Uma rede e muitas camadas


Nova tecnologia oferece a oportunidade de a empresa usar a mesma conexão para atividades diversas

Por Estadão Blue Studio

A mesma rede 5G pode ser usada para finalidades diferentes. Para uma empresa, isso significa que a nova tecnologia pode auxiliar na parte financeira, na automação de máquinas, na leitura de dados e também na otimização do trabalho dos funcionários.

“De fato vai ser uma rede que vai proporcionar inovação, porque você pode usar a mesma rede para atividades específicas e muito diferentes”, explica Murilo Barbosa, vice-presidente de Negócios da Ericsson no Brasil.

O executivo cita o exemplo do agronegócio, área que representa 30% do PIB brasileiro e na qual se esperam grandes ganhos na produtividade com o 5G. “Você pode usar, por exemplo, uma camada dessa rede para medir temperatura e umidade em um determinado cultivo, mas também já há exemplos sendo testados no Brasil, com clientes da Ericsson, nos quais você consegue colocar em ação uma pulverizadora com a capacidade de analisar uma imagem, durante a passagem, decidindo a aplicação do defensivo agrícola, a quantidade do defensivo e qual praga foi analisada”, aponta Barbosa.

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“Cada uma dessas aplicações necessita de uma camada diferente da rede. Então, existem pontos que são atendidos por conectividade mais simples, seja 3G ou 4G, mas também há pontos muito mais complexos das aplicações em que a camada vai entregar uma latência baixa e altas taxas de transferência de dados.”

Para Luciano Saboia, gerente de Pesquisa e Consultoria de Telecomunicações da IDC Brasil, os impactos trazidos pelo 5G estão fortemente ligados com dados. “Hoje temos uma enorme quantidade deles sendo criada a todo instante. Depois, eles serão contextualizados. Precisam atender aos negócios. Por fim, serão consumidos e chegarão na transformação, que essencialmente é um processo de assimilação das pessoas e das empresas.”

No ano passado, as operadoras investiram mais de US$ 311 bilhões nas suas redes e serviços (5G, expansão de fibras, concessões, etc.). “Diante disso, as empresas têm que pensar no retorno de todo esse investimento. Para isso, tem que agir e incentivar a organização de todo esse ecossistema”, comenta Saboia.

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Mateus Rodrigues, líder do Telecom Engineering Centre of Excellence (TEE) da Deloitte, aponta algumas áreas que, na sua visão, estão apresentando forte demanda pela conectividade de alto desempenho e inovações da nova era digital. “Tenho visitado inúmeras indústrias, e elas estão querendo saber o que fazer, como saber, como implementar tudo isso. Tenho percebido demanda bem forte por carros autônomos, o que acaba vinculando o 5G a novas soluções para cidades inteligentes”, elenca. “Uma outra indústria que também vem tendo uma demanda interessante do 5G é a da saúde.”

Da esquerda para direita: Moisés Queiroz Moreira, conselheiro e presidente substituto da Anatel / Murilo Barbosa, vice-presidente de Negócios da Ericsson no Brasil Foto: Diego Padgurschi/ Estadão Blue Studio

Em ritmo acelerado

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A implementação das redes 5G deve terminar antes do previsto. O edital feito para o leilão das frequências da nova tecnologia prevê, neste primeiro momento, que haja uma antena (uma estação radiobase) para cada 100 mil habitantes nas capitais. De acordo com Moisés Queiroz Moreira, conselheiro e presidente substituto da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), em todas elas já houve a limpeza da faixa de 3,5 GHz (a selecionada no Brasil como faixa para o 5G puro), e as antenas foram instaladas numa quantidade três vezes maior do que a exigida.

Essa limpeza está em andamento no segundo lote de cidades que ganharão o 5G SA, os municípios com mais de 500 mil habitantes, onde deverá estar concluída até 1º de janeiro. “Não existe a obrigação de que essas cidades coloquem agora suas antenas”, explica Moreira. “A data é 2025, mas até por uma questão de competição existe um interesse das operadoras em instalar essa infraestrutura - e se uma a coloca, as outras seguem.”

