Vendas no comércio crescem 0,6% em julho e acumulam alta de 5,1% no ano, diz IBGE


Resultado no mês superou expectativas do mercado; volume de vendas em julho ficou 8,9% acima do nível de fevereiro de 2020, no período de pré-pandemia

Por Daniela Amorim
Atualização:

RIO - O comércio varejista voltou a mostrar fôlego em julho. O volume vendido cresceu 0,6% em relação a junho, após uma queda de 0,9% registrada no mês anterior. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio, divulgados nesta quinta-feira, 12, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“É um crescimento expressivo, e é um crescimento que vem depois do único ponto negativo do ano. É um retorno, um rebatimento desse ponto negativo, que foi o de junho. E também é uma trajetória no ano muito positiva”, ressaltou Cristiano Santos, gerente da pesquisa do IBGE.

O varejo vinha de uma trajetória de crescimento nos cinco primeiros meses deste ano, alcançando em maio patamar recorde de vendas. O setor “está mais aquecido”, sustentado por fatores como a expansão do crédito a pessoas físicas, a queda na taxa de inadimplência, o aumento da massa de rendimentos em circulação na economia e a elevação do número de empregos no mercado de trabalho, enumerou Cristiano Santos.

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“Tem alguns fatores que estão ajudando mais este ano do que ano passado”, reforçou, acrescentando que, em julho, houve ainda uma deflação nos preços dos alimentos, que ajuda o desempenho do segmento de supermercados.

Vendas no varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção, veículos e atacado alimentício, subiram 0,1% em julho ante junho Foto: Taba Benedicto/ Estadão

O aumento das vendas em julho indica resiliência na atividade econômica, apesar da perspectiva de mais um aperto monetário, destacou o economista Yihao Lin, da gestora de recursos Genial Investimentos.

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“Os números do começo do segundo semestre apontam para a manutenção da boa atividade, com o mercado de trabalho dando apoio”, pontuou Lin.

No varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção, veículos e atacado alimentício, o volume vendido subiu 0,1% em julho ante junho, já descontadas as influências sazonais. A gestora de recursos XP Investimentos prevê que as vendas do varejo ampliado cresçam cerca de 4,5% em 2024, após o avanço de 2,4% registrado em 2023.

“As concessões de crédito e a renda real disponível às famílias permanecerão em níveis elevados no curto prazo, reforçando nossa visão otimista para o consumo das famílias. Embora o menor impulso fiscal e o aperto nas condições financeiras provavelmente impactem os gastos pessoais, não vemos uma rápida reversão dessa tendência”, avaliou o economista Rodolfo Margato, da XP, em comentário.

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Os dados da atividade econômica doméstica divulgados até o momento, incluindo os do varejo de julho, mantêm o Banco Central “sob pressão” para elevar a taxa de juros, opinou o economista Homero Guizzo, da corretora Terra Investimentos. Para ele, a realidade hoje é de uma economia operando “sem ociosidade”

“Isso mantém pressão no BC para agir de forma a desacelerar a economia e esfriar a demanda”, afirmou Guizzo.

Em julho, o principal impacto positivo sobre a média global do varejo partiu da atividade de supermercados, com alta de 1,7% nas vendas em relação a junho. Assim como o varejo, o segmento de supermercados mantém uma trajetória consistente no ano, com queda em junho seguida de uma recuperação em julho, apontou Santos, do IBGE.

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Outro destaque em julho foi o aumento de 2,1% nas vendas do setor de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que inclui as lojas de departamento e vem mostrando recuperação após um ano de 2023 considerado difícil, diz o pesquisador.

“Essa atividade no ano passado sofreu muito com o fechamento de lojas físicas e crises contábeis em grandes marcas que atuam no segmento”, lembrou Santos.

Os demais avanços no mês ocorreram em equipamentos de informática e comunicação (2,2%), vestuário e calçados (1,8%), móveis e eletrodomésticos (1,4%) e livros e papelaria (0,1%). Houve perdas em artigos farmacêuticos e de perfumaria (-1,5%) e combustíveis (-1,1%).

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No varejo ampliado, o segmento de veículos registrou avanço de 3,8%, enquanto material de construção caiu 0,2%. Ainda não há divulgação de dados individuais para o atacado de produtos alimentícios na série com ajuste sazonal.

