A educação que vale a pena

A pedagogia do cuidado


Para Bernardo Toro, não há opção: ou aprendemos a cuidar - de nós mesmos, dos outros e do planeta - ou vamos todos perecer

Por Ana Maria Diniz

Qual o propósito da Educação? Para que ela serve hoje? Qual é o objetivo de se educar as gerações futuras? Sem essas respostas, podemos virar tudo do avesso - as escolas, os sistemas de ensino, as políticas públicas, as faculdades de Pedagogia -, mas vamos continuar a acumular fracassos, frustrações e não vamos conseguir preparar as pessoas para que sejam realizadas e capazes de se comprometer com a coletividade à sua volta.

Essa foi a principal provocação feita pelo professor Bernardo Toro, filósofo colombiano que esteve no Brasil semana passada a convite do Instituto Península. Para quem não o conhece, Toro é um gigante do pensamento contemporâneo, um homem brilhante, que enxerga a Educação em toda a sua complexidade e vai além do óbvio ao fazer as devidas conexões entre os problemas educacionais com questões impreteríveis da agenda global, como democracia, desigualdade e sustentabilidade, sempre sob o viés da filosofia.

Se Toro não tem as respostas para todas as perguntas que estão no começo desse texto, ele parece estar quase lá quando defende, com bastante consistência, que tudo passa pelo cuidar - cuidar de si mesmo, dos outros, das instituições e do planeta. Segundo ele, não vamos achar solução para os problemas que nos afligem, sejam eles educacionais, políticos ou ambientais, se não substituirmos o paradigma de dominação, poder e consumo por um paradigma de cuidado, empatia e respeito. Isso pressupõe um novo entendimento sobre praticamente tudo, inclusive sobre a Educação.

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De tudo que ouvi e aprendi com Bernardo Toro, o que mais se evidenciou é que precisamos urgentemente, como sociedade, descobrir o que entendemos por Educação e para onde queremos que a nossa Educação nos leve. Precisamos de um projeto educacional focado não só na evolução e no êxito pessoal, mas também na consideração, no respeito e no cuidado com o próximo, com todos os brasileiros e com país.

Para isso, vamos ter que embaralhar todas as cartas e distribuí-las de novo e de um jeito totalmente diferente. Nesse sentido, Toro defende a transformação do sistema educacional em um projeto de nação em que a divisão entre ensino estatal e privado deixe de existir a fim de garantir a existência de um ensino que seja público de fato: gratuito, de qualidade e que atenda a todos sem distinção.

"O problema é que continuamos a acreditar que é bom ter dois sistemas educacionais, um para os nossos filhos e outro os filhos dos outros. Em vez de contribuir para diminuir a desigualdade social, esse modelo aprofunda as diferenças", afirma. "Podemos aumentar os salários dos professores, investir em formação inicial ou continuada, em tecnologia. Mas nada disso vai adiantar para melhorar a Educação no Brasil se o desenho das políticas educacionais continuar o mesmo." Talvez ele tenha razão.

Qual o propósito da Educação? Para que ela serve hoje? Qual é o objetivo de se educar as gerações futuras? Sem essas respostas, podemos virar tudo do avesso - as escolas, os sistemas de ensino, as políticas públicas, as faculdades de Pedagogia -, mas vamos continuar a acumular fracassos, frustrações e não vamos conseguir preparar as pessoas para que sejam realizadas e capazes de se comprometer com a coletividade à sua volta.

Essa foi a principal provocação feita pelo professor Bernardo Toro, filósofo colombiano que esteve no Brasil semana passada a convite do Instituto Península. Para quem não o conhece, Toro é um gigante do pensamento contemporâneo, um homem brilhante, que enxerga a Educação em toda a sua complexidade e vai além do óbvio ao fazer as devidas conexões entre os problemas educacionais com questões impreteríveis da agenda global, como democracia, desigualdade e sustentabilidade, sempre sob o viés da filosofia.

Se Toro não tem as respostas para todas as perguntas que estão no começo desse texto, ele parece estar quase lá quando defende, com bastante consistência, que tudo passa pelo cuidar - cuidar de si mesmo, dos outros, das instituições e do planeta. Segundo ele, não vamos achar solução para os problemas que nos afligem, sejam eles educacionais, políticos ou ambientais, se não substituirmos o paradigma de dominação, poder e consumo por um paradigma de cuidado, empatia e respeito. Isso pressupõe um novo entendimento sobre praticamente tudo, inclusive sobre a Educação.

De tudo que ouvi e aprendi com Bernardo Toro, o que mais se evidenciou é que precisamos urgentemente, como sociedade, descobrir o que entendemos por Educação e para onde queremos que a nossa Educação nos leve. Precisamos de um projeto educacional focado não só na evolução e no êxito pessoal, mas também na consideração, no respeito e no cuidado com o próximo, com todos os brasileiros e com país.

Para isso, vamos ter que embaralhar todas as cartas e distribuí-las de novo e de um jeito totalmente diferente. Nesse sentido, Toro defende a transformação do sistema educacional em um projeto de nação em que a divisão entre ensino estatal e privado deixe de existir a fim de garantir a existência de um ensino que seja público de fato: gratuito, de qualidade e que atenda a todos sem distinção.

"O problema é que continuamos a acreditar que é bom ter dois sistemas educacionais, um para os nossos filhos e outro os filhos dos outros. Em vez de contribuir para diminuir a desigualdade social, esse modelo aprofunda as diferenças", afirma. "Podemos aumentar os salários dos professores, investir em formação inicial ou continuada, em tecnologia. Mas nada disso vai adiantar para melhorar a Educação no Brasil se o desenho das políticas educacionais continuar o mesmo." Talvez ele tenha razão.

