‘Deus me livre de mulher CEO’, diz nas redes presidente do G4 Educação e fundador da Easy Taxi


Após repercussão negativa de publicação no Instagram, Tallis Gomes fez novo post, no qual pede desculpas pelo ‘erro’; na publicação original, ele havia dito que ‘energia feminina’ é corretamente usada quando voltada ao lar e à família

Por Beatriz Bulla
Atualização:

Em publicação na sua conta no Instagram nesta quarta-feira, 18, o presidente e cofundador da escola de negócios G4 Educação, Tallis Gomes, disse que mulheres que são CEO de empresas não fazem “melhor uso da energia feminina”. “Deus me livre de mulher CEO”, escreveu Gomes, que foi fundador da Easy Taxi - vendida para a Cabify em 2017 - e da Singu.

Nesta quinta-feira, 24 horas depois da primeira postagem, quando o tema havia repercutido em grupos de WhatsApp que incluem advogadas e mulheres do setor empresarial, Gomes fez nova publicação, na qual pede desculpas pelo “erro” e disse ter sido “infeliz ao dizer qual tipo de mulher eu gostaria para a minha vida”. Antes da retratação, ele também recebeu comentários, nas redes sociais, de mulheres ex-alunas do G4 que diziam ter se arrependido de ter pago pelos cursos da empresa.

Por meio de nota, o G4 Educação afirmou que Gomes errou e que o posicionamento do presidente “não representa a empresa nem sua trajetória” (veja abaixo a íntegra da manifestação).

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Tallis Gomes na sede do G4 Educação Foto: Taba Benedicto/Estadão

Gomes foi procurado pela reportagem, mas não respondeu até a publicação desse texto.

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Em seu perfil no LinkedIn, Gomes diz ser integrante do conselho de administração do Grupo Hope, que tem marcas voltadas para o público feminino. O site da Hope tem notícia na qual informa que “Para manter e preservar a cultura da sustentabilidade e ao mesmo tempo se reinventar, o Grupo Hope implantou no ano de 2018 seu primeiro conselho consultivo, que tem, entre os conselheiros externos, Tallis Gomes”.

A reportagem procurou a Hope para saber se Gomes é conselheiro de administração do Grupo, como informa, ou parte de um conselho consultivo, e também para saber a posição da empresa frente a essa situação. O grupo ainda não se pronunciou.

Publicação de Tallis Gomes, presidente do G4 Educação, na qual ele disse: "Deus me livre de mulher CEO". Publicação de retratação foi feita no dia seguinte. Foto: Instagram
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Na publicação de retratação, Gomes afirma que estava se referindo a quem gostaria de ter ao lado como mulher.

“Em momento algum no meu texto eu quis questionar a capacidade de uma mulher ser CEO, disse única e exclusivamente, com as palavras erradas e com o tom errado, quem eu gostaria do meu lado como minha mulher”, disse. Ele continua, na publicação após a repercussão: “Minhas palavras não representam o que o G4 é como empresa. Temos o orgulho de merecer a confiança de muitas mulheres executivas de sucesso. Minhas mais sinceras desculpas por causar esse desconforto a todas vocês. O lugar das mulheres é onde elas quiserem estar.”

Na publicação original, Gomes havia escrito que “salvo raras exceções, essa mulher (CEO) vai passar por um processo de masculinização que vai colocar meu lar em quarto plano, eu em terceiro plano e os meus filhos em segundo plano”. Ele também diz que posições como a dele exigem que o CEO seja “muito cascudo para suportar” e que “o mundo começou a desabar exatamente quando o movimento feminista começou a obrigar a mulher a fazer papel de homem” e que a mulher deve usar “a energia feminina nos lugares certos, lar e família”.

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Publicação de Tallis Gomes, presidente do G4 Educação, na qual ele disse: "Deus me livre de mulher CEO". Publicação de retratação foi feita no dia seguinte. Foto: Instagram

No seu perfil no LinkedIn, Gomes diz também ser membro do conselho de administração da Espaçolaser. Segundo a empresa, porém, ele não é mais integrante do conselho desde 2023. Apesar de fazer publicações na rede social diariamente, Gomes não atualizou este fato em seu perfil. A Espaçolaser é dirigida por uma CEO, Magali Leite.

Por meio de nota, o G4 Educação afirmou:

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“O Tallis Gomes, nosso CEO, errou num texto ontem no Instagram sobre as mulheres executivas. Ele entendeu o erro e pediu desculpas hoje. O G4 Educação não concorda com aquela primeira fala. Ela não representa a empresa nem sua trajetória. O G4 conta com a força e a competência de 135 mulheres, em todos os níveis da empresa. Nos nossos cursos, apoiamos a formação de centenas de mulheres de sucesso. Testemunhamos de perto a força e o talento de cada uma.Entendemos que o Tallis errou e estamos aqui para reforçar que tanto ele quanto o G4 não tem compromisso com o erro. Queremos nos desculpar pela fala do Tallis, ainda que tenha sido algo pessoal e não representar o G4. Mas entendemos que é nosso papel como empresa apontar que discordamos. E nossa prática é de respeito.”

