Novos benefícios nas empresas: ajuda para fertilização e adoção


Na contramão dos casos de mães e mulheres grávidas que são demitidas ou sequer consideradas nos processos seletivos, companhias incentivam o planejamento familiar como benefício corporativo

Por Ludimila Honorato
Atualização:

Em alguns cenários, equilibrar família e trabalho pode ser desafiador, em especial para as mulheres. Pesquisas mostram que quase metade delas fica sem emprego até dois anos após a licença-maternidade e 30% deixam o trabalho formal para cuidar dos filhos - o índice é de 7% entre os homens. Contra a maré que, por diferentes motivos, exclui mães e pessoas grávidas do mercado de trabalho, empresas oferecem planejamento familiar como benefício aos funcionários.

Além dos direitos já estabelecidos, como licenças maternidade e paternidade, essas corporações visam ajudar as famílias em contextos variados. O apoio vai desde o desejo de ter filhos biológicos ou adotivos e cuidados com a fertilidade até a prevenção de uma gravidez. Há companhias com políticas próprias, como Grupo Fleury e Twitter, e outras que contam com o apoio de clínicas parceiras que oferecem o serviço.

Camila Bombonato, do Twitter, fez a entrevista para o cargo dois dias antes da filha nascer e recebeu a oferta logo após o nascimento da menina. Foto: Daniel Teixeira/Estadão
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“Apesar dos desafios que ainda enfrentamos no mercado de trabalho, existe um processo mais avançado de amadurecimento das corporações, porque elas entenderam que, ao cuidar e acolher essa mulher, elas estão agindo em benefício próprio também”, diz Rachel Horta, sócia e diretora de experiência digital da Bloom Care, clínica digital de saúde da mulher e da família que atende mais de 20 empresas e tem cerca de 20 mil beneficiários.

Segundo ela, ao apoiar as famílias, as companhias permitem a continuidade da jornada profissional e retêm um talento que, de outro modo, seria perdido com o abandono do posto de trabalho. Foi com esse olhar de cuidado às pessoas e ao negócio que o Grupo Fleury lançou em 2016, dentro do programa Viver Melhor, o serviço Amor de Mãe, com foco em mulheres gestantes.

No ano passado, quando a empresa inaugurou a clínica de saúde reprodutiva Fleury Fertilidade, o produto também passou a ser oferecido a todos os colaboradores. “Dentro do Amor de Mãe, a gente tem uma ginecologista e obstetra que trabalha no centro de fertilidade e faz esse acompanhamento em fertilidade, que é no planejamento familiar, que inclui aplicação de DIU e tem o benefício de poder fazer fertilização”, explica o diretor de pessoas do Grupo Fleury, Afrânio Haag.

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O executivo destaca a equidade nesses processos, uma vez que o público masculino também pode usufruir desse cuidado. “Tivemos casos de homens que fizeram reversão de vasectomia, outros fizeram tratamentos ou cuidados relacionados à saúde do homem.”

Na questão da fertilidade, o grupo oferece até 40% de desconto nos serviços reprodutivos aos colaboradores e dependentes legais, como congelamento de gametas e fertilização in vitro. Após a chegada dos filhos, o apoio continua com questões de amamentação, autocuidado da mãe e serviço direcionado a cuidar das crianças e adolescentes até 19 anos.

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Haag confirma que o benefício pode ser usado pelos funcionários em toda sua diversidade de gênero (homens, mulheres, pessoas trans) e configuração familiar (casais heterossexuais, homoafetivos), outro ponto essencial que também está no radar de empresas como o Twitter.

As empresas entenderam que, ao cuidar e acolher essa mulher, elas estão agindo em benefício próprio também”

Rachel Horta, sócia e diretora de experiência digital da Bloom Care

Na corporação de tecnologia, uma das iniciativas é a formação familiar, benefício global que dá suporte personalizado, orientado e financeiro às pessoas que desejam iniciar uma família, seja qual for sua configuração. O apoio financeiro inclui congelamento de óvulos, fertilidade, barriga de aluguel (onde a legislação permite) e adoção, explica Camila Bombonato, gerente sênior de Inclusão, Diversidade, Equidade e Acessibilidade do Twitter para a América Latina.

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“Com nossas políticas, reforçamos a luta contra estereótipos de gênero e dos papéis tradicionais na família. Além disso, reconhecemos que benefícios são uma maneira importante pela qual as pessoas experimentam inclusão, por isso colocamos nossas pessoas no centro da programação de benefícios para capacitá-los a prosperar profissionalmente e pessoalmente”, diz ela.

