Teste da semana de 4 dias no Brasil revela que maioria sente mais energia para realizar trabalho


Projeto-piloto começou no País em janeiro e vai até junho; resultado parcial com 280 funcionários e 21 empresas mostra que 80% dizem ter mais energia

Por Jayanne Rodrigues
Atualização:

O resultado parcial do teste semanal de quatro dias no Brasil revela que 8 em cada 10 participantes sentiram mais energia para a realização de tarefas. Ainda segundo o relatório, pouco mais de 1/4 das organizações levaram algum tempo para conseguir reduzir o tempo de trabalho. Ao todo, 21 empresas de vários setores no Brasil estão envolvidas no projeto-piloto para testar a viabilidade do modelo 100-80-100 (manter 100% do salário, trabalhando 80% do tempo e mantendo 100% do nível de produtividade). O documento foi divulgado nesta terça-feira, 30.

No País, o experimento é conduzido pela 4 Day Week Global, uma comunidade sem fins lucrativos que realiza projetos-piloto como esse em todo o mundo, e pela brasileira Reconnect Happiness at Work em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e o Boston College.

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A iniciativa, inédita no Brasil, já foi testada e concluída em países como África do Sul, Nova Zelândia, Portugal e Reino Unido.

Com duração de seis meses, o experimento teve início em janeiro deste ano - com 22 empresas, mas uma desistiu após um mês - e deve ser finalizado em junho. Dos 280 funcionários ativos no programa, a composição é a seguinte:

  • Mulheres - 59,3%
  • Pessoas brancas - 72,2%
  • Pessoas pretas - 5,7%
  • Pessoas amarelas - 2,3%
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O modelo presencial é o predominante entre as empresas participantes (40,2%).

Sobre o dia de folga, mais da metade decidiu tirar às sextas-feiras (60,2%), seguido pelas segundas (22,1%). Outros optaram por eliminar a quarta-feira ou estabelecer acordos que permitem que o colaborador escolha o dia de descanso.

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Impacto no trabalho e no bem-estar

O movimento da semana de 4 dias defende que o regime de trabalho mais flexível pode proporcionar um maior equilíbrio entre vida pessoal e profissional sem prejudicar a produtividade. No Brasil, o resultado parcial do experimento concluiu um aumento de (78,1%) de energia para amigos e família. Além disso, mais da metade percebeu uma melhoria para conciliar vida pessoal e profissional (57,9%).

No ambiente de trabalho, cerca de (82,4%) dos participantes sentiram mais energia para realizar tarefas. Em relação ao nível de estresse no trabalho, 62,7% notaram uma redução nos sinais de exaustão.

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Questionados sobre reagiriam a uma proposta de emprego em outro lugar, 28,6% disseram que não mudariam de empresa para atuar cinco dias por semana por salário nenhum.

No que diz respeito ao convívio com o líder ou gestor direto, menos da metade apontou uma melhoria na relação (44%). Conforme o balanço, os participantes sentiram-se “mais dispostos, felizes e criativos no ambiente de trabalho.”

Experimento está na metade do programa e deve ser finalizado em junho deste ano.  Foto: Adobe Stock
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Dificuldades para adaptação e gestão de prazo

Embora os níveis de bem-estar sejam promissores, alguns dados do relatório parcial indicam que as organizações enfrentaram algum grau de dificuldade para se adaptar ao novo modelo de trabalho.

Nem todos conseguiram reduzir o tempo de trabalho de forma imediata. No começo do teste, 15,7% levaram quatro semanas para se adequar, quase metade (41,2%) demorou três semanas para a adaptação da jornada reduzida. Outros 27,5% gastaram duas semanas.

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Ao longo dos três meses iniciais de teste, os trabalhadores demonstraram desafios em “relação à gestão de prazos e ao equilíbrio entre demandas internas e externas”, sugere o documento parcial.

Outros resultados

  • Melhoria na execução de projetos (61,5%)
  • Capacidade de cumprir prazos (44,4%)
  • Maior colaboração no trabalho (85,4%)
  • Iria para um emprego com semana de 5 dias com aumento acima de 50% da remuneração atual (36,8%)
  • Não mudaria de emprego para trabalhar 5 dias por qualquer valor (28,6%)

Empresas participantes do projeto-piloto

Das 21 organizações ativas no experimento, apenas uma não autorizou divulgar o nome. As companhias atuam nos seguintes segmentos: saúde, jurídico, arquitetura, manufatura, hotelaria, consultoria de recrutamento, alimentação, varejo, entretenimento e plataformas de tecnologia e inovação.

