Renner, C&A, Embraer, Fleury, Totvs: CEOs destacam desafios e oportunidades em 2023


Além do cenário macroeconômico ainda incerto, retenção de talentos, sustentabilidade e diversidade são temas que vêm ocupando cada vez mais a agenda dos executivos

Por Felipe Siqueira
Atualização:

Assuntos como sustentabilidade, retenção de talentos, modelo de trabalho e diversidade têm ocupado cada vez mais espaço na agenda dos CEOs das grandes empresas. Em 2023, essas questões viraram prioridade dos executivos, ao lado de assuntos mais espinhosos, como os do cenário econômico do País.

A mudança de governo e as incertezas que ainda pairam no ar sobre os rumos da política econômica também são ingredientes a mais nessa rotina cheia de desafios. A inflação e os juros altos são vistos como inibidores de crescimento dos negócios e potencializam a possibilidade de corte de custos. “O cenário macroeconômico é desafiador, principalmente por causa dos juros e inflação altos, que impactam diretamente o mercado consumidor”, afirma o CEO da C&A no Brasil, Paulo Correa.

Para ajudar nesse cenário, o caso Americanas, que entrou em recuperação judicial no mês passado, já começa a afetar a concessão de crédito dos bancos para as empresas. Isso pode prejudicar os planos de investimentos das companhias.

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CEOs, da esquerda à direita: Fabio Adegas Faccio (Renner); Erica Barbagalo (Bayer); Teresa Vernaglia (BRK Ambiental) Paulo Correa (C&A); Francisco Gomes Neto (Embraer); Jeane Tsutsui (Grupo Fleury); Paulo Moll (Rede D'Or) e Dennis Herszkowicz (Totvs) Foto: Vinicius Dalla Rosa; Reinaldo Canato/Divulgação; Marcelo Andrade/Divulgação; Gustavo Rodrigues/Divulgação; Divulgação Embraer; Fabiano Feijó/Divulgação; Divulgação/Rede D'Or; Márcio Bruno Divulgação

Além das questões macro, a organização interna das empresas, que vêm enfrentando grandes transformações turbinadas pela pandemia, exige uma mudança de postura por parte dos executivos. Em tempos de burnout, quiet quitting e home office, o olhar para esses assuntos precisa ser mais apurado. “Nosso time é o foco principal hoje”, diz o CEO da Renner, Fabio Adegas Faccio.

Segundo ele, desde o início da pandemia, os desafios aumentaram. Em 2019, diz o executivo, a empresa tinha testes para implementar o trabalho remoto. Com a pandemia isso foi acelerado. Hoje a companhia adota o modelo híbrido, com trabalho remoto e presencial. “O ideal é usar o melhor dos dois mundos.”

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Outro assunto eleito pelos executivos como prioridade para 2023 é a questão da sustentabilidade. As exigências do mercado e dos consumidores têm exigido uma aceleração dos planos das companhias para tirar projetos do papel e se adequarem aos padrões globais. Na multinacional Bayer, uma das pautas mais importantes do ano é a construção da agenda ESG (sigla para as melhores práticas ambientais, sociais e de governança). “A ideia é avançar com pluralidade de pessoas, promovendo equidade”, diz a CEO interina da Bayer no Brasil, Erica Barbagalo.

O Estadão conversou com alguns CEOs para entender quais os principais desafios de 2023. Confira algumas das pautas importantes de cada um deles.

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“Objetivo é melhorar a jornada do cliente”

Fabio Adegas Faccio, CEO da Renner Foto: Vinicius Dalla Rosa

O fortalecimento do conceito omnichanel (multinacanal), baseado na melhora dos produtos vendidos, recepção do cliente e ampliação das práticas sustentáveis, tem sido uma duas prioridades do CEO da Renner, Fabio Adegas Faccio. Ele afirma que a empresa investiu bastante nessa área, sobretudo após a pandemia, que promoveu uma expansão mais rápida do comércio eletrônico no País.

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O objetivo, explica o executivo, é melhorar a jornada do cliente nas lojas (ou na internet), com caixas mais rápidos, novas formas de pagamento e maior velocidade de entrega, seja para retirada na unidade ou para entrega na residência do consumidor. Faccio diz que, apesar do cenário mais complexo da economia, com juros altos e inflação, os investimentos prepararam a empresa para possíveis obstáculos.

Além dos investimentos, o cuidado com a equipe de trabalho também tem exigido novas estratégias. “Hoje nosso time é o foco principal da companhia, pois eles fazem toda diferença (no sucesso da empresa).” Ele conta que, desde o início da pandemia, os desafios aumentaram e forçaram mudanças significativas. Hoje, em algumas áreas da empresa, o modelo de trabalho é híbrido, com momentos no escritório para troca de experiência, e home office. “Procuramos adotar o melhor dos dois mundos. As crises forçam a gente a melhorar.”

