade de liderar de maneira eficaz.

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Confira trechos da entrevista:

Sua formação original não é em tecnologia. Como chegou à posição mais alta de uma das maiores empresas globais do setor?

Minha formação inicial foi em ciências sociais, na USP (Universidade de São Paulo), e minhas pretensões eram completamente diferentes. Eu imaginava trabalhar no terceiro setor, devido à minha paixão pelas ciências humanas.

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Minhas pretensões eram mais acadêmicas na época. No entanto, quando ainda estava na faculdade, surgiu um estágio na HP em sociologia, algo incomum nos anos 90. Eles estavam focados na qualidade e começando a implementar processos, o que se alinha com a visão atual de experiência do cliente.

Acabei estagiando na HP e me envolvendo cada vez mais. A empresa tinha valores incríveis e pessoas maravilhosas. Acabei sendo efetivada na área administrativa e fui abraçando projetos, crescendo no mundo corporativo. Tive sorte de entrar em uma empresa tão bacana e me dediquei bastante.

Busquei formação, fiz MBA em TI enquanto estava na HP. Foram 22 anos lá, em diversos papéis. Comecei a me envolver com a SAP em 2012, mas só vim em 2017 para liderar uma linha de negócios e isso me permitiu conhecer muitas pessoas.

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Há três anos, exatamente em 1º de agosto, o presidente regional da América Latina assumiu um terço da Europa, e Cristina Palmaka assumiu a América Latina, e eu o Brasil.

Você foi bailarina durante uma grande parte da sua vida. O que a arte te ensinou sobre liderança?

O balé entrou desde cedo na minha vida quando comecei a praticá-lo aos quatro anos. Continuei ao longo da adolescência e só parei na faculdade, quando me concentrei na minha carreira acadêmica.

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Sem dúvida, o balé traz consigo muitos ensinamentos, como a questão da resiliência. É necessário se preparar intensamente, dedicando horas todos os dias para ensaiar. Essa disciplina é crucial para os momentos de apresentação, nos quais muitas vezes as coisas não correm bem.

Quando não dá certo, é preciso lidar com a frustração e buscar melhorar na próxima oportunidade. O balé também ensina a lidar com imprevistos e a trabalhar em equipe, habilidades essenciais para a dança.

Durante a prática, é fundamental ter noção de quem está dançando ao seu lado, compreender o espaço, o tempo e os movimentos. Todos esses elementos são incorporados e fornecem um amplo repertório, especialmente quando se assume posição de liderança.

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Como você aplica isso no dia a dia?

Então, quando assumi o cargo na empresa, busquei trazer esse olhar artístico para o ambiente de trabalho. No meu primeiro ano, decidimos realizar nossas reuniões trimestrais em museus, já fizemos isso no MIS e no Masp, sempre construindo uma narrativa que envolva a arte.

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Também incluímos o balé em nosso evento anual do ano passado, onde reunimos todos os nossos clientes. Eu me inspiro muito e trago essas referências também para o nosso cotidiano na empresa. É uma maneira de incorporar um pouco desse olhar artístico em nossas atividades diárias.

Qual é sua visão de liderança?

Acredito muito na liderança pelo exemplo e com propósito. O exemplo é um fator essencial, pois a coerência ética entre palavras e ações do líder é o que gera confiança. E confiança é o alicerce de qualquer relacionamento.

O exemplo e o propósito são os pilares das relações, e a comunicação é fundamental nisso. Ela é a alma de qualquer relação. E a comunicação é bidirecional: você fala, direciona, compartilha estratégias, mas também escuta.

Essa habilidade de escuta é crucial para engajar e unir a equipe. Isso requer uma escuta generosa e genuína, mesmo que não concordemos sempre, pois a conscientização nem sempre é unânime.

Outro aspecto é a aceitação de discordâncias e seguir adiante. Isso é necessário, mas deve ser feito com respeito e transparência, para que as pessoas se sintam ouvidas e engajadas.

Nem sempre as notícias são boas, mas quando compartilhamos o racional por trás das decisões, a mudança se torna mais compreensível e navegável para todos.

Quais estratégias você usa para engajar sua equipe?

Reconhecimento e celebração são essenciais, não apenas para as grandes vitórias, mas também para as pequenas conquistas. Aqui, implementamos vários ritos, onde compartilhamos, abrimos espaço para perguntas e novas ideias.

Além disso, me esforço para ser acessível, com momentos de conversas individuais, inclusive com pessoas que não trabalham diretamente comigo. Isso começou como “cafezinho virtual” durante a pandemia e se tornou uma prática enriquecedora.

Ao conversar com diferentes membros da organização, obtenho uma visão mais abrangente do dia a dia da empresa. Estar aberta ao diálogo amplia minha perspectiva e, consequentemente, minha capacidade de liderar de maneira eficaz

Como você equilibra vida pessoal e profissional?

