Profissional perde vaga em seleção por não responder mensagem de WhatsApp em 15 minutos


‘Procuramos profissionais com senso de urgência’, disse recrutador; desabafo de consultor no LinkedIn viralizou

Por Clayton Freitas
Atualização:

Um consultor de projetos foi descartado para uma vaga de emprego por não responder a uma mensagem do recrutador em 15 minutos no WhatsApp. Descontente com a situação, o profissional Victor Barrios fez uma postagem em seu perfil no LinkedIn na terça-feira, 3. A postagem viralizou, ganhando mais de dez mil reações e compartilhamentos.

Barrios descreveu a situação na postagem. Uma pessoa responsável pelo recrutamento de uma vaga teria procurado o consultor para saber se ele tinha interesse numa posição oferecida pela empresa. No entanto, ele teria sido descartado por ter respondido a mensagem uma hora e dois minutos depois. A pessoa que enviou a mensagem justificou só ter escolhido para o processo seletivo aqueles que responderam a sua mensagem em 15 minutos.

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Prints das conversas de Barrios a pessoa profissional de recrutamento Foto: Victor Barrios VIA LINKEDIN

Barrios postou a suposta comunicação pelo app de mensagens. As conversas mostram que ele teria sido procurado no dia 28 de junho às 11h26. O interlocutor se apresenta como recrutador de profissionais da área de tecnologia e pergunta a Barrios se ele tem interesse em participar do processo seletivo para uma vaga de PMO, que é uma espécie de gerente de projetos.

Os prints publicados pelo consultor indicam que ele respondeu a mensagem às 12h28. Barrios pergunta mais detalhes sobre a vaga e se dispõe a marcar um horário para conversar com o recrutador. O consultor de projetos não teve resposta.

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Na segunda, 1º de julho, o homem entrou em contato novamente com o recrutador e perguntou se eles ainda têm interesse no seu perfil. O recrutador respondeu que escolheu outros profissionais para participarem. Barrios então pede um feedback do recrutador, tentando entender o motivo pelo qual foi descartado. A resposta foi a de que eles estavam procurando perfis proativos, “e com senso de urgência”. “Selecionamos apenas os candidatos que nos responderam em até 15 minutos após o envio da mensagem”, diz trecho da conversa.

Desabafo

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Barrios foi procurado pelo Estadão neste sábado, 6, para comentar o assunto. O profissional disse ter feito a postagem apenas como um desabafo, e não esperava toda a repercussão que o caso teve.

“Eu fiz a postagem apenas como um desabafo, não estava esperando toda essa repercussão, mas não quero falar sobre esse assunto”, escreveu por meio de mensagem no WhatsApp.

No enunciado do post que acompanha os prints, ele começa dizendo estar procurando recolocação (open to work) é “muito frustrante, seja pela falta de retorno dos processos seletivos ou pelos retornos absurdos”.

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Ele diz que preferiu encerrar a conversa depois de ter recebido a resposta de que a recusa dele participar do processo seletivo se deu devido ao fato de não ter respondido no prazo. “Eu poderia me justificar, tentar explicar que eu estava estudando quando recebi a mensagem e que todo dia reservo algumas horas para estudar e, durante esse período, realmente não fico com o celular por perto, mas fiquei tão indignado que deixei para lá”, escreveu.

Barrios continua o desabafo dizendo que o tempo de resposta de uma mensagem não pode ser levado em conta para avaliar as qualificações de um candidato. Ainda segundo ele, mesmo estando procurando recolocação, qualquer profissional tem responsabilidade e obrigações que o impedem de ficar 24 horas por dia com o celular na mão. Veja o relato abaixo.

Estar open to work é muito frustrante, seja pela falta de retorno dos processos seletivos ou pelos retornos absurdos..

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Sexta-feira passada recebi uma mensagem perguntando se eu tinha interesse para uma “vaga de PMO” nenhuma informação adicional, nada de descrição de atividades, requisitos para a vaga, salário ou benefícios, apenas o convite para participar do processo seletivo. Solicitei maiores informações e não obtive mais respostas, então ontem resolvi mandar outra mensagem e foi quando eu descobri que não sou qualificado para a posição, pois eu não respondi rápido o suficiente. Esse foi o retorno que eu obtive, mesmo sem ninguém se quer solicitar meu currículo ou conversar comigo, decidiram que eu não sou pró-ativo e que não tenho senso de urgência, afinal demorei 1 hora para responder a mensagem.

Não sei bem o que pensar, mas preferi parar a conversa após esse “feedback”. Eu poderia me justificar, tentar explicar que eu estava estudando quando recebi a mensagem e que todo dia reservo algumas horas para estudar e, durante esse período, realmente não fico com o celular por perto, mas fiquei tão indignado que deixei para lá.