Em julho, o varejo operava 0,3% abaixo do patamar recorde alcançado em maio de 2024. Já o varejo ampliado estava em nível 0,4% aquém do ápice registrado em agosto de 2012./Colaboraram Anna Scabello e Daniel Tozzi Mendes

RIO - O comércio varejista voltou a mostrar fôlego em julho. O volume vendido cresceu 0,6% em relação a junho, após uma queda de 0,9% registrada no mês anterior. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio, divulgados nesta quinta-feira, 12, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“É um crescimento expressivo, e é um crescimento que vem depois do único ponto negativo do ano. É um retorno, um rebatimento desse ponto negativo, que foi o de junho. E também é uma trajetória no ano muito positiva”, ressaltou Cristiano Santos, gerente da pesquisa do IBGE.

O varejo vinha de uma trajetória de crescimento nos cinco primeiros meses deste ano, alcançando em maio patamar recorde de vendas. O setor “está mais aquecido”, sustentado por fatores como a expansão do crédito a pessoas físicas, a queda na taxa de inadimplência, o aumento da massa de rendimentos em circulação na economia e a elevação do número de empregos no mercado de trabalho, enumerou Cristiano Santos.

“Tem alguns fatores que estão ajudando mais este ano do que ano passado”, reforçou, acrescentando que, em julho, houve ainda uma deflação nos preços dos alimentos, que ajuda o desempenho do segmento de supermercados.

Vendas no varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção, veículos e atacado alimentício, subiram 0,1% em julho ante junho Foto: Taba Benedicto/ Estadão

O aumento das vendas em julho indica resiliência na atividade econômica, apesar da perspectiva de mais um aperto monetário, destacou o economista Yihao Lin, da gestora de recursos Genial Investimentos.

“Os números do começo do segundo semestre apontam para a manutenção da boa atividade, com o mercado de trabalho dando apoio”, pontuou Lin.

No varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção, veículos e atacado alimentício, o volume vendido subiu 0,1% em julho ante junho, já descontadas as influências sazonais. A gestora de recursos XP Investimentos prevê que as vendas do varejo ampliado cresçam cerca de 4,5% em 2024, após o avanço de 2,4% registrado em 2023.

“As concessões de crédito e a renda real disponível às famílias permanecerão em níveis elevados no curto prazo, reforçando nossa visão otimista para o consumo das famílias. Embora o menor impulso fiscal e o aperto nas condições financeiras provavelmente impactem os gastos pessoais, não vemos uma rápida reversão dessa tendência”, avaliou o economista Rodolfo Margato, da XP, em comentário.

Os dados da atividade econômica doméstica divulgados até o momento, incluindo os do varejo de julho, mantêm o Banco Central “sob pressão” para elevar a taxa de juros, opinou o economista Homero Guizzo, da corretora Terra Investimentos. Para ele, a realidade hoje é de uma economia operando “sem ociosidade”

“Isso mantém pressão no BC para agir de forma a desacelerar a economia e esfriar a demanda”, afirmou Guizzo.

Em julho, o principal impacto positivo sobre a média global do varejo partiu da atividade de supermercados, com alta de 1,7% nas vendas em relação a junho. Assim como o varejo, o segmento de supermercados mantém uma trajetória consistente no ano, com queda em junho seguida de uma recuperação em julho, apontou Santos, do IBGE.

Outro destaque em julho foi o aumento de 2,1% nas vendas do setor de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que inclui as lojas de departamento e vem mostrando recuperação após um ano de 2023 considerado difícil, diz o pesquisador.

“Essa atividade no ano passado sofreu muito com o fechamento de lojas físicas e crises contábeis em grandes marcas que atuam no segmento”, lembrou Santos.

Os demais avanços no mês ocorreram em equipamentos de informática e comunicação (2,2%), vestuário e calçados (1,8%), móveis e eletrodomésticos (1,4%) e livros e papelaria (0,1%). Houve perdas em artigos farmacêuticos e de perfumaria (-1,5%) e combustíveis (-1,1%).

No varejo ampliado, o segmento de veículos registrou avanço de 3,8%, enquanto material de construção caiu 0,2%. Ainda não há divulgação de dados individuais para o atacado de produtos alimentícios na série com ajuste sazonal.

