Votorantim se une à gigante Temasek para criar fundo de R$ 3,6 bi para investir em empresas


Parceria com fundo de Cingapura tem como objetivo identificar companhias de alto potencial de crescimento, com cheques entre R$ 250 milhões e R$ 300 milhões; primeiro aporte deverá ocorrer ainda neste ano

Por Fernanda Guimarães
Atualização:

Exatamente no momento em que o dinheiro voltado para empresas de tecnologia começou a minguar por conta do cenário de juros mais altos em todo o mundo, o conglomerado brasileiro Votorantim se uniu à gestora Temasek, com sede em Cingapura e mais de R$ 1 trilhão sob gestão, para lançar um fundo de R$ 3,6 bilhões para investir em empresas com perfil de alto crescimento. É um universo que geralmente inclui as empresas “tech”, embora não seja restrito a elas.

O anúncio ocorre um momento em que o grupo Votorantim tem reciclado seu portfólio de investimentos e acaba, por exemplo, de tornar-se controladora da CCR, ao lado da Itaúsa.

O presidente da Votorantim S.A, João Schmidt, afirma que a parceira chega para complementar a estratégia de diversificação do portfólio do grupo. Ele diz que já havia uma intenção de investir no setor de tecnologia, por exemplo, área em que a Temasek é muito forte.

continua após a publicidade
Sócios em nova gestora, da esquerda para a direita: João Schmidt (Votorantim), Matheus Villares (Temasek) e Dilhan Pillay (Temasek)  Foto: Alex Silva/Estadão

“Faltava no nosso portfólio um veículo para fazer uma alocação em tese de empresa de alto crescimento. Não é uma decisão circunstancial. Somos uma empresa centenária e tomamos decisões para durar no tempo”, afirma. A expectativa é de que o primeiro cheque seja assinado ainda em 2022. As conversas para a parceria começaram há cerca de um ano, segundo o executivo.

No Brasil a Temasek, no País desde 2008, possui uma carteira de investimentos da ordem de US$ 500 milhões – já chegou a US$ 1 bilhão, mas reduziu após uma rodada de desinvestimentos, necessários por conta da maturação do fundo.

continua após a publicidade

Entre os investimentos da gigante de Cingapura há nomes como a Bionexo, empresa de tecnologia que faz intermediação entre hospitais e fornecedores, a Viveo, gigante na área de suprimentos médicos, e a rede de academias Smartfit.

“Esta parceria com a Votorantim é evolução da nossa estratégia de investimento para o Brasil. É uma nova e estimulante maneira de explorar oportunidades em um mercado importante. Também teremos a oportunidade de coinvestir em situações em que a operação exige um capital maior. E a Temasek pode investir diretamente, por exemplo, em empresas maduras no Brasil”, explica o presidente global da Temasek, Dilhan Pillay.

continua após a publicidade

Tamanho do cheque

A gestora, que já recebeu o aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), foi batizada de 23S Capital (nome escolhido por ser a latitude de São Paulo). Ela será comandada por Matheus Villares, que lidera a Temasek no Brasil. A Votorantim estará presente no Comitê de Investimento da 23S.

Segundo Villares, os negócios que irão para mesa para análise não serão as de empresas muito iniciais (no jargão chamadas de “early stages”), mas sim aquelas que já conseguiram provar a tese do negócio. O cheque de investimento será da ordem de R$ 250 milhões a R$ 300 milhões.

continua após a publicidade

Sobre os setores a receber os investimentos, os executivos afirmam que não há preferência, mas sinalizam que saúde é uma das prioridades. “Somos agnósticos em relação a setores. Olhamos Brasil há muito tempo, mas vemos com interesse saúde, tecnologia aplicada à saúde, educação, agtech, setor financeiro”, diz Villares.

Somos agnósticos em relação a setores. Olhamos Brasil há muito tempo, mas vemos com interesse saúde, tecnologia apicada à saúde, educação, agritech, setor financeiro.”

Matheus Villares, líder da Temasek no Brasil

Pillay, por sua vez, frisa que o Brasil tem ainda oportunidades em recursos naturais como metais, minerais, petróleo e gás. “Todos estes setores têm boas empresas que precisam desenvolver seus modelos de negócios com tecnologia; por exemplo, empresas de recursos que precisam de soluções de captura de carbono”, comenta Pillay, que esteva na semana passada no Brasil, para os trâmites finais do acordo.

continua após a publicidade

Os executivos não abrem quanto cada parte colocará dos R$ 3,6 bilhões do novo fundo, mas garantem que, se necessário, caso apareça uma boa oportunidade que exija um cheque maior, novos aportes podem ocorrer. Por ora, o fundo seguirá fechado, mas eles não descartam convidar terceiros no futuro.