Em publicação na sua conta no Instagram nesta quarta-feira, 18, o presidente e cofundador da escola de negócios G4 Educação, Tallis Gomes, disse que mulheres que são CEO de empresas não fazem “melhor uso da energia feminina”. “Deus me livre de mulher CEO”, escreveu Gomes, que foi fundador da Easy Taxi - vendida para a Cabify em 2017 - e da Singu.

Nesta quinta-feira, 24 horas depois da primeira postagem, quando o tema havia repercutido em grupos de WhatsApp que incluem advogadas e mulheres do setor empresarial, Gomes fez nova publicação, na qual pede desculpas pelo “erro” e disse ter sido “infeliz ao dizer qual tipo de mulher eu gostaria para a minha vida”. Antes da retratação, ele também recebeu comentários, nas redes sociais, de mulheres ex-alunas do G4 que diziam ter se arrependido de ter pago pelos cursos da empresa.

Por meio de nota, o G4 Educação afirmou que Gomes errou e que o posicionamento do presidente “não representa a empresa nem sua trajetória” (veja abaixo a íntegra da manifestação).

Tallis Gomes na sede do G4 Educação Foto: Taba Benedicto/Estadão

Gomes foi procurado pela reportagem, mas não respondeu até a publicação desse texto.

Em seu perfil no LinkedIn, Gomes diz ser integrante do conselho de administração do Grupo Hope, que tem marcas voltadas para o público feminino. O site da Hope tem notícia na qual informa que “Para manter e preservar a cultura da sustentabilidade e ao mesmo tempo se reinventar, o Grupo Hope implantou no ano de 2018 seu primeiro conselho consultivo, que tem, entre os conselheiros externos, Tallis Gomes”.

A reportagem procurou a Hope para saber se Gomes é conselheiro de administração do Grupo, como informa, ou parte de um conselho consultivo, e também para saber a posição da empresa frente a essa situação. O grupo ainda não se pronunciou.

Publicação de Tallis Gomes, presidente do G4 Educação, na qual ele disse: "Deus me livre de mulher CEO". Publicação de retratação foi feita no dia seguinte. Foto: Instagram

Na publicação de retratação, Gomes afirma que estava se referindo a quem gostaria de ter ao lado como mulher.

“Em momento algum no meu texto eu quis questionar a capacidade de uma mulher ser CEO, disse única e exclusivamente, com as palavras erradas e com o tom errado, quem eu gostaria do meu lado como minha mulher”, disse. Ele continua, na publicação após a repercussão: “Minhas palavras não representam o que o G4 é como empresa. Temos o orgulho de merecer a confiança de muitas mulheres executivas de sucesso. Minhas mais sinceras desculpas por causar esse desconforto a todas vocês. O lugar das mulheres é onde elas quiserem estar.”

Na publicação original, Gomes havia escrito que “salvo raras exceções, essa mulher (CEO) vai passar por um processo de masculinização que vai colocar meu lar em quarto plano, eu em terceiro plano e os meus filhos em segundo plano”. Ele também diz que posições como a dele exigem que o CEO seja “muito cascudo para suportar” e que “o mundo começou a desabar exatamente quando o movimento feminista começou a obrigar a mulher a fazer papel de homem” e que a mulher deve usar “a energia feminina nos lugares certos, lar e família”.

Publicação de Tallis Gomes, presidente do G4 Educação, na qual ele disse: "Deus me livre de mulher CEO". Publicação de retratação foi feita no dia seguinte. Foto: Instagram

No seu perfil no LinkedIn, Gomes diz também ser membro do conselho de administração da Espaçolaser. Segundo a empresa, porém, ele não é mais integrante do conselho desde 2023. Apesar de fazer publicações na rede social diariamente, Gomes não atualizou este fato em seu perfil. A Espaçolaser é dirigida por uma CEO, Magali Leite.

Por meio de nota, o G4 Educação afirmou:

“O Tallis Gomes, nosso CEO, errou num texto ontem no Instagram sobre as mulheres executivas. Ele entendeu o erro e pediu desculpas hoje. O G4 Educação não concorda com aquela primeira fala. Ela não representa a empresa nem sua trajetória. O G4 conta com a força e a competência de 135 mulheres, em todos os níveis da empresa. Nos nossos cursos, apoiamos a formação de centenas de mulheres de sucesso. Testemunhamos de perto a força e o talento de cada uma.Entendemos que o Tallis errou e estamos aqui para reforçar que tanto ele quanto o G4 não tem compromisso com o erro. Queremos nos desculpar pela fala do Tallis, ainda que tenha sido algo pessoal e não representar o G4. Mas entendemos que é nosso papel como empresa apontar que discordamos. E nossa prática é de respeito.”

