Cinco visões de um professor de Stanford sobre a educação na era da inteligência artificial


Especialista em IA, Li Jiang diz que atual revolução tecnológica mostra que devemos parar de fazer o que as máquinas fazem para focar em habilidades humanas

Por Renata Cafardo

Na era das revoluções tecnológicas, não adianta competir com softwares e robôs, mas entender quais as habilidades que tornam os humanos diferentes. Essa é uma das reflexões de Li Jiang, professor da Universidade de Stanford (EUA), responsável pela primeira disciplina da instituição juntando inteligência artificial, robótica e ensino.

Em entrevista ao Estadão, o pesquisador comentou algumas das suas visões sobre o uso e as potencialidades da tecnologia na educação para o presente e o futuro.

Incentivar a curiosidade e a inovação estão entre as saídas para a educação diante da atual revolução tecnológica Foto: Prostock studio - stock.adobe.com
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Veja cinco visões do especialista.

Deixe os cálculos para as máquinas

“Você precisa ter a habilidade de diferenciar a capacidade humana da capacidade da máquina. Basicamente, se você está incentivando seus filhos a fazerem muitos cálculos, isso não está certo. É como pedir pra ele calcular mais rápido e com mais precisão do que uma máquina. Não tem sentido.”

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Mais espaço para as novidades

“O que aprendem na sala de aula geralmente não é muito inspirador, são conhecimentos antigos. Não estou dizendo que o conhecimento antigo não é bom. Eles são importantes, mas não devem ser a única coisa que aprendemos no ensino fundamental e médio.

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Eles deveriam ter canais para se expor às novidades que ocorrem na pesquisa, nas universidades, nos laboratórios nos últimos anos. Os cientistas deveriam dedicar algum tempo para ensiná-las de alguma forma.”

Inovação é o que importa

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“Nos velhos tempos, o conhecimento era a chave. Se você sabia algo e eu não, você tinha mais chances. Você poderia ir às bibliotecas, encontrar livros, memorizar conhecimentos. E, se alguém precisasse encontrar as informações, deveria ir à biblioteca, pegar todos esses livros. Hoje está tudo ao alcance de todos. Não competimos no conhecimento existente e em quão rápido você chega neles porque todos podem fazer isso.

É a inovação que importa, como usar o conhecimento e criar algo novo. É importante ensinar criação e inovação de modo mais humanizado, já que toda a IA ainda está presa ao anterior.”

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Proibir celular em sala adianta?

“Claro que notamos que o tempo de atenção dos alunos é mais curto na universidade por causa das distrações causadas por mensagens de texto, eles olham para o telefone a cada minuto. É um problema. Mas em países asiáticos, os pais proíbem celulares e jogos de computador antes da faculdade. Depois que vão para a faculdade e os pais não estão por perto, eles começam a faltar às aulas. Eles só jogam no computador dia e noite, não conseguem mais se controlar, não têm a capacidade de lidar com isso, de dizer não.”

Perguntar ao ChatGPT?

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“Acho que é a primeira vez na história humana que podemos realmente impulsionar uma aprendizagem orientada pelo interesse. Sou professor, mas meus filhos sempre vêm com perguntas que não consigo responder. Eu digo: vá perguntar para o ChatGPT. Ele provavelmente tem mais de 99% de chance de ter alguma resposta. Pelo menos para guiá-los e dizer ‘você quer isso, pesquise aqui’. Porque se você me fizer um monte de perguntas em uma área que não conheço, eu nem sei para que lado apontar.”

Na era das revoluções tecnológicas, não adianta competir com softwares e robôs, mas entender quais as habilidades que tornam os humanos diferentes. Essa é uma das reflexões de Li Jiang, professor da Universidade de Stanford (EUA), responsável pela primeira disciplina da instituição juntando inteligência artificial, robótica e ensino.

Em entrevista ao Estadão, o pesquisador comentou algumas das suas visões sobre o uso e as potencialidades da tecnologia na educação para o presente e o futuro.

Incentivar a curiosidade e a inovação estão entre as saídas para a educação diante da atual revolução tecnológica Foto: Prostock studio - stock.adobe.com

Veja cinco visões do especialista.

