Uma pesquisa recente realizada nos Estados Unidos pela plataforma de serviços para estudantes, PapersOwl, revelou que 95% dos profissionais da geração Z já enganaram seus empregadores de alguma forma, como cochilar no horário do expediente, bater o ponto de entrada e sair em seguida, tirar folgas sem aviso prévio ou utilizar inteligência artificial para executar tarefas que deveriam ser suas.
Algumas tendências que surgiram na pandemia de covid-19 permanecem vivas no mercado de trabalho. Entre elas, estão o coffee badging, que consiste em bater o ponto para simular presença no escritório antes de sair rapidamente, e as “férias silenciosas”, prática de tirar dias de folga sem informar os superiores.
De acordo com a pesquisa, entre os 2.000 jovens entrevistados, metade admitiu ter tirado pelo menos um dia de folga sem aviso prévio no último ano. Outros 42% da geração Z disseram ter feito isso até três vezes no mesmo período.
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Os motivos variam: 52% citaram esgotamento, 36% apontaram questões familiares, 30% disseram que não conseguem tirar folgas durante feriados e 32% afirmaram que suas empresas oferecem pouco ou nenhum tempo livre remunerado, como folgas ou férias.
Já aqueles que batem o cartão e saem em seguida dizem que querem recuperar um pouco de flexibilidade na rotina de trabalho, enquanto quase metade admitiu que simplesmente quer evitar interações com colegas.
Seja para evitar interações desconfortáveis ou para tentar recuperar um pouco de autonomia, essas atitudes estão ajudando a popularizar o comportamento desonesto no local de trabalho, tornando-o cada vez mais comum.
Passam na seleção, mas não vão trabalhar
A pesquisa também revelou um outro comportamento: após passarem por várias rodadas de entrevistas e testes, alguns profissionais da geração Z e millennials simplesmente bloqueiam os números de seus novos empregadores e simplesmente não aparecem para trabalhar.
O levantamento da PapersOwl mostrou que os jovens millennials também estão aderindo a essa tendência. E o mais surpreendente: 21% desses jovens admitiram ter feito isso como parte de uma aposta ou por diversão.
Entre os 29% da geração Z e millennials que já praticaram essa desistência de vagas, a razão para esse comportamento varia de acordo com a faixa etária.
Trabalhadores na casa dos 30 anos, por exemplo, tendem a desaparecer de seus novos empregos porque estavam apenas em busca de experiência em entrevistas ou conseguiram uma oferta melhor em outra empresa.
Isso mostra que os millennials adotam uma abordagem mais planejada e metódica na escolha de suas carreiras, especialmente em um mercado de trabalho altamente competitivo, segundo Michiell Malit, membro da equipe de pesquisa.
Já os profissionais da geração Z, que são um pouco mais propensos a recorrer a essa prática, apresentam motivações mais subjetivas, como “não estava sentindo que era o lugar certo” ou “não gostei da atmosfera”.
Esses motivos sugerem uma abordagem mais voltada para a realização pessoal e a busca por um trabalho que esteja alinhado com seus valores e ideais.
Esta matéria foi publicada originalmente na Fortune.
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