A empresa também oferece um programa de orientação e acompanhamento para gestantes com uma enfermeira obstetra, pagamento de todas as despesas com o envio de leite materno aos filhos no caso de mulheres que precisam viajar a trabalho e sala exclusiva nos escritórios para elas amamentarem e extraírem o leite.

Já a licença parental é de 140 dias para todas as pessoas. “A iniciativa também é válida para casos de adoção, com a intenção de que essa pessoa possa participar integralmente desses primeiros e tão importantes dias, reforçando laços afetivos e atuando em seu processo de criação”, reforça Camila.

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Apoio às empresas

Para as companhias que buscam estruturar um plano como os do Grupo Fleury e Twitter, há a possibilidade de contratar uma empresa parceira, como a Bloom Care. A startup oferece às organizações um serviço focado na saúde da mulher e da família e acompanha digitalmente toda a jornada do planejamento familiar, desde gravidez e adoção até pós-parto e parentalidade.

“Nossa proposta é oferecer uma jornada menos fragmentada e mais acolhedora às mulheres”, diz a diretora executiva e cofundadora Roberta Sotomaior. Embora o público feminino seja o alvo, os homens também podem usufruir dos benefícios da plataforma, se envolvendo mais na criação dos filhos e no apoio ao cônjuge.

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Roberta Sotomaior, CEO e cofundadora da Bloom Care Foto: Duda Portella

“Não tem como falar de criação de filhos sem falar do homem. A gente oferece todo o acesso para as mulheres e esposas dos colaboradores, e eles acabam participando da jornada também”, diz a sócia Rachel Horta.

Ela comenta que no planejamento familiar ou no desafio da fertilidade, o casal é avaliado, seja heterossexual, homossexual ou trans. Quanto à jornada da parentalidade, há também uma conversa ampliada com as famílias.

Depois que a empresa contrata o serviço da Bloom Care, os funcionários recebem um e-mail com um código de acesso à plataforma, que é disponibilizada em um aplicativo. A partir do cadastro e de um formulário respondido, a equipe entende a pessoa e os desafios dela. Com isso, propõe uma jornada de acordo com a necessidade do usuário: se planeja ter filhos, se quer evitá-los, se está em processo de adoção ou já tem filhos.

Entre as jornadas de cuidado está a da fertilidade, lançada há quatro meses em parceria com a clínica Huntington, especializada em reprodução assistida. “Se for necessário o procedimento de fertilização, a mulher é encaminhada para a clínica e, junto com um especialista, continua sendo acompanhada no nosso aplicativo por meio de um prontuário único”, explica Roberta.

Segundo ela, usuárias da Bloom Care que optam pela fertilização in vitro, por exemplo, ou congelamento de óvulos têm condições financeiras especiais na clínica parceira. Além disso, a plataforma disponibiliza conteúdos em vídeo, texto e áudio de acordo com a jornada desenhada. Para as famílias que estão em fase de adoção ou já adotaram uma criança, uma jornada dedicada ao tema foi criada após identificarem interesse.

“Temos doulas de adoção que acompanham as famílias durante o processo e temos apoio após a adoção acontecer, porque, muitas vezes, elas têm dúvidas de como contar para a criança que ela não é biológica. As empresas estão vendo que os benefícios precisam ser cada vez mais inclusivos”, diz Roberta.

Em alguns cenários, equilibrar família e trabalho pode ser desafiador, em especial para as mulheres. Pesquisas mostram que quase metade delas fica sem emprego até dois anos após a licença-maternidade e 30% deixam o trabalho formal para cuidar dos filhos - o índice é de 7% entre os homens. Contra a maré que, por diferentes motivos, exclui mães e pessoas grávidas do mercado de trabalho, empresas oferecem planejamento familiar como benefício aos funcionários.

Além dos direitos já estabelecidos, como licenças maternidade e paternidade, essas corporações visam ajudar as famílias em contextos variados. O apoio vai desde o desejo de ter filhos biológicos ou adotivos e cuidados com a fertilidade até a prevenção de uma gravidez. Há companhias com políticas próprias, como Grupo Fleury e Twitter, e outras que contam com o apoio de clínicas parceiras que oferecem o serviço.

Camila Bombonato, do Twitter, fez a entrevista para o cargo dois dias antes da filha nascer e recebeu a oferta logo após o nascimento da menina. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

“Apesar dos desafios que ainda enfrentamos no mercado de trabalho, existe um processo mais avançado de amadurecimento das corporações, porque elas entenderam que, ao cuidar e acolher essa mulher, elas estão agindo em benefício próprio também”, diz Rachel Horta, sócia e diretora de experiência digital da Bloom Care, clínica digital de saúde da mulher e da família que atende mais de 20 empresas e tem cerca de 20 mil beneficiários.

