O blog do Caderno de Oportunidades

Mulheres no comando dos negócios


No Dia Internacional do Empreendedorismo Feminino, contamos histórias de empresárias que acreditaram em seus sonhos

Por Cris Olivette
Adriana e Ricardo Homsi. Foto: Hélvio Romero/Estadão

A ideia de criar a Mandala Comidas Especiais surgiu depois que Adriana Fernandes soube que teria de fazer uma dieta com ampla exclusão de ingredientes como glúten, leite, ovos, soja, castanhas, entre outros alimentos, para que pudesse amamentar seu bebê, que nasceu com alergia múltipla severa.

continua após a publicidade

Criada em abril de 2015, a empresa que começou com um funcionário e dois sócios, vai fechar 2017 com três sócios e seis funcionários. "No primeiro mês, vendemos R$ 2 mil. Hoje, faturamos R$ 100 mil por mês. No início, vendíamos para os amigos pelo Facebook, agora, temos clientes como os hospitais Albert Einstein e Sírio Libanês, além de hotéis, restaurantes, escolas e público geral", conta Adriana.

Neste domingo, data em que se comemora o Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2014, nada melhor que contarmos histórias de mulheres como Adriana, que empreendem e geram empregos.

Segundo ela, existe um movimento feminino de empreender por necessidade que é muito desestruturado. "Mas também há outro movimento de mulheres que empreendem de maneira formal", diz.

continua após a publicidade

Ela diz que para formalizar o negócio é preciso ter uma formação específica. "Eu, por exemplo, tenho graduação e mestrado na USP, mas isso não serviu de nada na hora de empreender, porque a atividade exige outras habilidades. Fui buscar isso no Sebrae, em aceleradoras e em sites que dão suporte ao empreendedorismo feminino", conta.

Problema alérgico também foi o ponto de partida para que as irmãs Sarah Lazaretti e Julinha Lazaretti criassem a Alergoshop. "Minha filha sofria com crises alérgicas, principalmente dermatite atópica e era muito difícil encontrar produtos hipoalergênicos", diz Sarah.

Na mesma época, Julinha, que é bióloga, cursava pós graduação em alergia e imunologia e via que os médicos tinham dificuldade para indicar produtos aos pacientes.

continua após a publicidade

"Vislumbramos um novo mercado. Em 1993, lançamos a marca especializada em produtos que previnem e melhoram crises de alergias." Hoje, a Alergoshop fabrica mais de 50 itens e possui nove linhas diferentes.

"Em 2012, a empresa passou a ser franqueadora para atendermos em todas as regiões do País. Hoje, temos oito lojas franqueadas e quatro próprias. Também vendemos pela internet."

Sarah diz que o negócio que começou com seis funcionários emprega 34 pessoas atualmente e cresce 12% ao ano. Segundo ela, quem quer empreender não pode ter medo de errar e deve aprender com os erros.

continua após a publicidade

"Tire sempre uma lição de cada situação e não desanime. Errar faz parte de empreender, assim como buscar sempre novas alternativas."

A dona da marca Lapatiss, especializada em macarrons , Barbara Voelckel, também ressalta a necessidade de investir em formação específica para que as empreendedoras possam falar de negócios de igual para igual, com quem quer que seja. "Para empreender a mulher tem de acreditar em seu potencial e nunca desistir, apesar dos nãos que irá receber."

continua após a publicidade
Bárbara Voelckel (à dir) e a irmã Aline Silva Gregório. Foto: Dani Batista/Divulgação/Lapatiss

Barbara começou o negócio em 2010, após fazer um curso de produção de macarrons, por se apaixonada pelo doce. "Fiz o curso em São Paulo. Alguns dias depois de ter voltado ao Rio de Janeiro, a professora me procurou dizendo que tinha uma moradora do meu bairro querendo fazer encomenda. Aceitei o pedido e por meio dessa cliente vieram outras."

Com o crescimento da demanda, Barbara deixou de produzir na cozinha de sua casa e montou um ateliê. "Hoje, minha irmã Aline é minha sócia e temos seis funcionárias."

continua após a publicidade

Para ganhar escala, a partir de 2018 a Lapatiss também irá vender apenas o biscoito macarron, para hotelaria, buffets, doceiras e restaurantes, porque com o recheio o produto fica muito frágil e as vendas ficam restritas ao Rio de Janeiro.

"Fiz parceria com uma empresa de São Paulo que desenvolveu uma embalagem especial. Assim, poderemos vender para todo o Brasil, porque o transporte será mais simples e o prazo de validade maior."