Exatamente no momento em que o dinheiro voltado para empresas de tecnologia começou a minguar por conta do cenário de juros mais altos em todo o mundo, o conglomerado brasileiro Votorantim se uniu à gestora Temasek, com sede em Cingapura e mais de R$ 1 trilhão sob gestão, para lançar um fundo de R$ 3,6 bilhões para investir em empresas com perfil de alto crescimento. É um universo que geralmente inclui as empresas “tech”, embora não seja restrito a elas.

O anúncio ocorre um momento em que o grupo Votorantim tem reciclado seu portfólio de investimentos e acaba, por exemplo, de tornar-se controladora da CCR, ao lado da Itaúsa.

O presidente da Votorantim S.A, João Schmidt, afirma que a parceira chega para complementar a estratégia de diversificação do portfólio do grupo. Ele diz que já havia uma intenção de investir no setor de tecnologia, por exemplo, área em que a Temasek é muito forte.

Sócios em nova gestora, da esquerda para a direita: João Schmidt (Votorantim), Matheus Villares (Temasek) e Dilhan Pillay (Temasek)  Foto: Alex Silva/Estadão

“Faltava no nosso portfólio um veículo para fazer uma alocação em tese de empresa de alto crescimento. Não é uma decisão circunstancial. Somos uma empresa centenária e tomamos decisões para durar no tempo”, afirma. A expectativa é de que o primeiro cheque seja assinado ainda em 2022. As conversas para a parceria começaram há cerca de um ano, segundo o executivo.

No Brasil a Temasek, no País desde 2008, possui uma carteira de investimentos da ordem de US$ 500 milhões – já chegou a US$ 1 bilhão, mas reduziu após uma rodada de desinvestimentos, necessários por conta da maturação do fundo.

Entre os investimentos da gigante de Cingapura há nomes como a Bionexo, empresa de tecnologia que faz intermediação entre hospitais e fornecedores, a Viveo, gigante na área de suprimentos médicos, e a rede de academias Smartfit.

“Esta parceria com a Votorantim é evolução da nossa estratégia de investimento para o Brasil. É uma nova e estimulante maneira de explorar oportunidades em um mercado importante. Também teremos a oportunidade de coinvestir em situações em que a operação exige um capital maior. E a Temasek pode investir diretamente, por exemplo, em empresas maduras no Brasil”, explica o presidente global da Temasek, Dilhan Pillay.

Tamanho do cheque

A gestora, que já recebeu o aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), foi batizada de 23S Capital (nome escolhido por ser a latitude de São Paulo). Ela será comandada por Matheus Villares, que lidera a Temasek no Brasil. A Votorantim estará presente no Comitê de Investimento da 23S.

Segundo Villares, os negócios que irão para mesa para análise não serão as de empresas muito iniciais (no jargão chamadas de “early stages”), mas sim aquelas que já conseguiram provar a tese do negócio. O cheque de investimento será da ordem de R$ 250 milhões a R$ 300 milhões.

Sobre os setores a receber os investimentos, os executivos afirmam que não há preferência, mas sinalizam que saúde é uma das prioridades. “Somos agnósticos em relação a setores. Olhamos Brasil há muito tempo, mas vemos com interesse saúde, tecnologia aplicada à saúde, educação, agtech, setor financeiro”, diz Villares.

Somos agnósticos em relação a setores. Olhamos Brasil há muito tempo, mas vemos com interesse saúde, tecnologia apicada à saúde, educação, agritech, setor financeiro.”

Matheus Villares, líder da Temasek no Brasil

Pillay, por sua vez, frisa que o Brasil tem ainda oportunidades em recursos naturais como metais, minerais, petróleo e gás. “Todos estes setores têm boas empresas que precisam desenvolver seus modelos de negócios com tecnologia; por exemplo, empresas de recursos que precisam de soluções de captura de carbono”, comenta Pillay, que esteva na semana passada no Brasil, para os trâmites finais do acordo.