Recrutadores, não é pelo tempo de resposta de uma mensagem que você avalia as qualificações de um candidato para uma vaga, mesmo estando open to work não deixamos de ter responsabilidades e obrigações que nos impedem de ficar 24 horas por dia com o celular na mão para responder prontamente uma mensagem.

Um consultor de projetos foi descartado para uma vaga de emprego por não responder a uma mensagem do recrutador em 15 minutos no WhatsApp. Descontente com a situação, o profissional Victor Barrios fez uma postagem em seu perfil no LinkedIn na terça-feira, 3. A postagem viralizou, ganhando mais de dez mil reações e compartilhamentos.

Barrios descreveu a situação na postagem. Uma pessoa responsável pelo recrutamento de uma vaga teria procurado o consultor para saber se ele tinha interesse numa posição oferecida pela empresa. No entanto, ele teria sido descartado por ter respondido a mensagem uma hora e dois minutos depois. A pessoa que enviou a mensagem justificou só ter escolhido para o processo seletivo aqueles que responderam a sua mensagem em 15 minutos.

Prints das conversas de Barrios a pessoa profissional de recrutamento Foto: Victor Barrios VIA LINKEDIN

Barrios postou a suposta comunicação pelo app de mensagens. As conversas mostram que ele teria sido procurado no dia 28 de junho às 11h26. O interlocutor se apresenta como recrutador de profissionais da área de tecnologia e pergunta a Barrios se ele tem interesse em participar do processo seletivo para uma vaga de PMO, que é uma espécie de gerente de projetos.

Os prints publicados pelo consultor indicam que ele respondeu a mensagem às 12h28. Barrios pergunta mais detalhes sobre a vaga e se dispõe a marcar um horário para conversar com o recrutador. O consultor de projetos não teve resposta.

Na segunda, 1º de julho, o homem entrou em contato novamente com o recrutador e perguntou se eles ainda têm interesse no seu perfil. O recrutador respondeu que escolheu outros profissionais para participarem. Barrios então pede um feedback do recrutador, tentando entender o motivo pelo qual foi descartado. A resposta foi a de que eles estavam procurando perfis proativos, “e com senso de urgência”. “Selecionamos apenas os candidatos que nos responderam em até 15 minutos após o envio da mensagem”, diz trecho da conversa.

Desabafo

Barrios foi procurado pelo Estadão neste sábado, 6, para comentar o assunto. O profissional disse ter feito a postagem apenas como um desabafo, e não esperava toda a repercussão que o caso teve.

“Eu fiz a postagem apenas como um desabafo, não estava esperando toda essa repercussão, mas não quero falar sobre esse assunto”, escreveu por meio de mensagem no WhatsApp.

No enunciado do post que acompanha os prints, ele começa dizendo estar procurando recolocação (open to work) é “muito frustrante, seja pela falta de retorno dos processos seletivos ou pelos retornos absurdos”.

Ele diz que preferiu encerrar a conversa depois de ter recebido a resposta de que a recusa dele participar do processo seletivo se deu devido ao fato de não ter respondido no prazo. “Eu poderia me justificar, tentar explicar que eu estava estudando quando recebi a mensagem e que todo dia reservo algumas horas para estudar e, durante esse período, realmente não fico com o celular por perto, mas fiquei tão indignado que deixei para lá”, escreveu.

Barrios continua o desabafo dizendo que o tempo de resposta de uma mensagem não pode ser levado em conta para avaliar as qualificações de um candidato. Ainda segundo ele, mesmo estando procurando recolocação, qualquer profissional tem responsabilidade e obrigações que o impedem de ficar 24 horas por dia com o celular na mão. Veja o relato abaixo.

Estar open to work é muito frustrante, seja pela falta de retorno dos processos seletivos ou pelos retornos absurdos..

Sexta-feira passada recebi uma mensagem perguntando se eu tinha interesse para uma “vaga de PMO” nenhuma informação adicional, nada de descrição de atividades, requisitos para a vaga, salário ou benefícios, apenas o convite para participar do processo seletivo. Solicitei maiores informações e não obtive mais respostas, então ontem resolvi mandar outra mensagem e foi quando eu descobri que não sou qualificado para a posição, pois eu não respondi rápido o suficiente. Esse foi o retorno que eu obtive, mesmo sem ninguém se quer solicitar meu currículo ou conversar comigo, decidiram que eu não sou pró-ativo e que não tenho senso de urgência, afinal demorei 1 hora para responder a mensagem.

Não sei bem o que pensar, mas preferi parar a conversa após esse “feedback”. Eu poderia me justificar, tentar explicar que eu estava estudando quando recebi a mensagem e que todo dia reservo algumas horas para estudar e, durante esse período, realmente não fico com o celular por perto, mas fiquei tão indignado que deixei para lá.

Recrutadores, não é pelo tempo de resposta de uma mensagem que você avalia as qualificações de um candidato para uma vaga, mesmo estando open to work não deixamos de ter responsabilidades e obrigações que nos impedem de ficar 24 horas por dia com o celular na mão para responder prontamente uma mensagem.