A veterinária Juliana Noda Bechara Belo, também se associou a irmã, Veri Noda, que atuava com chef, para criar a La Pet Cuisine, especializada em produção de alimentos naturais para cães e gatos. Juliana afirma que o crescimento do negócio, criado em 2011, é muito positivo. "Em relação a 2016, já crescemos 50% e o ano ainda nem terminou."

Veri Noda (à esq) e Juliana Bechara Belo. Foto: João Henrique Baptista Filho/Divulgação/La Pet Cuisine

Ela conta que além das duas sócias, trabalham na empresa sete funcionários e um motoboy terceirizado, além de manter contrato com dois consultores, um na área administrativa e outro para as mídias sociais.

Formação. Juliana, assim como Adriana e Barbara, está entre as 30 empreendedoras selecionadas para o programa "Aceleração Itaú Mulher Empreendedora", realizado em parceira com a Escola de Administração de Empresas de São Paulo, da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EAESP). Foram selecionados 30 negócios comandados por mulheres e com faturamento anual mínimo de R$ 300 mil. Iniciado em setembro, será encerrado no final deste mês.

"O programa realmente acelera, estamos cheias de ideias. Na faculdade, não aprendi nada sobre administração. Agora, tenho boa base de gestão para sair do lugar comum e crescer." Juliana diz que para empreender é preciso trabalhar muito, mas a atividade é extremamente gratificante. "Outra coisa importante, que acabo de aprender e aplicar na empresa: é preciso delegar."

A fundadora da plataforma Paraíso Feminino, que agrega produtos de moda e compara preços, diz que a melhor experiência de sua vida foi ter transformado algo pelo que tem muita paixão (moda), em um negócio. "Nem sinto que estou trabalhando", diz Rachel Toyama.

A empresa criada em outubro de 2010, começou com duas pessoas, hoje, são 12 funcionários e conta 350 lojas que comercializam mais de quatro mil marcas. "Eu era dentista, trabalhava muito e não tinha tempo para nada. Sempre fui apaixonada por moda e tinha dificuldade de encontrar tudo o que precisava no mesmo lugar", recorda.

Certo dia, ao comentar sobre essa dificuldade com seu ex-marido, que trabalhava com tecnologia, ele sugeriu que seria legal ter um site que agregasse todos os produtos. "Achei a ideia muito boa e fiquei surpresa por ninguém ter pensado nisso. Foi assim que nasceu o negócio."

Segundo ela, o objetivo do negócio é permitir que as clientes encontrem o melhor produto, pelo menor preço. Além disso, elas economizam duas horas no processo de busca de produtos e comparação de preços.

Rachel Toyama. Foto: Marina Pires/Divulgação/Paraíso Feminino

Rachel afirma que o site já chegou a oferecer produto com diferença de preço de até 50% de uma loja para outra. "Em épocas de grandes promoções, como pós Natal e black friday, é possível encontrar produtos com até 70% de desconto. Além disso, nossa área de outlet fica ativa o ano inteiro", ressalta. Após deixar o consultório, Rachel estudou temas relacionados à moda. "Me formei em personal stylist e consultora de imagem. Assim, pude agregar à plataforma informações sobre tendências. No E-Trends, caderno de moda do site, dou dicas de moda, estilo e compras."

Ela afirma que somente em 2016, as marcas parceiras atingiram mais de cinco milhões em vendas. A receita da plataforma é obtida mediante cliques nos produtos. "Não realizamos vendas, fazemos a interligação entre as consumidoras e as lojas, proporcionando às usuárias uma experiência única e mais a assertiva."

Virada. Órfã de pai aos 12 anos, a fundadora da Franquear Consultoria, teve de começar a trabalhar na adolescência por ser a filha mais velha. Depois,  deixou para trás o sonho de cursar medicina, por falta de recursos.

Milena Lidor. Foto: Arquivo pessoal

Formada em processamento de dados e cursando administração de empresas, ela diz que   o empreendedorismo surgiu em sua  vida pelo desejo de oferecer condições  melhores para sua minha família.

"Trabalhei no departamento de operações de  uma  franqueadora, onde prestava consultoria aos franqueados, além de ser  responsável por uma regional da marca. Foi assim que adquiri experiência  e percebi a oportunidade de abrir uma consultoria."

Em 2010, fundou a  Franquear Consultoria. "Fazemos formatação de franquias e plano de expansão para negócios de diversos portes e segmentos, como alimentação, serviços, saúde, automotivo, construção civil. Temos projetos em mais de 20 segmentos e atendemos mais de 30 franqueadoras", conta.