Por questões logísticas, o Gaispi (Grupo de Acompanhamento da Implantação das Soluções para os Problemas de Interferência na faixa de 3.5 GHz) adotou a estratégia de integrar municípios menores. Isso fará com que cidades de portes diferentes já fiquem prontas para receber o 5G, o que também deve adiantar o cronograma. No momento, cerca de 400 cidades passam pelo processo.

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Segundo Murilo Barbosa, vice-presidente de Negócios da Ericsson no Brasil, essa evolução das redes fará de 2023 um ano fundamental no aumento do uso do 5G. “Já é possível começar a testar muitas aplicações 5G hoje. Está muito claro que quem sair na frente vai ter essa posição de destaque no mercado”, afirma.

A mesma rede 5G pode ser usada para finalidades diferentes. Para uma empresa, isso significa que a nova tecnologia pode auxiliar na parte financeira, na automação de máquinas, na leitura de dados e também na otimização do trabalho dos funcionários.

“De fato vai ser uma rede que vai proporcionar inovação, porque você pode usar a mesma rede para atividades específicas e muito diferentes”, explica Murilo Barbosa, vice-presidente de Negócios da Ericsson no Brasil.

O executivo cita o exemplo do agronegócio, área que representa 30% do PIB brasileiro e na qual se esperam grandes ganhos na produtividade com o 5G. “Você pode usar, por exemplo, uma camada dessa rede para medir temperatura e umidade em um determinado cultivo, mas também já há exemplos sendo testados no Brasil, com clientes da Ericsson, nos quais você consegue colocar em ação uma pulverizadora com a capacidade de analisar uma imagem, durante a passagem, decidindo a aplicação do defensivo agrícola, a quantidade do defensivo e qual praga foi analisada”, aponta Barbosa.

“Cada uma dessas aplicações necessita de uma camada diferente da rede. Então, existem pontos que são atendidos por conectividade mais simples, seja 3G ou 4G, mas também há pontos muito mais complexos das aplicações em que a camada vai entregar uma latência baixa e altas taxas de transferência de dados.”

Para Luciano Saboia, gerente de Pesquisa e Consultoria de Telecomunicações da IDC Brasil, os impactos trazidos pelo 5G estão fortemente ligados com dados. “Hoje temos uma enorme quantidade deles sendo criada a todo instante. Depois, eles serão contextualizados. Precisam atender aos negócios. Por fim, serão consumidos e chegarão na transformação, que essencialmente é um processo de assimilação das pessoas e das empresas.”

No ano passado, as operadoras investiram mais de US$ 311 bilhões nas suas redes e serviços (5G, expansão de fibras, concessões, etc.). “Diante disso, as empresas têm que pensar no retorno de todo esse investimento. Para isso, tem que agir e incentivar a organização de todo esse ecossistema”, comenta Saboia.

Mateus Rodrigues, líder do Telecom Engineering Centre of Excellence (TEE) da Deloitte, aponta algumas áreas que, na sua visão, estão apresentando forte demanda pela conectividade de alto desempenho e inovações da nova era digital. “Tenho visitado inúmeras indústrias, e elas estão querendo saber o que fazer, como saber, como implementar tudo isso. Tenho percebido demanda bem forte por carros autônomos, o que acaba vinculando o 5G a novas soluções para cidades inteligentes”, elenca. “Uma outra indústria que também vem tendo uma demanda interessante do 5G é a da saúde.”

