Mentor de figurões em Wall Street, ex-espião canadense conta em novo livro como ‘pensar com clareza’


Shane Parrish traz passo a passo para melhor tomada de decisão na vida profissional em ‘Pensamento Eficaz’

Por João Scheller

Quando o jornal americano The New York Times publicou em 2018 uma reportagem sobre o ex-espião canadense que fazia sucesso entre investidores de Wall Street, a vida do escritor e empresário Shane Parrish mudou da noite para o dia. Sua newsletter Farnam Street, que dá dicas de leitura e ajuda os usuários a melhorarem seus processos de pensamento para um melhor desempenho profissional (e pessoal), contava com menos de 200 mil inscritos e seu sucesso com figurões do mercado americano crescia com base no boca a boca.

“Tenho sentimentos ambíguos sobre aquela reportagem. Nunca quis aquele tipo de reconhecimento, porque nunca imaginei que fosse sobre mim”, afirma Parrish, em entrevista ao Estadão para comentar seu novo livro, “Pensamento Eficaz” (publicado pela Editora Objetiva, selo de não-ficção da Companhia das Letras).

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Foi a partir do texto do Times que o passado de Parrish, que trabalhou como membro do serviço de inteligência do Canadá por anos, ganhou destaque. Desde então, as buscas pelo seu nome e sua newsletter, que hoje soma mais de três vezes o número de assinantes, aumentaram.

Mesmo sem querer se expor, divulgando sempre a mesma imagem para a imprensa ou dando poucas entrevistas, fato é que Parrish teve que se render parcialmente aos holofotes. Hoje ele comanda o próprio podcast e já publicou uma série de quatro livros sobre “grandes modelos mentais”, com ideias sobre como melhorar o pensamento e tomar decisões melhores, grande mote de toda sua produção.

Parrish durante apresentação de seu podcast The Knowledge Project Foto: The Knowledge Project via YouTube
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Em Pensamento Eficaz, Parrish descreve com ainda mais detalhes como o processo de tomada de decisão pode ser aprimorado, organizando pensamentos e levando em conta variáveis externas que afetam o que fazemos, tanto na vida pessoal, como profissional.

“Não vou dizer para você ser mais racional porque se você sabe que está tomando uma decisão importante, você já tende a ser mais racional. Mas tento pensar sobre as circunstâncias que são previsíveis e que fazem com que você consiga reagir da melhor forma possível”, diz Parrish. “É tentar dar um passo atrás e escrever o que fazer antes de tomar uma decisão ou organizar meu local de trabalho de uma forma diferente”, completa.

Livro conta como organizar ações para tomada de decisão

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O livro, que entrou para a lista de mais vendidos do próprio Times em outubro passado, traz quase um passo a passo a passo para a tomada de decisão. Parrish inicia descrevendo diferentes cenários e sentimentos que podem afetá-la, como a resistência a mudanças ou a prática de seguir um comportamento que já está sendo adotado pelo grupo. Ele aponta ser importante dissecar os motivos pelos quais podemos estar cometendo erros, mesmo em uma posição onde nos julgamos estar sendo racional.

Para isso, o autor aponta uma série de atitudes que podem ser analisadas para tornar este processo mais coerente e planejado. Entender o alcance de suas responsabilidades e praticar um certo autocontrole estão entre os passos recomendados por ele.

Assim, ele chega ao ponto de mostrar ao leitor como identificar padrões de comportamento que podem atrapalhar seus objetivos.

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“Não se melhoram os padrões por meio da força de vontade, mas pela criação de um ambiente cuidadosamente criado para estimular certos comportamentos”, escreve Parrish, que disserta sobre estratégias para se precaver contra os problemas ou sobre como criar barreiras, aumentando o esforço necessário, para não fazermos o que não queremos.

Ele cita o exemplo de quando passava boa parte do dia checando seus e-mails, postergando as tarefas no trabalho. Ao decidir que não olharia as mensagens até o meio-dia, e criando uma espécie de punição — onde pagaria um almoço para quem o visse quebrando a regra — conseguiu inserir o novo hábito na rotina.

Apesar de simples, a estratégia é útil no longo prazo, em especial quando aplicada em situações que trazem maiores consequências. “Quanto mais difícil ou custoso for desfazer os efeitos de uma decisão, menos reversível ela será”, escreve Parrish.