Milena  participa, ainda, de encontros mensais  do "Meninas Empreendedoras", grupo de  mulheres que comandam empresas e  trocam experiências e informações.

Adriana e Ricardo Homsi. Foto: Hélvio Romero/Estadão

A ideia de criar a Mandala Comidas Especiais surgiu depois que Adriana Fernandes soube que teria de fazer uma dieta com ampla exclusão de ingredientes como glúten, leite, ovos, soja, castanhas, entre outros alimentos, para que pudesse amamentar seu bebê, que nasceu com alergia múltipla severa.

Criada em abril de 2015, a empresa que começou com um funcionário e dois sócios, vai fechar 2017 com três sócios e seis funcionários. "No primeiro mês, vendemos R$ 2 mil. Hoje, faturamos R$ 100 mil por mês. No início, vendíamos para os amigos pelo Facebook, agora, temos clientes como os hospitais Albert Einstein e Sírio Libanês, além de hotéis, restaurantes, escolas e público geral", conta Adriana.

Neste domingo, data em que se comemora o Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2014, nada melhor que contarmos histórias de mulheres como Adriana, que empreendem e geram empregos.

Segundo ela, existe um movimento feminino de empreender por necessidade que é muito desestruturado. "Mas também há outro movimento de mulheres que empreendem de maneira formal", diz.

Ela diz que para formalizar o negócio é preciso ter uma formação específica. "Eu, por exemplo, tenho graduação e mestrado na USP, mas isso não serviu de nada na hora de empreender, porque a atividade exige outras habilidades. Fui buscar isso no Sebrae, em aceleradoras e em sites que dão suporte ao empreendedorismo feminino", conta.

Problema alérgico também foi o ponto de partida para que as irmãs Sarah Lazaretti e Julinha Lazaretti criassem a Alergoshop. "Minha filha sofria com crises alérgicas, principalmente dermatite atópica e era muito difícil encontrar produtos hipoalergênicos", diz Sarah.

Na mesma época, Julinha, que é bióloga, cursava pós graduação em alergia e imunologia e via que os médicos tinham dificuldade para indicar produtos aos pacientes.

"Vislumbramos um novo mercado. Em 1993, lançamos a marca especializada em produtos que previnem e melhoram crises de alergias." Hoje, a Alergoshop fabrica mais de 50 itens e possui nove linhas diferentes.

"Em 2012, a empresa passou a ser franqueadora para atendermos em todas as regiões do País. Hoje, temos oito lojas franqueadas e quatro próprias. Também vendemos pela internet."

Sarah diz que o negócio que começou com seis funcionários emprega 34 pessoas atualmente e cresce 12% ao ano. Segundo ela, quem quer empreender não pode ter medo de errar e deve aprender com os erros.

"Tire sempre uma lição de cada situação e não desanime. Errar faz parte de empreender, assim como buscar sempre novas alternativas."

A dona da marca Lapatiss, especializada em macarrons , Barbara Voelckel, também ressalta a necessidade de investir em formação específica para que as empreendedoras possam falar de negócios de igual para igual, com quem quer que seja. "Para empreender a mulher tem de acreditar em seu potencial e nunca desistir, apesar dos nãos que irá receber."

Bárbara Voelckel (à dir) e a irmã Aline Silva Gregório. Foto: Dani Batista/Divulgação/Lapatiss

Barbara começou o negócio em 2010, após fazer um curso de produção de macarrons, por se apaixonada pelo doce. "Fiz o curso em São Paulo. Alguns dias depois de ter voltado ao Rio de Janeiro, a professora me procurou dizendo que tinha uma moradora do meu bairro querendo fazer encomenda. Aceitei o pedido e por meio dessa cliente vieram outras."

Com o crescimento da demanda, Barbara deixou de produzir na cozinha de sua casa e montou um ateliê. "Hoje, minha irmã Aline é minha sócia e temos seis funcionárias."

Para ganhar escala, a partir de 2018 a Lapatiss também irá vender apenas o biscoito macarron, para hotelaria, buffets, doceiras e restaurantes, porque com o recheio o produto fica muito frágil e as vendas ficam restritas ao Rio de Janeiro.

"Fiz parceria com uma empresa de São Paulo que desenvolveu uma embalagem especial. Assim, poderemos vender para todo o Brasil, porque o transporte será mais simples e o prazo de validade maior."

