Tempo de preparo de equipes e execução de serviços da Enel SP em 2024 são os piores da história


Restabelecimento da energia elétrica pela empresa tem se tornado mais demorado também que o de outras distribuidoras

Por Ludmylla Rocha

Os indicadores de tempo para preparação de equipes e execução de serviços até o restabelecimento de energia elétrica da Enel São Paulo chegaram aos piores patamares da série histórica nos dois primeiros meses de 2024, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Considerando as informações de janeiro e fevereiro deste ano, as equipes responsáveis pela prestação do serviço na capital paulista e em mais 23 cidades da região metropolitana de São Paulo, levaram mais de 13 horas (783,28 minutos, mais precisamente) para se prepararem para atendimento emergencial.

O indicador - chamado formalmente de Tempo Médio de Preparação (TMP), que avalia fatores como a eficiência da comunicação, o dimensionamento das equipes e dos fluxos de informação dos centros de operação - supera em mais de uma hora o período médio calculado para 2023, de pouco mais de 11 horas ou 668,75 minutos, que já era o pior desde 2009, quando começaram os registros.

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Já o tempo médio para o restabelecimento do serviço em caso de emergência, o Tempo Médio de Execução (TME), ultrapassou pela primeira vez a marca de duas horas ao saltar para 125,8 minutos. Antes, a pior marca havia sido registrada em 2016, quando a média ficou em 112,41 minutos. À época, a concessão era da AES Eletropaulo, já que o grupo italiano Enel assumiu o serviço em 2018.

Enel tem sido questionada por consumidores e pelo poder público Foto: TIAGO QUEIROZ / ESTADÃO

A piora se dá em meio à pressão sobre a concessionária por parte do poder público, especialmente, desde novembro do ano passado, quando milhões de consumidores ficaram sem energia após um temporal com rajadas de ventos de mais de 100 quilômetros por hora. Parte dos clientes chegou a ficar sem luz por mais de uma semana na ocasião.

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Novos episódios em janeiro e em março, especificamente na capital, reaqueceram a discussão sobre a qualidade dos serviços prestados tanto que a nível local quanto federal, especialmente, em meio ao debate quanto à renovação de um conjunto relevante de distribuidoras, cujos contratos se encerram a partir de 2025, e que representam cerca de 60% do mercado nacional.

Neste contexto, o Ministério de Minas e Energia (MME) enviou ofício à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), nesta manhã, solicitando a abertura de um processo para avaliar a atuação da companhia. Entre os pontos destacados no documento, ao qual o Estadão/Broadcast teve acesso, estão justamente os indicadores de tempo de restabelecimento e para preparação de equipes.

Sobre o primeiro, a Pasta afirma que está “pior que média das demais distribuidoras e com piora nos últimos anos, mesmo tratando de área de concessão urbana e com elevada densidade de carga”. Já em relação ao tempo de preparação, diz que está “95% superior à média das demais concessionárias de distribuição do estado de São Paulo entre os anos de 2022 e 2023″.

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O outro indicador citado pelo MME é a quantidade de interrupções do serviço que, ainda de acordo com a Pasta, tiveram “aumento considerável” junto ao número de unidades consumidoras afetadas por desligamentos com duração superior a 24 horas.

Procurada sobre os indicadores recordes, a Aneel afirmou que são “intermediários” e utilizados para avaliar a forma de gestão da distribuidora com relação às equipes de atendimento emergencial. “Nesses indicadores são registradas todas as demandas de consumidores que gerem deslocamentos de equipes de emergência, inclusive as improcedentes”, ponderou a autarquia federal.

A agência reguladora informou ainda não estabelece limites para esses indicadores, mas sim para os indicadores “finalísticos”, como os de duração e frequência das interrupções do fornecimento, que são chamados formalmente de DEC e FEC, entre outros.

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Já Enel São Paulo não respondeu sobre a piora dos indicadores citados em específico até a publicação desta reportagem. Sobre o ofício do MME, a distribuidora afirmou que “cumpre integralmente com todas as obrigações contratuais e regulatórias” relacionadas à concessão em São Paulo e disse reiterar seu compromisso “com a população em todas as áreas em que atua” e que “seguirá investindo para entregar uma energia de qualidade para todos”.

