Tráfego aéreo nos aeroportos da América Latina está praticamente no nível pré-Covid


Em agosto, Brasil fica 5% abaixo do que era antes; resultado está abaixo de México e Colômbia, mas acima de Chile e Argentina

Por Juliana Estigarríbia

A demanda nos aeroportos da América Latina vem se recuperando acima do restante do mundo e já está praticamente no nível pré-pandemia. Segundo dados do Conselho Internacional de Aeroportos (ACI, na sigla em inglês), em agosto o tráfego aéreo na região ficou apenas 1,7% abaixo de 2019. No Brasil, o desempenho no mês foi 5% inferior na mesma base de comparação.

O diretor-geral do Conselho Internacional de Aeroportos da América Latina e Caribe (ACI-LAC), Rafael Echevarne, destacou que, na região, o transporte aéreo é a principal alternativa de deslocamento para grandes distâncias, o que impulsiona a demanda. Já nos Estados Unidos e na Europa, também há a oferta de trens de passageiros, por exemplo.

“A situação da América Latina é espetacular. Os dados de agosto, comparados a 2019, mostram que o tráfego na região está praticamente no mesmo nível pré-pandemia. Isso contrasta fortemente com outras partes do mundo”, afirmou o dirigente ao Broadcast/Estadão.

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Em relação a agosto de 2019, o México (+11%) apresenta um dos melhores desempenhos na região por não ter fechado as fronteiras, segundo o dirigente. Argentina e Chile, que tiveram queda de 19% cada um no tráfego aéreo, foram os últimos a acabar com as restrições à movimentação. Na Colômbia houve crescimento no período (+5%), assim como na República Dominicana (+17%). Já no Peru, houve recuo de 14%, e no Panamá, de 4%.

Aeroporto de Confins, em Belo Horizonte; transporte aéreo é o principal meio para viagens de longa distância na América Latina Foto: Divulgação

Segundo Echevarne, os aeroportos da Europa vêm enfrentando problemas de falta de funcionários porque quando o tráfego foi interrompido no início da pandemia muitas pessoas saíram em busca de outros trabalhos. “Agora, os aeroportos estão com dificuldades de atrair pessoal, mas estão trabalhando para recuperar esses funcionários”, disse. “Na América Latina, não temos esse problema, provavelmente porque o tráfego está voltando muito rapidamente.”

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Ele observou ainda que o tráfego internacional da região não é tão afetado pela guerra na Ucrânia. Isso porque os grandes fluxos aéreos internacionais ocorrem entre Estados Unidos, Canadá, Europa e Ásia. “A América Latina, de alguma forma, está isolada do conflito entre Rússia e Ucrânia.”

Retomada

Os indicadores do setor aéreo no Brasil mostram que a demanda segue em expansão. Na quinta-feira, 29, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) divulgou dados referentes a agosto, quando o número de passageiros pagos transportados atingiu 7,3 milhões, 92,4% do total registrado no mesmo período de 2019. A demanda (RPK) e a oferta (ASK) no mês passado no mercado doméstico também ficaram praticamente no mesmo nível do pré-pandemia, com ligeira queda de 1,3% e 0,1%, respectivamente.

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Os aeroportos brasileiros movimentaram, em voos internacionais, mais de 1,4 milhão de passageiros em agosto deste ano, informa a agência reguladora. Segundo a Anac, embora o indicador tenha apresentado redução de 30% em relação ao mesmo período de 2019, houve crescimento de 267% na comparação anual.

Executivos de companhias aéreas no Brasil seguem otimistas com a retomada. Em evento na quarta-feira, o CEO da Gol, Celso Ferrer, disse que a companhia está “exatamente em linha” com o plano traçado para o ano, que prevê chegar ao fim de 2022 com patamar de oferta (ASK) de 2019. Já o CEO da Azul, John Rodgerson, disse que a demanda está forte e, mesmo com o cenário de preços dos combustíveis nas alturas, “ainda há demanda no mercado”.

A demanda nos aeroportos da América Latina vem se recuperando acima do restante do mundo e já está praticamente no nível pré-pandemia. Segundo dados do Conselho Internacional de Aeroportos (ACI, na sigla em inglês), em agosto o tráfego aéreo na região ficou apenas 1,7% abaixo de 2019. No Brasil, o desempenho no mês foi 5% inferior na mesma base de comparação.

O diretor-geral do Conselho Internacional de Aeroportos da América Latina e Caribe (ACI-LAC), Rafael Echevarne, destacou que, na região, o transporte aéreo é a principal alternativa de deslocamento para grandes distâncias, o que impulsiona a demanda. Já nos Estados Unidos e na Europa, também há a oferta de trens de passageiros, por exemplo.

“A situação da América Latina é espetacular. Os dados de agosto, comparados a 2019, mostram que o tráfego na região está praticamente no mesmo nível pré-pandemia. Isso contrasta fortemente com outras partes do mundo”, afirmou o dirigente ao Broadcast/Estadão.

Em relação a agosto de 2019, o México (+11%) apresenta um dos melhores desempenhos na região por não ter fechado as fronteiras, segundo o dirigente. Argentina e Chile, que tiveram queda de 19% cada um no tráfego aéreo, foram os últimos a acabar com as restrições à movimentação. Na Colômbia houve crescimento no período (+5%), assim como na República Dominicana (+17%). Já no Peru, houve recuo de 14%, e no Panamá, de 4%.