A veterinária Juliana Noda Bechara Belo, também se associou a irmã, Veri Noda, que atuava com chef, para criar a La Pet Cuisine, especializada em produção de alimentos naturais para cães e gatos. Juliana afirma que o crescimento do negócio, criado em 2011, é muito positivo. "Em relação a 2016, já crescemos 50% e o ano ainda nem terminou."

Veri Noda (à esq) e Juliana Bechara Belo. Foto: João Henrique Baptista Filho/Divulgação/La Pet Cuisine

Ela conta que além das duas sócias, trabalham na empresa sete funcionários e um motoboy terceirizado, além de manter contrato com dois consultores, um na área administrativa e outro para as mídias sociais.

Formação. Juliana, assim como Adriana e Barbara, está entre as 30 empreendedoras selecionadas para o programa "Aceleração Itaú Mulher Empreendedora", realizado em parceira com a Escola de Administração de Empresas de São Paulo, da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EAESP). Foram selecionados 30 negócios comandados por mulheres e com faturamento anual mínimo de R$ 300 mil. Iniciado em setembro, será encerrado no final deste mês.

"O programa realmente acelera, estamos cheias de ideias. Na faculdade, não aprendi nada sobre administração. Agora, tenho boa base de gestão para sair do lugar comum e crescer." Juliana diz que para empreender é preciso trabalhar muito, mas a atividade é extremamente gratificante. "Outra coisa importante, que acabo de aprender e aplicar na empresa: é preciso delegar."

A fundadora da plataforma Paraíso Feminino, que agrega produtos de moda e compara preços, diz que a melhor experiência de sua vida foi ter transformado algo pelo que tem muita paixão (moda), em um negócio. "Nem sinto que estou trabalhando", diz Rachel Toyama.

A empresa criada em outubro de 2010, começou com duas pessoas, hoje, são 12 funcionários e conta 350 lojas que comercializam mais de quatro mil marcas. "Eu era dentista, trabalhava muito e não tinha tempo para nada. Sempre fui apaixonada por moda e tinha dificuldade de encontrar tudo o que precisava no mesmo lugar", recorda.

Certo dia, ao comentar sobre essa dificuldade com seu ex-marido, que trabalhava com tecnologia, ele sugeriu que seria legal ter um site que agregasse todos os produtos. "Achei a ideia muito boa e fiquei surpresa por ninguém ter pensado nisso. Foi assim que nasceu o negócio."

Segundo ela, o objetivo do negócio é permitir que as clientes encontrem o melhor produto, pelo menor preço. Além disso, elas economizam duas horas no processo de busca de produtos e comparação de preços.

Rachel Toyama. Foto: Marina Pires/Divulgação/Paraíso Feminino

Rachel afirma que o site já chegou a oferecer produto com diferença de preço de até 50% de uma loja para outra. "Em épocas de grandes promoções, como pós Natal e black friday, é possível encontrar produtos com até 70% de desconto. Além disso, nossa área de outlet fica ativa o ano inteiro", ressalta. Após deixar o consultório, Rachel estudou temas relacionados à moda. "Me formei em personal stylist e consultora de imagem. Assim, pude agregar à plataforma informações sobre tendências. No E-Trends, caderno de moda do site, dou dicas de moda, estilo e compras."

Ela afirma que somente em 2016, as marcas parceiras atingiram mais de cinco milhões em vendas. A receita da plataforma é obtida mediante cliques nos produtos. "Não realizamos vendas, fazemos a interligação entre as consumidoras e as lojas, proporcionando às usuárias uma experiência única e mais a assertiva."

Virada. Órfã de pai aos 12 anos, a fundadora da Franquear Consultoria, teve de começar a trabalhar na adolescência por ser a filha mais velha. Depois,  deixou para trás o sonho de cursar medicina, por falta de recursos.

Milena Lidor. Foto: Arquivo pessoal

Formada em processamento de dados e cursando administração de empresas, ela diz que   o empreendedorismo surgiu em sua  vida pelo desejo de oferecer condições  melhores para sua minha família.

"Trabalhei no departamento de operações de  uma  franqueadora, onde prestava consultoria aos franqueados, além de ser  responsável por uma regional da marca. Foi assim que adquiri experiência  e percebi a oportunidade de abrir uma consultoria."

Em 2010, fundou a  Franquear Consultoria. "Fazemos formatação de franquias e plano de expansão para negócios de diversos portes e segmentos, como alimentação, serviços, saúde, automotivo, construção civil. Temos projetos em mais de 20 segmentos e atendemos mais de 30 franqueadoras", conta.

