Taxação de compras no exterior: Lula diz que tendência é vetar, mas que está aberto a negociar


A taxação das compras internacionais de até US$ 50, que impacta sites asiáticos como Shein e Shopee, é defendida pelo presidente da Câmara, Arthur Lira

Por Sofia Aguiar

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira, 23, que a tendência do governo federal é vetar a taxação para compras internacionais de até US$ 50, mas que está aberto a negociar sobre o tema. A medida foi incluída no projeto de lei que regulamenta o Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), que prevê incentivos para o setor automotivo. De acordo com Lula, um encontro com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para tratar do tema não foi marcado, mas ele está à disposição.

“A tendência é vetar, mas a tendência também pode ser negociar”, disse Lula a jornalistas nesta manhã. “Precisamos tentar ver um jeito de não tentar ajudar uns prejudicando outros e fazer uma coisa uniforme. Estamos dispostos a negociar e encontrar uma saída.”

A taxação das compras internacionais de até US$ 50, que impacta sites asiáticos como Shein e Shopee, é defendida pelo presidente da Câmara. A expectativa é que o PT e o PL tentem derrubar a medida por meio de destaques após a votação do texto principal do Mover.

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A declaração do petista ocorreu enquanto Lula esperava o presidente do Benin, Patrice Talon, chegar ao Palácio do Planalto, para um encontro bilateral.

Lula (D) e o presidente de Benin, Patrice Talon, em reunião no Palácio do Planalto  Foto: Eraldo Peres/AP

De acordo com o chefe do Executivo brasileiro, não está previsto um encontro com Lira nesta quinta-feira. “Mas se ele quiser conversar, depois (da agenda) do presidente do Benin, estou à disposição”, disse.

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Apesar de falar que está aberto à negociação, o petista disse que não sabe se aceitaria outra taxa. “Quem é que compra essas coisas? São mulheres, a maioria, jovens, e tem muita bugiganga. Nem sei se essas bugigangas competem com coisas brasileiras, nem sei”, comentou. “Como você vai proibir pessoas pobres, meninas e moças que querem comprar uma bugiganga, um negócio de cabelo?”

Lula disse ter debatido o assunto com o vice-presidente Geraldo Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). “Quando discuti, eu falei com Alckmin: minha mulher compra, sua mulher compra, sua filha compra, todo mundo compra, a filha do Lira compra. Então precisamos tentar ver um jeito de não tentar ajudar uns prejudicando outros e fazer uma coisa uniforme.”

Como mostrou o Estadão/Broadcast, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), disparou uma mensagem na tarde desta quarta-feira, 22, para avisar aos deputados da base que Lula fechou posição contra o fim da isenção para compras internacionais de até US$ 50. A medida estava prevista para ser votada ontem, o que não ocorreu.

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“Prezados, informo que a prioridade do governo no plenário de hoje (quarta) é a votação e a aprovação do PL do Mover (PL 914/2024). Informo, também, que o presidente Lula me orientou a votar contrariamente à taxação das compras internacionais de até 50 dólares pelo e-commerce”, diz a mensagem enviada por Guimarães a grupos de WhatsApp, obtida pela reportagem.

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira, 23, que a tendência do governo federal é vetar a taxação para compras internacionais de até US$ 50, mas que está aberto a negociar sobre o tema. A medida foi incluída no projeto de lei que regulamenta o Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), que prevê incentivos para o setor automotivo. De acordo com Lula, um encontro com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para tratar do tema não foi marcado, mas ele está à disposição.

“A tendência é vetar, mas a tendência também pode ser negociar”, disse Lula a jornalistas nesta manhã. “Precisamos tentar ver um jeito de não tentar ajudar uns prejudicando outros e fazer uma coisa uniforme. Estamos dispostos a negociar e encontrar uma saída.”

A taxação das compras internacionais de até US$ 50, que impacta sites asiáticos como Shein e Shopee, é defendida pelo presidente da Câmara. A expectativa é que o PT e o PL tentem derrubar a medida por meio de destaques após a votação do texto principal do Mover.

A declaração do petista ocorreu enquanto Lula esperava o presidente do Benin, Patrice Talon, chegar ao Palácio do Planalto, para um encontro bilateral.

Lula (D) e o presidente de Benin, Patrice Talon, em reunião no Palácio do Planalto  Foto: Eraldo Peres/AP

De acordo com o chefe do Executivo brasileiro, não está previsto um encontro com Lira nesta quinta-feira. “Mas se ele quiser conversar, depois (da agenda) do presidente do Benin, estou à disposição”, disse.

