Transição energética em cadeia


Empresas brasileiras como a Vale e a Raízen criam soluções e implementam processos para reduzir emissão de carbono

Por Vale e Estadão Blue Studio
Atualização:

As grandes empresas brasileiras estão focadas em duas premissas fundamentais: implementar processos de baixo carbono em toda a cadeia de produção e garantir que o País mantenha seu protagonismo na transição energética global. Esses objetivos não são apenas futuros, mas já presentes no dia a dia das companhias, visto que várias metas de redução de emissões já foram atingidas.

Ludmila Nascimento, diretora de Energia e Descarbonização da Vale, e Paula Kovarsky, vice-presidente de Estratégia e Sustentabilidade da Raízen, deram alguns exemplos no Meet Point promovido pelo Estadão Blue Studio de como é possível a indústria acelerar o processo de transição energética e contribuir para as metas de zerar emissões de carbono.

Eduardo Geraque, Paula Kovarsky e Ludmila Nascimento durante Meet Point no Estadão Foto: Alex Silva/ Estadão Blue Studio
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A diretora da Vale conta que a empresa já atingiu, com dois anos de antecedência, uma de suas metas: ter 100% do consumo de energia elétrica no Brasil a partir de fontes renováveis até 2025. O atingimento foi possível graças à construção do complexo solar Sol do Cerrado, em Jaíba (MG), com capacidade de 766 Mw-pico, o suficiente para abastecer uma cidade de 800 mil habitantes.

Além disso, a companhia conseguiu desenvolver um produto inovador na mineração, setor no qual reduzir gases de efeito estufa é complexo e caro. Gestado por 20 anos no centro de tecnologia da empresa, os denominados briquetes entram como intermediários entre o minério de ferro e o aço, cortando etapas da produção e reduzindo as emissões. “A redução, dentro de certas situações, pode chegar aos 80% no cliente”, informa Ludmila Nascimento, diretora de Energia e Descarbonização da Vale.

Para se ter uma ideia, o processo padrão de produção de aço emite duas toneladas de CO₂ para cada tonelada de aço, enquanto o uso dos briquetes pode reduzir essa relação para uma tonelada de CO₂ por tonelada de aço. A executiva da Vale acredita que o processo ainda pode ser aperfeiçoado. “No futuro, ao conseguirmos trocar o gás natural pelo hidrogênio [eletrificação] as emissões serão zero”, projeta.

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A produção da Vale tem potencial para turbinar a industrialização nacional, uma vez que um dos planos da companhia é construir ao lado de parceiros ecossistemas integrados à rota de baixo carbono. “Queremos trazer esse conceito de mega hubs para a produção, onde os clientes estarão ao nosso lado para fazer a siderurgia. São áreas com logística favorável, onde o gás natural e o minério estarão próximos”, conta Ludmila.

Para a diretora, o Brasil está bem posicionado no caminho da transição energética. “Se a gente tiver essa combinação entre investimentos do setor privado com políticas públicas adequadas e fomentar novas tecnologias, vamos construir alguns cases e demonstrar que é possível acelerar esse processo de NetZero.”

Geração de biometano

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A Raízen, formada a partir da Cosan e da Shell, incorpora a sustentabilidade desde sua criação. A empresa visa aumentar em 80% a produção de renováveis até 2030 e reduzir em 20% as emissões na produção de etanol. “Se pensarmos hoje nas empresas de petróleo, o que elas querem ser daqui a 20 ou 30 anos nós já somos. Elas estão no lugar do problema e, nós, do lado da solução. Então o que fizemos? Como a nossa grande contribuição aqui é a produção de etanol, ou a de cana e tudo aquilo que podemos fazer a partir disso, é que traçamos esses objetivos”, diz Paula Kovarsky, vice-presidente de Estratégia e Sustentabilidade da Raízen.

A companhia investe na produção de etanol de segunda geração e de biometano, aproveitando subprodutos das usinas de cana e biomassa vegetal. A empresa possui a única planta de etanol celulósico do mundo em escala industrial. “Isso nos coloca à frente para a produção de hidrogênio no futuro”.

Paula também enfatiza a importância de utilizar a capacidade instalada do Brasil para a neo-industrialização, ao invés de importar soluções prontas. “Vai ter carro elétrico no Brasil nos grandes centros, nas frotas cativas das cidades, mas não é uma solução definitiva em si para o Brasil. Temos que criar também as nossas próprias soluções.”