Faccio conta que ele próprio teve de aprender muito desde pandemia. “Saímos de um volume digital pequeno para algo muito maior; a forma de trabalho mudou; e o atendimento ao cliente está diferente.”

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“Queremos crescer com menos impacto ambiental”

A CEO interina da Bayer no Brasil, Erica Barbagalo Foto: Reinaldo Canato/ Divulgação

Para a CEO interina da Bayer no Brasil, Erica Barbagalo, uma das pautas mais importantes para este ano é seguir com a construção da agenda ESG. A ideia é avançar com pluralidade de pessoas, promovendo equidade. “Queremos crescer com menos impactos ambientais e também de forma mais ética, íntegra, além de sustentável e diversa”, diz a executiva.

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Na área farmacêutica, ela explica que isso passa pela ampliação da participação no mercado institucional, com governos e operadoras de saúde, ofertando medicamentos de alta complexidade. Já na agricultura, outra área de atuação da companhia, o projeto significa aumentar a produtividade, mas de maneira sustentável. Erica complementa que a empresa investe em temas relacionados à flexibilidade no trabalho, qualidade de vida e “equilíbrio entre vida pessoal e profissional dos colaboradores.

“Em saneamento, os desafios se transformam em oportunidades”

A CEO da BRK Ambiental, Teresa Vernaglia Foto: Marcelo Andrade/Divulgação

No comando da BRK Ambiental, Teresa Vernaglia, afirma que os desafios do Brasil acabam se transformando em grandes oportunidades. A companhia atua num dos setores mais atrasados da infraestrutura brasileira, que é o saneamento básico. Desde a aprovação do novo marco regulatório do setor, as empresas têm metas de universalização para atendimento de serviços de água e esgoto.

Isso significa mais investimento e, consequentemente, geração de empregos. “Tem impacto direto na saúde, tirando pressão sobre o sistema único de saúde (que gasta milhões de reais com as doenças provocadas pela falta de saneamento)”, explica Teresa.

No ambiente interno da empresa, a BRK vem adotando o sistema híbrido, com três dias no escritório e dois dias em home office. “Seguimos testando os modelos possíveis (para melhor produtividade)”. Outro ponto, diz ela, é a retenção de talentos. Uma das estratégias é a preparação de executivos para que consigam identificar e valorizar esses profissionais, conseguindo mantê-los na companhia.

“Uma estratégia é acelerar a transformação digital da empresa”

O CEO da C&A no Brasil, Paulo Correa Foto: Foto: Gustavo Rodrigues/Divulgação

O cenário macroeconômico de 2023, com inflação e juros maiores, é um dos grandes desafios para o CEO da C&A no Brasil, Paulo Correa. Na avaliação dele, juntos, esses dois fatores têm impacto direto no mercado consumidor da empresa. “(O consumo) Dependerá da evolução das taxas destes índices. Por outro lado, temos uma clara evolução da proposta para nossos clientes, oferecendo moda, produtos e serviços cada vez mais relevantes para o cliente neste contexto, com coleções bem elaboradas e assertivas”, avaliou, em entrevista realizada ao erica, em dezembro de 2022.

Ele afirma que, para uma empresa varejista, as mudanças tecnológicas aceleradas pela pandemia também têm sido uma prioridade. “Uma das estratégias para driblar os impactos negativos da pandemia de covid-19 tem sido acelerar a transformação digital e omnicanal da companhia, trabalhando em grupos internos multidisciplinares, para ganhar agilidade na tomada de decisão.”

Correa destaca ainda que, no caso do quadro de funcionários, para atrair e reter talentos, tem adotado a estratégia de ouvir, a cada três meses, colaboradores, por meio de pesquisa. Desta forma, ele acredita conseguir entender melhor a satisfação e desejos dos funcionários.

“Prioridade é promover ambiente inclusivo e diverso na empresa”

O CEO da Embraer, Francisco Gomes Neto Foto: Divulgação/Embraer

Para o CEO da Embraer, Francisco Gomes Neto, uma das prioridades da companhia é promover um ambiente inclusivo, diverso e atrativo para novos talentos, com estímulos para inovação e novas tecnologias. Ele complementa que novos projetos têm papel fundamental na motivação de profissionais de tecnologia e engenheiros que atuam na aérea. “E temos muitos projetos inovadores na Embraer, como o Energia Family, que são aeronaves-conceito para aviação regional com baixa ou zero emissão de carbono, e o eVTOL, veículo elétrico de decolagem e pouso vertical, também conhecido como “carro voador”.”