Conforme mostrou o Estadão, a maioria das empresas é da região Sudeste, com exceção de duas organizações do Sul. Confira a lista:

  1. Ab Aeterno (Estúdio de produção editorial)
  2. Brasil dos Parafusos (Atacado de materiais de construção)
  3. Clara Associados (Contabilidade)
  4. Clementino & Teixeira Advocacia (Serviços jurídicos na área trabalhista)
  5. GR Assessoria Contábil
  6. Greco Design (Empresa de Design)
  7. Haze Shift (Setor de Inovação e Transformação Digital)
  8. Hospital Indianópolis (Saúde)
  9. Innuvem (Área de Tecnologia da Informação)
  10. Inspira (Tech)
  11. Maker Brands (Consultoria de inovação)
  12. Mol Impacto (Editoria de livros)
  13. Noono (Empresa de Design)
  14. Oxygen Hub (Hub de conteúdos em Inovação)
  15. PiU Comunica (Agência de comunicação)
  16. Plongê (Recursos Humanos)
  17. Rede Alimentare (Empresa do ramo alimentício)
  18. Smart Duo (Escritório de arquitetura)
  19. Soma CSC (Entretenimento)
  20. Thanks for Sharing (Designer)

O resultado final deve ser divulgado após o término do experimento, em junho. Os dados deste relatório serão considerados como os oficiais da semana de 4 dias no Brasil, segundo comunicado da organização responsável pelo teste no País.

O resultado parcial do teste semanal de quatro dias no Brasil revela que 8 em cada 10 participantes sentiram mais energia para a realização de tarefas. Ainda segundo o relatório, pouco mais de 1/4 das organizações levaram algum tempo para conseguir reduzir o tempo de trabalho. Ao todo, 21 empresas de vários setores no Brasil estão envolvidas no projeto-piloto para testar a viabilidade do modelo 100-80-100 (manter 100% do salário, trabalhando 80% do tempo e mantendo 100% do nível de produtividade). O documento foi divulgado nesta terça-feira, 30.

No País, o experimento é conduzido pela 4 Day Week Global, uma comunidade sem fins lucrativos que realiza projetos-piloto como esse em todo o mundo, e pela brasileira Reconnect Happiness at Work em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e o Boston College.

A iniciativa, inédita no Brasil, já foi testada e concluída em países como África do Sul, Nova Zelândia, Portugal e Reino Unido.

Com duração de seis meses, o experimento teve início em janeiro deste ano - com 22 empresas, mas uma desistiu após um mês - e deve ser finalizado em junho. Dos 280 funcionários ativos no programa, a composição é a seguinte:

  • Mulheres - 59,3%
  • Pessoas brancas - 72,2%
  • Pessoas pretas - 5,7%
  • Pessoas amarelas - 2,3%

O modelo presencial é o predominante entre as empresas participantes (40,2%).

Sobre o dia de folga, mais da metade decidiu tirar às sextas-feiras (60,2%), seguido pelas segundas (22,1%). Outros optaram por eliminar a quarta-feira ou estabelecer acordos que permitem que o colaborador escolha o dia de descanso.

Impacto no trabalho e no bem-estar

O movimento da semana de 4 dias defende que o regime de trabalho mais flexível pode proporcionar um maior equilíbrio entre vida pessoal e profissional sem prejudicar a produtividade. No Brasil, o resultado parcial do experimento concluiu um aumento de (78,1%) de energia para amigos e família. Além disso, mais da metade percebeu uma melhoria para conciliar vida pessoal e profissional (57,9%).

No ambiente de trabalho, cerca de (82,4%) dos participantes sentiram mais energia para realizar tarefas. Em relação ao nível de estresse no trabalho, 62,7% notaram uma redução nos sinais de exaustão.

Questionados sobre reagiriam a uma proposta de emprego em outro lugar, 28,6% disseram que não mudariam de empresa para atuar cinco dias por semana por salário nenhum.

No que diz respeito ao convívio com o líder ou gestor direto, menos da metade apontou uma melhoria na relação (44%). Conforme o balanço, os participantes sentiram-se “mais dispostos, felizes e criativos no ambiente de trabalho.”

