Ele se demitiu para ficar perto da namorada, virou vendedor de margarina e hoje é CEO da Heineken


Mauricio Giamellaro, líder da Heineken no Brasil, é entrevistado na série ‘DNA da Liderança’, que conta histórias de líderes e dá dicas de carreiras

Por Bruna Klingspiegel
Atualização:
Foto: ALEX SILVA/ESTADAO
Entrevista comMauricio GiamellaroCEO da Heineken

Desde o início da sua carreira, o economista Mauricio Giamellaro sempre teve os objetivos bem claros em sua mente. Subir na escada corporativa se tornou uma meta a ser perseguida que o levou de vendedor de margarina e outros produtos alimentícios na Unilever ao cargo atual de CEO da Heineken no Brasil, liderando uma das maiores operações da empresa no mundo.

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Quando Maurício conheceu sua esposa em Valinhos, no interior de São Paulo, tomou a decisão de deixar seu emprego anterior na capital para ficar mais próximo dela. Na cidade, conseguiu um emprego como representante da Unilever para toda a região do Vale do Paraíba. Essa mudança marcou o início de sua carreira em vendas e foi o ponto de partida para uma trajetória marcada por passagens em diferentes multinacionais como Pepsico e Reckitt.

Giamellaro aconselha aqueles que aspiram a cargos de liderança a desenvolverem constantemente suas habilidades, assumirem responsabilidades, construírem relacionamentos sólidos e manterem um propósito claro durante todo o processo.

Mauricio Giamellaro, CEO da Heineken no Brasil  Foto: ALEX SILVA/ESTADAO
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Confira trechos da entrevista:

Você sempre quis ser um líder? Sempre foi seu objetivo alcançar o topo?

Eu sempre tive uma ambição de liderar um time de pessoas. A gente sempre quer construir a carreira de uma maneira bem direta, numa linha que controle. Mas a minha, como várias carreiras de líderes, foi construída de maneira às vezes inesperada.

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Comecei minha carreira como estagiário do Ministério da Fazenda. Depois, trabalhei na loja de automóveis com meus pais, ou seja, fiz coisas sempre tendo um time comercial.

No entanto, nunca imaginei que trabalharia na iniciativa privada em grandes indústrias. Foi por conta da minha esposa, que morava em Valinhos, onde há uma base da Unilever. Percebi que tinha uma grande chance de crescimento na carreira. Comecei nesse momento.

Quando iniciei minha carreira, percebi que tinha algumas vantagens. Sempre gostei muito de gente, sempre gostei muito de falar e me relacionar bem com diferentes níveis de pessoas.

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Poder falar com diretores e também com pessoas que trabalham na linha de produção me fez perceber que podia estabelecer metas a cada dois ou três anos para saber onde eu queria chegar.

Sempre soube dar essa resposta quando me perguntavam onde eu queria estar dali a cinco anos. Eu nunca imaginei chegar a ser CEO com “x” anos, mas sempre quis ser diretor e, em seguida, gerente-geral de uma empresa maior.

Sempre tive metas que foram aparecendo. No começo da minha carreira, quando era vendedor, meu sonho era ser gerente. Eu olhava para meus chefes e sabia que era isso que eu queria alcançar.

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O que você descobriu quando chegou aos nível mais alto em sua carreira?

Tem muito mais responsabilidade e complexidade do que eu jamais imaginara.

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Por exemplo, meu papel atual envolve lidar com diversos assuntos, como mercado acionário, política de preços, integridade e comunicação interna.

Além disso, mantenho contato regular com os 14 mil funcionários da empresa. A diversidade e a complexidade de tarefas são aspectos que chamam a atenção nessa posição, mas ao mesmo tempo em que é complexo é bem divertido porque é dinâmico e você não tem muita rotina.

Como você equilibra sua vida pessoal e profissional?

Primeiro, acredito que é importante definir metas claras e ter disciplina para cumprir horários.

Por exemplo, para cuidar da minha vida pessoal e me exercitar de manhã, acordo às 5h.

Trabalho intensamente das 8h30 às 18h. Em alguns dias, fico até as 19h, mas isso é raro.

Acabei de voltar de férias e, durante esses 15 dias, nem respondi às mensagens no WhatsApp.