Em publicação na sua conta no Instagram nesta quarta-feira, 18, o presidente e cofundador da escola de negócios G4 Educação, Tallis Gomes, disse que mulheres que são CEO de empresas não fazem “melhor uso da energia feminina”. “Deus me livre de mulher CEO”, escreveu Gomes, que foi fundador da Easy Taxi - vendida para a Cabify em 2017 - e da Singu.

Nesta quinta-feira, 24 horas depois da primeira postagem, quando o tema havia repercutido em grupos de WhatsApp que incluem advogadas e mulheres do setor empresarial, Gomes fez nova publicação, na qual pede desculpas pelo “erro” e disse ter sido “infeliz ao dizer qual tipo de mulher eu gostaria para a minha vida”. Antes da retratação, ele também recebeu comentários, nas redes sociais, de mulheres ex-alunas do G4 que diziam ter se arrependido de ter pago pelos cursos da empresa.

Por meio de nota, o G4 Educação afirmou que Gomes errou e que o posicionamento do presidente “não representa a empresa nem sua trajetória” (veja abaixo a íntegra da manifestação).

Tallis Gomes na sede do G4 Educação Foto: Taba Benedicto/Estadão

Gomes foi procurado pela reportagem, mas não respondeu até a publicação desse texto.

Em seu perfil no LinkedIn, Gomes diz ser integrante do conselho de administração do Grupo Hope, que tem marcas voltadas para o público feminino. O site da Hope tem notícia na qual informa que “Para manter e preservar a cultura da sustentabilidade e ao mesmo tempo se reinventar, o Grupo Hope implantou no ano de 2018 seu primeiro conselho consultivo, que tem, entre os conselheiros externos, Tallis Gomes”.

A reportagem procurou a Hope para saber se Gomes é conselheiro de administração do Grupo, como informa, ou parte de um conselho consultivo, e também para saber a posição da empresa frente a essa situação. O grupo ainda não se pronunciou.

Publicação de Tallis Gomes, presidente do G4 Educação, na qual ele disse: "Deus me livre de mulher CEO". Publicação de retratação foi feita no dia seguinte. Foto: Instagram

Na publicação de retratação, Gomes afirma que estava se referindo a quem gostaria de ter ao lado como mulher.

“Em momento algum no meu texto eu quis questionar a capacidade de uma mulher ser CEO, disse única e exclusivamente, com as palavras erradas e com o tom errado, quem eu gostaria do meu lado como minha mulher”, disse. Ele continua, na publicação após a repercussão: “Minhas palavras não representam o que o G4 é como empresa. Temos o orgulho de merecer a confiança de muitas mulheres executivas de sucesso. Minhas mais sinceras desculpas por causar esse desconforto a todas vocês. O lugar das mulheres é onde elas quiserem estar.”

Na publicação original, Gomes havia escrito que “salvo raras exceções, essa mulher (CEO) vai passar por um processo de masculinização que vai colocar meu lar em quarto plano, eu em terceiro plano e os meus filhos em segundo plano”. Ele também diz que posições como a dele exigem que o CEO seja “muito cascudo para suportar” e que “o mundo começou a desabar exatamente quando o movimento feminista começou a obrigar a mulher a fazer papel de homem” e que a mulher deve usar “a energia feminina nos lugares certos, lar e família”.

Publicação de Tallis Gomes, presidente do G4 Educação, na qual ele disse: "Deus me livre de mulher CEO". Publicação de retratação foi feita no dia seguinte. Foto: Instagram

No seu perfil no LinkedIn, Gomes diz também ser membro do conselho de administração da Espaçolaser. Segundo a empresa, porém, ele não é mais integrante do conselho desde 2023. Apesar de fazer publicações na rede social diariamente, Gomes não atualizou este fato em seu perfil. A Espaçolaser é dirigida por uma CEO, Magali Leite.

Por meio de nota, o G4 Educação afirmou:

“O Tallis Gomes, nosso CEO, errou num texto ontem no Instagram sobre as mulheres executivas. Ele entendeu o erro e pediu desculpas hoje. O G4 Educação não concorda com aquela primeira fala. Ela não representa a empresa nem sua trajetória. O G4 conta com a força e a competência de 135 mulheres, em todos os níveis da empresa. Nos nossos cursos, apoiamos a formação de centenas de mulheres de sucesso. Testemunhamos de perto a força e o talento de cada uma.Entendemos que o Tallis errou e estamos aqui para reforçar que tanto ele quanto o G4 não tem compromisso com o erro. Queremos nos desculpar pela fala do Tallis, ainda que tenha sido algo pessoal e não representar o G4. Mas entendemos que é nosso papel como empresa apontar que discordamos. E nossa prática é de respeito.”

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