Aeroporto de Confins, em Belo Horizonte; transporte aéreo é o principal meio para viagens de longa distância na América Latina Foto: Divulgação

Segundo Echevarne, os aeroportos da Europa vêm enfrentando problemas de falta de funcionários porque quando o tráfego foi interrompido no início da pandemia muitas pessoas saíram em busca de outros trabalhos. “Agora, os aeroportos estão com dificuldades de atrair pessoal, mas estão trabalhando para recuperar esses funcionários”, disse. “Na América Latina, não temos esse problema, provavelmente porque o tráfego está voltando muito rapidamente.”

Ele observou ainda que o tráfego internacional da região não é tão afetado pela guerra na Ucrânia. Isso porque os grandes fluxos aéreos internacionais ocorrem entre Estados Unidos, Canadá, Europa e Ásia. “A América Latina, de alguma forma, está isolada do conflito entre Rússia e Ucrânia.”

Retomada

Os indicadores do setor aéreo no Brasil mostram que a demanda segue em expansão. Na quinta-feira, 29, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) divulgou dados referentes a agosto, quando o número de passageiros pagos transportados atingiu 7,3 milhões, 92,4% do total registrado no mesmo período de 2019. A demanda (RPK) e a oferta (ASK) no mês passado no mercado doméstico também ficaram praticamente no mesmo nível do pré-pandemia, com ligeira queda de 1,3% e 0,1%, respectivamente.

Os aeroportos brasileiros movimentaram, em voos internacionais, mais de 1,4 milhão de passageiros em agosto deste ano, informa a agência reguladora. Segundo a Anac, embora o indicador tenha apresentado redução de 30% em relação ao mesmo período de 2019, houve crescimento de 267% na comparação anual.

Executivos de companhias aéreas no Brasil seguem otimistas com a retomada. Em evento na quarta-feira, o CEO da Gol, Celso Ferrer, disse que a companhia está “exatamente em linha” com o plano traçado para o ano, que prevê chegar ao fim de 2022 com patamar de oferta (ASK) de 2019. Já o CEO da Azul, John Rodgerson, disse que a demanda está forte e, mesmo com o cenário de preços dos combustíveis nas alturas, “ainda há demanda no mercado”.

A demanda nos aeroportos da América Latina vem se recuperando acima do restante do mundo e já está praticamente no nível pré-pandemia. Segundo dados do Conselho Internacional de Aeroportos (ACI, na sigla em inglês), em agosto o tráfego aéreo na região ficou apenas 1,7% abaixo de 2019. No Brasil, o desempenho no mês foi 5% inferior na mesma base de comparação.

O diretor-geral do Conselho Internacional de Aeroportos da América Latina e Caribe (ACI-LAC), Rafael Echevarne, destacou que, na região, o transporte aéreo é a principal alternativa de deslocamento para grandes distâncias, o que impulsiona a demanda. Já nos Estados Unidos e na Europa, também há a oferta de trens de passageiros, por exemplo.

“A situação da América Latina é espetacular. Os dados de agosto, comparados a 2019, mostram que o tráfego na região está praticamente no mesmo nível pré-pandemia. Isso contrasta fortemente com outras partes do mundo”, afirmou o dirigente ao Broadcast/Estadão.

Em relação a agosto de 2019, o México (+11%) apresenta um dos melhores desempenhos na região por não ter fechado as fronteiras, segundo o dirigente. Argentina e Chile, que tiveram queda de 19% cada um no tráfego aéreo, foram os últimos a acabar com as restrições à movimentação. Na Colômbia houve crescimento no período (+5%), assim como na República Dominicana (+17%). Já no Peru, houve recuo de 14%, e no Panamá, de 4%.

Aeroporto de Confins, em Belo Horizonte; transporte aéreo é o principal meio para viagens de longa distância na América Latina Foto: Divulgação

Segundo Echevarne, os aeroportos da Europa vêm enfrentando problemas de falta de funcionários porque quando o tráfego foi interrompido no início da pandemia muitas pessoas saíram em busca de outros trabalhos. “Agora, os aeroportos estão com dificuldades de atrair pessoal, mas estão trabalhando para recuperar esses funcionários”, disse. “Na América Latina, não temos esse problema, provavelmente porque o tráfego está voltando muito rapidamente.”

Ele observou ainda que o tráfego internacional da região não é tão afetado pela guerra na Ucrânia. Isso porque os grandes fluxos aéreos internacionais ocorrem entre Estados Unidos, Canadá, Europa e Ásia. “A América Latina, de alguma forma, está isolada do conflito entre Rússia e Ucrânia.”

Retomada

Os indicadores do setor aéreo no Brasil mostram que a demanda segue em expansão. Na quinta-feira, 29, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) divulgou dados referentes a agosto, quando o número de passageiros pagos transportados atingiu 7,3 milhões, 92,4% do total registrado no mesmo período de 2019. A demanda (RPK) e a oferta (ASK) no mês passado no mercado doméstico também ficaram praticamente no mesmo nível do pré-pandemia, com ligeira queda de 1,3% e 0,1%, respectivamente.

Os aeroportos brasileiros movimentaram, em voos internacionais, mais de 1,4 milhão de passageiros em agosto deste ano, informa a agência reguladora. Segundo a Anac, embora o indicador tenha apresentado redução de 30% em relação ao mesmo período de 2019, houve crescimento de 267% na comparação anual.

Executivos de companhias aéreas no Brasil seguem otimistas com a retomada. Em evento na quarta-feira, o CEO da Gol, Celso Ferrer, disse que a companhia está “exatamente em linha” com o plano traçado para o ano, que prevê chegar ao fim de 2022 com patamar de oferta (ASK) de 2019. Já o CEO da Azul, John Rodgerson, disse que a demanda está forte e, mesmo com o cenário de preços dos combustíveis nas alturas, “ainda há demanda no mercado”.

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