Acredito que muitas pessoas têm medo de definir limites em sua própria agenda, mas é algo que encorajo porque não tem como equilibrar tudo sem disciplina e uma agenda organizada.

Em reuniões, por exemplo, se percebo que alguém está presente sem realmente precisar, eu digo para a pessoa se sentir à vontade para fazer outra coisa, pois, caso contrário, não conseguirá gerenciar adequadamente sua agenda.

Como você descreveria seu estilo de liderança?

Meu estilo de liderança é centrado nas pessoas.

Acredito que as pessoas são o coração de qualquer organização e que criar um ambiente onde elas possam prosperar é fundamental.

Isso envolve estar próximo das pessoas, conhecer suas necessidades e ser acessível. Também enfatizo a importância da diversidade e da inclusão, reconhecendo que cada pessoa é única e pode contribuir de maneira diferente.

Quais são os desafios na gestão de pessoas?

Primeiramente, a proximidade com os colaboradores é crucial, mas pode ser um desafio em um ambiente corporativo em constante evolução.

Construir relacionamentos sólidos e mostrar vulnerabilidade é essencial para ganhar a confiança das equipes.

Além disso, a diversidade é um aspecto cada vez mais importante. Compreender que as pessoas são diferentes e que têm motivações distintas é fundamental para liderar com sucesso.

Também é necessário criar um ambiente que valorize e promova a diversidade.

Outro desafio é o engajamento das equipes por meio de um propósito compartilhado.

Às vezes, pode ser difícil alinhar todos os colaboradores em torno de um objetivo comum, mas é crucial para o sucesso da organização.

Quais são seus conselhos para aqueles que desejam seguir uma carreira de liderança?

Saiba querer. É difícil, pois para querer, você precisa saber o que deseja. Não é necessário saber exatamente o que quer, mas é preciso pensar e analisar muito.

É necessário se conhecer profundamente. Por exemplo, eu nunca vou querer ser o melhor jogador do mundo, pois não jogo bola, mas posso desejar ser um líder comunitário diferenciado, pois tenho algumas competências que podem me ajudar.

Então é importante entender no que você é bom e trabalhar suas competências.

Prepare-se para as oportunidades. Tenha um plano claro de onde deseja chegar nos próximos cinco anos e traga esse plano para o presente.

Prepare-se para isso. Se você não sabe falar inglês fluentemente, talvez precise se dedicar a isso.

Se está no ramo de vendas e quer trabalhar em marketing, pode ser necessário fazer uma escolha difícil, como uma mudança lateral. Portanto, deseje e prepare-se para o que almeja.

Aproveite a jornada. Descubra coisas no dia a dia que te façam bem. Muitos jovens, especialmente, cansam rapidamente de algumas coisas quando entram no mundo corporativo.

Há momentos que são entediantes e chatos, mas não foque nesses momentos. Concentre-se nas coisas que são interessantes.

Em um dia, podem existir duas horas chatas, mas também horas fantásticas. Saiba apreciar ambas as situações e tenha paciência para curtir a jornada, valorizando as coisas boas e compreendendo que nem tudo é tão agradável.

Desde o início da sua carreira, o economista Mauricio Giamellaro sempre teve os objetivos bem claros em sua mente. Subir na escada corporativa se tornou uma meta a ser perseguida que o levou de vendedor de margarina e outros produtos alimentícios na Unilever ao cargo atual de CEO da Heineken no Brasil, liderando uma das maiores operações da empresa no mundo.

Quando Maurício conheceu sua esposa em Valinhos, no interior de São Paulo, tomou a decisão de deixar seu emprego anterior na capital para ficar mais próximo dela. Na cidade, conseguiu um emprego como representante da Unilever para toda a região do Vale do Paraíba. Essa mudança marcou o início de sua carreira em vendas e foi o ponto de partida para uma trajetória marcada por passagens em diferentes multinacionais como Pepsico e Reckitt.

Giamellaro aconselha aqueles que aspiram a cargos de liderança a desenvolverem constantemente suas habilidades, assumirem responsabilidades, construírem relacionamentos sólidos e manterem um propósito claro durante todo o processo.