Segundo ela, ao apoiar as famílias, as companhias permitem a continuidade da jornada profissional e retêm um talento que, de outro modo, seria perdido com o abandono do posto de trabalho. Foi com esse olhar de cuidado às pessoas e ao negócio que o Grupo Fleury lançou em 2016, dentro do programa Viver Melhor, o serviço Amor de Mãe, com foco em mulheres gestantes.

No ano passado, quando a empresa inaugurou a clínica de saúde reprodutiva Fleury Fertilidade, o produto também passou a ser oferecido a todos os colaboradores. “Dentro do Amor de Mãe, a gente tem uma ginecologista e obstetra que trabalha no centro de fertilidade e faz esse acompanhamento em fertilidade, que é no planejamento familiar, que inclui aplicação de DIU e tem o benefício de poder fazer fertilização”, explica o diretor de pessoas do Grupo Fleury, Afrânio Haag.

O executivo destaca a equidade nesses processos, uma vez que o público masculino também pode usufruir desse cuidado. “Tivemos casos de homens que fizeram reversão de vasectomia, outros fizeram tratamentos ou cuidados relacionados à saúde do homem.”

Na questão da fertilidade, o grupo oferece até 40% de desconto nos serviços reprodutivos aos colaboradores e dependentes legais, como congelamento de gametas e fertilização in vitro. Após a chegada dos filhos, o apoio continua com questões de amamentação, autocuidado da mãe e serviço direcionado a cuidar das crianças e adolescentes até 19 anos.

Haag confirma que o benefício pode ser usado pelos funcionários em toda sua diversidade de gênero (homens, mulheres, pessoas trans) e configuração familiar (casais heterossexuais, homoafetivos), outro ponto essencial que também está no radar de empresas como o Twitter.

As empresas entenderam que, ao cuidar e acolher essa mulher, elas estão agindo em benefício próprio também”

Rachel Horta, sócia e diretora de experiência digital da Bloom Care

Na corporação de tecnologia, uma das iniciativas é a formação familiar, benefício global que dá suporte personalizado, orientado e financeiro às pessoas que desejam iniciar uma família, seja qual for sua configuração. O apoio financeiro inclui congelamento de óvulos, fertilidade, barriga de aluguel (onde a legislação permite) e adoção, explica Camila Bombonato, gerente sênior de Inclusão, Diversidade, Equidade e Acessibilidade do Twitter para a América Latina.

“Com nossas políticas, reforçamos a luta contra estereótipos de gênero e dos papéis tradicionais na família. Além disso, reconhecemos que benefícios são uma maneira importante pela qual as pessoas experimentam inclusão, por isso colocamos nossas pessoas no centro da programação de benefícios para capacitá-los a prosperar profissionalmente e pessoalmente”, diz ela.

A empresa também oferece um programa de orientação e acompanhamento para gestantes com uma enfermeira obstetra, pagamento de todas as despesas com o envio de leite materno aos filhos no caso de mulheres que precisam viajar a trabalho e sala exclusiva nos escritórios para elas amamentarem e extraírem o leite.

Já a licença parental é de 140 dias para todas as pessoas. “A iniciativa também é válida para casos de adoção, com a intenção de que essa pessoa possa participar integralmente desses primeiros e tão importantes dias, reforçando laços afetivos e atuando em seu processo de criação”, reforça Camila.

Apoio às empresas

Para as companhias que buscam estruturar um plano como os do Grupo Fleury e Twitter, há a possibilidade de contratar uma empresa parceira, como a Bloom Care. A startup oferece às organizações um serviço focado na saúde da mulher e da família e acompanha digitalmente toda a jornada do planejamento familiar, desde gravidez e adoção até pós-parto e parentalidade.

“Nossa proposta é oferecer uma jornada menos fragmentada e mais acolhedora às mulheres”, diz a diretora executiva e cofundadora Roberta Sotomaior. Embora o público feminino seja o alvo, os homens também podem usufruir dos benefícios da plataforma, se envolvendo mais na criação dos filhos e no apoio ao cônjuge.

Roberta Sotomaior, CEO e cofundadora da Bloom Care Foto: Duda Portella

“Não tem como falar de criação de filhos sem falar do homem. A gente oferece todo o acesso para as mulheres e esposas dos colaboradores, e eles acabam participando da jornada também”, diz a sócia Rachel Horta.