Eu gosto de pensar em escolhas mais do que em equilíbrio. Para mim, equilíbrio é exatamente 50/50 e, às vezes, precisamos tender mais para um, e outras vezes para outro.

O importante é ter clareza sobre o que é inegociável. Eu sou mãe, tenho dois filhos, eu sou presente na vida deles. Se é uma coisa importante na escola ou algo de saúde, eu faço questão de estar lá e eu vivo essa escolha.

Por isso o planejamento é tão importante. É muito difícil lidar com o improviso, porque são muitas demandas. Então, a gente precisa ter uma rotina bem estruturada, além de uma rede de apoio. Meu marido é fundamental nisso. Nossas tarefas são divididas, e isso me permite ter tempo para tudo.

Dica de filme/série ou podcast

O filme “Estrelas além do tempo” me marcou profundamente, principalmente porque faz parte de uma história recente. A sensação de que, mesmo agora, ainda persistem desafios tão marcantes em relação à desigualdade e ao racismo estrutural. Já o recomendei a várias pessoas. Esse tema de diversidade que discutimos recentemente, é de extrema importância para mim. Eu realmente acho que eu posso contribuir nisso, vivo esse propósito construindo uma empresa mais diversa e mais ética.

Há três anos na linha de frente de uma das maiores empresas de desenvolvimento de software do mundo, Adriana Aroulho vem de uma trajetória que foge do tradicional. Ex-bailarina e formada em Ciências Sociais, a CEO leva a arte para o mundo corporativo e diz que é importante uma liderança unir exemplo, confiança e propósito.

Para ela, estar aberta ao diálogo e saber ouvir os colaboradores que estão em diversas posições dentro da companhia amplia sua perspectiva do negócio e, consequentemente, sua capacidade de liderar de maneira eficaz.

Confira trechos da entrevista:

Sua formação original não é em tecnologia. Como chegou à posição mais alta de uma das maiores empresas globais do setor?

Minha formação inicial foi em ciências sociais, na USP (Universidade de São Paulo), e minhas pretensões eram completamente diferentes. Eu imaginava trabalhar no terceiro setor, devido à minha paixão pelas ciências humanas.

Minhas pretensões eram mais acadêmicas na época. No entanto, quando ainda estava na faculdade, surgiu um estágio na HP em sociologia, algo incomum nos anos 90. Eles estavam focados na qualidade e começando a implementar processos, o que se alinha com a visão atual de experiência do cliente.

Acabei estagiando na HP e me envolvendo cada vez mais. A empresa tinha valores incríveis e pessoas maravilhosas. Acabei sendo efetivada na área administrativa e fui abraçando projetos, crescendo no mundo corporativo. Tive sorte de entrar em uma empresa tão bacana e me dediquei bastante.

Busquei formação, fiz MBA em TI enquanto estava na HP. Foram 22 anos lá, em diversos papéis. Comecei a me envolver com a SAP em 2012, mas só vim em 2017 para liderar uma linha de negócios e isso me permitiu conhecer muitas pessoas.

Há três anos, exatamente em 1º de agosto, o presidente regional da América Latina assumiu um terço da Europa, e Cristina Palmaka assumiu a América Latina, e eu o Brasil.

Você foi bailarina durante uma grande parte da sua vida. O que a arte te ensinou sobre liderança?

O balé entrou desde cedo na minha vida quando comecei a praticá-lo aos quatro anos. Continuei ao longo da adolescência e só parei na faculdade, quando me concentrei na minha carreira acadêmica.

Sem dúvida, o balé traz consigo muitos ensinamentos, como a questão da resiliência. É necessário se preparar intensamente, dedicando horas todos os dias para ensaiar. Essa disciplina é crucial para os momentos de apresentação, nos quais muitas vezes as coisas não correm bem.

Quando não dá certo, é preciso lidar com a frustração e buscar melhorar na próxima oportunidade. O balé também ensina a lidar com imprevistos e a trabalhar em equipe, habilidades essenciais para a dança.

Durante a prática, é fundamental ter noção de quem está dançando ao seu lado, compreender o espaço, o tempo e os movimentos. Todos esses elementos são incorporados e fornecem um amplo repertório, especialmente quando se assume posição de liderança.

Como você aplica isso no dia a dia?

Então, quando assumi o cargo na empresa, busquei trazer esse olhar artístico para o ambiente de trabalho. No meu primeiro ano, decidimos realizar nossas reuniões trimestrais em museus, já fizemos isso no MIS e no Masp, sempre construindo uma narrativa que envolva a arte.

Também incluímos o balé em nosso evento anual do ano passado, onde reunimos todos os nossos clientes. Eu me inspiro muito e trago essas referências também para o nosso cotidiano na empresa. É uma maneira de incorporar um pouco desse olhar artístico em nossas atividades diárias.