Qual o propósito da Educação? Para que ela serve hoje? Qual é o objetivo de se educar as gerações futuras? Sem essas respostas, podemos virar tudo do avesso - as escolas, os sistemas de ensino, as políticas públicas, as faculdades de Pedagogia -, mas vamos continuar a acumular fracassos, frustrações e não vamos conseguir preparar as pessoas para que sejam realizadas e capazes de se comprometer com a coletividade à sua volta.

Essa foi a principal provocação feita pelo professor Bernardo Toro, filósofo colombiano que esteve no Brasil semana passada a convite do Instituto Península. Para quem não o conhece, Toro é um gigante do pensamento contemporâneo, um homem brilhante, que enxerga a Educação em toda a sua complexidade e vai além do óbvio ao fazer as devidas conexões entre os problemas educacionais com questões impreteríveis da agenda global, como democracia, desigualdade e sustentabilidade, sempre sob o viés da filosofia.

Se Toro não tem as respostas para todas as perguntas que estão no começo desse texto, ele parece estar quase lá quando defende, com bastante consistência, que tudo passa pelo cuidar - cuidar de si mesmo, dos outros, das instituições e do planeta. Segundo ele, não vamos achar solução para os problemas que nos afligem, sejam eles educacionais, políticos ou ambientais, se não substituirmos o paradigma de dominação, poder e consumo por um paradigma de cuidado, empatia e respeito. Isso pressupõe um novo entendimento sobre praticamente tudo, inclusive sobre a Educação.

De tudo que ouvi e aprendi com Bernardo Toro, o que mais se evidenciou é que precisamos urgentemente, como sociedade, descobrir o que entendemos por Educação e para onde queremos que a nossa Educação nos leve. Precisamos de um projeto educacional focado não só na evolução e no êxito pessoal, mas também na consideração, no respeito e no cuidado com o próximo, com todos os brasileiros e com país.

Para isso, vamos ter que embaralhar todas as cartas e distribuí-las de novo e de um jeito totalmente diferente. Nesse sentido, Toro defende a transformação do sistema educacional em um projeto de nação em que a divisão entre ensino estatal e privado deixe de existir a fim de garantir a existência de um ensino que seja público de fato: gratuito, de qualidade e que atenda a todos sem distinção.

"O problema é que continuamos a acreditar que é bom ter dois sistemas educacionais, um para os nossos filhos e outro os filhos dos outros. Em vez de contribuir para diminuir a desigualdade social, esse modelo aprofunda as diferenças", afirma. "Podemos aumentar os salários dos professores, investir em formação inicial ou continuada, em tecnologia. Mas nada disso vai adiantar para melhorar a Educação no Brasil se o desenho das políticas educacionais continuar o mesmo." Talvez ele tenha razão.

Qual o propósito da Educação? Para que ela serve hoje? Qual é o objetivo de se educar as gerações futuras? Sem essas respostas, podemos virar tudo do avesso - as escolas, os sistemas de ensino, as políticas públicas, as faculdades de Pedagogia -, mas vamos continuar a acumular fracassos, frustrações e não vamos conseguir preparar as pessoas para que sejam realizadas e capazes de se comprometer com a coletividade à sua volta.

Essa foi a principal provocação feita pelo professor Bernardo Toro, filósofo colombiano que esteve no Brasil semana passada a convite do Instituto Península. Para quem não o conhece, Toro é um gigante do pensamento contemporâneo, um homem brilhante, que enxerga a Educação em toda a sua complexidade e vai além do óbvio ao fazer as devidas conexões entre os problemas educacionais com questões impreteríveis da agenda global, como democracia, desigualdade e sustentabilidade, sempre sob o viés da filosofia.

Se Toro não tem as respostas para todas as perguntas que estão no começo desse texto, ele parece estar quase lá quando defende, com bastante consistência, que tudo passa pelo cuidar - cuidar de si mesmo, dos outros, das instituições e do planeta. Segundo ele, não vamos achar solução para os problemas que nos afligem, sejam eles educacionais, políticos ou ambientais, se não substituirmos o paradigma de dominação, poder e consumo por um paradigma de cuidado, empatia e respeito. Isso pressupõe um novo entendimento sobre praticamente tudo, inclusive sobre a Educação.

De tudo que ouvi e aprendi com Bernardo Toro, o que mais se evidenciou é que precisamos urgentemente, como sociedade, descobrir o que entendemos por Educação e para onde queremos que a nossa Educação nos leve. Precisamos de um projeto educacional focado não só na evolução e no êxito pessoal, mas também na consideração, no respeito e no cuidado com o próximo, com todos os brasileiros e com país.

Para isso, vamos ter que embaralhar todas as cartas e distribuí-las de novo e de um jeito totalmente diferente. Nesse sentido, Toro defende a transformação do sistema educacional em um projeto de nação em que a divisão entre ensino estatal e privado deixe de existir a fim de garantir a existência de um ensino que seja público de fato: gratuito, de qualidade e que atenda a todos sem distinção.

"O problema é que continuamos a acreditar que é bom ter dois sistemas educacionais, um para os nossos filhos e outro os filhos dos outros. Em vez de contribuir para diminuir a desigualdade social, esse modelo aprofunda as diferenças", afirma. "Podemos aumentar os salários dos professores, investir em formação inicial ou continuada, em tecnologia. Mas nada disso vai adiantar para melhorar a Educação no Brasil se o desenho das políticas educacionais continuar o mesmo." Talvez ele tenha razão.

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