Da esquerda para direita: Moisés Queiroz Moreira, conselheiro e presidente substituto da Anatel / Murilo Barbosa, vice-presidente de Negócios da Ericsson no Brasil Foto: Diego Padgurschi/ Estadão Blue Studio

Em ritmo acelerado

A implementação das redes 5G deve terminar antes do previsto. O edital feito para o leilão das frequências da nova tecnologia prevê, neste primeiro momento, que haja uma antena (uma estação radiobase) para cada 100 mil habitantes nas capitais. De acordo com Moisés Queiroz Moreira, conselheiro e presidente substituto da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), em todas elas já houve a limpeza da faixa de 3,5 GHz (a selecionada no Brasil como faixa para o 5G puro), e as antenas foram instaladas numa quantidade três vezes maior do que a exigida.

Essa limpeza está em andamento no segundo lote de cidades que ganharão o 5G SA, os municípios com mais de 500 mil habitantes, onde deverá estar concluída até 1º de janeiro. “Não existe a obrigação de que essas cidades coloquem agora suas antenas”, explica Moreira. “A data é 2025, mas até por uma questão de competição existe um interesse das operadoras em instalar essa infraestrutura - e se uma a coloca, as outras seguem.”

Por questões logísticas, o Gaispi (Grupo de Acompanhamento da Implantação das Soluções para os Problemas de Interferência na faixa de 3.5 GHz) adotou a estratégia de integrar municípios menores. Isso fará com que cidades de portes diferentes já fiquem prontas para receber o 5G, o que também deve adiantar o cronograma. No momento, cerca de 400 cidades passam pelo processo.

Segundo Murilo Barbosa, vice-presidente de Negócios da Ericsson no Brasil, essa evolução das redes fará de 2023 um ano fundamental no aumento do uso do 5G. “Já é possível começar a testar muitas aplicações 5G hoje. Está muito claro que quem sair na frente vai ter essa posição de destaque no mercado”, afirma.

A mesma rede 5G pode ser usada para finalidades diferentes. Para uma empresa, isso significa que a nova tecnologia pode auxiliar na parte financeira, na automação de máquinas, na leitura de dados e também na otimização do trabalho dos funcionários.

“De fato vai ser uma rede que vai proporcionar inovação, porque você pode usar a mesma rede para atividades específicas e muito diferentes”, explica Murilo Barbosa, vice-presidente de Negócios da Ericsson no Brasil.

O executivo cita o exemplo do agronegócio, área que representa 30% do PIB brasileiro e na qual se esperam grandes ganhos na produtividade com o 5G. “Você pode usar, por exemplo, uma camada dessa rede para medir temperatura e umidade em um determinado cultivo, mas também já há exemplos sendo testados no Brasil, com clientes da Ericsson, nos quais você consegue colocar em ação uma pulverizadora com a capacidade de analisar uma imagem, durante a passagem, decidindo a aplicação do defensivo agrícola, a quantidade do defensivo e qual praga foi analisada”, aponta Barbosa.

“Cada uma dessas aplicações necessita de uma camada diferente da rede. Então, existem pontos que são atendidos por conectividade mais simples, seja 3G ou 4G, mas também há pontos muito mais complexos das aplicações em que a camada vai entregar uma latência baixa e altas taxas de transferência de dados.”

Para Luciano Saboia, gerente de Pesquisa e Consultoria de Telecomunicações da IDC Brasil, os impactos trazidos pelo 5G estão fortemente ligados com dados. “Hoje temos uma enorme quantidade deles sendo criada a todo instante. Depois, eles serão contextualizados. Precisam atender aos negócios. Por fim, serão consumidos e chegarão na transformação, que essencialmente é um processo de assimilação das pessoas e das empresas.”

No ano passado, as operadoras investiram mais de US$ 311 bilhões nas suas redes e serviços (5G, expansão de fibras, concessões, etc.). “Diante disso, as empresas têm que pensar no retorno de todo esse investimento. Para isso, tem que agir e incentivar a organização de todo esse ecossistema”, comenta Saboia.

