Venda de participação na Aesop vira arma para Natura reduzir seu endividamento


Medida é vista como uma boa saída por analistas; papéis da Natura subiram na semana

Por Talita Nascimento

Os estudos da Natura & Co para a venda de uma fatia minoritária da australiana Aesop, marca de luxo que a companhia comprou em 2012, mostram que a empresa busca uma solução rápida para diminuir seu endividamento. O novo discurso animou os papéis do grupo na semana passada na B3, a Bolsa paulista: na sexta-feira, o papel subiu mais de 9%; no ano, porém, a perda ainda é superior a 50%.

O anúncio veio depois de o grupo ter anunciado, a princípio, que poderia fazer uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) ou uma cisão do ativo, também com futuro IPO. Nesta semana, a companhia informou avaliar também a viabilidade de venda de participação minoritária da Aesop – o que pode ocorrer em um prazo mais curto.

Além disso, o mercado hoje não está convidativo para estreias na Bolsa. “Não tem solução de curto prazo sem melhorar endividamento”, descreve um investidor institucional minoritário da Natura ao Estadão/Broadcast. Para ele, vender parte da Aesop é uma decisão dolorosa, mas parece ser o caminho mais viável. Outra opção, segundo ele, seria vender a The Body Shop, mas esse ativo não é considerado tão sólido quanto a marca de luxo.

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Débitos

A Natura & Co tem uma dívida total que representa 4,35 vezes o seu Ebitda (geração de caixa, ou lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações), segundo o balanço do terceiro trimestre de 2022. Se considerada a dívida líquida, a proporção é de 2,85 vezes o Ebitda. Reduzir esses patamares é essencial para melhorar os resultados.

O CEO da Natura & Co, Fabio Barbosa, disse, no início de novembro, que havia três possibilidades em estudo para a operação da Aesop, trazendo à tona a opção de uma entrada de fundos de private equity (que compram participações em empresas). “Não está nas cartas um estudo de venda total”, afirmou, à época.

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Para um investidor institucional minoritário da Natura, vender parte da Aesop é uma decisão dolorosa, mas parece ser o caminho mais viável.  Foto: Natura/Divulgação

Para a The Body Shop, que apresentou um resultado fraco no terceiro trimestre, Barbosa afirmou que o foco será na melhora da operação. Já para a Avon, que também é motivo de incertezas para investidores, ele indicou que o foco será nas operações mais rentáveis da marca.

Analistas do Citi, João Pedro Soares e Felipe Reboredo avaliam que desbloquear valor por meio da venda de uma participação minoritária para um parceiro financeiro seria o melhor caminho, pois a empresa continuaria consolidando o negócio e até abriria as portas para um eventual IPO. Para eles, a Aesop poderia ser negociada em um múltiplo alto, entre 10 a 20 vezes seu Ebitda.

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Para Danniela Eiger, analista da XP, a entrada de um fundo de private equity se mostra o caminho mais fácil para destravar valor e ajudar a reduzir o endividamento da holding. Para ela, apesar de um bom ativo, a Aesop não está entre os ativos que mais agregam à tese de investimentos na empresa, pois é pouco representativa para o todo. Assim, abrir mão de parte desse ativo não deve prejudicar a empresa-mãe, na visão da analista.

Os estudos da Natura & Co para a venda de uma fatia minoritária da australiana Aesop, marca de luxo que a companhia comprou em 2012, mostram que a empresa busca uma solução rápida para diminuir seu endividamento. O novo discurso animou os papéis do grupo na semana passada na B3, a Bolsa paulista: na sexta-feira, o papel subiu mais de 9%; no ano, porém, a perda ainda é superior a 50%.

O anúncio veio depois de o grupo ter anunciado, a princípio, que poderia fazer uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) ou uma cisão do ativo, também com futuro IPO. Nesta semana, a companhia informou avaliar também a viabilidade de venda de participação minoritária da Aesop – o que pode ocorrer em um prazo mais curto.

Além disso, o mercado hoje não está convidativo para estreias na Bolsa. “Não tem solução de curto prazo sem melhorar endividamento”, descreve um investidor institucional minoritário da Natura ao Estadão/Broadcast. Para ele, vender parte da Aesop é uma decisão dolorosa, mas parece ser o caminho mais viável. Outra opção, segundo ele, seria vender a The Body Shop, mas esse ativo não é considerado tão sólido quanto a marca de luxo.

Débitos

A Natura & Co tem uma dívida total que representa 4,35 vezes o seu Ebitda (geração de caixa, ou lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações), segundo o balanço do terceiro trimestre de 2022. Se considerada a dívida líquida, a proporção é de 2,85 vezes o Ebitda. Reduzir esses patamares é essencial para melhorar os resultados.

