Confira os principais estilos de liderança e descubra qual é a sua personalidade no trabalho


Especialistas reforçam a importância de o líder navegar entre diferentes estilos conforme o contexto, o momento da empresa e a equipe

Por Jayanne Rodrigues
Atualização:

Se você está em um cargo de liderança, seja como iniciante ou veterano, provavelmente já se perguntou qual abordagem deve predominar no trabalho. Segundo especialistas, o jeito de liderar depende do contexto e da equipe. Por exemplo, você pode ser mais coercitivo em momentos de crise para garantir que as tarefas sejam cumpridas de forma imediata, ou mais democrático quando busca novas ideias da equipe. O ideal é manter-se adaptado conforme a situação e as pessoas para garantir uma eficiência a longo prazo.

“Liderança é personalidade, cada um tem a sua. O líder pode ter um estilo mais predominante, mas não deve ficar somente nele o tempo todo. É preciso saber navegar em outros estilos para conduzir equipes”, orienta Daniela Bertoldo, especialista em liderança e autora do livro “Mulheres que Lideram Jogam Juntas”.

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Ela acrescenta que um estilo específico pode ser eficaz por um tempo. No entanto, a depender do momento e da organização acaba retardando os resultados da equipe. Por isso, defende que as pessoas adotem diferentes abordagens simultaneamente.

No mercado corporativo brasileiro, predomina a presença de líderes que centralizam as decisões e mantêm um controle rígido sobre as operações e a equipe, avalia Alexandre Max, CEO da Vivae (aplicativo de cursos profissionalizantes). No entanto, o executivo percebe uma mudança significativa nos últimos anos.

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“Tenho observado uma tendência em direção a modelos mais democráticos e participativos. Líderes modernos no Brasil estão começando a adotar características de liderança transformacional, com foco em motivar os colaboradores, promover a inclusão e valorizar a flexibilidade no trabalho”, afirma.

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1. Coercitiva (Top-Down)

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Perfil que adota a postura “faça o que digo”. Costuma funcionar em momentos que exigem ações imediatas como a recuperação de uma empresa. Não é recomendado manter o estilo a longo prazo.

  • Ponto positivo: Funciona bem em momentos de crise. Em situações de emergência, como um ataque cibernético, torna-se eficaz porque fornece direções claras e imediatas para os liderados.
  • Ponto negativo: A longo prazo, pode desmotivar a equipe, limitando a criatividade e a flexibilidade, já que a equipe sente que não é ouvida e apenas executa ordens.

2. Visionária

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Líder que foca o propósito e os valores da empresa daqui a 10/15 anos. Compartilha de maneira clara a missão da companhia para os liderados. Também tem uma conduta otimista, sempre olhando para os anos seguintes.

A especialista Daniela Bertoldo alerta que lideranças com esse perfil predominante devem buscar compreender cada pessoa da equipe, a fim de evitar qualquer sentimento de desconfiança.

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“O líder visionário é ótimo por definir claramente a missão da empresa. No entanto, se está liderando uma equipe experiente e muito racional, corre o risco de perder o controle, pois os membros da equipe podem considerar que está sendo excessivamente visionário.”

  • Ponto positivo: Inspira a equipe com uma visão clara e otimista de longo prazo, com potencial significativo de aumentar o engajamento e a motivação das pessoas.
  • Ponto negativo: Pode perder a conexão com o time se for visto como muito distante da realidade ou pouco prático, especialmente se a equipe for mais experiente e racional.

3. Afetiva

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Líder conhecido pela empatia no trabalho. A prioridade é mais as pessoas do que entrega de tarefas. Tem como foco manter a energia positiva no ambiente do trabalho. Os liderados costumam se sentir mais acolhidos.

  • Ponto positivo: Cria um ambiente harmonioso, valorizando o bem-estar das pessoas e promovendo um clima organizacional agradável.
  • Ponto negativo: Pode enfrentar dificuldade em punir colaboradores com baixo desempenho.

4. Democrática

De acordo com o CEO Alexandre Max, o estilo democrático valoriza a participação e opiniões da equipe, envolve os colaboradores nas tomadas de decisão. Por outro lado, tende a “demandar mais tempo para tomar decisões.”

Embora a liderança afetiva e democrática apresentem semelhanças, há diferenças entre elas. A democrática busca dar voz a todos e espera contribuição da maioria para as decisões. Já a afetiva prioriza as relações interpessoais e as emoções.

