As vendas da indústria de materiais de construção no mercado interno em abril cresceram 0,3% em relação a março e subiram 14,2% ante março de 2012, informou, nesta sexta-feira, 17, a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat).Nos primeiros quatro meses de 2013, as vendas tiveram alta de 4,7% em comparação com o mesmo período de 2012. Já no acumulado dos últimos 12 meses encerrados em abril, o aumento foi de 2,1%. A Abramat projeta crescimento de 4,5% neste ano.O desempenho positivo do setor foi puxado principalmente pelas vendas dos materiais de base (cimento, areia, vidros, telhas, entre outros), que subiram 1,7% ante março e 15,0% ante abril de 2012. As vendas de materiais de acabamento (tintas, azulejos, peças de iluminação, entre outros) caíram 1,5% ante março, mas subiram 13,1% ante abril de 2012.Apesar do aumento das vendas, o nível de emprego da indústria de materiais em abril recuou 1,1% ante março e caiu 2,5% ante o mesmo mês do ano passado, segundo o levantamento.Na avaliação do presidente da Abramat, Walter Cover, a elevação do faturamento da indústria em abril está relacionada ao bom desempenho das vendas no varejo e à demanda do setor imobiliário, que tem um grande número de prédios residenciais e comerciais em fase de obras. "O segmento do varejo e o término de obras imobiliárias iniciadas em 2010 e 2011 explicam o atual nível de vendas da indústria de materiais", afirmou Cover, em nota.Ele pondera, no entanto, que as vendas para o segmento imobiliário devem ser afetadas no segundo semestre, já que a queda no volume de lançamentos de novos projetos no ano passado irá se refletir em menor volume de obras em execução nos próximos trimestres.Em relação às vendas para o segmento da infraestrutura, Cover afirmou que elas continuam baixas, mas deverão ter um aumento significativo no final do ano ou no início de 2014, em função do atraso das licitações nas novas concessões de logística.Para os próximos meses, as expectativas da Abramat apontam para continuidade de resultados positivos em relação ao ano passado. A associação observa que essa expectativa de bom desempenho dependerá de novos estímulos do governo ao setor, além da manutenção da renda, do emprego e da oferta de crédito.