O CEO da Natura & Co, Fabio Barbosa, disse, no início de novembro, que havia três possibilidades em estudo para a operação da Aesop, trazendo à tona a opção de uma entrada de fundos de private equity (que compram participações em empresas). “Não está nas cartas um estudo de venda total”, afirmou, à época.

Para um investidor institucional minoritário da Natura, vender parte da Aesop é uma decisão dolorosa, mas parece ser o caminho mais viável.  Foto: Natura/Divulgação

Para a The Body Shop, que apresentou um resultado fraco no terceiro trimestre, Barbosa afirmou que o foco será na melhora da operação. Já para a Avon, que também é motivo de incertezas para investidores, ele indicou que o foco será nas operações mais rentáveis da marca.

Analistas do Citi, João Pedro Soares e Felipe Reboredo avaliam que desbloquear valor por meio da venda de uma participação minoritária para um parceiro financeiro seria o melhor caminho, pois a empresa continuaria consolidando o negócio e até abriria as portas para um eventual IPO. Para eles, a Aesop poderia ser negociada em um múltiplo alto, entre 10 a 20 vezes seu Ebitda.

Para Danniela Eiger, analista da XP, a entrada de um fundo de private equity se mostra o caminho mais fácil para destravar valor e ajudar a reduzir o endividamento da holding. Para ela, apesar de um bom ativo, a Aesop não está entre os ativos que mais agregam à tese de investimentos na empresa, pois é pouco representativa para o todo. Assim, abrir mão de parte desse ativo não deve prejudicar a empresa-mãe, na visão da analista.

Os estudos da Natura & Co para a venda de uma fatia minoritária da australiana Aesop, marca de luxo que a companhia comprou em 2012, mostram que a empresa busca uma solução rápida para diminuir seu endividamento. O novo discurso animou os papéis do grupo na semana passada na B3, a Bolsa paulista: na sexta-feira, o papel subiu mais de 9%; no ano, porém, a perda ainda é superior a 50%.

O anúncio veio depois de o grupo ter anunciado, a princípio, que poderia fazer uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) ou uma cisão do ativo, também com futuro IPO. Nesta semana, a companhia informou avaliar também a viabilidade de venda de participação minoritária da Aesop – o que pode ocorrer em um prazo mais curto.

Além disso, o mercado hoje não está convidativo para estreias na Bolsa. “Não tem solução de curto prazo sem melhorar endividamento”, descreve um investidor institucional minoritário da Natura ao Estadão/Broadcast. Para ele, vender parte da Aesop é uma decisão dolorosa, mas parece ser o caminho mais viável. Outra opção, segundo ele, seria vender a The Body Shop, mas esse ativo não é considerado tão sólido quanto a marca de luxo.

Débitos

A Natura & Co tem uma dívida total que representa 4,35 vezes o seu Ebitda (geração de caixa, ou lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações), segundo o balanço do terceiro trimestre de 2022. Se considerada a dívida líquida, a proporção é de 2,85 vezes o Ebitda. Reduzir esses patamares é essencial para melhorar os resultados.

O CEO da Natura & Co, Fabio Barbosa, disse, no início de novembro, que havia três possibilidades em estudo para a operação da Aesop, trazendo à tona a opção de uma entrada de fundos de private equity (que compram participações em empresas). “Não está nas cartas um estudo de venda total”, afirmou, à época.

Para um investidor institucional minoritário da Natura, vender parte da Aesop é uma decisão dolorosa, mas parece ser o caminho mais viável.  Foto: Natura/Divulgação

Para a The Body Shop, que apresentou um resultado fraco no terceiro trimestre, Barbosa afirmou que o foco será na melhora da operação. Já para a Avon, que também é motivo de incertezas para investidores, ele indicou que o foco será nas operações mais rentáveis da marca.

Analistas do Citi, João Pedro Soares e Felipe Reboredo avaliam que desbloquear valor por meio da venda de uma participação minoritária para um parceiro financeiro seria o melhor caminho, pois a empresa continuaria consolidando o negócio e até abriria as portas para um eventual IPO. Para eles, a Aesop poderia ser negociada em um múltiplo alto, entre 10 a 20 vezes seu Ebitda.

Para Danniela Eiger, analista da XP, a entrada de um fundo de private equity se mostra o caminho mais fácil para destravar valor e ajudar a reduzir o endividamento da holding. Para ela, apesar de um bom ativo, a Aesop não está entre os ativos que mais agregam à tese de investimentos na empresa, pois é pouco representativa para o todo. Assim, abrir mão de parte desse ativo não deve prejudicar a empresa-mãe, na visão da analista.

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