“Ser democrático não significa estar emocionalmente conectado com os membros da equipe. Mas implica que todos tenham voz e participem na definição de metas e na construção de objetivos”, ressalta Daniela Bertoldo.

  • Ponto positivo: Promove a participação e o envolvimento de todos, além de valorizar a opinião da equipe e fomentar um ambiente colaborativo.
  • Ponto negativo: O estilo pode resultar em reuniões demoradas e sem direcionamento. O líder que domina apenas esta personalidade encontra dificuldade em cravar decisões por causa da busca constante por consenso.
Lideranças devem navegar entre diferentes estilos.  Foto: master1305 - stock.adobe.com

5. Treinadora (coach)

Foco no desenvolvimento, observando os potenciais e pontos de fraqueza do liderado para, em seguida, direcionar a pessoa de forma construtiva.

  • Ponto positivo: Foca no desenvolvimento pessoal e profissional dos colaboradores, proporcionando orientação e feedback construtivo.
  • Ponto negativo: A equipe corre o risco de ficar sem direção clara se não for capaz de fornecer instruções específicas quando necessário.

6. Modeladora

Do tipo que gosta de dar exemplo, acredita que time bom é aquele que faz tudo igual aos seus comandos. Se fizer diferente, não funciona. Perfil interessante para pessoas que desejam alavancar a carreira a partir de um modelo de líder.

  • Ponto positivo: Gosta de dar exemplo para a equipe, incentivando-os a seguir um modelo de sucesso comprovado.
  • Ponto negativo: Pode desmotivar colaboradores que possuem perspectivas e estilos de trabalho diferentes ou que buscam equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

Como aplicar os estilos de liderança no dia a dia

Um líder que se destaca é aquele que tem autoconhecimento, que sabe suas forças, fraquezas e entende a importância de adaptar-se conforme a situação, aponta Daniela Bertoldo. É preciso navegar entre diversos estilos para ter resultados, complementa.

Para descobrir quais estilos de liderança combinam com a sua personalidade, comece pelo básico:

  1. Observe o contexto da empresa em que trabalha atualmente;
  2. Verifique o que precisa entregar;
  3. Conheça cada integrante da sua equipe;
  4. Busque entender o que será preciso para extrair os melhores resultados de cada pessoa.

A partir daí, torna-se mais simples mapear as abordagens adequadas para o momento e para a equipe. É crucial lembrar que os estilos devem mudar conforme as necessidades variam. Não é recomendado manter um único estilo de liderança a longo prazo.

Se você está em um cargo de liderança, seja como iniciante ou veterano, provavelmente já se perguntou qual abordagem deve predominar no trabalho. Segundo especialistas, o jeito de liderar depende do contexto e da equipe. Por exemplo, você pode ser mais coercitivo em momentos de crise para garantir que as tarefas sejam cumpridas de forma imediata, ou mais democrático quando busca novas ideias da equipe. O ideal é manter-se adaptado conforme a situação e as pessoas para garantir uma eficiência a longo prazo.

“Liderança é personalidade, cada um tem a sua. O líder pode ter um estilo mais predominante, mas não deve ficar somente nele o tempo todo. É preciso saber navegar em outros estilos para conduzir equipes”, orienta Daniela Bertoldo, especialista em liderança e autora do livro “Mulheres que Lideram Jogam Juntas”.

Ela acrescenta que um estilo específico pode ser eficaz por um tempo. No entanto, a depender do momento e da organização acaba retardando os resultados da equipe. Por isso, defende que as pessoas adotem diferentes abordagens simultaneamente.

No mercado corporativo brasileiro, predomina a presença de líderes que centralizam as decisões e mantêm um controle rígido sobre as operações e a equipe, avalia Alexandre Max, CEO da Vivae (aplicativo de cursos profissionalizantes). No entanto, o executivo percebe uma mudança significativa nos últimos anos.

“Tenho observado uma tendência em direção a modelos mais democráticos e participativos. Líderes modernos no Brasil estão começando a adotar características de liderança transformacional, com foco em motivar os colaboradores, promover a inclusão e valorizar a flexibilidade no trabalho”, afirma.

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1. Coercitiva (Top-Down)

Perfil que adota a postura “faça o que digo”. Costuma funcionar em momentos que exigem ações imediatas como a recuperação de uma empresa. Não é recomendado manter o estilo a longo prazo.