Ele afirma que, mesmo com restrições na cadeia de suprimentos, em meio à pandemia, gerando atrasos na entrega de componentes e peças, a empresa acredita que os resultados para 2023 “serão bem melhores do que os de 2022″. Isso porque Gomes Neto confia em projetos que estão sendo desenvolvidos na empresa, que visam eficiência empresarial. “Também temos diversas campanhas de vendas em andamento em todos os negócios em que atuamos”, complementa.

“Estratégia é manter o crescimento sustentável com preservação de margens”

A CEO do Grupo Fleury, Jeane Tsutsui Foto: Fabiano Feijó/Divulgação

A CEO do Grupo Fleury, Jeane Tsutsui, afirma que a estratégia para este ano é manter a visão de crescimento sustentável, com preservação de margens, “aumentando a satisfação e reduzindo custos”. O cenário econômico, segundo ela, apresenta desafios, mas “é preciso manter nossa consistência”.

Tsutsui destaca que o setor de saúde, principal área de atuação da empresa, tem grande potencial de crescimento. Hoje, diz ela, o Brasil tem apenas 23% da população com acesso a esses serviços. “Há um envelhecimento acelerado da população e, consequentemente, temos aumento da incidência de doenças crônicas. Responder a essas necessidades abre muitas oportunidades.”

A executiva ressalta que uma das maiores mudanças na pandemia foi a relação entre o cliente e o grupo. Atualmente, pessoas que usam atendimento domiciliar já representam 9% da receita da companhia. Além disso, a prestação da telemedicina também vem crescendo. “Nesta área de atendimento remoto, já ultrapassamos a marca de 50 mil consultas mensais.”

“É primordial que o exemplo esteja dentro de casa; precisamos cuidar da vida dos nossos funcionários”

O CEO da Rede D'Or São Luiz, Paulo Moll Foto: Divulgação/Rede D'Or

O cenário macroeconômico será um grande desafio, na avaliação de Paulo Junqueira Moll, presidente da Rede D’Or São Luiz. Neste momento, a companhia trabalha com contenção de despesas administrativas e corporativas. “Mas vamos preservar a área assistencial, que garante a nossa qualidade técnica e é a base para que sejamos referência na prestação de serviços de saúde”, diz o executivo.

Nas áreas corporativas, Moll destaca que realizam suporte à saúde dos colaboradores, com programas de prevenção e bem-estar. Um dos exemplos é o apoio que a companhia presta para funcionários com casos de burnout (estafa profissional). “Somos uma empresa de saúde, então, é primordial que o exemplo esteja dentro de casa, cuidando bem da qualidade de vida de nossos funcionários”, fala.

“É mais barato reter talentos do que buscar no mercado”

O CEO da Totvs, Dennis Herszkowicz Foto: Márcio Bruno/Divulgação

O CEO da Totvs, Dennis Herszkowicz, afirma que o País passa por incertezas. “Não que isso não seja esperado numa troca (recente) de governo, mas o ideal é ter clareza de para onde vai e, ao mesmo tempo, ter tranquilidade de que esse caminho, seja ele qual for, é o caminho correto”, explica.

Atuando com trabalho flexível na Totvs, a área de retenção de talentos tem bastante importância, no ponto de vista de Herszkowicz. Para ele, é mais barato (não só financeiramente, explica) reter talento do que buscar no mercado. “Com a economia como um todo no mundo do jeito que está, teremos naturalmente um arrefecimento do mercado de trabalho, o que vai, ao longo do tempo, tornar esse ponto de atração e, principalmente, retenção de talentos melhor”.

Assuntos como sustentabilidade, retenção de talentos, modelo de trabalho e diversidade têm ocupado cada vez mais espaço na agenda dos CEOs das grandes empresas. Em 2023, essas questões viraram prioridade dos executivos, ao lado de assuntos mais espinhosos, como os do cenário econômico do País.

A mudança de governo e as incertezas que ainda pairam no ar sobre os rumos da política econômica também são ingredientes a mais nessa rotina cheia de desafios. A inflação e os juros altos são vistos como inibidores de crescimento dos negócios e potencializam a possibilidade de corte de custos. “O cenário macroeconômico é desafiador, principalmente por causa dos juros e inflação altos, que impactam diretamente o mercado consumidor”, afirma o CEO da C&A no Brasil, Paulo Correa.

Para ajudar nesse cenário, o caso Americanas, que entrou em recuperação judicial no mês passado, já começa a afetar a concessão de crédito dos bancos para as empresas. Isso pode prejudicar os planos de investimentos das companhias.