Qual é sua visão de liderança?

Acredito muito na liderança pelo exemplo e com propósito. O exemplo é um fator essencial, pois a coerência ética entre palavras e ações do líder é o que gera confiança. E confiança é o alicerce de qualquer relacionamento.

O exemplo e o propósito são os pilares das relações, e a comunicação é fundamental nisso. Ela é a alma de qualquer relação. E a comunicação é bidirecional: você fala, direciona, compartilha estratégias, mas também escuta.

Essa habilidade de escuta é crucial para engajar e unir a equipe. Isso requer uma escuta generosa e genuína, mesmo que não concordemos sempre, pois a conscientização nem sempre é unânime.

Outro aspecto é a aceitação de discordâncias e seguir adiante. Isso é necessário, mas deve ser feito com respeito e transparência, para que as pessoas se sintam ouvidas e engajadas.

Nem sempre as notícias são boas, mas quando compartilhamos o racional por trás das decisões, a mudança se torna mais compreensível e navegável para todos.

Quais estratégias você usa para engajar sua equipe?

Reconhecimento e celebração são essenciais, não apenas para as grandes vitórias, mas também para as pequenas conquistas. Aqui, implementamos vários ritos, onde compartilhamos, abrimos espaço para perguntas e novas ideias.

Além disso, me esforço para ser acessível, com momentos de conversas individuais, inclusive com pessoas que não trabalham diretamente comigo. Isso começou como “cafezinho virtual” durante a pandemia e se tornou uma prática enriquecedora.

Ao conversar com diferentes membros da organização, obtenho uma visão mais abrangente do dia a dia da empresa. Estar aberta ao diálogo amplia minha perspectiva e, consequentemente, minha capacidade de liderar de maneira eficaz

Como você equilibra vida pessoal e profissional?

Eu gosto de pensar em escolhas mais do que em equilíbrio. Para mim, equilíbrio é exatamente 50/50 e, às vezes, precisamos tender mais para um, e outras vezes para outro.

O importante é ter clareza sobre o que é inegociável. Eu sou mãe, tenho dois filhos, eu sou presente na vida deles. Se é uma coisa importante na escola ou algo de saúde, eu faço questão de estar lá e eu vivo essa escolha.

Por isso o planejamento é tão importante. É muito difícil lidar com o improviso, porque são muitas demandas. Então, a gente precisa ter uma rotina bem estruturada, além de uma rede de apoio. Meu marido é fundamental nisso. Nossas tarefas são divididas, e isso me permite ter tempo para tudo.

Dica de filme/série ou podcast

O filme “Estrelas além do tempo” me marcou profundamente, principalmente porque faz parte de uma história recente. A sensação de que, mesmo agora, ainda persistem desafios tão marcantes em relação à desigualdade e ao racismo estrutural. Já o recomendei a várias pessoas. Esse tema de diversidade que discutimos recentemente, é de extrema importância para mim. Eu realmente acho que eu posso contribuir nisso, vivo esse propósito construindo uma empresa mais diversa e mais ética.

Há três anos na linha de frente de uma das maiores empresas de desenvolvimento de software do mundo, Adriana Aroulho vem de uma trajetória que foge do tradicional. Ex-bailarina e formada em Ciências Sociais, a CEO leva a arte para o mundo corporativo e diz que é importante uma liderança unir exemplo, confiança e propósito.

Para ela, estar aberta ao diálogo e saber ouvir os colaboradores que estão em diversas posições dentro da companhia amplia sua perspectiva do negócio e, consequentemente, sua capacidade de liderar de maneira eficaz.

Confira trechos da entrevista:

Sua formação original não é em tecnologia. Como chegou à posição mais alta de uma das maiores empresas globais do setor?

Minha formação inicial foi em ciências sociais, na USP (Universidade de São Paulo), e minhas pretensões eram completamente diferentes. Eu imaginava trabalhar no terceiro setor, devido à minha paixão pelas ciências humanas.

Minhas pretensões eram mais acadêmicas na época. No entanto, quando ainda estava na faculdade, surgiu um estágio na HP em sociologia, algo incomum nos anos 90. Eles estavam focados na qualidade e começando a implementar processos, o que se alinha com a visão atual de experiência do cliente.

Acabei estagiando na HP e me envolvendo cada vez mais. A empresa tinha valores incríveis e pessoas maravilhosas. Acabei sendo efetivada na área administrativa e fui abraçando projetos, crescendo no mundo corporativo. Tive sorte de entrar em uma empresa tão bacana e me dediquei bastante.

Busquei formação, fiz MBA em TI enquanto estava na HP. Foram 22 anos lá, em diversos papéis. Comecei a me envolver com a SAP em 2012, mas só vim em 2017 para liderar uma linha de negócios e isso me permitiu conhecer muitas pessoas.