Mauricio Giamellaro, CEO da Heineken no Brasil  Foto: ALEX SILVA/ESTADAO

Confira trechos da entrevista:

Você sempre quis ser um líder? Sempre foi seu objetivo alcançar o topo?

Eu sempre tive uma ambição de liderar um time de pessoas. A gente sempre quer construir a carreira de uma maneira bem direta, numa linha que controle. Mas a minha, como várias carreiras de líderes, foi construída de maneira às vezes inesperada.

Comecei minha carreira como estagiário do Ministério da Fazenda. Depois, trabalhei na loja de automóveis com meus pais, ou seja, fiz coisas sempre tendo um time comercial.

No entanto, nunca imaginei que trabalharia na iniciativa privada em grandes indústrias. Foi por conta da minha esposa, que morava em Valinhos, onde há uma base da Unilever. Percebi que tinha uma grande chance de crescimento na carreira. Comecei nesse momento.

Quando iniciei minha carreira, percebi que tinha algumas vantagens. Sempre gostei muito de gente, sempre gostei muito de falar e me relacionar bem com diferentes níveis de pessoas.

Poder falar com diretores e também com pessoas que trabalham na linha de produção me fez perceber que podia estabelecer metas a cada dois ou três anos para saber onde eu queria chegar.

Sempre soube dar essa resposta quando me perguntavam onde eu queria estar dali a cinco anos. Eu nunca imaginei chegar a ser CEO com “x” anos, mas sempre quis ser diretor e, em seguida, gerente-geral de uma empresa maior.

Sempre tive metas que foram aparecendo. No começo da minha carreira, quando era vendedor, meu sonho era ser gerente. Eu olhava para meus chefes e sabia que era isso que eu queria alcançar.

O que você descobriu quando chegou aos nível mais alto em sua carreira?

Tem muito mais responsabilidade e complexidade do que eu jamais imaginara.

Por exemplo, meu papel atual envolve lidar com diversos assuntos, como mercado acionário, política de preços, integridade e comunicação interna.

Além disso, mantenho contato regular com os 14 mil funcionários da empresa. A diversidade e a complexidade de tarefas são aspectos que chamam a atenção nessa posição, mas ao mesmo tempo em que é complexo é bem divertido porque é dinâmico e você não tem muita rotina.

Como você equilibra sua vida pessoal e profissional?

Primeiro, acredito que é importante definir metas claras e ter disciplina para cumprir horários.

Por exemplo, para cuidar da minha vida pessoal e me exercitar de manhã, acordo às 5h.

Trabalho intensamente das 8h30 às 18h. Em alguns dias, fico até as 19h, mas isso é raro.

Acabei de voltar de férias e, durante esses 15 dias, nem respondi às mensagens no WhatsApp.

Acredito que muitas pessoas têm medo de definir limites em sua própria agenda, mas é algo que encorajo porque não tem como equilibrar tudo sem disciplina e uma agenda organizada.

Em reuniões, por exemplo, se percebo que alguém está presente sem realmente precisar, eu digo para a pessoa se sentir à vontade para fazer outra coisa, pois, caso contrário, não conseguirá gerenciar adequadamente sua agenda.

Como você descreveria seu estilo de liderança?

Meu estilo de liderança é centrado nas pessoas.

Acredito que as pessoas são o coração de qualquer organização e que criar um ambiente onde elas possam prosperar é fundamental.

Isso envolve estar próximo das pessoas, conhecer suas necessidades e ser acessível. Também enfatizo a importância da diversidade e da inclusão, reconhecendo que cada pessoa é única e pode contribuir de maneira diferente.

Quais são os desafios na gestão de pessoas?

Primeiramente, a proximidade com os colaboradores é crucial, mas pode ser um desafio em um ambiente corporativo em constante evolução.

Construir relacionamentos sólidos e mostrar vulnerabilidade é essencial para ganhar a confiança das equipes.

Além disso, a diversidade é um aspecto cada vez mais importante. Compreender que as pessoas são diferentes e que têm motivações distintas é fundamental para liderar com sucesso.

Também é necessário criar um ambiente que valorize e promova a diversidade.

Outro desafio é o engajamento das equipes por meio de um propósito compartilhado.

Às vezes, pode ser difícil alinhar todos os colaboradores em torno de um objetivo comum, mas é crucial para o sucesso da organização.