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As grandes empresas brasileiras estão focadas em duas premissas fundamentais: implementar processos de baixo carbono em toda a cadeia de produção e garantir que o País mantenha seu protagonismo na transição energética global. Esses objetivos não são apenas futuros, mas já presentes no dia a dia das companhias, visto que várias metas de redução de emissões já foram atingidas.

Ludmila Nascimento, diretora de Energia e Descarbonização da Vale, e Paula Kovarsky, vice-presidente de Estratégia e Sustentabilidade da Raízen, deram alguns exemplos no Meet Point promovido pelo Estadão Blue Studio de como é possível a indústria acelerar o processo de transição energética e contribuir para as metas de zerar emissões de carbono.

Eduardo Geraque, Paula Kovarsky e Ludmila Nascimento durante Meet Point no Estadão Foto: Alex Silva/ Estadão Blue Studio

A diretora da Vale conta que a empresa já atingiu, com dois anos de antecedência, uma de suas metas: ter 100% do consumo de energia elétrica no Brasil a partir de fontes renováveis até 2025. O atingimento foi possível graças à construção do complexo solar Sol do Cerrado, em Jaíba (MG), com capacidade de 766 Mw-pico, o suficiente para abastecer uma cidade de 800 mil habitantes.

Além disso, a companhia conseguiu desenvolver um produto inovador na mineração, setor no qual reduzir gases de efeito estufa é complexo e caro. Gestado por 20 anos no centro de tecnologia da empresa, os denominados briquetes entram como intermediários entre o minério de ferro e o aço, cortando etapas da produção e reduzindo as emissões. “A redução, dentro de certas situações, pode chegar aos 80% no cliente”, informa Ludmila Nascimento, diretora de Energia e Descarbonização da Vale.

Para se ter uma ideia, o processo padrão de produção de aço emite duas toneladas de CO₂ para cada tonelada de aço, enquanto o uso dos briquetes pode reduzir essa relação para uma tonelada de CO₂ por tonelada de aço. A executiva da Vale acredita que o processo ainda pode ser aperfeiçoado. “No futuro, ao conseguirmos trocar o gás natural pelo hidrogênio [eletrificação] as emissões serão zero”, projeta.

A produção da Vale tem potencial para turbinar a industrialização nacional, uma vez que um dos planos da companhia é construir ao lado de parceiros ecossistemas integrados à rota de baixo carbono. “Queremos trazer esse conceito de mega hubs para a produção, onde os clientes estarão ao nosso lado para fazer a siderurgia. São áreas com logística favorável, onde o gás natural e o minério estarão próximos”, conta Ludmila.

Para a diretora, o Brasil está bem posicionado no caminho da transição energética. “Se a gente tiver essa combinação entre investimentos do setor privado com políticas públicas adequadas e fomentar novas tecnologias, vamos construir alguns cases e demonstrar que é possível acelerar esse processo de NetZero.”

Geração de biometano

A Raízen, formada a partir da Cosan e da Shell, incorpora a sustentabilidade desde sua criação. A empresa visa aumentar em 80% a produção de renováveis até 2030 e reduzir em 20% as emissões na produção de etanol. “Se pensarmos hoje nas empresas de petróleo, o que elas querem ser daqui a 20 ou 30 anos nós já somos. Elas estão no lugar do problema e, nós, do lado da solução. Então o que fizemos? Como a nossa grande contribuição aqui é a produção de etanol, ou a de cana e tudo aquilo que podemos fazer a partir disso, é que traçamos esses objetivos”, diz Paula Kovarsky, vice-presidente de Estratégia e Sustentabilidade da Raízen.

A companhia investe na produção de etanol de segunda geração e de biometano, aproveitando subprodutos das usinas de cana e biomassa vegetal. A empresa possui a única planta de etanol celulósico do mundo em escala industrial. “Isso nos coloca à frente para a produção de hidrogênio no futuro”.

Paula também enfatiza a importância de utilizar a capacidade instalada do Brasil para a neo-industrialização, ao invés de importar soluções prontas. “Vai ter carro elétrico no Brasil nos grandes centros, nas frotas cativas das cidades, mas não é uma solução definitiva em si para o Brasil. Temos que criar também as nossas próprias soluções.”