Milena  participa, ainda, de encontros mensais  do "Meninas Empreendedoras", grupo de  mulheres que comandam empresas e  trocam experiências e informações.

Adriana e Ricardo Homsi. Foto: Hélvio Romero/Estadão

A ideia de criar a Mandala Comidas Especiais surgiu depois que Adriana Fernandes soube que teria de fazer uma dieta com ampla exclusão de ingredientes como glúten, leite, ovos, soja, castanhas, entre outros alimentos, para que pudesse amamentar seu bebê, que nasceu com alergia múltipla severa.

Criada em abril de 2015, a empresa que começou com um funcionário e dois sócios, vai fechar 2017 com três sócios e seis funcionários. "No primeiro mês, vendemos R$ 2 mil. Hoje, faturamos R$ 100 mil por mês. No início, vendíamos para os amigos pelo Facebook, agora, temos clientes como os hospitais Albert Einstein e Sírio Libanês, além de hotéis, restaurantes, escolas e público geral", conta Adriana.

Neste domingo, data em que se comemora o Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2014, nada melhor que contarmos histórias de mulheres como Adriana, que empreendem e geram empregos.

Segundo ela, existe um movimento feminino de empreender por necessidade que é muito desestruturado. "Mas também há outro movimento de mulheres que empreendem de maneira formal", diz.

Ela diz que para formalizar o negócio é preciso ter uma formação específica. "Eu, por exemplo, tenho graduação e mestrado na USP, mas isso não serviu de nada na hora de empreender, porque a atividade exige outras habilidades. Fui buscar isso no Sebrae, em aceleradoras e em sites que dão suporte ao empreendedorismo feminino", conta.

Problema alérgico também foi o ponto de partida para que as irmãs Sarah Lazaretti e Julinha Lazaretti criassem a Alergoshop. "Minha filha sofria com crises alérgicas, principalmente dermatite atópica e era muito difícil encontrar produtos hipoalergênicos", diz Sarah.

Na mesma época, Julinha, que é bióloga, cursava pós graduação em alergia e imunologia e via que os médicos tinham dificuldade para indicar produtos aos pacientes.

"Vislumbramos um novo mercado. Em 1993, lançamos a marca especializada em produtos que previnem e melhoram crises de alergias." Hoje, a Alergoshop fabrica mais de 50 itens e possui nove linhas diferentes.

"Em 2012, a empresa passou a ser franqueadora para atendermos em todas as regiões do País. Hoje, temos oito lojas franqueadas e quatro próprias. Também vendemos pela internet."

Sarah diz que o negócio que começou com seis funcionários emprega 34 pessoas atualmente e cresce 12% ao ano. Segundo ela, quem quer empreender não pode ter medo de errar e deve aprender com os erros.

"Tire sempre uma lição de cada situação e não desanime. Errar faz parte de empreender, assim como buscar sempre novas alternativas."

A dona da marca Lapatiss, especializada em macarrons , Barbara Voelckel, também ressalta a necessidade de investir em formação específica para que as empreendedoras possam falar de negócios de igual para igual, com quem quer que seja. "Para empreender a mulher tem de acreditar em seu potencial e nunca desistir, apesar dos nãos que irá receber."

Bárbara Voelckel (à dir) e a irmã Aline Silva Gregório. Foto: Dani Batista/Divulgação/Lapatiss

Barbara começou o negócio em 2010, após fazer um curso de produção de macarrons, por se apaixonada pelo doce. "Fiz o curso em São Paulo. Alguns dias depois de ter voltado ao Rio de Janeiro, a professora me procurou dizendo que tinha uma moradora do meu bairro querendo fazer encomenda. Aceitei o pedido e por meio dessa cliente vieram outras."

Com o crescimento da demanda, Barbara deixou de produzir na cozinha de sua casa e montou um ateliê. "Hoje, minha irmã Aline é minha sócia e temos seis funcionárias."

Para ganhar escala, a partir de 2018 a Lapatiss também irá vender apenas o biscoito macarron, para hotelaria, buffets, doceiras e restaurantes, porque com o recheio o produto fica muito frágil e as vendas ficam restritas ao Rio de Janeiro.

"Fiz parceria com uma empresa de São Paulo que desenvolveu uma embalagem especial. Assim, poderemos vender para todo o Brasil, porque o transporte será mais simples e o prazo de validade maior."