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Ele aborda ainda a importância de se distinguir claramente a diferença entre fatos e opiniões, para se tomar decisões bem informadas.

“Tenho que tentar triangular essas informações, entender por que uma opinião é mais válida do que outra ou qual o tipo de informação preciso para decidir algo”, diz Parrish, sobre a necessidade de consumir fatos e utilizar opiniões diversas para entender diferentes pontos de vista.

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Quando questionado sobre o processo que o levou a escrever o livro, o autor gosta de citar suas inspirações, para mostrar que não descobriu tudo sozinho.

“Conversei com titãs da indústria como Charlie Munger (que foi vice-presidente da Berkshire Hathaway e parceiro de negócios de Warren Buffett) e Daniel Kahneman (nobel de economia em 2002). O que eu queria era sintetizar esse conhecimento que obtive”, diz o autor.

“Sendo eu próprio um empreendedor que opera em diferentes mercados e investe em diferentes companhias, é muito importante para mim saber pensar de forma eficaz. O livro foi escrito, na verdade, para mim”, afirma.

Pensamento Eficaz

Autor: Shane Parrish

Editora: Objetiva (240 páginas; R$ 79,90)

Lançamento no Brasil: Junho de 2024

Quando o jornal americano The New York Times publicou em 2018 uma reportagem sobre o ex-espião canadense que fazia sucesso entre investidores de Wall Street, a vida do escritor e empresário Shane Parrish mudou da noite para o dia. Sua newsletter Farnam Street, que dá dicas de leitura e ajuda os usuários a melhorarem seus processos de pensamento para um melhor desempenho profissional (e pessoal), contava com menos de 200 mil inscritos e seu sucesso com figurões do mercado americano crescia com base no boca a boca.

“Tenho sentimentos ambíguos sobre aquela reportagem. Nunca quis aquele tipo de reconhecimento, porque nunca imaginei que fosse sobre mim”, afirma Parrish, em entrevista ao Estadão para comentar seu novo livro, “Pensamento Eficaz” (publicado pela Editora Objetiva, selo de não-ficção da Companhia das Letras).

Foi a partir do texto do Times que o passado de Parrish, que trabalhou como membro do serviço de inteligência do Canadá por anos, ganhou destaque. Desde então, as buscas pelo seu nome e sua newsletter, que hoje soma mais de três vezes o número de assinantes, aumentaram.

Mesmo sem querer se expor, divulgando sempre a mesma imagem para a imprensa ou dando poucas entrevistas, fato é que Parrish teve que se render parcialmente aos holofotes. Hoje ele comanda o próprio podcast e já publicou uma série de quatro livros sobre “grandes modelos mentais”, com ideias sobre como melhorar o pensamento e tomar decisões melhores, grande mote de toda sua produção.

Parrish durante apresentação de seu podcast The Knowledge Project Foto: The Knowledge Project via YouTube

Em Pensamento Eficaz, Parrish descreve com ainda mais detalhes como o processo de tomada de decisão pode ser aprimorado, organizando pensamentos e levando em conta variáveis externas que afetam o que fazemos, tanto na vida pessoal, como profissional.

“Não vou dizer para você ser mais racional porque se você sabe que está tomando uma decisão importante, você já tende a ser mais racional. Mas tento pensar sobre as circunstâncias que são previsíveis e que fazem com que você consiga reagir da melhor forma possível”, diz Parrish. “É tentar dar um passo atrás e escrever o que fazer antes de tomar uma decisão ou organizar meu local de trabalho de uma forma diferente”, completa.

Livro conta como organizar ações para tomada de decisão

O livro, que entrou para a lista de mais vendidos do próprio Times em outubro passado, traz quase um passo a passo a passo para a tomada de decisão. Parrish inicia descrevendo diferentes cenários e sentimentos que podem afetá-la, como a resistência a mudanças ou a prática de seguir um comportamento que já está sendo adotado pelo grupo. Ele aponta ser importante dissecar os motivos pelos quais podemos estar cometendo erros, mesmo em uma posição onde nos julgamos estar sendo racional.

Para isso, o autor aponta uma série de atitudes que podem ser analisadas para tornar este processo mais coerente e planejado. Entender o alcance de suas responsabilidades e praticar um certo autocontrole estão entre os passos recomendados por ele.