CEOs, da esquerda à direita: Fabio Adegas Faccio (Renner); Erica Barbagalo (Bayer); Teresa Vernaglia (BRK Ambiental) Paulo Correa (C&A); Francisco Gomes Neto (Embraer); Jeane Tsutsui (Grupo Fleury); Paulo Moll (Rede D'Or) e Dennis Herszkowicz (Totvs) Foto: Vinicius Dalla Rosa; Reinaldo Canato/Divulgação; Marcelo Andrade/Divulgação; Gustavo Rodrigues/Divulgação; Divulgação Embraer; Fabiano Feijó/Divulgação; Divulgação/Rede D'Or; Márcio Bruno Divulgação

Além das questões macro, a organização interna das empresas, que vêm enfrentando grandes transformações turbinadas pela pandemia, exige uma mudança de postura por parte dos executivos. Em tempos de burnout, quiet quitting e home office, o olhar para esses assuntos precisa ser mais apurado. “Nosso time é o foco principal hoje”, diz o CEO da Renner, Fabio Adegas Faccio.

Segundo ele, desde o início da pandemia, os desafios aumentaram. Em 2019, diz o executivo, a empresa tinha testes para implementar o trabalho remoto. Com a pandemia isso foi acelerado. Hoje a companhia adota o modelo híbrido, com trabalho remoto e presencial. “O ideal é usar o melhor dos dois mundos.”

Outro assunto eleito pelos executivos como prioridade para 2023 é a questão da sustentabilidade. As exigências do mercado e dos consumidores têm exigido uma aceleração dos planos das companhias para tirar projetos do papel e se adequarem aos padrões globais. Na multinacional Bayer, uma das pautas mais importantes do ano é a construção da agenda ESG (sigla para as melhores práticas ambientais, sociais e de governança). “A ideia é avançar com pluralidade de pessoas, promovendo equidade”, diz a CEO interina da Bayer no Brasil, Erica Barbagalo.

O Estadão conversou com alguns CEOs para entender quais os principais desafios de 2023. Confira algumas das pautas importantes de cada um deles.

“Objetivo é melhorar a jornada do cliente”

Fabio Adegas Faccio, CEO da Renner Foto: Vinicius Dalla Rosa

O fortalecimento do conceito omnichanel (multinacanal), baseado na melhora dos produtos vendidos, recepção do cliente e ampliação das práticas sustentáveis, tem sido uma duas prioridades do CEO da Renner, Fabio Adegas Faccio. Ele afirma que a empresa investiu bastante nessa área, sobretudo após a pandemia, que promoveu uma expansão mais rápida do comércio eletrônico no País.

O objetivo, explica o executivo, é melhorar a jornada do cliente nas lojas (ou na internet), com caixas mais rápidos, novas formas de pagamento e maior velocidade de entrega, seja para retirada na unidade ou para entrega na residência do consumidor. Faccio diz que, apesar do cenário mais complexo da economia, com juros altos e inflação, os investimentos prepararam a empresa para possíveis obstáculos.

Além dos investimentos, o cuidado com a equipe de trabalho também tem exigido novas estratégias. “Hoje nosso time é o foco principal da companhia, pois eles fazem toda diferença (no sucesso da empresa).” Ele conta que, desde o início da pandemia, os desafios aumentaram e forçaram mudanças significativas. Hoje, em algumas áreas da empresa, o modelo de trabalho é híbrido, com momentos no escritório para troca de experiência, e home office. “Procuramos adotar o melhor dos dois mundos. As crises forçam a gente a melhorar.”

Faccio conta que ele próprio teve de aprender muito desde pandemia. “Saímos de um volume digital pequeno para algo muito maior; a forma de trabalho mudou; e o atendimento ao cliente está diferente.”

“Queremos crescer com menos impacto ambiental”

A CEO interina da Bayer no Brasil, Erica Barbagalo Foto: Reinaldo Canato/ Divulgação

Para a CEO interina da Bayer no Brasil, Erica Barbagalo, uma das pautas mais importantes para este ano é seguir com a construção da agenda ESG. A ideia é avançar com pluralidade de pessoas, promovendo equidade. “Queremos crescer com menos impactos ambientais e também de forma mais ética, íntegra, além de sustentável e diversa”, diz a executiva.

Na área farmacêutica, ela explica que isso passa pela ampliação da participação no mercado institucional, com governos e operadoras de saúde, ofertando medicamentos de alta complexidade. Já na agricultura, outra área de atuação da companhia, o projeto significa aumentar a produtividade, mas de maneira sustentável. Erica complementa que a empresa investe em temas relacionados à flexibilidade no trabalho, qualidade de vida e “equilíbrio entre vida pessoal e profissional dos colaboradores.

“Em saneamento, os desafios se transformam em oportunidades”

A CEO da BRK Ambiental, Teresa Vernaglia Foto: Marcelo Andrade/Divulgação

No comando da BRK Ambiental, Teresa Vernaglia, afirma que os desafios do Brasil acabam se transformando em grandes oportunidades. A companhia atua num dos setores mais atrasados da infraestrutura brasileira, que é o saneamento básico. Desde a aprovação do novo marco regulatório do setor, as empresas têm metas de universalização para atendimento de serviços de água e esgoto.