Experimento está na metade do programa e deve ser finalizado em junho deste ano.  Foto: Adobe Stock

Dificuldades para adaptação e gestão de prazo

Embora os níveis de bem-estar sejam promissores, alguns dados do relatório parcial indicam que as organizações enfrentaram algum grau de dificuldade para se adaptar ao novo modelo de trabalho.

Nem todos conseguiram reduzir o tempo de trabalho de forma imediata. No começo do teste, 15,7% levaram quatro semanas para se adequar, quase metade (41,2%) demorou três semanas para a adaptação da jornada reduzida. Outros 27,5% gastaram duas semanas.

Ao longo dos três meses iniciais de teste, os trabalhadores demonstraram desafios em “relação à gestão de prazos e ao equilíbrio entre demandas internas e externas”, sugere o documento parcial.

Outros resultados

  • Melhoria na execução de projetos (61,5%)
  • Capacidade de cumprir prazos (44,4%)
  • Maior colaboração no trabalho (85,4%)
  • Iria para um emprego com semana de 5 dias com aumento acima de 50% da remuneração atual (36,8%)
  • Não mudaria de emprego para trabalhar 5 dias por qualquer valor (28,6%)

Empresas participantes do projeto-piloto

Das 21 organizações ativas no experimento, apenas uma não autorizou divulgar o nome. As companhias atuam nos seguintes segmentos: saúde, jurídico, arquitetura, manufatura, hotelaria, consultoria de recrutamento, alimentação, varejo, entretenimento e plataformas de tecnologia e inovação.

Conforme mostrou o Estadão, a maioria das empresas é da região Sudeste, com exceção de duas organizações do Sul. Confira a lista:

  1. Ab Aeterno (Estúdio de produção editorial)
  2. Brasil dos Parafusos (Atacado de materiais de construção)
  3. Clara Associados (Contabilidade)
  4. Clementino & Teixeira Advocacia (Serviços jurídicos na área trabalhista)
  5. GR Assessoria Contábil
  6. Greco Design (Empresa de Design)
  7. Haze Shift (Setor de Inovação e Transformação Digital)
  8. Hospital Indianópolis (Saúde)
  9. Innuvem (Área de Tecnologia da Informação)
  10. Inspira (Tech)
  11. Maker Brands (Consultoria de inovação)
  12. Mol Impacto (Editoria de livros)
  13. Noono (Empresa de Design)
  14. Oxygen Hub (Hub de conteúdos em Inovação)
  15. PiU Comunica (Agência de comunicação)
  16. Plongê (Recursos Humanos)
  17. Rede Alimentare (Empresa do ramo alimentício)
  18. Smart Duo (Escritório de arquitetura)
  19. Soma CSC (Entretenimento)
  20. Thanks for Sharing (Designer)

O resultado final deve ser divulgado após o término do experimento, em junho. Os dados deste relatório serão considerados como os oficiais da semana de 4 dias no Brasil, segundo comunicado da organização responsável pelo teste no País.

O resultado parcial do teste semanal de quatro dias no Brasil revela que 8 em cada 10 participantes sentiram mais energia para a realização de tarefas. Ainda segundo o relatório, pouco mais de 1/4 das organizações levaram algum tempo para conseguir reduzir o tempo de trabalho. Ao todo, 21 empresas de vários setores no Brasil estão envolvidas no projeto-piloto para testar a viabilidade do modelo 100-80-100 (manter 100% do salário, trabalhando 80% do tempo e mantendo 100% do nível de produtividade). O documento foi divulgado nesta terça-feira, 30.

No País, o experimento é conduzido pela 4 Day Week Global, uma comunidade sem fins lucrativos que realiza projetos-piloto como esse em todo o mundo, e pela brasileira Reconnect Happiness at Work em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e o Boston College.

A iniciativa, inédita no Brasil, já foi testada e concluída em países como África do Sul, Nova Zelândia, Portugal e Reino Unido.

Com duração de seis meses, o experimento teve início em janeiro deste ano - com 22 empresas, mas uma desistiu após um mês - e deve ser finalizado em junho. Dos 280 funcionários ativos no programa, a composição é a seguinte:

  • Mulheres - 59,3%
  • Pessoas brancas - 72,2%
  • Pessoas pretas - 5,7%
  • Pessoas amarelas - 2,3%

O modelo presencial é o predominante entre as empresas participantes (40,2%).