Os executivos não abrem quanto cada parte colocará dos R$ 3,6 bilhões do novo fundo, mas garantem que, se necessário, caso apareça uma boa oportunidade que exija um cheque maior, novos aportes podem ocorrer. Por ora, o fundo seguirá fechado, mas eles não descartam convidar terceiros no futuro.

Exatamente no momento em que o dinheiro voltado para empresas de tecnologia começou a minguar por conta do cenário de juros mais altos em todo o mundo, o conglomerado brasileiro Votorantim se uniu à gestora Temasek, com sede em Cingapura e mais de R$ 1 trilhão sob gestão, para lançar um fundo de R$ 3,6 bilhões para investir em empresas com perfil de alto crescimento. É um universo que geralmente inclui as empresas “tech”, embora não seja restrito a elas.

O anúncio ocorre um momento em que o grupo Votorantim tem reciclado seu portfólio de investimentos e acaba, por exemplo, de tornar-se controladora da CCR, ao lado da Itaúsa.

O presidente da Votorantim S.A, João Schmidt, afirma que a parceira chega para complementar a estratégia de diversificação do portfólio do grupo. Ele diz que já havia uma intenção de investir no setor de tecnologia, por exemplo, área em que a Temasek é muito forte.

Sócios em nova gestora, da esquerda para a direita: João Schmidt (Votorantim), Matheus Villares (Temasek) e Dilhan Pillay (Temasek)  Foto: Alex Silva/Estadão

“Faltava no nosso portfólio um veículo para fazer uma alocação em tese de empresa de alto crescimento. Não é uma decisão circunstancial. Somos uma empresa centenária e tomamos decisões para durar no tempo”, afirma. A expectativa é de que o primeiro cheque seja assinado ainda em 2022. As conversas para a parceria começaram há cerca de um ano, segundo o executivo.

No Brasil a Temasek, no País desde 2008, possui uma carteira de investimentos da ordem de US$ 500 milhões – já chegou a US$ 1 bilhão, mas reduziu após uma rodada de desinvestimentos, necessários por conta da maturação do fundo.

Entre os investimentos da gigante de Cingapura há nomes como a Bionexo, empresa de tecnologia que faz intermediação entre hospitais e fornecedores, a Viveo, gigante na área de suprimentos médicos, e a rede de academias Smartfit.

“Esta parceria com a Votorantim é evolução da nossa estratégia de investimento para o Brasil. É uma nova e estimulante maneira de explorar oportunidades em um mercado importante. Também teremos a oportunidade de coinvestir em situações em que a operação exige um capital maior. E a Temasek pode investir diretamente, por exemplo, em empresas maduras no Brasil”, explica o presidente global da Temasek, Dilhan Pillay.

Tamanho do cheque

A gestora, que já recebeu o aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), foi batizada de 23S Capital (nome escolhido por ser a latitude de São Paulo). Ela será comandada por Matheus Villares, que lidera a Temasek no Brasil. A Votorantim estará presente no Comitê de Investimento da 23S.

Segundo Villares, os negócios que irão para mesa para análise não serão as de empresas muito iniciais (no jargão chamadas de “early stages”), mas sim aquelas que já conseguiram provar a tese do negócio. O cheque de investimento será da ordem de R$ 250 milhões a R$ 300 milhões.

Sobre os setores a receber os investimentos, os executivos afirmam que não há preferência, mas sinalizam que saúde é uma das prioridades. “Somos agnósticos em relação a setores. Olhamos Brasil há muito tempo, mas vemos com interesse saúde, tecnologia aplicada à saúde, educação, agtech, setor financeiro”, diz Villares.

Somos agnósticos em relação a setores. Olhamos Brasil há muito tempo, mas vemos com interesse saúde, tecnologia apicada à saúde, educação, agritech, setor financeiro.”

Matheus Villares, líder da Temasek no Brasil

Pillay, por sua vez, frisa que o Brasil tem ainda oportunidades em recursos naturais como metais, minerais, petróleo e gás. “Todos estes setores têm boas empresas que precisam desenvolver seus modelos de negócios com tecnologia; por exemplo, empresas de recursos que precisam de soluções de captura de carbono”, comenta Pillay, que esteva na semana passada no Brasil, para os trâmites finais do acordo.