Quais são seus conselhos para aqueles que desejam seguir uma carreira de liderança?

Saiba querer. É difícil, pois para querer, você precisa saber o que deseja. Não é necessário saber exatamente o que quer, mas é preciso pensar e analisar muito.

É necessário se conhecer profundamente. Por exemplo, eu nunca vou querer ser o melhor jogador do mundo, pois não jogo bola, mas posso desejar ser um líder comunitário diferenciado, pois tenho algumas competências que podem me ajudar.

Então é importante entender no que você é bom e trabalhar suas competências.

Prepare-se para as oportunidades. Tenha um plano claro de onde deseja chegar nos próximos cinco anos e traga esse plano para o presente.

Prepare-se para isso. Se você não sabe falar inglês fluentemente, talvez precise se dedicar a isso.

Se está no ramo de vendas e quer trabalhar em marketing, pode ser necessário fazer uma escolha difícil, como uma mudança lateral. Portanto, deseje e prepare-se para o que almeja.

Aproveite a jornada. Descubra coisas no dia a dia que te façam bem. Muitos jovens, especialmente, cansam rapidamente de algumas coisas quando entram no mundo corporativo.

Há momentos que são entediantes e chatos, mas não foque nesses momentos. Concentre-se nas coisas que são interessantes.

Em um dia, podem existir duas horas chatas, mas também horas fantásticas. Saiba apreciar ambas as situações e tenha paciência para curtir a jornada, valorizando as coisas boas e compreendendo que nem tudo é tão agradável.

Desde o início da sua carreira, o economista Mauricio Giamellaro sempre teve os objetivos bem claros em sua mente. Subir na escada corporativa se tornou uma meta a ser perseguida que o levou de vendedor de margarina e outros produtos alimentícios na Unilever ao cargo atual de CEO da Heineken no Brasil, liderando uma das maiores operações da empresa no mundo.

Quando Maurício conheceu sua esposa em Valinhos, no interior de São Paulo, tomou a decisão de deixar seu emprego anterior na capital para ficar mais próximo dela. Na cidade, conseguiu um emprego como representante da Unilever para toda a região do Vale do Paraíba. Essa mudança marcou o início de sua carreira em vendas e foi o ponto de partida para uma trajetória marcada por passagens em diferentes multinacionais como Pepsico e Reckitt.

Giamellaro aconselha aqueles que aspiram a cargos de liderança a desenvolverem constantemente suas habilidades, assumirem responsabilidades, construírem relacionamentos sólidos e manterem um propósito claro durante todo o processo.

Mauricio Giamellaro, CEO da Heineken no Brasil  Foto: ALEX SILVA/ESTADAO

Confira trechos da entrevista:

Você sempre quis ser um líder? Sempre foi seu objetivo alcançar o topo?

Eu sempre tive uma ambição de liderar um time de pessoas. A gente sempre quer construir a carreira de uma maneira bem direta, numa linha que controle. Mas a minha, como várias carreiras de líderes, foi construída de maneira às vezes inesperada.

Comecei minha carreira como estagiário do Ministério da Fazenda. Depois, trabalhei na loja de automóveis com meus pais, ou seja, fiz coisas sempre tendo um time comercial.

No entanto, nunca imaginei que trabalharia na iniciativa privada em grandes indústrias. Foi por conta da minha esposa, que morava em Valinhos, onde há uma base da Unilever. Percebi que tinha uma grande chance de crescimento na carreira. Comecei nesse momento.

Quando iniciei minha carreira, percebi que tinha algumas vantagens. Sempre gostei muito de gente, sempre gostei muito de falar e me relacionar bem com diferentes níveis de pessoas.

Poder falar com diretores e também com pessoas que trabalham na linha de produção me fez perceber que podia estabelecer metas a cada dois ou três anos para saber onde eu queria chegar.

Sempre soube dar essa resposta quando me perguntavam onde eu queria estar dali a cinco anos. Eu nunca imaginei chegar a ser CEO com “x” anos, mas sempre quis ser diretor e, em seguida, gerente-geral de uma empresa maior.

Sempre tive metas que foram aparecendo. No começo da minha carreira, quando era vendedor, meu sonho era ser gerente. Eu olhava para meus chefes e sabia que era isso que eu queria alcançar.