Sobre o dia de folga, mais da metade decidiu tirar às sextas-feiras (60,2%), seguido pelas segundas (22,1%). Outros optaram por eliminar a quarta-feira ou estabelecer acordos que permitem que o colaborador escolha o dia de descanso.

Impacto no trabalho e no bem-estar

O movimento da semana de 4 dias defende que o regime de trabalho mais flexível pode proporcionar um maior equilíbrio entre vida pessoal e profissional sem prejudicar a produtividade. No Brasil, o resultado parcial do experimento concluiu um aumento de (78,1%) de energia para amigos e família. Além disso, mais da metade percebeu uma melhoria para conciliar vida pessoal e profissional (57,9%).

No ambiente de trabalho, cerca de (82,4%) dos participantes sentiram mais energia para realizar tarefas. Em relação ao nível de estresse no trabalho, 62,7% notaram uma redução nos sinais de exaustão.

Questionados sobre reagiriam a uma proposta de emprego em outro lugar, 28,6% disseram que não mudariam de empresa para atuar cinco dias por semana por salário nenhum.

No que diz respeito ao convívio com o líder ou gestor direto, menos da metade apontou uma melhoria na relação (44%). Conforme o balanço, os participantes sentiram-se “mais dispostos, felizes e criativos no ambiente de trabalho.”

Experimento está na metade do programa e deve ser finalizado em junho deste ano.  Foto: Adobe Stock

Dificuldades para adaptação e gestão de prazo

Embora os níveis de bem-estar sejam promissores, alguns dados do relatório parcial indicam que as organizações enfrentaram algum grau de dificuldade para se adaptar ao novo modelo de trabalho.

Nem todos conseguiram reduzir o tempo de trabalho de forma imediata. No começo do teste, 15,7% levaram quatro semanas para se adequar, quase metade (41,2%) demorou três semanas para a adaptação da jornada reduzida. Outros 27,5% gastaram duas semanas.

Ao longo dos três meses iniciais de teste, os trabalhadores demonstraram desafios em “relação à gestão de prazos e ao equilíbrio entre demandas internas e externas”, sugere o documento parcial.

Outros resultados

  • Melhoria na execução de projetos (61,5%)
  • Capacidade de cumprir prazos (44,4%)
  • Maior colaboração no trabalho (85,4%)
  • Iria para um emprego com semana de 5 dias com aumento acima de 50% da remuneração atual (36,8%)
  • Não mudaria de emprego para trabalhar 5 dias por qualquer valor (28,6%)

Empresas participantes do projeto-piloto

Das 21 organizações ativas no experimento, apenas uma não autorizou divulgar o nome. As companhias atuam nos seguintes segmentos: saúde, jurídico, arquitetura, manufatura, hotelaria, consultoria de recrutamento, alimentação, varejo, entretenimento e plataformas de tecnologia e inovação.

Conforme mostrou o Estadão, a maioria das empresas é da região Sudeste, com exceção de duas organizações do Sul. Confira a lista:

  1. Ab Aeterno (Estúdio de produção editorial)
  2. Brasil dos Parafusos (Atacado de materiais de construção)
  3. Clara Associados (Contabilidade)
  4. Clementino & Teixeira Advocacia (Serviços jurídicos na área trabalhista)
  5. GR Assessoria Contábil
  6. Greco Design (Empresa de Design)
  7. Haze Shift (Setor de Inovação e Transformação Digital)
  8. Hospital Indianópolis (Saúde)
  9. Innuvem (Área de Tecnologia da Informação)
  10. Inspira (Tech)
  11. Maker Brands (Consultoria de inovação)
  12. Mol Impacto (Editoria de livros)
  13. Noono (Empresa de Design)
  14. Oxygen Hub (Hub de conteúdos em Inovação)
  15. PiU Comunica (Agência de comunicação)
  16. Plongê (Recursos Humanos)
  17. Rede Alimentare (Empresa do ramo alimentício)
  18. Smart Duo (Escritório de arquitetura)
  19. Soma CSC (Entretenimento)
  20. Thanks for Sharing (Designer)

O resultado final deve ser divulgado após o término do experimento, em junho. Os dados deste relatório serão considerados como os oficiais da semana de 4 dias no Brasil, segundo comunicado da organização responsável pelo teste no País.

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