Apesar de falar que está aberto à negociação, o petista disse que não sabe se aceitaria outra taxa. “Quem é que compra essas coisas? São mulheres, a maioria, jovens, e tem muita bugiganga. Nem sei se essas bugigangas competem com coisas brasileiras, nem sei”, comentou. “Como você vai proibir pessoas pobres, meninas e moças que querem comprar uma bugiganga, um negócio de cabelo?”

Lula disse ter debatido o assunto com o vice-presidente Geraldo Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). “Quando discuti, eu falei com Alckmin: minha mulher compra, sua mulher compra, sua filha compra, todo mundo compra, a filha do Lira compra. Então precisamos tentar ver um jeito de não tentar ajudar uns prejudicando outros e fazer uma coisa uniforme.”

Como mostrou o Estadão/Broadcast, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), disparou uma mensagem na tarde desta quarta-feira, 22, para avisar aos deputados da base que Lula fechou posição contra o fim da isenção para compras internacionais de até US$ 50. A medida estava prevista para ser votada ontem, o que não ocorreu.

“Prezados, informo que a prioridade do governo no plenário de hoje (quarta) é a votação e a aprovação do PL do Mover (PL 914/2024). Informo, também, que o presidente Lula me orientou a votar contrariamente à taxação das compras internacionais de até 50 dólares pelo e-commerce”, diz a mensagem enviada por Guimarães a grupos de WhatsApp, obtida pela reportagem.

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira, 23, que a tendência do governo federal é vetar a taxação para compras internacionais de até US$ 50, mas que está aberto a negociar sobre o tema. A medida foi incluída no projeto de lei que regulamenta o Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), que prevê incentivos para o setor automotivo. De acordo com Lula, um encontro com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para tratar do tema não foi marcado, mas ele está à disposição.

“A tendência é vetar, mas a tendência também pode ser negociar”, disse Lula a jornalistas nesta manhã. “Precisamos tentar ver um jeito de não tentar ajudar uns prejudicando outros e fazer uma coisa uniforme. Estamos dispostos a negociar e encontrar uma saída.”

A taxação das compras internacionais de até US$ 50, que impacta sites asiáticos como Shein e Shopee, é defendida pelo presidente da Câmara. A expectativa é que o PT e o PL tentem derrubar a medida por meio de destaques após a votação do texto principal do Mover.

A declaração do petista ocorreu enquanto Lula esperava o presidente do Benin, Patrice Talon, chegar ao Palácio do Planalto, para um encontro bilateral.

Lula (D) e o presidente de Benin, Patrice Talon, em reunião no Palácio do Planalto  Foto: Eraldo Peres/AP

De acordo com o chefe do Executivo brasileiro, não está previsto um encontro com Lira nesta quinta-feira. “Mas se ele quiser conversar, depois (da agenda) do presidente do Benin, estou à disposição”, disse.

Apesar de falar que está aberto à negociação, o petista disse que não sabe se aceitaria outra taxa. “Quem é que compra essas coisas? São mulheres, a maioria, jovens, e tem muita bugiganga. Nem sei se essas bugigangas competem com coisas brasileiras, nem sei”, comentou. “Como você vai proibir pessoas pobres, meninas e moças que querem comprar uma bugiganga, um negócio de cabelo?”

Lula disse ter debatido o assunto com o vice-presidente Geraldo Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). “Quando discuti, eu falei com Alckmin: minha mulher compra, sua mulher compra, sua filha compra, todo mundo compra, a filha do Lira compra. Então precisamos tentar ver um jeito de não tentar ajudar uns prejudicando outros e fazer uma coisa uniforme.”

Como mostrou o Estadão/Broadcast, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), disparou uma mensagem na tarde desta quarta-feira, 22, para avisar aos deputados da base que Lula fechou posição contra o fim da isenção para compras internacionais de até US$ 50. A medida estava prevista para ser votada ontem, o que não ocorreu.

“Prezados, informo que a prioridade do governo no plenário de hoje (quarta) é a votação e a aprovação do PL do Mover (PL 914/2024). Informo, também, que o presidente Lula me orientou a votar contrariamente à taxação das compras internacionais de até 50 dólares pelo e-commerce”, diz a mensagem enviada por Guimarães a grupos de WhatsApp, obtida pela reportagem.

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