Isso significa mais investimento e, consequentemente, geração de empregos. “Tem impacto direto na saúde, tirando pressão sobre o sistema único de saúde (que gasta milhões de reais com as doenças provocadas pela falta de saneamento)”, explica Teresa.

No ambiente interno da empresa, a BRK vem adotando o sistema híbrido, com três dias no escritório e dois dias em home office. “Seguimos testando os modelos possíveis (para melhor produtividade)”. Outro ponto, diz ela, é a retenção de talentos. Uma das estratégias é a preparação de executivos para que consigam identificar e valorizar esses profissionais, conseguindo mantê-los na companhia.

“Uma estratégia é acelerar a transformação digital da empresa”

O CEO da C&A no Brasil, Paulo Correa Foto: Foto: Gustavo Rodrigues/Divulgação

O cenário macroeconômico de 2023, com inflação e juros maiores, é um dos grandes desafios para o CEO da C&A no Brasil, Paulo Correa. Na avaliação dele, juntos, esses dois fatores têm impacto direto no mercado consumidor da empresa. “(O consumo) Dependerá da evolução das taxas destes índices. Por outro lado, temos uma clara evolução da proposta para nossos clientes, oferecendo moda, produtos e serviços cada vez mais relevantes para o cliente neste contexto, com coleções bem elaboradas e assertivas”, avaliou, em entrevista realizada ao erica, em dezembro de 2022.

Ele afirma que, para uma empresa varejista, as mudanças tecnológicas aceleradas pela pandemia também têm sido uma prioridade. “Uma das estratégias para driblar os impactos negativos da pandemia de covid-19 tem sido acelerar a transformação digital e omnicanal da companhia, trabalhando em grupos internos multidisciplinares, para ganhar agilidade na tomada de decisão.”

Correa destaca ainda que, no caso do quadro de funcionários, para atrair e reter talentos, tem adotado a estratégia de ouvir, a cada três meses, colaboradores, por meio de pesquisa. Desta forma, ele acredita conseguir entender melhor a satisfação e desejos dos funcionários.

“Prioridade é promover ambiente inclusivo e diverso na empresa”

O CEO da Embraer, Francisco Gomes Neto Foto: Divulgação/Embraer

Para o CEO da Embraer, Francisco Gomes Neto, uma das prioridades da companhia é promover um ambiente inclusivo, diverso e atrativo para novos talentos, com estímulos para inovação e novas tecnologias. Ele complementa que novos projetos têm papel fundamental na motivação de profissionais de tecnologia e engenheiros que atuam na aérea. “E temos muitos projetos inovadores na Embraer, como o Energia Family, que são aeronaves-conceito para aviação regional com baixa ou zero emissão de carbono, e o eVTOL, veículo elétrico de decolagem e pouso vertical, também conhecido como “carro voador”.”

Ele afirma que, mesmo com restrições na cadeia de suprimentos, em meio à pandemia, gerando atrasos na entrega de componentes e peças, a empresa acredita que os resultados para 2023 “serão bem melhores do que os de 2022″. Isso porque Gomes Neto confia em projetos que estão sendo desenvolvidos na empresa, que visam eficiência empresarial. “Também temos diversas campanhas de vendas em andamento em todos os negócios em que atuamos”, complementa.

“Estratégia é manter o crescimento sustentável com preservação de margens”

A CEO do Grupo Fleury, Jeane Tsutsui Foto: Fabiano Feijó/Divulgação

A CEO do Grupo Fleury, Jeane Tsutsui, afirma que a estratégia para este ano é manter a visão de crescimento sustentável, com preservação de margens, “aumentando a satisfação e reduzindo custos”. O cenário econômico, segundo ela, apresenta desafios, mas “é preciso manter nossa consistência”.

Tsutsui destaca que o setor de saúde, principal área de atuação da empresa, tem grande potencial de crescimento. Hoje, diz ela, o Brasil tem apenas 23% da população com acesso a esses serviços. “Há um envelhecimento acelerado da população e, consequentemente, temos aumento da incidência de doenças crônicas. Responder a essas necessidades abre muitas oportunidades.”

A executiva ressalta que uma das maiores mudanças na pandemia foi a relação entre o cliente e o grupo. Atualmente, pessoas que usam atendimento domiciliar já representam 9% da receita da companhia. Além disso, a prestação da telemedicina também vem crescendo. “Nesta área de atendimento remoto, já ultrapassamos a marca de 50 mil consultas mensais.”

