Trabalho híbrido deixa funcionários felizes, reduz demissões e corta custo de empresas, diz estudo


Pesquisa publicada na revista Nature indica que adoção do modelo pode ser lucrativa para empresas, ao economizar fundos de recrutamento e treinamento

Por Adele Robichez
Atualização:

O trabalho híbrido melhora a satisfação no emprego, não faz diferença na produtividade e reduz demissões de funcionários. É o que mostram os resultados de uma pesquisa publicada recentemente na revista científica Nature por Nick Bloom, professor de economia da Universidade de Stanford e especialista em home office.

O experimento de seis meses foi realizado na Trip.com, a terceira maior agência de viagens global em vendas em 2019, com sede em Xangai, na China. No fim da pandemia do coronavírus, em 2021, a empresa decidiu avaliar os efeitos do trabalho híbrido nos 1.612 funcionários de engenharia, marketing e finanças das divisões de passagens aéreas e TI, dentre eles 395 gestores de equipes.

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Fotos da Trip.com funcionários no escritório durante o experimento Foto: Reprodução/Revista Nature

Foi descoberto que o modelo híbrido melhorou a sensação de bem-estar no trabalho, reduzindo em um terço (33%) as taxas de demissão. Essa diminuição foi registrada especialmente entre funcionários que não são gestores, do sexo feminino e com longos trajetos de deslocamento entre a sua casa e o trabalho.

Entre as mulheres, a diminuição nas demissões foi de 54%. Para os homens, foi de 16%. O que, de acordo com o estudo, indica que “as mulheres valorizam mais o trabalho remoto do que os homens”.

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No entanto, elas foram a minoria ao se voluntariar para trabalhar nesse modelo na empresa. “Isso pode sugerir que as mulheres têm maiores preocupações sobre o impacto negativo na carreira ao se voluntariarem para trabalhar remotamente”, aponta a pesquisa.

Os funcionários foram entrevistados anonimamente, e apresentaram pontuações significativamente mais altas em “equilíbrio entre vida pessoal e profissional”, “satisfação com o trabalho”, “satisfação com a vida” e “recomendação a amigos”, e pontuações significativamente mais baixas em “intenção de sair”.

Os 395 gestores que tinham percepções negativas em relação à ideia dos funcionários trabalharem em casa dois dias por semana no início do estudo passaram a ter uma visão positiva do modelo quando perceberam que ele funciona bem.

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O trabalho híbrido não afetou as taxas de desempenho nos dois anos seguintes à adoção do modelo. Também não houve nenhuma diferença nas promoções nesse período. “As avaliações de desempenho são importantes na Trip.com, pois determinam o salário e o progresso na carreira dos funcionários, sendo realizadas com muito cuidado”, explica a pesquisa.

Após o término do experimento, o comitê executivo da Trip.com analisou os dados e decidiu, por unanimidade, estender o trabalho híbrido para todos os funcionários e divisões da empresa, com efeito imediato. A decisão foi baseada em uma lógica financeira: cada desligamento custa à empresa cerca de US$ 20 mil em recrutamento e treinamento. Portanto, uma redução de um terço na rotatividade representaria uma economia de milhões de dólares.

“Isso sugere que o trabalho híbrido pode ser adotado de forma lucrativa pelas organizações, dado seu efeito na redução da rotatividade, que se estima custar cerca de 50% do salário anual de um funcionário com graduação acadêmica completa. Além disso, o trabalho híbrido oferece grandes benefícios para a sociedade ao proporcionar uma comodidade valiosa para os funcionários, reduzir o tempo de deslocamento e facilitar o cuidado dos filhos.”, conclui a pesquisa.

O trabalho híbrido melhora a satisfação no emprego, não faz diferença na produtividade e reduz demissões de funcionários. É o que mostram os resultados de uma pesquisa publicada recentemente na revista científica Nature por Nick Bloom, professor de economia da Universidade de Stanford e especialista em home office.

O experimento de seis meses foi realizado na Trip.com, a terceira maior agência de viagens global em vendas em 2019, com sede em Xangai, na China. No fim da pandemia do coronavírus, em 2021, a empresa decidiu avaliar os efeitos do trabalho híbrido nos 1.612 funcionários de engenharia, marketing e finanças das divisões de passagens aéreas e TI, dentre eles 395 gestores de equipes.

Fotos da Trip.com funcionários no escritório durante o experimento Foto: Reprodução/Revista Nature

Foi descoberto que o modelo híbrido melhorou a sensação de bem-estar no trabalho, reduzindo em um terço (33%) as taxas de demissão. Essa diminuição foi registrada especialmente entre funcionários que não são gestores, do sexo feminino e com longos trajetos de deslocamento entre a sua casa e o trabalho.

Entre as mulheres, a diminuição nas demissões foi de 54%. Para os homens, foi de 16%. O que, de acordo com o estudo, indica que “as mulheres valorizam mais o trabalho remoto do que os homens”.

No entanto, elas foram a minoria ao se voluntariar para trabalhar nesse modelo na empresa. “Isso pode sugerir que as mulheres têm maiores preocupações sobre o impacto negativo na carreira ao se voluntariarem para trabalhar remotamente”, aponta a pesquisa.