Mateus Rodrigues, líder do Telecom Engineering Centre of Excellence (TEE) da Deloitte, aponta algumas áreas que, na sua visão, estão apresentando forte demanda pela conectividade de alto desempenho e inovações da nova era digital. “Tenho visitado inúmeras indústrias, e elas estão querendo saber o que fazer, como saber, como implementar tudo isso. Tenho percebido demanda bem forte por carros autônomos, o que acaba vinculando o 5G a novas soluções para cidades inteligentes”, elenca. “Uma outra indústria que também vem tendo uma demanda interessante do 5G é a da saúde.”

Da esquerda para direita: Moisés Queiroz Moreira, conselheiro e presidente substituto da Anatel / Murilo Barbosa, vice-presidente de Negócios da Ericsson no Brasil Foto: Diego Padgurschi/ Estadão Blue Studio

Em ritmo acelerado

A implementação das redes 5G deve terminar antes do previsto. O edital feito para o leilão das frequências da nova tecnologia prevê, neste primeiro momento, que haja uma antena (uma estação radiobase) para cada 100 mil habitantes nas capitais. De acordo com Moisés Queiroz Moreira, conselheiro e presidente substituto da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), em todas elas já houve a limpeza da faixa de 3,5 GHz (a selecionada no Brasil como faixa para o 5G puro), e as antenas foram instaladas numa quantidade três vezes maior do que a exigida.

Essa limpeza está em andamento no segundo lote de cidades que ganharão o 5G SA, os municípios com mais de 500 mil habitantes, onde deverá estar concluída até 1º de janeiro. “Não existe a obrigação de que essas cidades coloquem agora suas antenas”, explica Moreira. “A data é 2025, mas até por uma questão de competição existe um interesse das operadoras em instalar essa infraestrutura - e se uma a coloca, as outras seguem.”

Por questões logísticas, o Gaispi (Grupo de Acompanhamento da Implantação das Soluções para os Problemas de Interferência na faixa de 3.5 GHz) adotou a estratégia de integrar municípios menores. Isso fará com que cidades de portes diferentes já fiquem prontas para receber o 5G, o que também deve adiantar o cronograma. No momento, cerca de 400 cidades passam pelo processo.

Segundo Murilo Barbosa, vice-presidente de Negócios da Ericsson no Brasil, essa evolução das redes fará de 2023 um ano fundamental no aumento do uso do 5G. “Já é possível começar a testar muitas aplicações 5G hoje. Está muito claro que quem sair na frente vai ter essa posição de destaque no mercado”, afirma.

A mesma rede 5G pode ser usada para finalidades diferentes. Para uma empresa, isso significa que a nova tecnologia pode auxiliar na parte financeira, na automação de máquinas, na leitura de dados e também na otimização do trabalho dos funcionários.

“De fato vai ser uma rede que vai proporcionar inovação, porque você pode usar a mesma rede para atividades específicas e muito diferentes”, explica Murilo Barbosa, vice-presidente de Negócios da Ericsson no Brasil.

O executivo cita o exemplo do agronegócio, área que representa 30% do PIB brasileiro e na qual se esperam grandes ganhos na produtividade com o 5G. “Você pode usar, por exemplo, uma camada dessa rede para medir temperatura e umidade em um determinado cultivo, mas também já há exemplos sendo testados no Brasil, com clientes da Ericsson, nos quais você consegue colocar em ação uma pulverizadora com a capacidade de analisar uma imagem, durante a passagem, decidindo a aplicação do defensivo agrícola, a quantidade do defensivo e qual praga foi analisada”, aponta Barbosa.

“Cada uma dessas aplicações necessita de uma camada diferente da rede. Então, existem pontos que são atendidos por conectividade mais simples, seja 3G ou 4G, mas também há pontos muito mais complexos das aplicações em que a camada vai entregar uma latência baixa e altas taxas de transferência de dados.”