Ela comenta que no planejamento familiar ou no desafio da fertilidade, o casal é avaliado, seja heterossexual, homossexual ou trans. Quanto à jornada da parentalidade, há também uma conversa ampliada com as famílias.

Depois que a empresa contrata o serviço da Bloom Care, os funcionários recebem um e-mail com um código de acesso à plataforma, que é disponibilizada em um aplicativo. A partir do cadastro e de um formulário respondido, a equipe entende a pessoa e os desafios dela. Com isso, propõe uma jornada de acordo com a necessidade do usuário: se planeja ter filhos, se quer evitá-los, se está em processo de adoção ou já tem filhos.

Entre as jornadas de cuidado está a da fertilidade, lançada há quatro meses em parceria com a clínica Huntington, especializada em reprodução assistida. “Se for necessário o procedimento de fertilização, a mulher é encaminhada para a clínica e, junto com um especialista, continua sendo acompanhada no nosso aplicativo por meio de um prontuário único”, explica Roberta.

Segundo ela, usuárias da Bloom Care que optam pela fertilização in vitro, por exemplo, ou congelamento de óvulos têm condições financeiras especiais na clínica parceira. Além disso, a plataforma disponibiliza conteúdos em vídeo, texto e áudio de acordo com a jornada desenhada. Para as famílias que estão em fase de adoção ou já adotaram uma criança, uma jornada dedicada ao tema foi criada após identificarem interesse.

“Temos doulas de adoção que acompanham as famílias durante o processo e temos apoio após a adoção acontecer, porque, muitas vezes, elas têm dúvidas de como contar para a criança que ela não é biológica. As empresas estão vendo que os benefícios precisam ser cada vez mais inclusivos”, diz Roberta.

Em alguns cenários, equilibrar família e trabalho pode ser desafiador, em especial para as mulheres. Pesquisas mostram que quase metade delas fica sem emprego até dois anos após a licença-maternidade e 30% deixam o trabalho formal para cuidar dos filhos - o índice é de 7% entre os homens. Contra a maré que, por diferentes motivos, exclui mães e pessoas grávidas do mercado de trabalho, empresas oferecem planejamento familiar como benefício aos funcionários.

Além dos direitos já estabelecidos, como licenças maternidade e paternidade, essas corporações visam ajudar as famílias em contextos variados. O apoio vai desde o desejo de ter filhos biológicos ou adotivos e cuidados com a fertilidade até a prevenção de uma gravidez. Há companhias com políticas próprias, como Grupo Fleury e Twitter, e outras que contam com o apoio de clínicas parceiras que oferecem o serviço.

Camila Bombonato, do Twitter, fez a entrevista para o cargo dois dias antes da filha nascer e recebeu a oferta logo após o nascimento da menina. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

“Apesar dos desafios que ainda enfrentamos no mercado de trabalho, existe um processo mais avançado de amadurecimento das corporações, porque elas entenderam que, ao cuidar e acolher essa mulher, elas estão agindo em benefício próprio também”, diz Rachel Horta, sócia e diretora de experiência digital da Bloom Care, clínica digital de saúde da mulher e da família que atende mais de 20 empresas e tem cerca de 20 mil beneficiários.

Segundo ela, ao apoiar as famílias, as companhias permitem a continuidade da jornada profissional e retêm um talento que, de outro modo, seria perdido com o abandono do posto de trabalho. Foi com esse olhar de cuidado às pessoas e ao negócio que o Grupo Fleury lançou em 2016, dentro do programa Viver Melhor, o serviço Amor de Mãe, com foco em mulheres gestantes.

No ano passado, quando a empresa inaugurou a clínica de saúde reprodutiva Fleury Fertilidade, o produto também passou a ser oferecido a todos os colaboradores. “Dentro do Amor de Mãe, a gente tem uma ginecologista e obstetra que trabalha no centro de fertilidade e faz esse acompanhamento em fertilidade, que é no planejamento familiar, que inclui aplicação de DIU e tem o benefício de poder fazer fertilização”, explica o diretor de pessoas do Grupo Fleury, Afrânio Haag.

O executivo destaca a equidade nesses processos, uma vez que o público masculino também pode usufruir desse cuidado. “Tivemos casos de homens que fizeram reversão de vasectomia, outros fizeram tratamentos ou cuidados relacionados à saúde do homem.”

Na questão da fertilidade, o grupo oferece até 40% de desconto nos serviços reprodutivos aos colaboradores e dependentes legais, como congelamento de gametas e fertilização in vitro. Após a chegada dos filhos, o apoio continua com questões de amamentação, autocuidado da mãe e serviço direcionado a cuidar das crianças e adolescentes até 19 anos.

