Em tempos pandêmicos, resiliência e empatia são duas características fundamentais para quem quer entrar ou se manter de forma competitiva no mercado de trabalho. Esse foi um dos assuntos discutidos na primeira live do projeto Sua Carreira do Estadão, realizada nesta terça-feira, 20, que abordou o tema "O que as empresas querem dos futuros funcionários".
"Hoje se fala muito sobre as relações virtuais e como você faz essa conexão de empatia com a pessoa que está do outro lado, seja no computador ou celular", diz Telma Gircis, gerente regional de Recursos Humanos da Intel América Latina e Canadá. "A questão de empatia pelo outro, a capacidade de se adaptar ao novo mundo e a forma como as pessoas estão fazendo para equilibrar vida pessoal e profissional, ter saúde mental, são questões fundamentais. A gente não sabe como vai ser o futuro, mas podemos nos preparar para ele usando todos os skills e a tecnologia a nosso favor. É muito importante conseguir se conectar com outras áreas e sair um pouco da sua caixinha."
Telma participou da live ao lado da psicóloga e master coach Sandra Betti, sócia-diretora da MBA Empresarial. O evento foi mediado pela editora de Carreiras & Empregos do Estadão, Ana Paula Boni.
Adaptar-se aos novos tempos pode ser uma tarefa árdua para alguns profissionais e o modo como a mensagem da empresa chega até os funcionários também é considerado crucial. Nessas situações, a resiliência entra como um dos principais caminhos para o sucesso.
"Quanto mais maduras as pessoas forem, mais resilientes elas vão ser e também conseguir se colocar no lugar do chefe", afirma Sandra. "O gestor precisa tentar trazer pessoas maduras, flexíveis e empáticas para a empresa. Milhares delas estão quebrando e fechando todos os dias, então somos de um time só. Empregados e empresários devem ter transparência."
Para Sandra, em períodos de mudança, a empresa precisa ser clara com os funcionários. "Crise é uma época em que você vai ter pouco tempo, pouco dinheiro e pouca energia. É um tempo onde temos muitas notícias ruins. Ser empresário no Brasil é difícil, então as pessoas precisam sair da zona de conforto e entrar na zona de aprendizagem. Temos que fazer parte da solução e não do problema."
Em relação à aprendizagem, ela explica que 70% das competências vêm da prática. "Se eu quero desenvolver comunicação, por exemplo, o ideal é dar aula. Você precisa criar situações onde vai exercitar isso no dia a dia", recomenda a psicóloga.
Telma compartilha da mesma solução e conta que a Intel segue três pilares fundamentais: resultado, valores e aprendizado. "O aprendizado está relacionado com a forma que você absorve o que está aprendendo e transforma isso em inovação a favor do negócio", diz.
A profissional ainda alerta para mudanças das profissões no futuro. "Agora, todo mundo precisa saber o que está acontecendo lá fora porque tudo muda muito rápido. A gente precisa acompanhar essa velocidade. Muitas pesquisas falam que mais de 80% das profissões que vão surgir não existem ainda, então estamos falando de uma mudança de profissões no futuro também. Precisamos nos manter atualizados."
Você pode acompanhar todo o conteúdo da live aqui:
Próxima live
Nesta quarta-feira, 21, será abordado o tema "Qual a empresa que eu quero para a minha carreira". As convidadas são a jornalista e escritora Daniela Diniz, diretora do Great Place to Woerk Brasil, e a advogada especialista em direitos civis e coordenadora da Comissão de Ética, Diversidade e Igualdade do Instituto Brasileiro de Direito e Ética Empresarial (IBDEE), Ana Bavon. A conversa tem moderação da editora de Negócios Brodcast/AE do Estadão, Cristiane Barbieri, e será transmitida pelo YouTube da TV Estadão, além de Facebook, Twitter e Linkedin.
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