Há três anos, exatamente em 1º de agosto, o presidente regional da América Latina assumiu um terço da Europa, e Cristina Palmaka assumiu a América Latina, e eu o Brasil.

Você foi bailarina durante uma grande parte da sua vida. O que a arte te ensinou sobre liderança?

O balé entrou desde cedo na minha vida quando comecei a praticá-lo aos quatro anos. Continuei ao longo da adolescência e só parei na faculdade, quando me concentrei na minha carreira acadêmica.

Sem dúvida, o balé traz consigo muitos ensinamentos, como a questão da resiliência. É necessário se preparar intensamente, dedicando horas todos os dias para ensaiar. Essa disciplina é crucial para os momentos de apresentação, nos quais muitas vezes as coisas não correm bem.

Quando não dá certo, é preciso lidar com a frustração e buscar melhorar na próxima oportunidade. O balé também ensina a lidar com imprevistos e a trabalhar em equipe, habilidades essenciais para a dança.

Durante a prática, é fundamental ter noção de quem está dançando ao seu lado, compreender o espaço, o tempo e os movimentos. Todos esses elementos são incorporados e fornecem um amplo repertório, especialmente quando se assume posição de liderança.

Como você aplica isso no dia a dia?

Então, quando assumi o cargo na empresa, busquei trazer esse olhar artístico para o ambiente de trabalho. No meu primeiro ano, decidimos realizar nossas reuniões trimestrais em museus, já fizemos isso no MIS e no Masp, sempre construindo uma narrativa que envolva a arte.

Também incluímos o balé em nosso evento anual do ano passado, onde reunimos todos os nossos clientes. Eu me inspiro muito e trago essas referências também para o nosso cotidiano na empresa. É uma maneira de incorporar um pouco desse olhar artístico em nossas atividades diárias.

Qual é sua visão de liderança?

Acredito muito na liderança pelo exemplo e com propósito. O exemplo é um fator essencial, pois a coerência ética entre palavras e ações do líder é o que gera confiança. E confiança é o alicerce de qualquer relacionamento.

O exemplo e o propósito são os pilares das relações, e a comunicação é fundamental nisso. Ela é a alma de qualquer relação. E a comunicação é bidirecional: você fala, direciona, compartilha estratégias, mas também escuta.

Essa habilidade de escuta é crucial para engajar e unir a equipe. Isso requer uma escuta generosa e genuína, mesmo que não concordemos sempre, pois a conscientização nem sempre é unânime.

Outro aspecto é a aceitação de discordâncias e seguir adiante. Isso é necessário, mas deve ser feito com respeito e transparência, para que as pessoas se sintam ouvidas e engajadas.

Nem sempre as notícias são boas, mas quando compartilhamos o racional por trás das decisões, a mudança se torna mais compreensível e navegável para todos.

Quais estratégias você usa para engajar sua equipe?

Reconhecimento e celebração são essenciais, não apenas para as grandes vitórias, mas também para as pequenas conquistas. Aqui, implementamos vários ritos, onde compartilhamos, abrimos espaço para perguntas e novas ideias.

Além disso, me esforço para ser acessível, com momentos de conversas individuais, inclusive com pessoas que não trabalham diretamente comigo. Isso começou como “cafezinho virtual” durante a pandemia e se tornou uma prática enriquecedora.

Ao conversar com diferentes membros da organização, obtenho uma visão mais abrangente do dia a dia da empresa. Estar aberta ao diálogo amplia minha perspectiva e, consequentemente, minha capacidade de liderar de maneira eficaz

Como você equilibra vida pessoal e profissional?

Eu gosto de pensar em escolhas mais do que em equilíbrio. Para mim, equilíbrio é exatamente 50/50 e, às vezes, precisamos tender mais para um, e outras vezes para outro.

O importante é ter clareza sobre o que é inegociável. Eu sou mãe, tenho dois filhos, eu sou presente na vida deles. Se é uma coisa importante na escola ou algo de saúde, eu faço questão de estar lá e eu vivo essa escolha.

Por isso o planejamento é tão importante. É muito difícil lidar com o improviso, porque são muitas demandas. Então, a gente precisa ter uma rotina bem estruturada, além de uma rede de apoio. Meu marido é fundamental nisso. Nossas tarefas são divididas, e isso me permite ter tempo para tudo.

Dica de filme/série ou podcast

O filme “Estrelas além do tempo” me marcou profundamente, principalmente porque faz parte de uma história recente. A sensação de que, mesmo agora, ainda persistem desafios tão marcantes em relação à desigualdade e ao racismo estrutural. Já o recomendei a várias pessoas. Esse tema de diversidade que discutimos recentemente, é de extrema importância para mim. Eu realmente acho que eu posso contribuir nisso, vivo esse propósito construindo uma empresa mais diversa e mais ética.

Entrevista por Bruna Klingspiegel

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