Assim, ele chega ao ponto de mostrar ao leitor como identificar padrões de comportamento que podem atrapalhar seus objetivos.

“Não se melhoram os padrões por meio da força de vontade, mas pela criação de um ambiente cuidadosamente criado para estimular certos comportamentos”, escreve Parrish, que disserta sobre estratégias para se precaver contra os problemas ou sobre como criar barreiras, aumentando o esforço necessário, para não fazermos o que não queremos.

Ele cita o exemplo de quando passava boa parte do dia checando seus e-mails, postergando as tarefas no trabalho. Ao decidir que não olharia as mensagens até o meio-dia, e criando uma espécie de punição — onde pagaria um almoço para quem o visse quebrando a regra — conseguiu inserir o novo hábito na rotina.

Apesar de simples, a estratégia é útil no longo prazo, em especial quando aplicada em situações que trazem maiores consequências. “Quanto mais difícil ou custoso for desfazer os efeitos de uma decisão, menos reversível ela será”, escreve Parrish.

Ele aborda ainda a importância de se distinguir claramente a diferença entre fatos e opiniões, para se tomar decisões bem informadas.

“Tenho que tentar triangular essas informações, entender por que uma opinião é mais válida do que outra ou qual o tipo de informação preciso para decidir algo”, diz Parrish, sobre a necessidade de consumir fatos e utilizar opiniões diversas para entender diferentes pontos de vista.

Quando questionado sobre o processo que o levou a escrever o livro, o autor gosta de citar suas inspirações, para mostrar que não descobriu tudo sozinho.

“Conversei com titãs da indústria como Charlie Munger (que foi vice-presidente da Berkshire Hathaway e parceiro de negócios de Warren Buffett) e Daniel Kahneman (nobel de economia em 2002). O que eu queria era sintetizar esse conhecimento que obtive”, diz o autor.

“Sendo eu próprio um empreendedor que opera em diferentes mercados e investe em diferentes companhias, é muito importante para mim saber pensar de forma eficaz. O livro foi escrito, na verdade, para mim”, afirma.

Pensamento Eficaz

Autor: Shane Parrish

Editora: Objetiva (240 páginas; R$ 79,90)

Lançamento no Brasil: Junho de 2024

Quando o jornal americano The New York Times publicou em 2018 uma reportagem sobre o ex-espião canadense que fazia sucesso entre investidores de Wall Street, a vida do escritor e empresário Shane Parrish mudou da noite para o dia. Sua newsletter Farnam Street, que dá dicas de leitura e ajuda os usuários a melhorarem seus processos de pensamento para um melhor desempenho profissional (e pessoal), contava com menos de 200 mil inscritos e seu sucesso com figurões do mercado americano crescia com base no boca a boca.

“Tenho sentimentos ambíguos sobre aquela reportagem. Nunca quis aquele tipo de reconhecimento, porque nunca imaginei que fosse sobre mim”, afirma Parrish, em entrevista ao Estadão para comentar seu novo livro, “Pensamento Eficaz” (publicado pela Editora Objetiva, selo de não-ficção da Companhia das Letras).

Foi a partir do texto do Times que o passado de Parrish, que trabalhou como membro do serviço de inteligência do Canadá por anos, ganhou destaque. Desde então, as buscas pelo seu nome e sua newsletter, que hoje soma mais de três vezes o número de assinantes, aumentaram.

Mesmo sem querer se expor, divulgando sempre a mesma imagem para a imprensa ou dando poucas entrevistas, fato é que Parrish teve que se render parcialmente aos holofotes. Hoje ele comanda o próprio podcast e já publicou uma série de quatro livros sobre “grandes modelos mentais”, com ideias sobre como melhorar o pensamento e tomar decisões melhores, grande mote de toda sua produção.

Parrish durante apresentação de seu podcast The Knowledge Project Foto: The Knowledge Project via YouTube

Em Pensamento Eficaz, Parrish descreve com ainda mais detalhes como o processo de tomada de decisão pode ser aprimorado, organizando pensamentos e levando em conta variáveis externas que afetam o que fazemos, tanto na vida pessoal, como profissional.