Disse ainda que “os indicadores operacionais DEC (que mede o tempo médio durante o qual cada unidade consumidora fica sem energia elétrica) e FEC (que contabiliza o número de interrupções ocorridas) registraram melhora de quase 50% desde 2017, e estão melhores que as metas estabelecidas pela Aneel”.

Os indicadores de tempo para preparação de equipes e execução de serviços até o restabelecimento de energia elétrica da Enel São Paulo chegaram aos piores patamares da série histórica nos dois primeiros meses de 2024, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Considerando as informações de janeiro e fevereiro deste ano, as equipes responsáveis pela prestação do serviço na capital paulista e em mais 23 cidades da região metropolitana de São Paulo, levaram mais de 13 horas (783,28 minutos, mais precisamente) para se prepararem para atendimento emergencial.

O indicador - chamado formalmente de Tempo Médio de Preparação (TMP), que avalia fatores como a eficiência da comunicação, o dimensionamento das equipes e dos fluxos de informação dos centros de operação - supera em mais de uma hora o período médio calculado para 2023, de pouco mais de 11 horas ou 668,75 minutos, que já era o pior desde 2009, quando começaram os registros.

Já o tempo médio para o restabelecimento do serviço em caso de emergência, o Tempo Médio de Execução (TME), ultrapassou pela primeira vez a marca de duas horas ao saltar para 125,8 minutos. Antes, a pior marca havia sido registrada em 2016, quando a média ficou em 112,41 minutos. À época, a concessão era da AES Eletropaulo, já que o grupo italiano Enel assumiu o serviço em 2018.

Enel tem sido questionada por consumidores e pelo poder público Foto: TIAGO QUEIROZ / ESTADÃO

A piora se dá em meio à pressão sobre a concessionária por parte do poder público, especialmente, desde novembro do ano passado, quando milhões de consumidores ficaram sem energia após um temporal com rajadas de ventos de mais de 100 quilômetros por hora. Parte dos clientes chegou a ficar sem luz por mais de uma semana na ocasião.

Novos episódios em janeiro e em março, especificamente na capital, reaqueceram a discussão sobre a qualidade dos serviços prestados tanto que a nível local quanto federal, especialmente, em meio ao debate quanto à renovação de um conjunto relevante de distribuidoras, cujos contratos se encerram a partir de 2025, e que representam cerca de 60% do mercado nacional.

Neste contexto, o Ministério de Minas e Energia (MME) enviou ofício à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), nesta manhã, solicitando a abertura de um processo para avaliar a atuação da companhia. Entre os pontos destacados no documento, ao qual o Estadão/Broadcast teve acesso, estão justamente os indicadores de tempo de restabelecimento e para preparação de equipes.

Sobre o primeiro, a Pasta afirma que está “pior que média das demais distribuidoras e com piora nos últimos anos, mesmo tratando de área de concessão urbana e com elevada densidade de carga”. Já em relação ao tempo de preparação, diz que está “95% superior à média das demais concessionárias de distribuição do estado de São Paulo entre os anos de 2022 e 2023″.

O outro indicador citado pelo MME é a quantidade de interrupções do serviço que, ainda de acordo com a Pasta, tiveram “aumento considerável” junto ao número de unidades consumidoras afetadas por desligamentos com duração superior a 24 horas.

Procurada sobre os indicadores recordes, a Aneel afirmou que são “intermediários” e utilizados para avaliar a forma de gestão da distribuidora com relação às equipes de atendimento emergencial. “Nesses indicadores são registradas todas as demandas de consumidores que gerem deslocamentos de equipes de emergência, inclusive as improcedentes”, ponderou a autarquia federal.

A agência reguladora informou ainda não estabelece limites para esses indicadores, mas sim para os indicadores “finalísticos”, como os de duração e frequência das interrupções do fornecimento, que são chamados formalmente de DEC e FEC, entre outros.

Já Enel São Paulo não respondeu sobre a piora dos indicadores citados em específico até a publicação desta reportagem. Sobre o ofício do MME, a distribuidora afirmou que “cumpre integralmente com todas as obrigações contratuais e regulatórias” relacionadas à concessão em São Paulo e disse reiterar seu compromisso “com a população em todas as áreas em que atua” e que “seguirá investindo para entregar uma energia de qualidade para todos”.

Disse ainda que “os indicadores operacionais DEC (que mede o tempo médio durante o qual cada unidade consumidora fica sem energia elétrica) e FEC (que contabiliza o número de interrupções ocorridas) registraram melhora de quase 50% desde 2017, e estão melhores que as metas estabelecidas pela Aneel”.