Em julho, o varejo operava 0,3% abaixo do patamar recorde alcançado em maio de 2024. Já o varejo ampliado estava em nível 0,4% aquém do ápice registrado em agosto de 2012./Colaboraram Anna Scabello e Daniel Tozzi Mendes

RIO - O comércio varejista voltou a mostrar fôlego em julho. O volume vendido cresceu 0,6% em relação a junho, após uma queda de 0,9% registrada no mês anterior. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio, divulgados nesta quinta-feira, 12, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“É um crescimento expressivo, e é um crescimento que vem depois do único ponto negativo do ano. É um retorno, um rebatimento desse ponto negativo, que foi o de junho. E também é uma trajetória no ano muito positiva”, ressaltou Cristiano Santos, gerente da pesquisa do IBGE.

O varejo vinha de uma trajetória de crescimento nos cinco primeiros meses deste ano, alcançando em maio patamar recorde de vendas. O setor “está mais aquecido”, sustentado por fatores como a expansão do crédito a pessoas físicas, a queda na taxa de inadimplência, o aumento da massa de rendimentos em circulação na economia e a elevação do número de empregos no mercado de trabalho, enumerou Cristiano Santos.

“Tem alguns fatores que estão ajudando mais este ano do que ano passado”, reforçou, acrescentando que, em julho, houve ainda uma deflação nos preços dos alimentos, que ajuda o desempenho do segmento de supermercados.

Vendas no varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção, veículos e atacado alimentício, subiram 0,1% em julho ante junho Foto: Taba Benedicto/ Estadão

O aumento das vendas em julho indica resiliência na atividade econômica, apesar da perspectiva de mais um aperto monetário, destacou o economista Yihao Lin, da gestora de recursos Genial Investimentos.

“Os números do começo do segundo semestre apontam para a manutenção da boa atividade, com o mercado de trabalho dando apoio”, pontuou Lin.

No varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção, veículos e atacado alimentício, o volume vendido subiu 0,1% em julho ante junho, já descontadas as influências sazonais. A gestora de recursos XP Investimentos prevê que as vendas do varejo ampliado cresçam cerca de 4,5% em 2024, após o avanço de 2,4% registrado em 2023.

“As concessões de crédito e a renda real disponível às famílias permanecerão em níveis elevados no curto prazo, reforçando nossa visão otimista para o consumo das famílias. Embora o menor impulso fiscal e o aperto nas condições financeiras provavelmente impactem os gastos pessoais, não vemos uma rápida reversão dessa tendência”, avaliou o economista Rodolfo Margato, da XP, em comentário.

Os dados da atividade econômica doméstica divulgados até o momento, incluindo os do varejo de julho, mantêm o Banco Central “sob pressão” para elevar a taxa de juros, opinou o economista Homero Guizzo, da corretora Terra Investimentos. Para ele, a realidade hoje é de uma economia operando “sem ociosidade”

“Isso mantém pressão no BC para agir de forma a desacelerar a economia e esfriar a demanda”, afirmou Guizzo.

Em julho, o principal impacto positivo sobre a média global do varejo partiu da atividade de supermercados, com alta de 1,7% nas vendas em relação a junho. Assim como o varejo, o segmento de supermercados mantém uma trajetória consistente no ano, com queda em junho seguida de uma recuperação em julho, apontou Santos, do IBGE.

Outro destaque em julho foi o aumento de 2,1% nas vendas do setor de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que inclui as lojas de departamento e vem mostrando recuperação após um ano de 2023 considerado difícil, diz o pesquisador.

“Essa atividade no ano passado sofreu muito com o fechamento de lojas físicas e crises contábeis em grandes marcas que atuam no segmento”, lembrou Santos.

Os demais avanços no mês ocorreram em equipamentos de informática e comunicação (2,2%), vestuário e calçados (1,8%), móveis e eletrodomésticos (1,4%) e livros e papelaria (0,1%). Houve perdas em artigos farmacêuticos e de perfumaria (-1,5%) e combustíveis (-1,1%).

No varejo ampliado, o segmento de veículos registrou avanço de 3,8%, enquanto material de construção caiu 0,2%. Ainda não há divulgação de dados individuais para o atacado de produtos alimentícios na série com ajuste sazonal.

Em julho, o varejo operava 0,3% abaixo do patamar recorde alcançado em maio de 2024. Já o varejo ampliado estava em nível 0,4% aquém do ápice registrado em agosto de 2012./Colaboraram Anna Scabello e Daniel Tozzi Mendes

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