  • Ponto positivo: Funciona bem em momentos de crise. Em situações de emergência, como um ataque cibernético, torna-se eficaz porque fornece direções claras e imediatas para os liderados.
  • Ponto negativo: A longo prazo, pode desmotivar a equipe, limitando a criatividade e a flexibilidade, já que a equipe sente que não é ouvida e apenas executa ordens.

2. Visionária

Líder que foca o propósito e os valores da empresa daqui a 10/15 anos. Compartilha de maneira clara a missão da companhia para os liderados. Também tem uma conduta otimista, sempre olhando para os anos seguintes.

A especialista Daniela Bertoldo alerta que lideranças com esse perfil predominante devem buscar compreender cada pessoa da equipe, a fim de evitar qualquer sentimento de desconfiança.

“O líder visionário é ótimo por definir claramente a missão da empresa. No entanto, se está liderando uma equipe experiente e muito racional, corre o risco de perder o controle, pois os membros da equipe podem considerar que está sendo excessivamente visionário.”

  • Ponto positivo: Inspira a equipe com uma visão clara e otimista de longo prazo, com potencial significativo de aumentar o engajamento e a motivação das pessoas.
  • Ponto negativo: Pode perder a conexão com o time se for visto como muito distante da realidade ou pouco prático, especialmente se a equipe for mais experiente e racional.

3. Afetiva

Líder conhecido pela empatia no trabalho. A prioridade é mais as pessoas do que entrega de tarefas. Tem como foco manter a energia positiva no ambiente do trabalho. Os liderados costumam se sentir mais acolhidos.

  • Ponto positivo: Cria um ambiente harmonioso, valorizando o bem-estar das pessoas e promovendo um clima organizacional agradável.
  • Ponto negativo: Pode enfrentar dificuldade em punir colaboradores com baixo desempenho.

4. Democrática

De acordo com o CEO Alexandre Max, o estilo democrático valoriza a participação e opiniões da equipe, envolve os colaboradores nas tomadas de decisão. Por outro lado, tende a “demandar mais tempo para tomar decisões.”

Embora a liderança afetiva e democrática apresentem semelhanças, há diferenças entre elas. A democrática busca dar voz a todos e espera contribuição da maioria para as decisões. Já a afetiva prioriza as relações interpessoais e as emoções.

“Ser democrático não significa estar emocionalmente conectado com os membros da equipe. Mas implica que todos tenham voz e participem na definição de metas e na construção de objetivos”, ressalta Daniela Bertoldo.

  • Ponto positivo: Promove a participação e o envolvimento de todos, além de valorizar a opinião da equipe e fomentar um ambiente colaborativo.
  • Ponto negativo: O estilo pode resultar em reuniões demoradas e sem direcionamento. O líder que domina apenas esta personalidade encontra dificuldade em cravar decisões por causa da busca constante por consenso.
Lideranças devem navegar entre diferentes estilos.  Foto: master1305 - stock.adobe.com

5. Treinadora (coach)

Foco no desenvolvimento, observando os potenciais e pontos de fraqueza do liderado para, em seguida, direcionar a pessoa de forma construtiva.

  • Ponto positivo: Foca no desenvolvimento pessoal e profissional dos colaboradores, proporcionando orientação e feedback construtivo.
  • Ponto negativo: A equipe corre o risco de ficar sem direção clara se não for capaz de fornecer instruções específicas quando necessário.

6. Modeladora

Do tipo que gosta de dar exemplo, acredita que time bom é aquele que faz tudo igual aos seus comandos. Se fizer diferente, não funciona. Perfil interessante para pessoas que desejam alavancar a carreira a partir de um modelo de líder.

  • Ponto positivo: Gosta de dar exemplo para a equipe, incentivando-os a seguir um modelo de sucesso comprovado.
  • Ponto negativo: Pode desmotivar colaboradores que possuem perspectivas e estilos de trabalho diferentes ou que buscam equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

Como aplicar os estilos de liderança no dia a dia

Um líder que se destaca é aquele que tem autoconhecimento, que sabe suas forças, fraquezas e entende a importância de adaptar-se conforme a situação, aponta Daniela Bertoldo. É preciso navegar entre diversos estilos para ter resultados, complementa.

Para descobrir quais estilos de liderança combinam com a sua personalidade, comece pelo básico:

  1. Observe o contexto da empresa em que trabalha atualmente;
  2. Verifique o que precisa entregar;
  3. Conheça cada integrante da sua equipe;
  4. Busque entender o que será preciso para extrair os melhores resultados de cada pessoa.