Para Luciano Saboia, gerente de Pesquisa e Consultoria de Telecomunicações da IDC Brasil, os impactos trazidos pelo 5G estão fortemente ligados com dados. “Hoje temos uma enorme quantidade deles sendo criada a todo instante. Depois, eles serão contextualizados. Precisam atender aos negócios. Por fim, serão consumidos e chegarão na transformação, que essencialmente é um processo de assimilação das pessoas e das empresas.”

No ano passado, as operadoras investiram mais de US$ 311 bilhões nas suas redes e serviços (5G, expansão de fibras, concessões, etc.). “Diante disso, as empresas têm que pensar no retorno de todo esse investimento. Para isso, tem que agir e incentivar a organização de todo esse ecossistema”, comenta Saboia.

Mateus Rodrigues, líder do Telecom Engineering Centre of Excellence (TEE) da Deloitte, aponta algumas áreas que, na sua visão, estão apresentando forte demanda pela conectividade de alto desempenho e inovações da nova era digital. “Tenho visitado inúmeras indústrias, e elas estão querendo saber o que fazer, como saber, como implementar tudo isso. Tenho percebido demanda bem forte por carros autônomos, o que acaba vinculando o 5G a novas soluções para cidades inteligentes”, elenca. “Uma outra indústria que também vem tendo uma demanda interessante do 5G é a da saúde.”

Da esquerda para direita: Moisés Queiroz Moreira, conselheiro e presidente substituto da Anatel / Murilo Barbosa, vice-presidente de Negócios da Ericsson no Brasil Foto: Diego Padgurschi/ Estadão Blue Studio

Em ritmo acelerado

A implementação das redes 5G deve terminar antes do previsto. O edital feito para o leilão das frequências da nova tecnologia prevê, neste primeiro momento, que haja uma antena (uma estação radiobase) para cada 100 mil habitantes nas capitais. De acordo com Moisés Queiroz Moreira, conselheiro e presidente substituto da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), em todas elas já houve a limpeza da faixa de 3,5 GHz (a selecionada no Brasil como faixa para o 5G puro), e as antenas foram instaladas numa quantidade três vezes maior do que a exigida.

Essa limpeza está em andamento no segundo lote de cidades que ganharão o 5G SA, os municípios com mais de 500 mil habitantes, onde deverá estar concluída até 1º de janeiro. “Não existe a obrigação de que essas cidades coloquem agora suas antenas”, explica Moreira. “A data é 2025, mas até por uma questão de competição existe um interesse das operadoras em instalar essa infraestrutura - e se uma a coloca, as outras seguem.”

Por questões logísticas, o Gaispi (Grupo de Acompanhamento da Implantação das Soluções para os Problemas de Interferência na faixa de 3.5 GHz) adotou a estratégia de integrar municípios menores. Isso fará com que cidades de portes diferentes já fiquem prontas para receber o 5G, o que também deve adiantar o cronograma. No momento, cerca de 400 cidades passam pelo processo.

Segundo Murilo Barbosa, vice-presidente de Negócios da Ericsson no Brasil, essa evolução das redes fará de 2023 um ano fundamental no aumento do uso do 5G. “Já é possível começar a testar muitas aplicações 5G hoje. Está muito claro que quem sair na frente vai ter essa posição de destaque no mercado”, afirma.

A mesma rede 5G pode ser usada para finalidades diferentes. Para uma empresa, isso significa que a nova tecnologia pode auxiliar na parte financeira, na automação de máquinas, na leitura de dados e também na otimização do trabalho dos funcionários.

“De fato vai ser uma rede que vai proporcionar inovação, porque você pode usar a mesma rede para atividades específicas e muito diferentes”, explica Murilo Barbosa, vice-presidente de Negócios da Ericsson no Brasil.