Haag confirma que o benefício pode ser usado pelos funcionários em toda sua diversidade de gênero (homens, mulheres, pessoas trans) e configuração familiar (casais heterossexuais, homoafetivos), outro ponto essencial que também está no radar de empresas como o Twitter.

As empresas entenderam que, ao cuidar e acolher essa mulher, elas estão agindo em benefício próprio também”

Rachel Horta, sócia e diretora de experiência digital da Bloom Care

Na corporação de tecnologia, uma das iniciativas é a formação familiar, benefício global que dá suporte personalizado, orientado e financeiro às pessoas que desejam iniciar uma família, seja qual for sua configuração. O apoio financeiro inclui congelamento de óvulos, fertilidade, barriga de aluguel (onde a legislação permite) e adoção, explica Camila Bombonato, gerente sênior de Inclusão, Diversidade, Equidade e Acessibilidade do Twitter para a América Latina.

“Com nossas políticas, reforçamos a luta contra estereótipos de gênero e dos papéis tradicionais na família. Além disso, reconhecemos que benefícios são uma maneira importante pela qual as pessoas experimentam inclusão, por isso colocamos nossas pessoas no centro da programação de benefícios para capacitá-los a prosperar profissionalmente e pessoalmente”, diz ela.

A empresa também oferece um programa de orientação e acompanhamento para gestantes com uma enfermeira obstetra, pagamento de todas as despesas com o envio de leite materno aos filhos no caso de mulheres que precisam viajar a trabalho e sala exclusiva nos escritórios para elas amamentarem e extraírem o leite.

Já a licença parental é de 140 dias para todas as pessoas. “A iniciativa também é válida para casos de adoção, com a intenção de que essa pessoa possa participar integralmente desses primeiros e tão importantes dias, reforçando laços afetivos e atuando em seu processo de criação”, reforça Camila.

Apoio às empresas

Para as companhias que buscam estruturar um plano como os do Grupo Fleury e Twitter, há a possibilidade de contratar uma empresa parceira, como a Bloom Care. A startup oferece às organizações um serviço focado na saúde da mulher e da família e acompanha digitalmente toda a jornada do planejamento familiar, desde gravidez e adoção até pós-parto e parentalidade.

“Nossa proposta é oferecer uma jornada menos fragmentada e mais acolhedora às mulheres”, diz a diretora executiva e cofundadora Roberta Sotomaior. Embora o público feminino seja o alvo, os homens também podem usufruir dos benefícios da plataforma, se envolvendo mais na criação dos filhos e no apoio ao cônjuge.

Roberta Sotomaior, CEO e cofundadora da Bloom Care Foto: Duda Portella

“Não tem como falar de criação de filhos sem falar do homem. A gente oferece todo o acesso para as mulheres e esposas dos colaboradores, e eles acabam participando da jornada também”, diz a sócia Rachel Horta.

Ela comenta que no planejamento familiar ou no desafio da fertilidade, o casal é avaliado, seja heterossexual, homossexual ou trans. Quanto à jornada da parentalidade, há também uma conversa ampliada com as famílias.

Depois que a empresa contrata o serviço da Bloom Care, os funcionários recebem um e-mail com um código de acesso à plataforma, que é disponibilizada em um aplicativo. A partir do cadastro e de um formulário respondido, a equipe entende a pessoa e os desafios dela. Com isso, propõe uma jornada de acordo com a necessidade do usuário: se planeja ter filhos, se quer evitá-los, se está em processo de adoção ou já tem filhos.

Entre as jornadas de cuidado está a da fertilidade, lançada há quatro meses em parceria com a clínica Huntington, especializada em reprodução assistida. “Se for necessário o procedimento de fertilização, a mulher é encaminhada para a clínica e, junto com um especialista, continua sendo acompanhada no nosso aplicativo por meio de um prontuário único”, explica Roberta.

Segundo ela, usuárias da Bloom Care que optam pela fertilização in vitro, por exemplo, ou congelamento de óvulos têm condições financeiras especiais na clínica parceira. Além disso, a plataforma disponibiliza conteúdos em vídeo, texto e áudio de acordo com a jornada desenhada. Para as famílias que estão em fase de adoção ou já adotaram uma criança, uma jornada dedicada ao tema foi criada após identificarem interesse.

“Temos doulas de adoção que acompanham as famílias durante o processo e temos apoio após a adoção acontecer, porque, muitas vezes, elas têm dúvidas de como contar para a criança que ela não é biológica. As empresas estão vendo que os benefícios precisam ser cada vez mais inclusivos”, diz Roberta.

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