A partir daí, torna-se mais simples mapear as abordagens adequadas para o momento e para a equipe. É crucial lembrar que os estilos devem mudar conforme as necessidades variam. Não é recomendado manter um único estilo de liderança a longo prazo.

Se você está em um cargo de liderança, seja como iniciante ou veterano, provavelmente já se perguntou qual abordagem deve predominar no trabalho. Segundo especialistas, o jeito de liderar depende do contexto e da equipe. Por exemplo, você pode ser mais coercitivo em momentos de crise para garantir que as tarefas sejam cumpridas de forma imediata, ou mais democrático quando busca novas ideias da equipe. O ideal é manter-se adaptado conforme a situação e as pessoas para garantir uma eficiência a longo prazo.

“Liderança é personalidade, cada um tem a sua. O líder pode ter um estilo mais predominante, mas não deve ficar somente nele o tempo todo. É preciso saber navegar em outros estilos para conduzir equipes”, orienta Daniela Bertoldo, especialista em liderança e autora do livro “Mulheres que Lideram Jogam Juntas”.

Ela acrescenta que um estilo específico pode ser eficaz por um tempo. No entanto, a depender do momento e da organização acaba retardando os resultados da equipe. Por isso, defende que as pessoas adotem diferentes abordagens simultaneamente.

No mercado corporativo brasileiro, predomina a presença de líderes que centralizam as decisões e mantêm um controle rígido sobre as operações e a equipe, avalia Alexandre Max, CEO da Vivae (aplicativo de cursos profissionalizantes). No entanto, o executivo percebe uma mudança significativa nos últimos anos.

“Tenho observado uma tendência em direção a modelos mais democráticos e participativos. Líderes modernos no Brasil estão começando a adotar características de liderança transformacional, com foco em motivar os colaboradores, promover a inclusão e valorizar a flexibilidade no trabalho”, afirma.

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1. Coercitiva (Top-Down)

Perfil que adota a postura “faça o que digo”. Costuma funcionar em momentos que exigem ações imediatas como a recuperação de uma empresa. Não é recomendado manter o estilo a longo prazo.

  • Ponto positivo: Funciona bem em momentos de crise. Em situações de emergência, como um ataque cibernético, torna-se eficaz porque fornece direções claras e imediatas para os liderados.
  • Ponto negativo: A longo prazo, pode desmotivar a equipe, limitando a criatividade e a flexibilidade, já que a equipe sente que não é ouvida e apenas executa ordens.

2. Visionária

Líder que foca o propósito e os valores da empresa daqui a 10/15 anos. Compartilha de maneira clara a missão da companhia para os liderados. Também tem uma conduta otimista, sempre olhando para os anos seguintes.

A especialista Daniela Bertoldo alerta que lideranças com esse perfil predominante devem buscar compreender cada pessoa da equipe, a fim de evitar qualquer sentimento de desconfiança.

“O líder visionário é ótimo por definir claramente a missão da empresa. No entanto, se está liderando uma equipe experiente e muito racional, corre o risco de perder o controle, pois os membros da equipe podem considerar que está sendo excessivamente visionário.”

  • Ponto positivo: Inspira a equipe com uma visão clara e otimista de longo prazo, com potencial significativo de aumentar o engajamento e a motivação das pessoas.
  • Ponto negativo: Pode perder a conexão com o time se for visto como muito distante da realidade ou pouco prático, especialmente se a equipe for mais experiente e racional.

3. Afetiva

Líder conhecido pela empatia no trabalho. A prioridade é mais as pessoas do que entrega de tarefas. Tem como foco manter a energia positiva no ambiente do trabalho. Os liderados costumam se sentir mais acolhidos.

  • Ponto positivo: Cria um ambiente harmonioso, valorizando o bem-estar das pessoas e promovendo um clima organizacional agradável.
  • Ponto negativo: Pode enfrentar dificuldade em punir colaboradores com baixo desempenho.

4. Democrática

De acordo com o CEO Alexandre Max, o estilo democrático valoriza a participação e opiniões da equipe, envolve os colaboradores nas tomadas de decisão. Por outro lado, tende a “demandar mais tempo para tomar decisões.”

Embora a liderança afetiva e democrática apresentem semelhanças, há diferenças entre elas. A democrática busca dar voz a todos e espera contribuição da maioria para as decisões. Já a afetiva prioriza as relações interpessoais e as emoções.

“Ser democrático não significa estar emocionalmente conectado com os membros da equipe. Mas implica que todos tenham voz e participem na definição de metas e na construção de objetivos”, ressalta Daniela Bertoldo.