Um consultor de projetos foi descartado para uma vaga de emprego por não responder a uma mensagem do recrutador em 15 minutos no WhatsApp. Descontente com a situação, o profissional Victor Barrios fez uma postagem em seu perfil no LinkedIn na terça-feira, 3. A postagem viralizou, ganhando mais de dez mil reações e compartilhamentos.

Barrios descreveu a situação na postagem. Uma pessoa responsável pelo recrutamento de uma vaga teria procurado o consultor para saber se ele tinha interesse numa posição oferecida pela empresa. No entanto, ele teria sido descartado por ter respondido a mensagem uma hora e dois minutos depois. A pessoa que enviou a mensagem justificou só ter escolhido para o processo seletivo aqueles que responderam a sua mensagem em 15 minutos.

Prints das conversas de Barrios a pessoa profissional de recrutamento Foto: Victor Barrios VIA LINKEDIN

Barrios postou a suposta comunicação pelo app de mensagens. As conversas mostram que ele teria sido procurado no dia 28 de junho às 11h26. O interlocutor se apresenta como recrutador de profissionais da área de tecnologia e pergunta a Barrios se ele tem interesse em participar do processo seletivo para uma vaga de PMO, que é uma espécie de gerente de projetos.

Os prints publicados pelo consultor indicam que ele respondeu a mensagem às 12h28. Barrios pergunta mais detalhes sobre a vaga e se dispõe a marcar um horário para conversar com o recrutador. O consultor de projetos não teve resposta.

Na segunda, 1º de julho, o homem entrou em contato novamente com o recrutador e perguntou se eles ainda têm interesse no seu perfil. O recrutador respondeu que escolheu outros profissionais para participarem. Barrios então pede um feedback do recrutador, tentando entender o motivo pelo qual foi descartado. A resposta foi a de que eles estavam procurando perfis proativos, “e com senso de urgência”. “Selecionamos apenas os candidatos que nos responderam em até 15 minutos após o envio da mensagem”, diz trecho da conversa.

Desabafo

Barrios foi procurado pelo Estadão neste sábado, 6, para comentar o assunto. O profissional disse ter feito a postagem apenas como um desabafo, e não esperava toda a repercussão que o caso teve.

“Eu fiz a postagem apenas como um desabafo, não estava esperando toda essa repercussão, mas não quero falar sobre esse assunto”, escreveu por meio de mensagem no WhatsApp.

No enunciado do post que acompanha os prints, ele começa dizendo estar procurando recolocação (open to work) é “muito frustrante, seja pela falta de retorno dos processos seletivos ou pelos retornos absurdos”.

Ele diz que preferiu encerrar a conversa depois de ter recebido a resposta de que a recusa dele participar do processo seletivo se deu devido ao fato de não ter respondido no prazo. “Eu poderia me justificar, tentar explicar que eu estava estudando quando recebi a mensagem e que todo dia reservo algumas horas para estudar e, durante esse período, realmente não fico com o celular por perto, mas fiquei tão indignado que deixei para lá”, escreveu.

Barrios continua o desabafo dizendo que o tempo de resposta de uma mensagem não pode ser levado em conta para avaliar as qualificações de um candidato. Ainda segundo ele, mesmo estando procurando recolocação, qualquer profissional tem responsabilidade e obrigações que o impedem de ficar 24 horas por dia com o celular na mão. Veja o relato abaixo.

Estar open to work é muito frustrante, seja pela falta de retorno dos processos seletivos ou pelos retornos absurdos..

Sexta-feira passada recebi uma mensagem perguntando se eu tinha interesse para uma “vaga de PMO” nenhuma informação adicional, nada de descrição de atividades, requisitos para a vaga, salário ou benefícios, apenas o convite para participar do processo seletivo. Solicitei maiores informações e não obtive mais respostas, então ontem resolvi mandar outra mensagem e foi quando eu descobri que não sou qualificado para a posição, pois eu não respondi rápido o suficiente. Esse foi o retorno que eu obtive, mesmo sem ninguém se quer solicitar meu currículo ou conversar comigo, decidiram que eu não sou pró-ativo e que não tenho senso de urgência, afinal demorei 1 hora para responder a mensagem.

Não sei bem o que pensar, mas preferi parar a conversa após esse “feedback”. Eu poderia me justificar, tentar explicar que eu estava estudando quando recebi a mensagem e que todo dia reservo algumas horas para estudar e, durante esse período, realmente não fico com o celular por perto, mas fiquei tão indignado que deixei para lá.

Recrutadores, não é pelo tempo de resposta de uma mensagem que você avalia as qualificações de um candidato para uma vaga, mesmo estando open to work não deixamos de ter responsabilidades e obrigações que nos impedem de ficar 24 horas por dia com o celular na mão para responder prontamente uma mensagem.

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