Associação propõe ao governo incluir compra de eletrodoméstico no Minha Casa Minha Vida


A expectativa da Eletros é que esta semana seja apresentado o relatório da comissão mista do Senado e Câmara; setor teve aumento de vendas depois de cinco trimestres de queda

Por Márcia De Chiara
Atualização:

Depois de cinco trimestres consecutivos de queda, as vendas de eletroeletrônicos da indústria para o varejo voltaram ao azul neste ano. Entre janeiro e março, as quantidades vendidas de geladeiras, fogões, televisores, liquidificadores, por exemplo, somaram 21,2 milhões de unidades, um volume 17,5% maior em relação ao mesmo período do ano passado, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros).

O presidente da Eletros, José Jorge do Nascimento, negocia com Congresso a inclusão dos eletrodomésticos no programa habitacional do governo Minha Casa Minha Vida Foto: Felipe Rau/Estadão

“Foi uma surpresa. Desde setembro de 2021 a gente não apresentava crescimento”, afirma o presidente da Eletros, José Jorge do Nascimento. Mas ele destaca que aumento de dois dígitos ocorre sobre um ano péssimo de vendas, que foi 2022.

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Apesar do avanço que houve em todas as linhas de produtos neste primeiro trimestre, o desempenho está abaixo do período pré-pandemia. As vendas do primeiro trimestre de 2019 foram 12% maiores do que as do primeiro trimestre deste ano e as de 2020 ficaram 10,5% acima.

Neste primeiro trimestre, o maior crescimento foi registrado nos eletroportáteis, que avançaram 33% em relação ao ano anterior. São produtos de menor valor, como liquidificadores, ferro de passar, geralmente comprados à vista ou em poucas prestações.

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As vendas de televisores, principal item da linha marrom, aumentaram 21% no período. E os eletrodomésticos da linha branca, que incluem refrigeradores, lavadores, fogões, por exemplo, tiveram alta de 10% nas quantidades vendidas.

Nascimento acredita que esse resultado positivo do primeiro trimestre tenha sido alcançado por conta de reposição de estoques e alguma coisa em razão do Dia das Mães. No entanto, o executivo acredita que ainda seja cedo para considerar que se trata de uma recuperação sustentável. “Só posso acreditar que está tendo uma reação do mercado consumidor, se fecharmos o primeiro semestre no azul”, afirma.

Ele lembra que a maioria das vendas dos eletroeletrônicos são a prazo e os juros elevados são um grande obstáculo aos negócios. “Os juros elevados e o baixo acesso ao crédito dificultam a tomada de decisão da grande maioria dos consumidores que almejam comprar seus eletrodomésticos a prazo e em parcelas que caibam no orçamento doméstico”, diz o presidente da Eletros.

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Hoje as fábricas do setor trabalham com uma ociosidade média de 35% e algumas chegam a 40%, que é considerado um número muito alto para o setor. Além disso, os fabricantes têm de conviver com pressões de custos nos insumos, como plástico, aço, embalagens, por exemplo.

Minha Casa Minha Vida

Para tentar impulsionar a produção, os fabricantes enviaram já proposta para o governo para incluir a compra de eletrodomésticos no programa habitacional Minha Casa Minha Vida. Nascimento conta que a Eletros levou uma sugestão ao governo e aos parlamentares. “A proposta foi muito bem recebida pelo parlamento e estamos tentando construir no Congresso como viabilizar o programa”, diz Nascimento.

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A depender da faixa de renda, o comprador do imóvel teria uma cesta de eletrodomésticos incluída no valor da prestação, que daria um acréscimo muito pequeno no valor que seria financiado por 30 anos. “O incremento é mínimo na parcela e o resultado gigante”, diz o executivo. Ele lembra que incluir os eletrodomésticos na compra da casa própria já é uma prática comum em outros países como Argentina, Portugal, México, Inglaterra e Itália.

A expectativa da Eletros é que esta semana seja apresentado o relatório da comissão mista do Senado e Câmara e que o projeto seja aceito na comissão e vá a plenário. “Temos pelo menos 30 dias para fechar o Minha Casa Minha Vida”, diz.