“Não vou dizer para você ser mais racional porque se você sabe que está tomando uma decisão importante, você já tende a ser mais racional. Mas tento pensar sobre as circunstâncias que são previsíveis e que fazem com que você consiga reagir da melhor forma possível”, diz Parrish. “É tentar dar um passo atrás e escrever o que fazer antes de tomar uma decisão ou organizar meu local de trabalho de uma forma diferente”, completa.

Livro conta como organizar ações para tomada de decisão

O livro, que entrou para a lista de mais vendidos do próprio Times em outubro passado, traz quase um passo a passo a passo para a tomada de decisão. Parrish inicia descrevendo diferentes cenários e sentimentos que podem afetá-la, como a resistência a mudanças ou a prática de seguir um comportamento que já está sendo adotado pelo grupo. Ele aponta ser importante dissecar os motivos pelos quais podemos estar cometendo erros, mesmo em uma posição onde nos julgamos estar sendo racional.

Para isso, o autor aponta uma série de atitudes que podem ser analisadas para tornar este processo mais coerente e planejado. Entender o alcance de suas responsabilidades e praticar um certo autocontrole estão entre os passos recomendados por ele.

Assim, ele chega ao ponto de mostrar ao leitor como identificar padrões de comportamento que podem atrapalhar seus objetivos.

“Não se melhoram os padrões por meio da força de vontade, mas pela criação de um ambiente cuidadosamente criado para estimular certos comportamentos”, escreve Parrish, que disserta sobre estratégias para se precaver contra os problemas ou sobre como criar barreiras, aumentando o esforço necessário, para não fazermos o que não queremos.

Ele cita o exemplo de quando passava boa parte do dia checando seus e-mails, postergando as tarefas no trabalho. Ao decidir que não olharia as mensagens até o meio-dia, e criando uma espécie de punição — onde pagaria um almoço para quem o visse quebrando a regra — conseguiu inserir o novo hábito na rotina.

Apesar de simples, a estratégia é útil no longo prazo, em especial quando aplicada em situações que trazem maiores consequências. “Quanto mais difícil ou custoso for desfazer os efeitos de uma decisão, menos reversível ela será”, escreve Parrish.

Ele aborda ainda a importância de se distinguir claramente a diferença entre fatos e opiniões, para se tomar decisões bem informadas.

“Tenho que tentar triangular essas informações, entender por que uma opinião é mais válida do que outra ou qual o tipo de informação preciso para decidir algo”, diz Parrish, sobre a necessidade de consumir fatos e utilizar opiniões diversas para entender diferentes pontos de vista.

Quando questionado sobre o processo que o levou a escrever o livro, o autor gosta de citar suas inspirações, para mostrar que não descobriu tudo sozinho.

“Conversei com titãs da indústria como Charlie Munger (que foi vice-presidente da Berkshire Hathaway e parceiro de negócios de Warren Buffett) e Daniel Kahneman (nobel de economia em 2002). O que eu queria era sintetizar esse conhecimento que obtive”, diz o autor.

“Sendo eu próprio um empreendedor que opera em diferentes mercados e investe em diferentes companhias, é muito importante para mim saber pensar de forma eficaz. O livro foi escrito, na verdade, para mim”, afirma.

Pensamento Eficaz

Autor: Shane Parrish

Editora: Objetiva (240 páginas; R$ 79,90)

Lançamento no Brasil: Junho de 2024

Quando o jornal americano The New York Times publicou em 2018 uma reportagem sobre o ex-espião canadense que fazia sucesso entre investidores de Wall Street, a vida do escritor e empresário Shane Parrish mudou da noite para o dia. Sua newsletter Farnam Street, que dá dicas de leitura e ajuda os usuários a melhorarem seus processos de pensamento para um melhor desempenho profissional (e pessoal), contava com menos de 200 mil inscritos e seu sucesso com figurões do mercado americano crescia com base no boca a boca.

“Tenho sentimentos ambíguos sobre aquela reportagem. Nunca quis aquele tipo de reconhecimento, porque nunca imaginei que fosse sobre mim”, afirma Parrish, em entrevista ao Estadão para comentar seu novo livro, “Pensamento Eficaz” (publicado pela Editora Objetiva, selo de não-ficção da Companhia das Letras).

Foi a partir do texto do Times que o passado de Parrish, que trabalhou como membro do serviço de inteligência do Canadá por anos, ganhou destaque. Desde então, as buscas pelo seu nome e sua newsletter, que hoje soma mais de três vezes o número de assinantes, aumentaram.