Os indicadores de tempo para preparação de equipes e execução de serviços até o restabelecimento de energia elétrica da Enel São Paulo chegaram aos piores patamares da série histórica nos dois primeiros meses de 2024, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Considerando as informações de janeiro e fevereiro deste ano, as equipes responsáveis pela prestação do serviço na capital paulista e em mais 23 cidades da região metropolitana de São Paulo, levaram mais de 13 horas (783,28 minutos, mais precisamente) para se prepararem para atendimento emergencial.

O indicador - chamado formalmente de Tempo Médio de Preparação (TMP), que avalia fatores como a eficiência da comunicação, o dimensionamento das equipes e dos fluxos de informação dos centros de operação - supera em mais de uma hora o período médio calculado para 2023, de pouco mais de 11 horas ou 668,75 minutos, que já era o pior desde 2009, quando começaram os registros.

Já o tempo médio para o restabelecimento do serviço em caso de emergência, o Tempo Médio de Execução (TME), ultrapassou pela primeira vez a marca de duas horas ao saltar para 125,8 minutos. Antes, a pior marca havia sido registrada em 2016, quando a média ficou em 112,41 minutos. À época, a concessão era da AES Eletropaulo, já que o grupo italiano Enel assumiu o serviço em 2018.

Enel tem sido questionada por consumidores e pelo poder público Foto: TIAGO QUEIROZ / ESTADÃO

A piora se dá em meio à pressão sobre a concessionária por parte do poder público, especialmente, desde novembro do ano passado, quando milhões de consumidores ficaram sem energia após um temporal com rajadas de ventos de mais de 100 quilômetros por hora. Parte dos clientes chegou a ficar sem luz por mais de uma semana na ocasião.

Novos episódios em janeiro e em março, especificamente na capital, reaqueceram a discussão sobre a qualidade dos serviços prestados tanto que a nível local quanto federal, especialmente, em meio ao debate quanto à renovação de um conjunto relevante de distribuidoras, cujos contratos se encerram a partir de 2025, e que representam cerca de 60% do mercado nacional.

Neste contexto, o Ministério de Minas e Energia (MME) enviou ofício à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), nesta manhã, solicitando a abertura de um processo para avaliar a atuação da companhia. Entre os pontos destacados no documento, ao qual o Estadão/Broadcast teve acesso, estão justamente os indicadores de tempo de restabelecimento e para preparação de equipes.

Sobre o primeiro, a Pasta afirma que está “pior que média das demais distribuidoras e com piora nos últimos anos, mesmo tratando de área de concessão urbana e com elevada densidade de carga”. Já em relação ao tempo de preparação, diz que está “95% superior à média das demais concessionárias de distribuição do estado de São Paulo entre os anos de 2022 e 2023″.

O outro indicador citado pelo MME é a quantidade de interrupções do serviço que, ainda de acordo com a Pasta, tiveram “aumento considerável” junto ao número de unidades consumidoras afetadas por desligamentos com duração superior a 24 horas.

Procurada sobre os indicadores recordes, a Aneel afirmou que são “intermediários” e utilizados para avaliar a forma de gestão da distribuidora com relação às equipes de atendimento emergencial. “Nesses indicadores são registradas todas as demandas de consumidores que gerem deslocamentos de equipes de emergência, inclusive as improcedentes”, ponderou a autarquia federal.

A agência reguladora informou ainda não estabelece limites para esses indicadores, mas sim para os indicadores “finalísticos”, como os de duração e frequência das interrupções do fornecimento, que são chamados formalmente de DEC e FEC, entre outros.

Já Enel São Paulo não respondeu sobre a piora dos indicadores citados em específico até a publicação desta reportagem. Sobre o ofício do MME, a distribuidora afirmou que “cumpre integralmente com todas as obrigações contratuais e regulatórias” relacionadas à concessão em São Paulo e disse reiterar seu compromisso “com a população em todas as áreas em que atua” e que “seguirá investindo para entregar uma energia de qualidade para todos”.

Disse ainda que “os indicadores operacionais DEC (que mede o tempo médio durante o qual cada unidade consumidora fica sem energia elétrica) e FEC (que contabiliza o número de interrupções ocorridas) registraram melhora de quase 50% desde 2017, e estão melhores que as metas estabelecidas pela Aneel”.