“É primordial que o exemplo esteja dentro de casa; precisamos cuidar da vida dos nossos funcionários”

O CEO da Rede D'Or São Luiz, Paulo Moll Foto: Divulgação/Rede D'Or

O cenário macroeconômico será um grande desafio, na avaliação de Paulo Junqueira Moll, presidente da Rede D’Or São Luiz. Neste momento, a companhia trabalha com contenção de despesas administrativas e corporativas. “Mas vamos preservar a área assistencial, que garante a nossa qualidade técnica e é a base para que sejamos referência na prestação de serviços de saúde”, diz o executivo.

Nas áreas corporativas, Moll destaca que realizam suporte à saúde dos colaboradores, com programas de prevenção e bem-estar. Um dos exemplos é o apoio que a companhia presta para funcionários com casos de burnout (estafa profissional). “Somos uma empresa de saúde, então, é primordial que o exemplo esteja dentro de casa, cuidando bem da qualidade de vida de nossos funcionários”, fala.

“É mais barato reter talentos do que buscar no mercado”

O CEO da Totvs, Dennis Herszkowicz Foto: Márcio Bruno/Divulgação

O CEO da Totvs, Dennis Herszkowicz, afirma que o País passa por incertezas. “Não que isso não seja esperado numa troca (recente) de governo, mas o ideal é ter clareza de para onde vai e, ao mesmo tempo, ter tranquilidade de que esse caminho, seja ele qual for, é o caminho correto”, explica.

Atuando com trabalho flexível na Totvs, a área de retenção de talentos tem bastante importância, no ponto de vista de Herszkowicz. Para ele, é mais barato (não só financeiramente, explica) reter talento do que buscar no mercado. “Com a economia como um todo no mundo do jeito que está, teremos naturalmente um arrefecimento do mercado de trabalho, o que vai, ao longo do tempo, tornar esse ponto de atração e, principalmente, retenção de talentos melhor”.

Assuntos como sustentabilidade, retenção de talentos, modelo de trabalho e diversidade têm ocupado cada vez mais espaço na agenda dos CEOs das grandes empresas. Em 2023, essas questões viraram prioridade dos executivos, ao lado de assuntos mais espinhosos, como os do cenário econômico do País.

A mudança de governo e as incertezas que ainda pairam no ar sobre os rumos da política econômica também são ingredientes a mais nessa rotina cheia de desafios. A inflação e os juros altos são vistos como inibidores de crescimento dos negócios e potencializam a possibilidade de corte de custos. “O cenário macroeconômico é desafiador, principalmente por causa dos juros e inflação altos, que impactam diretamente o mercado consumidor”, afirma o CEO da C&A no Brasil, Paulo Correa.

Para ajudar nesse cenário, o caso Americanas, que entrou em recuperação judicial no mês passado, já começa a afetar a concessão de crédito dos bancos para as empresas. Isso pode prejudicar os planos de investimentos das companhias.

CEOs, da esquerda à direita: Fabio Adegas Faccio (Renner); Erica Barbagalo (Bayer); Teresa Vernaglia (BRK Ambiental) Paulo Correa (C&A); Francisco Gomes Neto (Embraer); Jeane Tsutsui (Grupo Fleury); Paulo Moll (Rede D'Or) e Dennis Herszkowicz (Totvs) Foto: Vinicius Dalla Rosa; Reinaldo Canato/Divulgação; Marcelo Andrade/Divulgação; Gustavo Rodrigues/Divulgação; Divulgação Embraer; Fabiano Feijó/Divulgação; Divulgação/Rede D'Or; Márcio Bruno Divulgação

Além das questões macro, a organização interna das empresas, que vêm enfrentando grandes transformações turbinadas pela pandemia, exige uma mudança de postura por parte dos executivos. Em tempos de burnout, quiet quitting e home office, o olhar para esses assuntos precisa ser mais apurado. “Nosso time é o foco principal hoje”, diz o CEO da Renner, Fabio Adegas Faccio.

Segundo ele, desde o início da pandemia, os desafios aumentaram. Em 2019, diz o executivo, a empresa tinha testes para implementar o trabalho remoto. Com a pandemia isso foi acelerado. Hoje a companhia adota o modelo híbrido, com trabalho remoto e presencial. “O ideal é usar o melhor dos dois mundos.”

Outro assunto eleito pelos executivos como prioridade para 2023 é a questão da sustentabilidade. As exigências do mercado e dos consumidores têm exigido uma aceleração dos planos das companhias para tirar projetos do papel e se adequarem aos padrões globais. Na multinacional Bayer, uma das pautas mais importantes do ano é a construção da agenda ESG (sigla para as melhores práticas ambientais, sociais e de governança). “A ideia é avançar com pluralidade de pessoas, promovendo equidade”, diz a CEO interina da Bayer no Brasil, Erica Barbagalo.

O Estadão conversou com alguns CEOs para entender quais os principais desafios de 2023. Confira algumas das pautas importantes de cada um deles.