Deixe os cálculos para as máquinas

“Você precisa ter a habilidade de diferenciar a capacidade humana da capacidade da máquina. Basicamente, se você está incentivando seus filhos a fazerem muitos cálculos, isso não está certo. É como pedir pra ele calcular mais rápido e com mais precisão do que uma máquina. Não tem sentido.”

Mais espaço para as novidades

“O que aprendem na sala de aula geralmente não é muito inspirador, são conhecimentos antigos. Não estou dizendo que o conhecimento antigo não é bom. Eles são importantes, mas não devem ser a única coisa que aprendemos no ensino fundamental e médio.

Eles deveriam ter canais para se expor às novidades que ocorrem na pesquisa, nas universidades, nos laboratórios nos últimos anos. Os cientistas deveriam dedicar algum tempo para ensiná-las de alguma forma.”

Inovação é o que importa

“Nos velhos tempos, o conhecimento era a chave. Se você sabia algo e eu não, você tinha mais chances. Você poderia ir às bibliotecas, encontrar livros, memorizar conhecimentos. E, se alguém precisasse encontrar as informações, deveria ir à biblioteca, pegar todos esses livros. Hoje está tudo ao alcance de todos. Não competimos no conhecimento existente e em quão rápido você chega neles porque todos podem fazer isso.

É a inovação que importa, como usar o conhecimento e criar algo novo. É importante ensinar criação e inovação de modo mais humanizado, já que toda a IA ainda está presa ao anterior.”

Proibir celular em sala adianta?

“Claro que notamos que o tempo de atenção dos alunos é mais curto na universidade por causa das distrações causadas por mensagens de texto, eles olham para o telefone a cada minuto. É um problema. Mas em países asiáticos, os pais proíbem celulares e jogos de computador antes da faculdade. Depois que vão para a faculdade e os pais não estão por perto, eles começam a faltar às aulas. Eles só jogam no computador dia e noite, não conseguem mais se controlar, não têm a capacidade de lidar com isso, de dizer não.”

Perguntar ao ChatGPT?

“Acho que é a primeira vez na história humana que podemos realmente impulsionar uma aprendizagem orientada pelo interesse. Sou professor, mas meus filhos sempre vêm com perguntas que não consigo responder. Eu digo: vá perguntar para o ChatGPT. Ele provavelmente tem mais de 99% de chance de ter alguma resposta. Pelo menos para guiá-los e dizer ‘você quer isso, pesquise aqui’. Porque se você me fizer um monte de perguntas em uma área que não conheço, eu nem sei para que lado apontar.”

Na era das revoluções tecnológicas, não adianta competir com softwares e robôs, mas entender quais as habilidades que tornam os humanos diferentes. Essa é uma das reflexões de Li Jiang, professor da Universidade de Stanford (EUA), responsável pela primeira disciplina da instituição juntando inteligência artificial, robótica e ensino.

Em entrevista ao Estadão, o pesquisador comentou algumas das suas visões sobre o uso e as potencialidades da tecnologia na educação para o presente e o futuro.

Incentivar a curiosidade e a inovação estão entre as saídas para a educação diante da atual revolução tecnológica Foto: Prostock studio - stock.adobe.com

Veja cinco visões do especialista.

Deixe os cálculos para as máquinas

“Você precisa ter a habilidade de diferenciar a capacidade humana da capacidade da máquina. Basicamente, se você está incentivando seus filhos a fazerem muitos cálculos, isso não está certo. É como pedir pra ele calcular mais rápido e com mais precisão do que uma máquina. Não tem sentido.”

Mais espaço para as novidades

“O que aprendem na sala de aula geralmente não é muito inspirador, são conhecimentos antigos. Não estou dizendo que o conhecimento antigo não é bom. Eles são importantes, mas não devem ser a única coisa que aprendemos no ensino fundamental e médio.

Eles deveriam ter canais para se expor às novidades que ocorrem na pesquisa, nas universidades, nos laboratórios nos últimos anos. Os cientistas deveriam dedicar algum tempo para ensiná-las de alguma forma.”