A veterinária Juliana Noda Bechara Belo, também se associou a irmã, Veri Noda, que atuava com chef, para criar a La Pet Cuisine, especializada em produção de alimentos naturais para cães e gatos. Juliana afirma que o crescimento do negócio, criado em 2011, é muito positivo. "Em relação a 2016, já crescemos 50% e o ano ainda nem terminou."

Veri Noda (à esq) e Juliana Bechara Belo. Foto: João Henrique Baptista Filho/Divulgação/La Pet Cuisine

Ela conta que além das duas sócias, trabalham na empresa sete funcionários e um motoboy terceirizado, além de manter contrato com dois consultores, um na área administrativa e outro para as mídias sociais.

Formação. Juliana, assim como Adriana e Barbara, está entre as 30 empreendedoras selecionadas para o programa "Aceleração Itaú Mulher Empreendedora", realizado em parceira com a Escola de Administração de Empresas de São Paulo, da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EAESP). Foram selecionados 30 negócios comandados por mulheres e com faturamento anual mínimo de R$ 300 mil. Iniciado em setembro, será encerrado no final deste mês.

"O programa realmente acelera, estamos cheias de ideias. Na faculdade, não aprendi nada sobre administração. Agora, tenho boa base de gestão para sair do lugar comum e crescer." Juliana diz que para empreender é preciso trabalhar muito, mas a atividade é extremamente gratificante. "Outra coisa importante, que acabo de aprender e aplicar na empresa: é preciso delegar."

A fundadora da plataforma Paraíso Feminino, que agrega produtos de moda e compara preços, diz que a melhor experiência de sua vida foi ter transformado algo pelo que tem muita paixão (moda), em um negócio. "Nem sinto que estou trabalhando", diz Rachel Toyama.

A empresa criada em outubro de 2010, começou com duas pessoas, hoje, são 12 funcionários e conta 350 lojas que comercializam mais de quatro mil marcas. "Eu era dentista, trabalhava muito e não tinha tempo para nada. Sempre fui apaixonada por moda e tinha dificuldade de encontrar tudo o que precisava no mesmo lugar", recorda.

Certo dia, ao comentar sobre essa dificuldade com seu ex-marido, que trabalhava com tecnologia, ele sugeriu que seria legal ter um site que agregasse todos os produtos. "Achei a ideia muito boa e fiquei surpresa por ninguém ter pensado nisso. Foi assim que nasceu o negócio."

Segundo ela, o objetivo do negócio é permitir que as clientes encontrem o melhor produto, pelo menor preço. Além disso, elas economizam duas horas no processo de busca de produtos e comparação de preços.

Rachel Toyama. Foto: Marina Pires/Divulgação/Paraíso Feminino

Rachel afirma que o site já chegou a oferecer produto com diferença de preço de até 50% de uma loja para outra. "Em épocas de grandes promoções, como pós Natal e black friday, é possível encontrar produtos com até 70% de desconto. Além disso, nossa área de outlet fica ativa o ano inteiro", ressalta. Após deixar o consultório, Rachel estudou temas relacionados à moda. "Me formei em personal stylist e consultora de imagem. Assim, pude agregar à plataforma informações sobre tendências. No E-Trends, caderno de moda do site, dou dicas de moda, estilo e compras."

Ela afirma que somente em 2016, as marcas parceiras atingiram mais de cinco milhões em vendas. A receita da plataforma é obtida mediante cliques nos produtos. "Não realizamos vendas, fazemos a interligação entre as consumidoras e as lojas, proporcionando às usuárias uma experiência única e mais a assertiva."

Virada. Órfã de pai aos 12 anos, a fundadora da Franquear Consultoria, teve de começar a trabalhar na adolescência por ser a filha mais velha. Depois,  deixou para trás o sonho de cursar medicina, por falta de recursos.

Milena Lidor. Foto: Arquivo pessoal

Formada em processamento de dados e cursando administração de empresas, ela diz que   o empreendedorismo surgiu em sua  vida pelo desejo de oferecer condições  melhores para sua minha família.

"Trabalhei no departamento de operações de  uma  franqueadora, onde prestava consultoria aos franqueados, além de ser  responsável por uma regional da marca. Foi assim que adquiri experiência  e percebi a oportunidade de abrir uma consultoria."

Em 2010, fundou a  Franquear Consultoria. "Fazemos formatação de franquias e plano de expansão para negócios de diversos portes e segmentos, como alimentação, serviços, saúde, automotivo, construção civil. Temos projetos em mais de 20 segmentos e atendemos mais de 30 franqueadoras", conta.

