As vendas e os lançamentos de imóveis cresceram de modo significativo na cidade de São Paulo no mês de março, de acordo com pesquisa divulgada nesta segunda-feira, 6, pelo Sindicato da Habitação (Secovi-SP).
Ao todo, as vendas de imóveis novos na cidade subiram 47,2% em março deste ano na comparação com o mesmo mês do ano passado, chegando a 10.482 unidades. As vendas acumuladas nos últimos 12 meses até março tiveram alta de 16% na comparação com os 12 meses anteriores, totalizando 82.648 unidades comercializadas.
A velocidade das vendas (indicador mede a porcentagem de vendas no período em relação ao total de unidades ofertadas) no mês de março foi de 15,5%, o mais alto ao longo do último ano, quando ficou abaixo de 12%.
A pesquisa do Secovi-SP também mostrou que os lançamentos cresceram 19,3% em março, para 8.281 unidades. Em termos acumulados, a elevação foi de 5%, para 78.403 unidades. Com mais vendas do que lançamentos nos últimos meses, o estoque diminuiu. Em março, havia 57.344 unidades novas (na planta, em obras e recém-construídas) disponíveis para venda, montante 11,6% menor que um ano atrás.
Minha Casa, Minha Vida
Boa parte do crescimento do mercado imobiliário em São Paulo em março foi puxado por empreendimentos do Minha Casa Minha Vida (MCMV).
O levantamento divulgado hoje pelo Sindicato da Habitação (Secovi-SP) mostrou que o programa respondeu, em março, por 59% das moradias lançadas (4.913 unidades) e 52% das vendidas (5.479 unidades) na capital paulista.
Vale lembrar que o MCMV contou com uma série de melhorias desde o ano passado, o que aumentou o poder de compra da população, bem como o interesse das construtoras nesse mercado.
O estoque de imóveis no MCMV em São Paulo é de 22.084 apartamentos (39% do estoque total). Já a velocidade de vendas no segmento foi de 19,9% em março, bem acima da média de mercado de 15,5%, que já foi alta.
O Secovi-SP informou que, considerando o ritmo atual das vendas no mercado econômico, o estoque dentro do MCMV é suficiente para abastecer os compradores durante um período de seis meses - um dos níveis mais baixos já registrados.
No segmento residencial de médio e alto padrão, o estoque é de 35.260 unidades, e a velocidade de vendas está em 12,4%. Nesse ritmo de escoamento, a duração do estoque aqui é de dez meses, segundo a pesquisa.