Se a proposta passar, ela poderá enxugar a grande ociosidade do setor e dar um impulso na economia como um todo, com contratações e aumento da produção. Nos cálculos do presidente da Eletros, em cinco anos, serão entre um a dois milhões de novas casas equipadas com eletroeletrônicos zero quilômetro.

Depois de cinco trimestres consecutivos de queda, as vendas de eletroeletrônicos da indústria para o varejo voltaram ao azul neste ano. Entre janeiro e março, as quantidades vendidas de geladeiras, fogões, televisores, liquidificadores, por exemplo, somaram 21,2 milhões de unidades, um volume 17,5% maior em relação ao mesmo período do ano passado, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros).

O presidente da Eletros, José Jorge do Nascimento, negocia com Congresso a inclusão dos eletrodomésticos no programa habitacional do governo Minha Casa Minha Vida Foto: Felipe Rau/Estadão

“Foi uma surpresa. Desde setembro de 2021 a gente não apresentava crescimento”, afirma o presidente da Eletros, José Jorge do Nascimento. Mas ele destaca que aumento de dois dígitos ocorre sobre um ano péssimo de vendas, que foi 2022.

Apesar do avanço que houve em todas as linhas de produtos neste primeiro trimestre, o desempenho está abaixo do período pré-pandemia. As vendas do primeiro trimestre de 2019 foram 12% maiores do que as do primeiro trimestre deste ano e as de 2020 ficaram 10,5% acima.

Neste primeiro trimestre, o maior crescimento foi registrado nos eletroportáteis, que avançaram 33% em relação ao ano anterior. São produtos de menor valor, como liquidificadores, ferro de passar, geralmente comprados à vista ou em poucas prestações.

As vendas de televisores, principal item da linha marrom, aumentaram 21% no período. E os eletrodomésticos da linha branca, que incluem refrigeradores, lavadores, fogões, por exemplo, tiveram alta de 10% nas quantidades vendidas.

Nascimento acredita que esse resultado positivo do primeiro trimestre tenha sido alcançado por conta de reposição de estoques e alguma coisa em razão do Dia das Mães. No entanto, o executivo acredita que ainda seja cedo para considerar que se trata de uma recuperação sustentável. “Só posso acreditar que está tendo uma reação do mercado consumidor, se fecharmos o primeiro semestre no azul”, afirma.

Ele lembra que a maioria das vendas dos eletroeletrônicos são a prazo e os juros elevados são um grande obstáculo aos negócios. “Os juros elevados e o baixo acesso ao crédito dificultam a tomada de decisão da grande maioria dos consumidores que almejam comprar seus eletrodomésticos a prazo e em parcelas que caibam no orçamento doméstico”, diz o presidente da Eletros.

Hoje as fábricas do setor trabalham com uma ociosidade média de 35% e algumas chegam a 40%, que é considerado um número muito alto para o setor. Além disso, os fabricantes têm de conviver com pressões de custos nos insumos, como plástico, aço, embalagens, por exemplo.

Minha Casa Minha Vida

Para tentar impulsionar a produção, os fabricantes enviaram já proposta para o governo para incluir a compra de eletrodomésticos no programa habitacional Minha Casa Minha Vida. Nascimento conta que a Eletros levou uma sugestão ao governo e aos parlamentares. “A proposta foi muito bem recebida pelo parlamento e estamos tentando construir no Congresso como viabilizar o programa”, diz Nascimento.

A depender da faixa de renda, o comprador do imóvel teria uma cesta de eletrodomésticos incluída no valor da prestação, que daria um acréscimo muito pequeno no valor que seria financiado por 30 anos. “O incremento é mínimo na parcela e o resultado gigante”, diz o executivo. Ele lembra que incluir os eletrodomésticos na compra da casa própria já é uma prática comum em outros países como Argentina, Portugal, México, Inglaterra e Itália.

A expectativa da Eletros é que esta semana seja apresentado o relatório da comissão mista do Senado e Câmara e que o projeto seja aceito na comissão e vá a plenário. “Temos pelo menos 30 dias para fechar o Minha Casa Minha Vida”, diz.

Se a proposta passar, ela poderá enxugar a grande ociosidade do setor e dar um impulso na economia como um todo, com contratações e aumento da produção. Nos cálculos do presidente da Eletros, em cinco anos, serão entre um a dois milhões de novas casas equipadas com eletroeletrônicos zero quilômetro.