Milena  participa, ainda, de encontros mensais  do "Meninas Empreendedoras", grupo de  mulheres que comandam empresas e  trocam experiências e informações.

Adriana e Ricardo Homsi. Foto: Hélvio Romero/Estadão

A ideia de criar a Mandala Comidas Especiais surgiu depois que Adriana Fernandes soube que teria de fazer uma dieta com ampla exclusão de ingredientes como glúten, leite, ovos, soja, castanhas, entre outros alimentos, para que pudesse amamentar seu bebê, que nasceu com alergia múltipla severa.

Criada em abril de 2015, a empresa que começou com um funcionário e dois sócios, vai fechar 2017 com três sócios e seis funcionários. "No primeiro mês, vendemos R$ 2 mil. Hoje, faturamos R$ 100 mil por mês. No início, vendíamos para os amigos pelo Facebook, agora, temos clientes como os hospitais Albert Einstein e Sírio Libanês, além de hotéis, restaurantes, escolas e público geral", conta Adriana.

Neste domingo, data em que se comemora o Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2014, nada melhor que contarmos histórias de mulheres como Adriana, que empreendem e geram empregos.

Segundo ela, existe um movimento feminino de empreender por necessidade que é muito desestruturado. "Mas também há outro movimento de mulheres que empreendem de maneira formal", diz.

Ela diz que para formalizar o negócio é preciso ter uma formação específica. "Eu, por exemplo, tenho graduação e mestrado na USP, mas isso não serviu de nada na hora de empreender, porque a atividade exige outras habilidades. Fui buscar isso no Sebrae, em aceleradoras e em sites que dão suporte ao empreendedorismo feminino", conta.

Problema alérgico também foi o ponto de partida para que as irmãs Sarah Lazaretti e Julinha Lazaretti criassem a Alergoshop. "Minha filha sofria com crises alérgicas, principalmente dermatite atópica e era muito difícil encontrar produtos hipoalergênicos", diz Sarah.

Na mesma época, Julinha, que é bióloga, cursava pós graduação em alergia e imunologia e via que os médicos tinham dificuldade para indicar produtos aos pacientes.

"Vislumbramos um novo mercado. Em 1993, lançamos a marca especializada em produtos que previnem e melhoram crises de alergias." Hoje, a Alergoshop fabrica mais de 50 itens e possui nove linhas diferentes.

"Em 2012, a empresa passou a ser franqueadora para atendermos em todas as regiões do País. Hoje, temos oito lojas franqueadas e quatro próprias. Também vendemos pela internet."

Sarah diz que o negócio que começou com seis funcionários emprega 34 pessoas atualmente e cresce 12% ao ano. Segundo ela, quem quer empreender não pode ter medo de errar e deve aprender com os erros.

"Tire sempre uma lição de cada situação e não desanime. Errar faz parte de empreender, assim como buscar sempre novas alternativas."

A dona da marca Lapatiss, especializada em macarrons , Barbara Voelckel, também ressalta a necessidade de investir em formação específica para que as empreendedoras possam falar de negócios de igual para igual, com quem quer que seja. "Para empreender a mulher tem de acreditar em seu potencial e nunca desistir, apesar dos nãos que irá receber."

Bárbara Voelckel (à dir) e a irmã Aline Silva Gregório. Foto: Dani Batista/Divulgação/Lapatiss

Barbara começou o negócio em 2010, após fazer um curso de produção de macarrons, por se apaixonada pelo doce. "Fiz o curso em São Paulo. Alguns dias depois de ter voltado ao Rio de Janeiro, a professora me procurou dizendo que tinha uma moradora do meu bairro querendo fazer encomenda. Aceitei o pedido e por meio dessa cliente vieram outras."

Com o crescimento da demanda, Barbara deixou de produzir na cozinha de sua casa e montou um ateliê. "Hoje, minha irmã Aline é minha sócia e temos seis funcionárias."

Para ganhar escala, a partir de 2018 a Lapatiss também irá vender apenas o biscoito macarron, para hotelaria, buffets, doceiras e restaurantes, porque com o recheio o produto fica muito frágil e as vendas ficam restritas ao Rio de Janeiro.

"Fiz parceria com uma empresa de São Paulo que desenvolveu uma embalagem especial. Assim, poderemos vender para todo o Brasil, porque o transporte será mais simples e o prazo de validade maior."

A veterinária Juliana Noda Bechara Belo, também se associou a irmã, Veri Noda, que atuava com chef, para criar a La Pet Cuisine, especializada em produção de alimentos naturais para cães e gatos. Juliana afirma que o crescimento do negócio, criado em 2011, é muito positivo. "Em relação a 2016, já crescemos 50% e o ano ainda nem terminou."