  • Ponto positivo: Promove a participação e o envolvimento de todos, além de valorizar a opinião da equipe e fomentar um ambiente colaborativo.
  • Ponto negativo: O estilo pode resultar em reuniões demoradas e sem direcionamento. O líder que domina apenas esta personalidade encontra dificuldade em cravar decisões por causa da busca constante por consenso.
Lideranças devem navegar entre diferentes estilos.  Foto: master1305 - stock.adobe.com

5. Treinadora (coach)

Foco no desenvolvimento, observando os potenciais e pontos de fraqueza do liderado para, em seguida, direcionar a pessoa de forma construtiva.

  • Ponto positivo: Foca no desenvolvimento pessoal e profissional dos colaboradores, proporcionando orientação e feedback construtivo.
  • Ponto negativo: A equipe corre o risco de ficar sem direção clara se não for capaz de fornecer instruções específicas quando necessário.

6. Modeladora

Do tipo que gosta de dar exemplo, acredita que time bom é aquele que faz tudo igual aos seus comandos. Se fizer diferente, não funciona. Perfil interessante para pessoas que desejam alavancar a carreira a partir de um modelo de líder.

  • Ponto positivo: Gosta de dar exemplo para a equipe, incentivando-os a seguir um modelo de sucesso comprovado.
  • Ponto negativo: Pode desmotivar colaboradores que possuem perspectivas e estilos de trabalho diferentes ou que buscam equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

Como aplicar os estilos de liderança no dia a dia

Um líder que se destaca é aquele que tem autoconhecimento, que sabe suas forças, fraquezas e entende a importância de adaptar-se conforme a situação, aponta Daniela Bertoldo. É preciso navegar entre diversos estilos para ter resultados, complementa.

Para descobrir quais estilos de liderança combinam com a sua personalidade, comece pelo básico:

  1. Observe o contexto da empresa em que trabalha atualmente;
  2. Verifique o que precisa entregar;
  3. Conheça cada integrante da sua equipe;
  4. Busque entender o que será preciso para extrair os melhores resultados de cada pessoa.

A partir daí, torna-se mais simples mapear as abordagens adequadas para o momento e para a equipe. É crucial lembrar que os estilos devem mudar conforme as necessidades variam. Não é recomendado manter um único estilo de liderança a longo prazo.

Se você está em um cargo de liderança, seja como iniciante ou veterano, provavelmente já se perguntou qual abordagem deve predominar no trabalho. Segundo especialistas, o jeito de liderar depende do contexto e da equipe. Por exemplo, você pode ser mais coercitivo em momentos de crise para garantir que as tarefas sejam cumpridas de forma imediata, ou mais democrático quando busca novas ideias da equipe. O ideal é manter-se adaptado conforme a situação e as pessoas para garantir uma eficiência a longo prazo.

“Liderança é personalidade, cada um tem a sua. O líder pode ter um estilo mais predominante, mas não deve ficar somente nele o tempo todo. É preciso saber navegar em outros estilos para conduzir equipes”, orienta Daniela Bertoldo, especialista em liderança e autora do livro “Mulheres que Lideram Jogam Juntas”.

Ela acrescenta que um estilo específico pode ser eficaz por um tempo. No entanto, a depender do momento e da organização acaba retardando os resultados da equipe. Por isso, defende que as pessoas adotem diferentes abordagens simultaneamente.

No mercado corporativo brasileiro, predomina a presença de líderes que centralizam as decisões e mantêm um controle rígido sobre as operações e a equipe, avalia Alexandre Max, CEO da Vivae (aplicativo de cursos profissionalizantes). No entanto, o executivo percebe uma mudança significativa nos últimos anos.

“Tenho observado uma tendência em direção a modelos mais democráticos e participativos. Líderes modernos no Brasil estão começando a adotar características de liderança transformacional, com foco em motivar os colaboradores, promover a inclusão e valorizar a flexibilidade no trabalho”, afirma.

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1. Coercitiva (Top-Down)

Perfil que adota a postura “faça o que digo”. Costuma funcionar em momentos que exigem ações imediatas como a recuperação de uma empresa. Não é recomendado manter o estilo a longo prazo.

  • Ponto positivo: Funciona bem em momentos de crise. Em situações de emergência, como um ataque cibernético, torna-se eficaz porque fornece direções claras e imediatas para os liderados.
  • Ponto negativo: A longo prazo, pode desmotivar a equipe, limitando a criatividade e a flexibilidade, já que a equipe sente que não é ouvida e apenas executa ordens.