Os executivos não abrem quanto cada parte colocará dos R$ 3,6 bilhões do novo fundo, mas garantem que, se necessário, caso apareça uma boa oportunidade que exija um cheque maior, novos aportes podem ocorrer. Por ora, o fundo seguirá fechado, mas eles não descartam convidar terceiros no futuro.

Exatamente no momento em que o dinheiro voltado para empresas de tecnologia começou a minguar por conta do cenário de juros mais altos em todo o mundo, o conglomerado brasileiro Votorantim se uniu à gestora Temasek, com sede em Cingapura e mais de R$ 1 trilhão sob gestão, para lançar um fundo de R$ 3,6 bilhões para investir em empresas com perfil de alto crescimento. É um universo que geralmente inclui as empresas “tech”, embora não seja restrito a elas.

O anúncio ocorre um momento em que o grupo Votorantim tem reciclado seu portfólio de investimentos e acaba, por exemplo, de tornar-se controladora da CCR, ao lado da Itaúsa.

O presidente da Votorantim S.A, João Schmidt, afirma que a parceira chega para complementar a estratégia de diversificação do portfólio do grupo. Ele diz que já havia uma intenção de investir no setor de tecnologia, por exemplo, área em que a Temasek é muito forte.

Sócios em nova gestora, da esquerda para a direita: João Schmidt (Votorantim), Matheus Villares (Temasek) e Dilhan Pillay (Temasek)  Foto: Alex Silva/Estadão

“Faltava no nosso portfólio um veículo para fazer uma alocação em tese de empresa de alto crescimento. Não é uma decisão circunstancial. Somos uma empresa centenária e tomamos decisões para durar no tempo”, afirma. A expectativa é de que o primeiro cheque seja assinado ainda em 2022. As conversas para a parceria começaram há cerca de um ano, segundo o executivo.

No Brasil a Temasek, no País desde 2008, possui uma carteira de investimentos da ordem de US$ 500 milhões – já chegou a US$ 1 bilhão, mas reduziu após uma rodada de desinvestimentos, necessários por conta da maturação do fundo.

Entre os investimentos da gigante de Cingapura há nomes como a Bionexo, empresa de tecnologia que faz intermediação entre hospitais e fornecedores, a Viveo, gigante na área de suprimentos médicos, e a rede de academias Smartfit.

“Esta parceria com a Votorantim é evolução da nossa estratégia de investimento para o Brasil. É uma nova e estimulante maneira de explorar oportunidades em um mercado importante. Também teremos a oportunidade de coinvestir em situações em que a operação exige um capital maior. E a Temasek pode investir diretamente, por exemplo, em empresas maduras no Brasil”, explica o presidente global da Temasek, Dilhan Pillay.

Tamanho do cheque

A gestora, que já recebeu o aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), foi batizada de 23S Capital (nome escolhido por ser a latitude de São Paulo). Ela será comandada por Matheus Villares, que lidera a Temasek no Brasil. A Votorantim estará presente no Comitê de Investimento da 23S.

Segundo Villares, os negócios que irão para mesa para análise não serão as de empresas muito iniciais (no jargão chamadas de “early stages”), mas sim aquelas que já conseguiram provar a tese do negócio. O cheque de investimento será da ordem de R$ 250 milhões a R$ 300 milhões.

Sobre os setores a receber os investimentos, os executivos afirmam que não há preferência, mas sinalizam que saúde é uma das prioridades. “Somos agnósticos em relação a setores. Olhamos Brasil há muito tempo, mas vemos com interesse saúde, tecnologia aplicada à saúde, educação, agtech, setor financeiro”, diz Villares.

Somos agnósticos em relação a setores. Olhamos Brasil há muito tempo, mas vemos com interesse saúde, tecnologia apicada à saúde, educação, agritech, setor financeiro.”

Matheus Villares, líder da Temasek no Brasil

Pillay, por sua vez, frisa que o Brasil tem ainda oportunidades em recursos naturais como metais, minerais, petróleo e gás. “Todos estes setores têm boas empresas que precisam desenvolver seus modelos de negócios com tecnologia; por exemplo, empresas de recursos que precisam de soluções de captura de carbono”, comenta Pillay, que esteva na semana passada no Brasil, para os trâmites finais do acordo.

Os executivos não abrem quanto cada parte colocará dos R$ 3,6 bilhões do novo fundo, mas garantem que, se necessário, caso apareça uma boa oportunidade que exija um cheque maior, novos aportes podem ocorrer. Por ora, o fundo seguirá fechado, mas eles não descartam convidar terceiros no futuro.