Inovação é o que importa

“Nos velhos tempos, o conhecimento era a chave. Se você sabia algo e eu não, você tinha mais chances. Você poderia ir às bibliotecas, encontrar livros, memorizar conhecimentos. E, se alguém precisasse encontrar as informações, deveria ir à biblioteca, pegar todos esses livros. Hoje está tudo ao alcance de todos. Não competimos no conhecimento existente e em quão rápido você chega neles porque todos podem fazer isso.

É a inovação que importa, como usar o conhecimento e criar algo novo. É importante ensinar criação e inovação de modo mais humanizado, já que toda a IA ainda está presa ao anterior.”

Proibir celular em sala adianta?

“Claro que notamos que o tempo de atenção dos alunos é mais curto na universidade por causa das distrações causadas por mensagens de texto, eles olham para o telefone a cada minuto. É um problema. Mas em países asiáticos, os pais proíbem celulares e jogos de computador antes da faculdade. Depois que vão para a faculdade e os pais não estão por perto, eles começam a faltar às aulas. Eles só jogam no computador dia e noite, não conseguem mais se controlar, não têm a capacidade de lidar com isso, de dizer não.”

Perguntar ao ChatGPT?

“Acho que é a primeira vez na história humana que podemos realmente impulsionar uma aprendizagem orientada pelo interesse. Sou professor, mas meus filhos sempre vêm com perguntas que não consigo responder. Eu digo: vá perguntar para o ChatGPT. Ele provavelmente tem mais de 99% de chance de ter alguma resposta. Pelo menos para guiá-los e dizer ‘você quer isso, pesquise aqui’. Porque se você me fizer um monte de perguntas em uma área que não conheço, eu nem sei para que lado apontar.”

Na era das revoluções tecnológicas, não adianta competir com softwares e robôs, mas entender quais as habilidades que tornam os humanos diferentes. Essa é uma das reflexões de Li Jiang, professor da Universidade de Stanford (EUA), responsável pela primeira disciplina da instituição juntando inteligência artificial, robótica e ensino.

Em entrevista ao Estadão, o pesquisador comentou algumas das suas visões sobre o uso e as potencialidades da tecnologia na educação para o presente e o futuro.

Incentivar a curiosidade e a inovação estão entre as saídas para a educação diante da atual revolução tecnológica Foto: Prostock studio - stock.adobe.com

Veja cinco visões do especialista.

Deixe os cálculos para as máquinas

“Você precisa ter a habilidade de diferenciar a capacidade humana da capacidade da máquina. Basicamente, se você está incentivando seus filhos a fazerem muitos cálculos, isso não está certo. É como pedir pra ele calcular mais rápido e com mais precisão do que uma máquina. Não tem sentido.”

Mais espaço para as novidades

“O que aprendem na sala de aula geralmente não é muito inspirador, são conhecimentos antigos. Não estou dizendo que o conhecimento antigo não é bom. Eles são importantes, mas não devem ser a única coisa que aprendemos no ensino fundamental e médio.

Eles deveriam ter canais para se expor às novidades que ocorrem na pesquisa, nas universidades, nos laboratórios nos últimos anos. Os cientistas deveriam dedicar algum tempo para ensiná-las de alguma forma.”

Inovação é o que importa

“Nos velhos tempos, o conhecimento era a chave. Se você sabia algo e eu não, você tinha mais chances. Você poderia ir às bibliotecas, encontrar livros, memorizar conhecimentos. E, se alguém precisasse encontrar as informações, deveria ir à biblioteca, pegar todos esses livros. Hoje está tudo ao alcance de todos. Não competimos no conhecimento existente e em quão rápido você chega neles porque todos podem fazer isso.

É a inovação que importa, como usar o conhecimento e criar algo novo. É importante ensinar criação e inovação de modo mais humanizado, já que toda a IA ainda está presa ao anterior.”

Proibir celular em sala adianta?

