A XP, de Guilherme Benchimol, colocou na mesa a remontagem de sua plataforma de criptomoedas, em um momento em que o assunto tem ganhado cada vez mais fama entre os investidores no Brasil, apurou o Estadão. O assunto dentro da maior plataforma de investimentos do País não é uma novidade e já estava há alguns anos na mira, mas poderá ser retomado por conta de condições mais favoráveis para essa empreitada.
Os sócios da XP, que fazem parte da XP Controle, chegaram a montar uma corretora de criptomoedas, a Xdex, mas no começo do ano passado a operação encerrou atividades, citando as dificuldades de empreender em um mercado não regulado. Agora, com o assunto voltando à tona, a ideia é que a XP faça esse investimento.
Uma das questões que teriam afastado a XP de investir em uma plataforma de cripto, apurou o Estadão, seria um “veto” de seu então sócio Itaú Unibanco, que tinha 49% da XP. Agora, com o maior banco da América Latina começando a se desfazer da posição e perto de repassar a participação para que seus acionistas possam deter os papéis diretamente, as portas ficaram abertas para o investimento.
Atenta ao maior interesse de seus investidores para o mercado de criptoativos, a XP, nesse meio tempo, tem colocado fundos de investimento focados nesses ativos em sua plataforma, com valores de entrada acessíveis às pessoas físicas. O mercado de bitcoin, a criptomoeda mais famosa em todo o mundo, vem crescendo ano a ano.
No mundo, os olhos estão voltados para as corretoras de criptomoedas, principalmente após a abertura de capital da Coinbase, a maior dos Estados Unidos, na bolsa norte-americana Nasdaq, que já tem valor de mercado na casa de US$ 100 bilhões. Por aqui o Mercado Bitcoin, por exemplo, que estava atento a essa operação, já está com bancos contatados para fazer seu IPO (oferta inicial de ações) neste ano.
Procurada, XP não comentou até o momento.