O que você descobriu quando chegou aos nível mais alto em sua carreira?

Tem muito mais responsabilidade e complexidade do que eu jamais imaginara.

Por exemplo, meu papel atual envolve lidar com diversos assuntos, como mercado acionário, política de preços, integridade e comunicação interna.

Além disso, mantenho contato regular com os 14 mil funcionários da empresa. A diversidade e a complexidade de tarefas são aspectos que chamam a atenção nessa posição, mas ao mesmo tempo em que é complexo é bem divertido porque é dinâmico e você não tem muita rotina.

Como você equilibra sua vida pessoal e profissional?

Primeiro, acredito que é importante definir metas claras e ter disciplina para cumprir horários.

Por exemplo, para cuidar da minha vida pessoal e me exercitar de manhã, acordo às 5h.

Trabalho intensamente das 8h30 às 18h. Em alguns dias, fico até as 19h, mas isso é raro.

Acabei de voltar de férias e, durante esses 15 dias, nem respondi às mensagens no WhatsApp.

Acredito que muitas pessoas têm medo de definir limites em sua própria agenda, mas é algo que encorajo porque não tem como equilibrar tudo sem disciplina e uma agenda organizada.

Em reuniões, por exemplo, se percebo que alguém está presente sem realmente precisar, eu digo para a pessoa se sentir à vontade para fazer outra coisa, pois, caso contrário, não conseguirá gerenciar adequadamente sua agenda.

Como você descreveria seu estilo de liderança?

Meu estilo de liderança é centrado nas pessoas.

Acredito que as pessoas são o coração de qualquer organização e que criar um ambiente onde elas possam prosperar é fundamental.

Isso envolve estar próximo das pessoas, conhecer suas necessidades e ser acessível. Também enfatizo a importância da diversidade e da inclusão, reconhecendo que cada pessoa é única e pode contribuir de maneira diferente.

Quais são os desafios na gestão de pessoas?

Primeiramente, a proximidade com os colaboradores é crucial, mas pode ser um desafio em um ambiente corporativo em constante evolução.

Construir relacionamentos sólidos e mostrar vulnerabilidade é essencial para ganhar a confiança das equipes.

Além disso, a diversidade é um aspecto cada vez mais importante. Compreender que as pessoas são diferentes e que têm motivações distintas é fundamental para liderar com sucesso.

Também é necessário criar um ambiente que valorize e promova a diversidade.

Outro desafio é o engajamento das equipes por meio de um propósito compartilhado.

Às vezes, pode ser difícil alinhar todos os colaboradores em torno de um objetivo comum, mas é crucial para o sucesso da organização.

Quais são seus conselhos para aqueles que desejam seguir uma carreira de liderança?

Saiba querer. É difícil, pois para querer, você precisa saber o que deseja. Não é necessário saber exatamente o que quer, mas é preciso pensar e analisar muito.

É necessário se conhecer profundamente. Por exemplo, eu nunca vou querer ser o melhor jogador do mundo, pois não jogo bola, mas posso desejar ser um líder comunitário diferenciado, pois tenho algumas competências que podem me ajudar.

Então é importante entender no que você é bom e trabalhar suas competências.

Prepare-se para as oportunidades. Tenha um plano claro de onde deseja chegar nos próximos cinco anos e traga esse plano para o presente.

Prepare-se para isso. Se você não sabe falar inglês fluentemente, talvez precise se dedicar a isso.

Se está no ramo de vendas e quer trabalhar em marketing, pode ser necessário fazer uma escolha difícil, como uma mudança lateral. Portanto, deseje e prepare-se para o que almeja.

Aproveite a jornada. Descubra coisas no dia a dia que te façam bem. Muitos jovens, especialmente, cansam rapidamente de algumas coisas quando entram no mundo corporativo.

Há momentos que são entediantes e chatos, mas não foque nesses momentos. Concentre-se nas coisas que são interessantes.

Em um dia, podem existir duas horas chatas, mas também horas fantásticas. Saiba apreciar ambas as situações e tenha paciência para curtir a jornada, valorizando as coisas boas e compreendendo que nem tudo é tão agradável.

Entrevista por Bruna Klingspiegel

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