“Objetivo é melhorar a jornada do cliente”

Fabio Adegas Faccio, CEO da Renner Foto: Vinicius Dalla Rosa

O fortalecimento do conceito omnichanel (multinacanal), baseado na melhora dos produtos vendidos, recepção do cliente e ampliação das práticas sustentáveis, tem sido uma duas prioridades do CEO da Renner, Fabio Adegas Faccio. Ele afirma que a empresa investiu bastante nessa área, sobretudo após a pandemia, que promoveu uma expansão mais rápida do comércio eletrônico no País.

O objetivo, explica o executivo, é melhorar a jornada do cliente nas lojas (ou na internet), com caixas mais rápidos, novas formas de pagamento e maior velocidade de entrega, seja para retirada na unidade ou para entrega na residência do consumidor. Faccio diz que, apesar do cenário mais complexo da economia, com juros altos e inflação, os investimentos prepararam a empresa para possíveis obstáculos.

Além dos investimentos, o cuidado com a equipe de trabalho também tem exigido novas estratégias. “Hoje nosso time é o foco principal da companhia, pois eles fazem toda diferença (no sucesso da empresa).” Ele conta que, desde o início da pandemia, os desafios aumentaram e forçaram mudanças significativas. Hoje, em algumas áreas da empresa, o modelo de trabalho é híbrido, com momentos no escritório para troca de experiência, e home office. “Procuramos adotar o melhor dos dois mundos. As crises forçam a gente a melhorar.”

Faccio conta que ele próprio teve de aprender muito desde pandemia. “Saímos de um volume digital pequeno para algo muito maior; a forma de trabalho mudou; e o atendimento ao cliente está diferente.”

“Queremos crescer com menos impacto ambiental”

A CEO interina da Bayer no Brasil, Erica Barbagalo Foto: Reinaldo Canato/ Divulgação

Para a CEO interina da Bayer no Brasil, Erica Barbagalo, uma das pautas mais importantes para este ano é seguir com a construção da agenda ESG. A ideia é avançar com pluralidade de pessoas, promovendo equidade. “Queremos crescer com menos impactos ambientais e também de forma mais ética, íntegra, além de sustentável e diversa”, diz a executiva.

Na área farmacêutica, ela explica que isso passa pela ampliação da participação no mercado institucional, com governos e operadoras de saúde, ofertando medicamentos de alta complexidade. Já na agricultura, outra área de atuação da companhia, o projeto significa aumentar a produtividade, mas de maneira sustentável. Erica complementa que a empresa investe em temas relacionados à flexibilidade no trabalho, qualidade de vida e “equilíbrio entre vida pessoal e profissional dos colaboradores.

“Em saneamento, os desafios se transformam em oportunidades”

A CEO da BRK Ambiental, Teresa Vernaglia Foto: Marcelo Andrade/Divulgação

No comando da BRK Ambiental, Teresa Vernaglia, afirma que os desafios do Brasil acabam se transformando em grandes oportunidades. A companhia atua num dos setores mais atrasados da infraestrutura brasileira, que é o saneamento básico. Desde a aprovação do novo marco regulatório do setor, as empresas têm metas de universalização para atendimento de serviços de água e esgoto.

Isso significa mais investimento e, consequentemente, geração de empregos. “Tem impacto direto na saúde, tirando pressão sobre o sistema único de saúde (que gasta milhões de reais com as doenças provocadas pela falta de saneamento)”, explica Teresa.

No ambiente interno da empresa, a BRK vem adotando o sistema híbrido, com três dias no escritório e dois dias em home office. “Seguimos testando os modelos possíveis (para melhor produtividade)”. Outro ponto, diz ela, é a retenção de talentos. Uma das estratégias é a preparação de executivos para que consigam identificar e valorizar esses profissionais, conseguindo mantê-los na companhia.

“Uma estratégia é acelerar a transformação digital da empresa”

O CEO da C&A no Brasil, Paulo Correa Foto: Foto: Gustavo Rodrigues/Divulgação

O cenário macroeconômico de 2023, com inflação e juros maiores, é um dos grandes desafios para o CEO da C&A no Brasil, Paulo Correa. Na avaliação dele, juntos, esses dois fatores têm impacto direto no mercado consumidor da empresa. “(O consumo) Dependerá da evolução das taxas destes índices. Por outro lado, temos uma clara evolução da proposta para nossos clientes, oferecendo moda, produtos e serviços cada vez mais relevantes para o cliente neste contexto, com coleções bem elaboradas e assertivas”, avaliou, em entrevista realizada ao erica, em dezembro de 2022.

Ele afirma que, para uma empresa varejista, as mudanças tecnológicas aceleradas pela pandemia também têm sido uma prioridade. “Uma das estratégias para driblar os impactos negativos da pandemia de covid-19 tem sido acelerar a transformação digital e omnicanal da companhia, trabalhando em grupos internos multidisciplinares, para ganhar agilidade na tomada de decisão.”