Os indicadores de tempo para preparação de equipes e execução de serviços até o restabelecimento de energia elétrica da Enel São Paulo chegaram aos piores patamares da série histórica nos dois primeiros meses de 2024, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Considerando as informações de janeiro e fevereiro deste ano, as equipes responsáveis pela prestação do serviço na capital paulista e em mais 23 cidades da região metropolitana de São Paulo, levaram mais de 13 horas (783,28 minutos, mais precisamente) para se prepararem para atendimento emergencial.

O indicador - chamado formalmente de Tempo Médio de Preparação (TMP), que avalia fatores como a eficiência da comunicação, o dimensionamento das equipes e dos fluxos de informação dos centros de operação - supera em mais de uma hora o período médio calculado para 2023, de pouco mais de 11 horas ou 668,75 minutos, que já era o pior desde 2009, quando começaram os registros.

Já o tempo médio para o restabelecimento do serviço em caso de emergência, o Tempo Médio de Execução (TME), ultrapassou pela primeira vez a marca de duas horas ao saltar para 125,8 minutos. Antes, a pior marca havia sido registrada em 2016, quando a média ficou em 112,41 minutos. À época, a concessão era da AES Eletropaulo, já que o grupo italiano Enel assumiu o serviço em 2018.

Enel tem sido questionada por consumidores e pelo poder público Foto: TIAGO QUEIROZ / ESTADÃO

A piora se dá em meio à pressão sobre a concessionária por parte do poder público, especialmente, desde novembro do ano passado, quando milhões de consumidores ficaram sem energia após um temporal com rajadas de ventos de mais de 100 quilômetros por hora. Parte dos clientes chegou a ficar sem luz por mais de uma semana na ocasião.

Novos episódios em janeiro e em março, especificamente na capital, reaqueceram a discussão sobre a qualidade dos serviços prestados tanto que a nível local quanto federal, especialmente, em meio ao debate quanto à renovação de um conjunto relevante de distribuidoras, cujos contratos se encerram a partir de 2025, e que representam cerca de 60% do mercado nacional.

Neste contexto, o Ministério de Minas e Energia (MME) enviou ofício à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), nesta manhã, solicitando a abertura de um processo para avaliar a atuação da companhia. Entre os pontos destacados no documento, ao qual o Estadão/Broadcast teve acesso, estão justamente os indicadores de tempo de restabelecimento e para preparação de equipes.

Sobre o primeiro, a Pasta afirma que está “pior que média das demais distribuidoras e com piora nos últimos anos, mesmo tratando de área de concessão urbana e com elevada densidade de carga”. Já em relação ao tempo de preparação, diz que está “95% superior à média das demais concessionárias de distribuição do estado de São Paulo entre os anos de 2022 e 2023″.

O outro indicador citado pelo MME é a quantidade de interrupções do serviço que, ainda de acordo com a Pasta, tiveram “aumento considerável” junto ao número de unidades consumidoras afetadas por desligamentos com duração superior a 24 horas.

Procurada sobre os indicadores recordes, a Aneel afirmou que são “intermediários” e utilizados para avaliar a forma de gestão da distribuidora com relação às equipes de atendimento emergencial. “Nesses indicadores são registradas todas as demandas de consumidores que gerem deslocamentos de equipes de emergência, inclusive as improcedentes”, ponderou a autarquia federal.

A agência reguladora informou ainda não estabelece limites para esses indicadores, mas sim para os indicadores “finalísticos”, como os de duração e frequência das interrupções do fornecimento, que são chamados formalmente de DEC e FEC, entre outros.

Já Enel São Paulo não respondeu sobre a piora dos indicadores citados em específico até a publicação desta reportagem. Sobre o ofício do MME, a distribuidora afirmou que “cumpre integralmente com todas as obrigações contratuais e regulatórias” relacionadas à concessão em São Paulo e disse reiterar seu compromisso “com a população em todas as áreas em que atua” e que “seguirá investindo para entregar uma energia de qualidade para todos”.

Disse ainda que “os indicadores operacionais DEC (que mede o tempo médio durante o qual cada unidade consumidora fica sem energia elétrica) e FEC (que contabiliza o número de interrupções ocorridas) registraram melhora de quase 50% desde 2017, e estão melhores que as metas estabelecidas pela Aneel”.