O executivo cita o exemplo do agronegócio, área que representa 30% do PIB brasileiro e na qual se esperam grandes ganhos na produtividade com o 5G. “Você pode usar, por exemplo, uma camada dessa rede para medir temperatura e umidade em um determinado cultivo, mas também já há exemplos sendo testados no Brasil, com clientes da Ericsson, nos quais você consegue colocar em ação uma pulverizadora com a capacidade de analisar uma imagem, durante a passagem, decidindo a aplicação do defensivo agrícola, a quantidade do defensivo e qual praga foi analisada”, aponta Barbosa.

“Cada uma dessas aplicações necessita de uma camada diferente da rede. Então, existem pontos que são atendidos por conectividade mais simples, seja 3G ou 4G, mas também há pontos muito mais complexos das aplicações em que a camada vai entregar uma latência baixa e altas taxas de transferência de dados.”

Para Luciano Saboia, gerente de Pesquisa e Consultoria de Telecomunicações da IDC Brasil, os impactos trazidos pelo 5G estão fortemente ligados com dados. “Hoje temos uma enorme quantidade deles sendo criada a todo instante. Depois, eles serão contextualizados. Precisam atender aos negócios. Por fim, serão consumidos e chegarão na transformação, que essencialmente é um processo de assimilação das pessoas e das empresas.”

No ano passado, as operadoras investiram mais de US$ 311 bilhões nas suas redes e serviços (5G, expansão de fibras, concessões, etc.). “Diante disso, as empresas têm que pensar no retorno de todo esse investimento. Para isso, tem que agir e incentivar a organização de todo esse ecossistema”, comenta Saboia.

Mateus Rodrigues, líder do Telecom Engineering Centre of Excellence (TEE) da Deloitte, aponta algumas áreas que, na sua visão, estão apresentando forte demanda pela conectividade de alto desempenho e inovações da nova era digital. “Tenho visitado inúmeras indústrias, e elas estão querendo saber o que fazer, como saber, como implementar tudo isso. Tenho percebido demanda bem forte por carros autônomos, o que acaba vinculando o 5G a novas soluções para cidades inteligentes”, elenca. “Uma outra indústria que também vem tendo uma demanda interessante do 5G é a da saúde.”

Da esquerda para direita: Moisés Queiroz Moreira, conselheiro e presidente substituto da Anatel / Murilo Barbosa, vice-presidente de Negócios da Ericsson no Brasil Foto: Diego Padgurschi/ Estadão Blue Studio

Em ritmo acelerado

A implementação das redes 5G deve terminar antes do previsto. O edital feito para o leilão das frequências da nova tecnologia prevê, neste primeiro momento, que haja uma antena (uma estação radiobase) para cada 100 mil habitantes nas capitais. De acordo com Moisés Queiroz Moreira, conselheiro e presidente substituto da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), em todas elas já houve a limpeza da faixa de 3,5 GHz (a selecionada no Brasil como faixa para o 5G puro), e as antenas foram instaladas numa quantidade três vezes maior do que a exigida.

Essa limpeza está em andamento no segundo lote de cidades que ganharão o 5G SA, os municípios com mais de 500 mil habitantes, onde deverá estar concluída até 1º de janeiro. “Não existe a obrigação de que essas cidades coloquem agora suas antenas”, explica Moreira. “A data é 2025, mas até por uma questão de competição existe um interesse das operadoras em instalar essa infraestrutura - e se uma a coloca, as outras seguem.”

Por questões logísticas, o Gaispi (Grupo de Acompanhamento da Implantação das Soluções para os Problemas de Interferência na faixa de 3.5 GHz) adotou a estratégia de integrar municípios menores. Isso fará com que cidades de portes diferentes já fiquem prontas para receber o 5G, o que também deve adiantar o cronograma. No momento, cerca de 400 cidades passam pelo processo.

Segundo Murilo Barbosa, vice-presidente de Negócios da Ericsson no Brasil, essa evolução das redes fará de 2023 um ano fundamental no aumento do uso do 5G. “Já é possível começar a testar muitas aplicações 5G hoje. Está muito claro que quem sair na frente vai ter essa posição de destaque no mercado”, afirma.

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