“Claro que notamos que o tempo de atenção dos alunos é mais curto na universidade por causa das distrações causadas por mensagens de texto, eles olham para o telefone a cada minuto. É um problema. Mas em países asiáticos, os pais proíbem celulares e jogos de computador antes da faculdade. Depois que vão para a faculdade e os pais não estão por perto, eles começam a faltar às aulas. Eles só jogam no computador dia e noite, não conseguem mais se controlar, não têm a capacidade de lidar com isso, de dizer não.”

Perguntar ao ChatGPT?

“Acho que é a primeira vez na história humana que podemos realmente impulsionar uma aprendizagem orientada pelo interesse. Sou professor, mas meus filhos sempre vêm com perguntas que não consigo responder. Eu digo: vá perguntar para o ChatGPT. Ele provavelmente tem mais de 99% de chance de ter alguma resposta. Pelo menos para guiá-los e dizer ‘você quer isso, pesquise aqui’. Porque se você me fizer um monte de perguntas em uma área que não conheço, eu nem sei para que lado apontar.”

Na era das revoluções tecnológicas, não adianta competir com softwares e robôs, mas entender quais as habilidades que tornam os humanos diferentes. Essa é uma das reflexões de Li Jiang, professor da Universidade de Stanford (EUA), responsável pela primeira disciplina da instituição juntando inteligência artificial, robótica e ensino.

Em entrevista ao Estadão, o pesquisador comentou algumas das suas visões sobre o uso e as potencialidades da tecnologia na educação para o presente e o futuro.

Incentivar a curiosidade e a inovação estão entre as saídas para a educação diante da atual revolução tecnológica Foto: Prostock studio - stock.adobe.com

Veja cinco visões do especialista.

Deixe os cálculos para as máquinas

“Você precisa ter a habilidade de diferenciar a capacidade humana da capacidade da máquina. Basicamente, se você está incentivando seus filhos a fazerem muitos cálculos, isso não está certo. É como pedir pra ele calcular mais rápido e com mais precisão do que uma máquina. Não tem sentido.”

Mais espaço para as novidades

“O que aprendem na sala de aula geralmente não é muito inspirador, são conhecimentos antigos. Não estou dizendo que o conhecimento antigo não é bom. Eles são importantes, mas não devem ser a única coisa que aprendemos no ensino fundamental e médio.

Eles deveriam ter canais para se expor às novidades que ocorrem na pesquisa, nas universidades, nos laboratórios nos últimos anos. Os cientistas deveriam dedicar algum tempo para ensiná-las de alguma forma.”

Inovação é o que importa

“Nos velhos tempos, o conhecimento era a chave. Se você sabia algo e eu não, você tinha mais chances. Você poderia ir às bibliotecas, encontrar livros, memorizar conhecimentos. E, se alguém precisasse encontrar as informações, deveria ir à biblioteca, pegar todos esses livros. Hoje está tudo ao alcance de todos. Não competimos no conhecimento existente e em quão rápido você chega neles porque todos podem fazer isso.

É a inovação que importa, como usar o conhecimento e criar algo novo. É importante ensinar criação e inovação de modo mais humanizado, já que toda a IA ainda está presa ao anterior.”

Proibir celular em sala adianta?

“Claro que notamos que o tempo de atenção dos alunos é mais curto na universidade por causa das distrações causadas por mensagens de texto, eles olham para o telefone a cada minuto. É um problema. Mas em países asiáticos, os pais proíbem celulares e jogos de computador antes da faculdade. Depois que vão para a faculdade e os pais não estão por perto, eles começam a faltar às aulas. Eles só jogam no computador dia e noite, não conseguem mais se controlar, não têm a capacidade de lidar com isso, de dizer não.”

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“Acho que é a primeira vez na história humana que podemos realmente impulsionar uma aprendizagem orientada pelo interesse. Sou professor, mas meus filhos sempre vêm com perguntas que não consigo responder. Eu digo: vá perguntar para o ChatGPT. Ele provavelmente tem mais de 99% de chance de ter alguma resposta. Pelo menos para guiá-los e dizer ‘você quer isso, pesquise aqui’. Porque se você me fizer um monte de perguntas em uma área que não conheço, eu nem sei para que lado apontar.”

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