Os indicadores de tempo para preparação de equipes e execução de serviços até o restabelecimento de energia elétrica da Enel São Paulo chegaram aos piores patamares da série histórica nos dois primeiros meses de 2024, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Considerando as informações de janeiro e fevereiro deste ano, as equipes responsáveis pela prestação do serviço na capital paulista e em mais 23 cidades da região metropolitana de São Paulo, levaram mais de 13 horas (783,28 minutos, mais precisamente) para se prepararem para atendimento emergencial.

O indicador - chamado formalmente de Tempo Médio de Preparação (TMP), que avalia fatores como a eficiência da comunicação, o dimensionamento das equipes e dos fluxos de informação dos centros de operação - supera em mais de uma hora o período médio calculado para 2023, de pouco mais de 11 horas ou 668,75 minutos, que já era o pior desde 2009, quando começaram os registros.

Já o tempo médio para o restabelecimento do serviço em caso de emergência, o Tempo Médio de Execução (TME), ultrapassou pela primeira vez a marca de duas horas ao saltar para 125,8 minutos. Antes, a pior marca havia sido registrada em 2016, quando a média ficou em 112,41 minutos. À época, a concessão era da AES Eletropaulo, já que o grupo italiano Enel assumiu o serviço em 2018.

Enel tem sido questionada por consumidores e pelo poder público Foto: TIAGO QUEIROZ / ESTADÃO

A piora se dá em meio à pressão sobre a concessionária por parte do poder público, especialmente, desde novembro do ano passado, quando milhões de consumidores ficaram sem energia após um temporal com rajadas de ventos de mais de 100 quilômetros por hora. Parte dos clientes chegou a ficar sem luz por mais de uma semana na ocasião.

Novos episódios em janeiro e em março, especificamente na capital, reaqueceram a discussão sobre a qualidade dos serviços prestados tanto que a nível local quanto federal, especialmente, em meio ao debate quanto à renovação de um conjunto relevante de distribuidoras, cujos contratos se encerram a partir de 2025, e que representam cerca de 60% do mercado nacional.

Neste contexto, o Ministério de Minas e Energia (MME) enviou ofício à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), nesta manhã, solicitando a abertura de um processo para avaliar a atuação da companhia. Entre os pontos destacados no documento, ao qual o Estadão/Broadcast teve acesso, estão justamente os indicadores de tempo de restabelecimento e para preparação de equipes.

Sobre o primeiro, a Pasta afirma que está “pior que média das demais distribuidoras e com piora nos últimos anos, mesmo tratando de área de concessão urbana e com elevada densidade de carga”. Já em relação ao tempo de preparação, diz que está “95% superior à média das demais concessionárias de distribuição do estado de São Paulo entre os anos de 2022 e 2023″.

O outro indicador citado pelo MME é a quantidade de interrupções do serviço que, ainda de acordo com a Pasta, tiveram “aumento considerável” junto ao número de unidades consumidoras afetadas por desligamentos com duração superior a 24 horas.

Procurada sobre os indicadores recordes, a Aneel afirmou que são “intermediários” e utilizados para avaliar a forma de gestão da distribuidora com relação às equipes de atendimento emergencial. “Nesses indicadores são registradas todas as demandas de consumidores que gerem deslocamentos de equipes de emergência, inclusive as improcedentes”, ponderou a autarquia federal.

A agência reguladora informou ainda não estabelece limites para esses indicadores, mas sim para os indicadores “finalísticos”, como os de duração e frequência das interrupções do fornecimento, que são chamados formalmente de DEC e FEC, entre outros.

Já Enel São Paulo não respondeu sobre a piora dos indicadores citados em específico até a publicação desta reportagem. Sobre o ofício do MME, a distribuidora afirmou que “cumpre integralmente com todas as obrigações contratuais e regulatórias” relacionadas à concessão em São Paulo e disse reiterar seu compromisso “com a população em todas as áreas em que atua” e que “seguirá investindo para entregar uma energia de qualidade para todos”.

Disse ainda que “os indicadores operacionais DEC (que mede o tempo médio durante o qual cada unidade consumidora fica sem energia elétrica) e FEC (que contabiliza o número de interrupções ocorridas) registraram melhora de quase 50% desde 2017, e estão melhores que as metas estabelecidas pela Aneel”.

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