2. Visionária

Líder que foca o propósito e os valores da empresa daqui a 10/15 anos. Compartilha de maneira clara a missão da companhia para os liderados. Também tem uma conduta otimista, sempre olhando para os anos seguintes.

A especialista Daniela Bertoldo alerta que lideranças com esse perfil predominante devem buscar compreender cada pessoa da equipe, a fim de evitar qualquer sentimento de desconfiança.

“O líder visionário é ótimo por definir claramente a missão da empresa. No entanto, se está liderando uma equipe experiente e muito racional, corre o risco de perder o controle, pois os membros da equipe podem considerar que está sendo excessivamente visionário.”

  • Ponto positivo: Inspira a equipe com uma visão clara e otimista de longo prazo, com potencial significativo de aumentar o engajamento e a motivação das pessoas.
  • Ponto negativo: Pode perder a conexão com o time se for visto como muito distante da realidade ou pouco prático, especialmente se a equipe for mais experiente e racional.

3. Afetiva

Líder conhecido pela empatia no trabalho. A prioridade é mais as pessoas do que entrega de tarefas. Tem como foco manter a energia positiva no ambiente do trabalho. Os liderados costumam se sentir mais acolhidos.

  • Ponto positivo: Cria um ambiente harmonioso, valorizando o bem-estar das pessoas e promovendo um clima organizacional agradável.
  • Ponto negativo: Pode enfrentar dificuldade em punir colaboradores com baixo desempenho.

4. Democrática

De acordo com o CEO Alexandre Max, o estilo democrático valoriza a participação e opiniões da equipe, envolve os colaboradores nas tomadas de decisão. Por outro lado, tende a “demandar mais tempo para tomar decisões.”

Embora a liderança afetiva e democrática apresentem semelhanças, há diferenças entre elas. A democrática busca dar voz a todos e espera contribuição da maioria para as decisões. Já a afetiva prioriza as relações interpessoais e as emoções.

“Ser democrático não significa estar emocionalmente conectado com os membros da equipe. Mas implica que todos tenham voz e participem na definição de metas e na construção de objetivos”, ressalta Daniela Bertoldo.

  • Ponto positivo: Promove a participação e o envolvimento de todos, além de valorizar a opinião da equipe e fomentar um ambiente colaborativo.
  • Ponto negativo: O estilo pode resultar em reuniões demoradas e sem direcionamento. O líder que domina apenas esta personalidade encontra dificuldade em cravar decisões por causa da busca constante por consenso.
Lideranças devem navegar entre diferentes estilos.  Foto: master1305 - stock.adobe.com

5. Treinadora (coach)

Foco no desenvolvimento, observando os potenciais e pontos de fraqueza do liderado para, em seguida, direcionar a pessoa de forma construtiva.

  • Ponto positivo: Foca no desenvolvimento pessoal e profissional dos colaboradores, proporcionando orientação e feedback construtivo.
  • Ponto negativo: A equipe corre o risco de ficar sem direção clara se não for capaz de fornecer instruções específicas quando necessário.

6. Modeladora

Do tipo que gosta de dar exemplo, acredita que time bom é aquele que faz tudo igual aos seus comandos. Se fizer diferente, não funciona. Perfil interessante para pessoas que desejam alavancar a carreira a partir de um modelo de líder.

  • Ponto positivo: Gosta de dar exemplo para a equipe, incentivando-os a seguir um modelo de sucesso comprovado.
  • Ponto negativo: Pode desmotivar colaboradores que possuem perspectivas e estilos de trabalho diferentes ou que buscam equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

Como aplicar os estilos de liderança no dia a dia

Um líder que se destaca é aquele que tem autoconhecimento, que sabe suas forças, fraquezas e entende a importância de adaptar-se conforme a situação, aponta Daniela Bertoldo. É preciso navegar entre diversos estilos para ter resultados, complementa.

Para descobrir quais estilos de liderança combinam com a sua personalidade, comece pelo básico:

  1. Observe o contexto da empresa em que trabalha atualmente;
  2. Verifique o que precisa entregar;
  3. Conheça cada integrante da sua equipe;
  4. Busque entender o que será preciso para extrair os melhores resultados de cada pessoa.

A partir daí, torna-se mais simples mapear as abordagens adequadas para o momento e para a equipe. É crucial lembrar que os estilos devem mudar conforme as necessidades variam. Não é recomendado manter um único estilo de liderança a longo prazo.

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