Depois de cinco trimestres consecutivos de queda, as vendas de eletroeletrônicos da indústria para o varejo voltaram ao azul neste ano. Entre janeiro e março, as quantidades vendidas de geladeiras, fogões, televisores, liquidificadores, por exemplo, somaram 21,2 milhões de unidades, um volume 17,5% maior em relação ao mesmo período do ano passado, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros).

O presidente da Eletros, José Jorge do Nascimento, negocia com Congresso a inclusão dos eletrodomésticos no programa habitacional do governo Minha Casa Minha Vida Foto: Felipe Rau/Estadão

“Foi uma surpresa. Desde setembro de 2021 a gente não apresentava crescimento”, afirma o presidente da Eletros, José Jorge do Nascimento. Mas ele destaca que aumento de dois dígitos ocorre sobre um ano péssimo de vendas, que foi 2022.

Apesar do avanço que houve em todas as linhas de produtos neste primeiro trimestre, o desempenho está abaixo do período pré-pandemia. As vendas do primeiro trimestre de 2019 foram 12% maiores do que as do primeiro trimestre deste ano e as de 2020 ficaram 10,5% acima.

Neste primeiro trimestre, o maior crescimento foi registrado nos eletroportáteis, que avançaram 33% em relação ao ano anterior. São produtos de menor valor, como liquidificadores, ferro de passar, geralmente comprados à vista ou em poucas prestações.

As vendas de televisores, principal item da linha marrom, aumentaram 21% no período. E os eletrodomésticos da linha branca, que incluem refrigeradores, lavadores, fogões, por exemplo, tiveram alta de 10% nas quantidades vendidas.

Nascimento acredita que esse resultado positivo do primeiro trimestre tenha sido alcançado por conta de reposição de estoques e alguma coisa em razão do Dia das Mães. No entanto, o executivo acredita que ainda seja cedo para considerar que se trata de uma recuperação sustentável. “Só posso acreditar que está tendo uma reação do mercado consumidor, se fecharmos o primeiro semestre no azul”, afirma.

Ele lembra que a maioria das vendas dos eletroeletrônicos são a prazo e os juros elevados são um grande obstáculo aos negócios. “Os juros elevados e o baixo acesso ao crédito dificultam a tomada de decisão da grande maioria dos consumidores que almejam comprar seus eletrodomésticos a prazo e em parcelas que caibam no orçamento doméstico”, diz o presidente da Eletros.

Hoje as fábricas do setor trabalham com uma ociosidade média de 35% e algumas chegam a 40%, que é considerado um número muito alto para o setor. Além disso, os fabricantes têm de conviver com pressões de custos nos insumos, como plástico, aço, embalagens, por exemplo.

Minha Casa Minha Vida

Para tentar impulsionar a produção, os fabricantes enviaram já proposta para o governo para incluir a compra de eletrodomésticos no programa habitacional Minha Casa Minha Vida. Nascimento conta que a Eletros levou uma sugestão ao governo e aos parlamentares. “A proposta foi muito bem recebida pelo parlamento e estamos tentando construir no Congresso como viabilizar o programa”, diz Nascimento.

A depender da faixa de renda, o comprador do imóvel teria uma cesta de eletrodomésticos incluída no valor da prestação, que daria um acréscimo muito pequeno no valor que seria financiado por 30 anos. “O incremento é mínimo na parcela e o resultado gigante”, diz o executivo. Ele lembra que incluir os eletrodomésticos na compra da casa própria já é uma prática comum em outros países como Argentina, Portugal, México, Inglaterra e Itália.

A expectativa da Eletros é que esta semana seja apresentado o relatório da comissão mista do Senado e Câmara e que o projeto seja aceito na comissão e vá a plenário. “Temos pelo menos 30 dias para fechar o Minha Casa Minha Vida”, diz.

Se a proposta passar, ela poderá enxugar a grande ociosidade do setor e dar um impulso na economia como um todo, com contratações e aumento da produção. Nos cálculos do presidente da Eletros, em cinco anos, serão entre um a dois milhões de novas casas equipadas com eletroeletrônicos zero quilômetro.

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