Os funcionários foram entrevistados anonimamente, e apresentaram pontuações significativamente mais altas em “equilíbrio entre vida pessoal e profissional”, “satisfação com o trabalho”, “satisfação com a vida” e “recomendação a amigos”, e pontuações significativamente mais baixas em “intenção de sair”.

Os 395 gestores que tinham percepções negativas em relação à ideia dos funcionários trabalharem em casa dois dias por semana no início do estudo passaram a ter uma visão positiva do modelo quando perceberam que ele funciona bem.

O trabalho híbrido não afetou as taxas de desempenho nos dois anos seguintes à adoção do modelo. Também não houve nenhuma diferença nas promoções nesse período. “As avaliações de desempenho são importantes na Trip.com, pois determinam o salário e o progresso na carreira dos funcionários, sendo realizadas com muito cuidado”, explica a pesquisa.

Após o término do experimento, o comitê executivo da Trip.com analisou os dados e decidiu, por unanimidade, estender o trabalho híbrido para todos os funcionários e divisões da empresa, com efeito imediato. A decisão foi baseada em uma lógica financeira: cada desligamento custa à empresa cerca de US$ 20 mil em recrutamento e treinamento. Portanto, uma redução de um terço na rotatividade representaria uma economia de milhões de dólares.

“Isso sugere que o trabalho híbrido pode ser adotado de forma lucrativa pelas organizações, dado seu efeito na redução da rotatividade, que se estima custar cerca de 50% do salário anual de um funcionário com graduação acadêmica completa. Além disso, o trabalho híbrido oferece grandes benefícios para a sociedade ao proporcionar uma comodidade valiosa para os funcionários, reduzir o tempo de deslocamento e facilitar o cuidado dos filhos.”, conclui a pesquisa.

O trabalho híbrido melhora a satisfação no emprego, não faz diferença na produtividade e reduz demissões de funcionários. É o que mostram os resultados de uma pesquisa publicada recentemente na revista científica Nature por Nick Bloom, professor de economia da Universidade de Stanford e especialista em home office.

O experimento de seis meses foi realizado na Trip.com, a terceira maior agência de viagens global em vendas em 2019, com sede em Xangai, na China. No fim da pandemia do coronavírus, em 2021, a empresa decidiu avaliar os efeitos do trabalho híbrido nos 1.612 funcionários de engenharia, marketing e finanças das divisões de passagens aéreas e TI, dentre eles 395 gestores de equipes.

Fotos da Trip.com funcionários no escritório durante o experimento Foto: Reprodução/Revista Nature

Foi descoberto que o modelo híbrido melhorou a sensação de bem-estar no trabalho, reduzindo em um terço (33%) as taxas de demissão. Essa diminuição foi registrada especialmente entre funcionários que não são gestores, do sexo feminino e com longos trajetos de deslocamento entre a sua casa e o trabalho.

Entre as mulheres, a diminuição nas demissões foi de 54%. Para os homens, foi de 16%. O que, de acordo com o estudo, indica que “as mulheres valorizam mais o trabalho remoto do que os homens”.

No entanto, elas foram a minoria ao se voluntariar para trabalhar nesse modelo na empresa. “Isso pode sugerir que as mulheres têm maiores preocupações sobre o impacto negativo na carreira ao se voluntariarem para trabalhar remotamente”, aponta a pesquisa.

Os funcionários foram entrevistados anonimamente, e apresentaram pontuações significativamente mais altas em “equilíbrio entre vida pessoal e profissional”, “satisfação com o trabalho”, “satisfação com a vida” e “recomendação a amigos”, e pontuações significativamente mais baixas em “intenção de sair”.

Os 395 gestores que tinham percepções negativas em relação à ideia dos funcionários trabalharem em casa dois dias por semana no início do estudo passaram a ter uma visão positiva do modelo quando perceberam que ele funciona bem.

O trabalho híbrido não afetou as taxas de desempenho nos dois anos seguintes à adoção do modelo. Também não houve nenhuma diferença nas promoções nesse período. “As avaliações de desempenho são importantes na Trip.com, pois determinam o salário e o progresso na carreira dos funcionários, sendo realizadas com muito cuidado”, explica a pesquisa.

Após o término do experimento, o comitê executivo da Trip.com analisou os dados e decidiu, por unanimidade, estender o trabalho híbrido para todos os funcionários e divisões da empresa, com efeito imediato. A decisão foi baseada em uma lógica financeira: cada desligamento custa à empresa cerca de US$ 20 mil em recrutamento e treinamento. Portanto, uma redução de um terço na rotatividade representaria uma economia de milhões de dólares.

“Isso sugere que o trabalho híbrido pode ser adotado de forma lucrativa pelas organizações, dado seu efeito na redução da rotatividade, que se estima custar cerca de 50% do salário anual de um funcionário com graduação acadêmica completa. Além disso, o trabalho híbrido oferece grandes benefícios para a sociedade ao proporcionar uma comodidade valiosa para os funcionários, reduzir o tempo de deslocamento e facilitar o cuidado dos filhos.”, conclui a pesquisa.

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