As grandes empresas brasileiras estão focadas em duas premissas fundamentais: implementar processos de baixo carbono em toda a cadeia de produção e garantir que o País mantenha seu protagonismo na transição energética global. Esses objetivos não são apenas futuros, mas já presentes no dia a dia das companhias, visto que várias metas de redução de emissões já foram atingidas.

Ludmila Nascimento, diretora de Energia e Descarbonização da Vale, e Paula Kovarsky, vice-presidente de Estratégia e Sustentabilidade da Raízen, deram alguns exemplos no Meet Point promovido pelo Estadão Blue Studio de como é possível a indústria acelerar o processo de transição energética e contribuir para as metas de zerar emissões de carbono.

Eduardo Geraque, Paula Kovarsky e Ludmila Nascimento durante Meet Point no Estadão Foto: Alex Silva/ Estadão Blue Studio

A diretora da Vale conta que a empresa já atingiu, com dois anos de antecedência, uma de suas metas: ter 100% do consumo de energia elétrica no Brasil a partir de fontes renováveis até 2025. O atingimento foi possível graças à construção do complexo solar Sol do Cerrado, em Jaíba (MG), com capacidade de 766 Mw-pico, o suficiente para abastecer uma cidade de 800 mil habitantes.

Além disso, a companhia conseguiu desenvolver um produto inovador na mineração, setor no qual reduzir gases de efeito estufa é complexo e caro. Gestado por 20 anos no centro de tecnologia da empresa, os denominados briquetes entram como intermediários entre o minério de ferro e o aço, cortando etapas da produção e reduzindo as emissões. “A redução, dentro de certas situações, pode chegar aos 80% no cliente”, informa Ludmila Nascimento, diretora de Energia e Descarbonização da Vale.

Para se ter uma ideia, o processo padrão de produção de aço emite duas toneladas de CO₂ para cada tonelada de aço, enquanto o uso dos briquetes pode reduzir essa relação para uma tonelada de CO₂ por tonelada de aço. A executiva da Vale acredita que o processo ainda pode ser aperfeiçoado. “No futuro, ao conseguirmos trocar o gás natural pelo hidrogênio [eletrificação] as emissões serão zero”, projeta.

A produção da Vale tem potencial para turbinar a industrialização nacional, uma vez que um dos planos da companhia é construir ao lado de parceiros ecossistemas integrados à rota de baixo carbono. “Queremos trazer esse conceito de mega hubs para a produção, onde os clientes estarão ao nosso lado para fazer a siderurgia. São áreas com logística favorável, onde o gás natural e o minério estarão próximos”, conta Ludmila.

Para a diretora, o Brasil está bem posicionado no caminho da transição energética. “Se a gente tiver essa combinação entre investimentos do setor privado com políticas públicas adequadas e fomentar novas tecnologias, vamos construir alguns cases e demonstrar que é possível acelerar esse processo de NetZero.”

Geração de biometano

A Raízen, formada a partir da Cosan e da Shell, incorpora a sustentabilidade desde sua criação. A empresa visa aumentar em 80% a produção de renováveis até 2030 e reduzir em 20% as emissões na produção de etanol. “Se pensarmos hoje nas empresas de petróleo, o que elas querem ser daqui a 20 ou 30 anos nós já somos. Elas estão no lugar do problema e, nós, do lado da solução. Então o que fizemos? Como a nossa grande contribuição aqui é a produção de etanol, ou a de cana e tudo aquilo que podemos fazer a partir disso, é que traçamos esses objetivos”, diz Paula Kovarsky, vice-presidente de Estratégia e Sustentabilidade da Raízen.

A companhia investe na produção de etanol de segunda geração e de biometano, aproveitando subprodutos das usinas de cana e biomassa vegetal. A empresa possui a única planta de etanol celulósico do mundo em escala industrial. “Isso nos coloca à frente para a produção de hidrogênio no futuro”.

Paula também enfatiza a importância de utilizar a capacidade instalada do Brasil para a neo-industrialização, ao invés de importar soluções prontas. “Vai ter carro elétrico no Brasil nos grandes centros, nas frotas cativas das cidades, mas não é uma solução definitiva em si para o Brasil. Temos que criar também as nossas próprias soluções.”

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