Mesmo sem querer se expor, divulgando sempre a mesma imagem para a imprensa ou dando poucas entrevistas, fato é que Parrish teve que se render parcialmente aos holofotes. Hoje ele comanda o próprio podcast e já publicou uma série de quatro livros sobre “grandes modelos mentais”, com ideias sobre como melhorar o pensamento e tomar decisões melhores, grande mote de toda sua produção.

Parrish durante apresentação de seu podcast The Knowledge Project Foto: The Knowledge Project via YouTube

Em Pensamento Eficaz, Parrish descreve com ainda mais detalhes como o processo de tomada de decisão pode ser aprimorado, organizando pensamentos e levando em conta variáveis externas que afetam o que fazemos, tanto na vida pessoal, como profissional.

“Não vou dizer para você ser mais racional porque se você sabe que está tomando uma decisão importante, você já tende a ser mais racional. Mas tento pensar sobre as circunstâncias que são previsíveis e que fazem com que você consiga reagir da melhor forma possível”, diz Parrish. “É tentar dar um passo atrás e escrever o que fazer antes de tomar uma decisão ou organizar meu local de trabalho de uma forma diferente”, completa.

Livro conta como organizar ações para tomada de decisão

O livro, que entrou para a lista de mais vendidos do próprio Times em outubro passado, traz quase um passo a passo a passo para a tomada de decisão. Parrish inicia descrevendo diferentes cenários e sentimentos que podem afetá-la, como a resistência a mudanças ou a prática de seguir um comportamento que já está sendo adotado pelo grupo. Ele aponta ser importante dissecar os motivos pelos quais podemos estar cometendo erros, mesmo em uma posição onde nos julgamos estar sendo racional.

Para isso, o autor aponta uma série de atitudes que podem ser analisadas para tornar este processo mais coerente e planejado. Entender o alcance de suas responsabilidades e praticar um certo autocontrole estão entre os passos recomendados por ele.

Assim, ele chega ao ponto de mostrar ao leitor como identificar padrões de comportamento que podem atrapalhar seus objetivos.

“Não se melhoram os padrões por meio da força de vontade, mas pela criação de um ambiente cuidadosamente criado para estimular certos comportamentos”, escreve Parrish, que disserta sobre estratégias para se precaver contra os problemas ou sobre como criar barreiras, aumentando o esforço necessário, para não fazermos o que não queremos.

Ele cita o exemplo de quando passava boa parte do dia checando seus e-mails, postergando as tarefas no trabalho. Ao decidir que não olharia as mensagens até o meio-dia, e criando uma espécie de punição — onde pagaria um almoço para quem o visse quebrando a regra — conseguiu inserir o novo hábito na rotina.

Apesar de simples, a estratégia é útil no longo prazo, em especial quando aplicada em situações que trazem maiores consequências. “Quanto mais difícil ou custoso for desfazer os efeitos de uma decisão, menos reversível ela será”, escreve Parrish.

Ele aborda ainda a importância de se distinguir claramente a diferença entre fatos e opiniões, para se tomar decisões bem informadas.

“Tenho que tentar triangular essas informações, entender por que uma opinião é mais válida do que outra ou qual o tipo de informação preciso para decidir algo”, diz Parrish, sobre a necessidade de consumir fatos e utilizar opiniões diversas para entender diferentes pontos de vista.

Quando questionado sobre o processo que o levou a escrever o livro, o autor gosta de citar suas inspirações, para mostrar que não descobriu tudo sozinho.

“Conversei com titãs da indústria como Charlie Munger (que foi vice-presidente da Berkshire Hathaway e parceiro de negócios de Warren Buffett) e Daniel Kahneman (nobel de economia em 2002). O que eu queria era sintetizar esse conhecimento que obtive”, diz o autor.

“Sendo eu próprio um empreendedor que opera em diferentes mercados e investe em diferentes companhias, é muito importante para mim saber pensar de forma eficaz. O livro foi escrito, na verdade, para mim”, afirma.

Pensamento Eficaz

Autor: Shane Parrish

Editora: Objetiva (240 páginas; R$ 79,90)

Lançamento no Brasil: Junho de 2024

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