Veri Noda (à esq) e Juliana Bechara Belo. Foto: João Henrique Baptista Filho/Divulgação/La Pet Cuisine

Ela conta que além das duas sócias, trabalham na empresa sete funcionários e um motoboy terceirizado, além de manter contrato com dois consultores, um na área administrativa e outro para as mídias sociais.

Formação. Juliana, assim como Adriana e Barbara, está entre as 30 empreendedoras selecionadas para o programa "Aceleração Itaú Mulher Empreendedora", realizado em parceira com a Escola de Administração de Empresas de São Paulo, da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EAESP). Foram selecionados 30 negócios comandados por mulheres e com faturamento anual mínimo de R$ 300 mil. Iniciado em setembro, será encerrado no final deste mês.

"O programa realmente acelera, estamos cheias de ideias. Na faculdade, não aprendi nada sobre administração. Agora, tenho boa base de gestão para sair do lugar comum e crescer." Juliana diz que para empreender é preciso trabalhar muito, mas a atividade é extremamente gratificante. "Outra coisa importante, que acabo de aprender e aplicar na empresa: é preciso delegar."

A fundadora da plataforma Paraíso Feminino, que agrega produtos de moda e compara preços, diz que a melhor experiência de sua vida foi ter transformado algo pelo que tem muita paixão (moda), em um negócio. "Nem sinto que estou trabalhando", diz Rachel Toyama.

A empresa criada em outubro de 2010, começou com duas pessoas, hoje, são 12 funcionários e conta 350 lojas que comercializam mais de quatro mil marcas. "Eu era dentista, trabalhava muito e não tinha tempo para nada. Sempre fui apaixonada por moda e tinha dificuldade de encontrar tudo o que precisava no mesmo lugar", recorda.

Certo dia, ao comentar sobre essa dificuldade com seu ex-marido, que trabalhava com tecnologia, ele sugeriu que seria legal ter um site que agregasse todos os produtos. "Achei a ideia muito boa e fiquei surpresa por ninguém ter pensado nisso. Foi assim que nasceu o negócio."

Segundo ela, o objetivo do negócio é permitir que as clientes encontrem o melhor produto, pelo menor preço. Além disso, elas economizam duas horas no processo de busca de produtos e comparação de preços.

Rachel Toyama. Foto: Marina Pires/Divulgação/Paraíso Feminino

Rachel afirma que o site já chegou a oferecer produto com diferença de preço de até 50% de uma loja para outra. "Em épocas de grandes promoções, como pós Natal e black friday, é possível encontrar produtos com até 70% de desconto. Além disso, nossa área de outlet fica ativa o ano inteiro", ressalta. Após deixar o consultório, Rachel estudou temas relacionados à moda. "Me formei em personal stylist e consultora de imagem. Assim, pude agregar à plataforma informações sobre tendências. No E-Trends, caderno de moda do site, dou dicas de moda, estilo e compras."

Ela afirma que somente em 2016, as marcas parceiras atingiram mais de cinco milhões em vendas. A receita da plataforma é obtida mediante cliques nos produtos. "Não realizamos vendas, fazemos a interligação entre as consumidoras e as lojas, proporcionando às usuárias uma experiência única e mais a assertiva."

Virada. Órfã de pai aos 12 anos, a fundadora da Franquear Consultoria, teve de começar a trabalhar na adolescência por ser a filha mais velha. Depois,  deixou para trás o sonho de cursar medicina, por falta de recursos.

Milena Lidor. Foto: Arquivo pessoal

Formada em processamento de dados e cursando administração de empresas, ela diz que   o empreendedorismo surgiu em sua  vida pelo desejo de oferecer condições  melhores para sua minha família.

"Trabalhei no departamento de operações de  uma  franqueadora, onde prestava consultoria aos franqueados, além de ser  responsável por uma regional da marca. Foi assim que adquiri experiência  e percebi a oportunidade de abrir uma consultoria."

Em 2010, fundou a  Franquear Consultoria. "Fazemos formatação de franquias e plano de expansão para negócios de diversos portes e segmentos, como alimentação, serviços, saúde, automotivo, construção civil. Temos projetos em mais de 20 segmentos e atendemos mais de 30 franqueadoras", conta.

Milena  participa, ainda, de encontros mensais  do "Meninas Empreendedoras", grupo de  mulheres que comandam empresas e  trocam experiências e informações.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.