Correa destaca ainda que, no caso do quadro de funcionários, para atrair e reter talentos, tem adotado a estratégia de ouvir, a cada três meses, colaboradores, por meio de pesquisa. Desta forma, ele acredita conseguir entender melhor a satisfação e desejos dos funcionários.

“Prioridade é promover ambiente inclusivo e diverso na empresa”

O CEO da Embraer, Francisco Gomes Neto Foto: Divulgação/Embraer

Para o CEO da Embraer, Francisco Gomes Neto, uma das prioridades da companhia é promover um ambiente inclusivo, diverso e atrativo para novos talentos, com estímulos para inovação e novas tecnologias. Ele complementa que novos projetos têm papel fundamental na motivação de profissionais de tecnologia e engenheiros que atuam na aérea. “E temos muitos projetos inovadores na Embraer, como o Energia Family, que são aeronaves-conceito para aviação regional com baixa ou zero emissão de carbono, e o eVTOL, veículo elétrico de decolagem e pouso vertical, também conhecido como “carro voador”.”

Ele afirma que, mesmo com restrições na cadeia de suprimentos, em meio à pandemia, gerando atrasos na entrega de componentes e peças, a empresa acredita que os resultados para 2023 “serão bem melhores do que os de 2022″. Isso porque Gomes Neto confia em projetos que estão sendo desenvolvidos na empresa, que visam eficiência empresarial. “Também temos diversas campanhas de vendas em andamento em todos os negócios em que atuamos”, complementa.

“Estratégia é manter o crescimento sustentável com preservação de margens”

A CEO do Grupo Fleury, Jeane Tsutsui Foto: Fabiano Feijó/Divulgação

A CEO do Grupo Fleury, Jeane Tsutsui, afirma que a estratégia para este ano é manter a visão de crescimento sustentável, com preservação de margens, “aumentando a satisfação e reduzindo custos”. O cenário econômico, segundo ela, apresenta desafios, mas “é preciso manter nossa consistência”.

Tsutsui destaca que o setor de saúde, principal área de atuação da empresa, tem grande potencial de crescimento. Hoje, diz ela, o Brasil tem apenas 23% da população com acesso a esses serviços. “Há um envelhecimento acelerado da população e, consequentemente, temos aumento da incidência de doenças crônicas. Responder a essas necessidades abre muitas oportunidades.”

A executiva ressalta que uma das maiores mudanças na pandemia foi a relação entre o cliente e o grupo. Atualmente, pessoas que usam atendimento domiciliar já representam 9% da receita da companhia. Além disso, a prestação da telemedicina também vem crescendo. “Nesta área de atendimento remoto, já ultrapassamos a marca de 50 mil consultas mensais.”

“É primordial que o exemplo esteja dentro de casa; precisamos cuidar da vida dos nossos funcionários”

O CEO da Rede D'Or São Luiz, Paulo Moll Foto: Divulgação/Rede D'Or

O cenário macroeconômico será um grande desafio, na avaliação de Paulo Junqueira Moll, presidente da Rede D’Or São Luiz. Neste momento, a companhia trabalha com contenção de despesas administrativas e corporativas. “Mas vamos preservar a área assistencial, que garante a nossa qualidade técnica e é a base para que sejamos referência na prestação de serviços de saúde”, diz o executivo.

Nas áreas corporativas, Moll destaca que realizam suporte à saúde dos colaboradores, com programas de prevenção e bem-estar. Um dos exemplos é o apoio que a companhia presta para funcionários com casos de burnout (estafa profissional). “Somos uma empresa de saúde, então, é primordial que o exemplo esteja dentro de casa, cuidando bem da qualidade de vida de nossos funcionários”, fala.

“É mais barato reter talentos do que buscar no mercado”

O CEO da Totvs, Dennis Herszkowicz Foto: Márcio Bruno/Divulgação

O CEO da Totvs, Dennis Herszkowicz, afirma que o País passa por incertezas. “Não que isso não seja esperado numa troca (recente) de governo, mas o ideal é ter clareza de para onde vai e, ao mesmo tempo, ter tranquilidade de que esse caminho, seja ele qual for, é o caminho correto”, explica.

Atuando com trabalho flexível na Totvs, a área de retenção de talentos tem bastante importância, no ponto de vista de Herszkowicz. Para ele, é mais barato (não só financeiramente, explica) reter talento do que buscar no mercado. “Com a economia como um todo no mundo do jeito que está, teremos naturalmente um arrefecimento do mercado de trabalho, o que vai, ao longo do tempo, tornar esse ponto de atração e, principalmente, retenção de talentos melhor”.

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