Exatamente no momento em que o dinheiro voltado para empresas de tecnologia começou a minguar por conta do cenário de juros mais altos em todo o mundo, o conglomerado brasileiro Votorantim se uniu à gestora Temasek, com sede em Cingapura e mais de R$ 1 trilhão sob gestão, para lançar um fundo de R$ 3,6 bilhões para investir em empresas com perfil de alto crescimento. É um universo que geralmente inclui as empresas “tech”, embora não seja restrito a elas.

O anúncio ocorre um momento em que o grupo Votorantim tem reciclado seu portfólio de investimentos e acaba, por exemplo, de tornar-se controladora da CCR, ao lado da Itaúsa.

O presidente da Votorantim S.A, João Schmidt, afirma que a parceira chega para complementar a estratégia de diversificação do portfólio do grupo. Ele diz que já havia uma intenção de investir no setor de tecnologia, por exemplo, área em que a Temasek é muito forte.

Sócios em nova gestora, da esquerda para a direita: João Schmidt (Votorantim), Matheus Villares (Temasek) e Dilhan Pillay (Temasek)  Foto: Alex Silva/Estadão

“Faltava no nosso portfólio um veículo para fazer uma alocação em tese de empresa de alto crescimento. Não é uma decisão circunstancial. Somos uma empresa centenária e tomamos decisões para durar no tempo”, afirma. A expectativa é de que o primeiro cheque seja assinado ainda em 2022. As conversas para a parceria começaram há cerca de um ano, segundo o executivo.

No Brasil a Temasek, no País desde 2008, possui uma carteira de investimentos da ordem de US$ 500 milhões – já chegou a US$ 1 bilhão, mas reduziu após uma rodada de desinvestimentos, necessários por conta da maturação do fundo.

Entre os investimentos da gigante de Cingapura há nomes como a Bionexo, empresa de tecnologia que faz intermediação entre hospitais e fornecedores, a Viveo, gigante na área de suprimentos médicos, e a rede de academias Smartfit.

“Esta parceria com a Votorantim é evolução da nossa estratégia de investimento para o Brasil. É uma nova e estimulante maneira de explorar oportunidades em um mercado importante. Também teremos a oportunidade de coinvestir em situações em que a operação exige um capital maior. E a Temasek pode investir diretamente, por exemplo, em empresas maduras no Brasil”, explica o presidente global da Temasek, Dilhan Pillay.

Tamanho do cheque

A gestora, que já recebeu o aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), foi batizada de 23S Capital (nome escolhido por ser a latitude de São Paulo). Ela será comandada por Matheus Villares, que lidera a Temasek no Brasil. A Votorantim estará presente no Comitê de Investimento da 23S.

Segundo Villares, os negócios que irão para mesa para análise não serão as de empresas muito iniciais (no jargão chamadas de “early stages”), mas sim aquelas que já conseguiram provar a tese do negócio. O cheque de investimento será da ordem de R$ 250 milhões a R$ 300 milhões.

Sobre os setores a receber os investimentos, os executivos afirmam que não há preferência, mas sinalizam que saúde é uma das prioridades. “Somos agnósticos em relação a setores. Olhamos Brasil há muito tempo, mas vemos com interesse saúde, tecnologia aplicada à saúde, educação, agtech, setor financeiro”, diz Villares.

Somos agnósticos em relação a setores. Olhamos Brasil há muito tempo, mas vemos com interesse saúde, tecnologia apicada à saúde, educação, agritech, setor financeiro.”

Matheus Villares, líder da Temasek no Brasil

Pillay, por sua vez, frisa que o Brasil tem ainda oportunidades em recursos naturais como metais, minerais, petróleo e gás. “Todos estes setores têm boas empresas que precisam desenvolver seus modelos de negócios com tecnologia; por exemplo, empresas de recursos que precisam de soluções de captura de carbono”, comenta Pillay, que esteva na semana passada no Brasil, para os trâmites finais do acordo.

Os executivos não abrem quanto cada parte colocará dos R$ 3,6 bilhões do novo fundo, mas garantem que, se necessário, caso apareça uma boa oportunidade que exija um cheque maior, novos aportes podem ocorrer. Por ora, o fundo seguirá fechado, mas eles não descartam convidar terceiros no futuro.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.