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Como o Canadá conquistou a expertise em inovação


Por Andrea Tissenbaum
Emmanuel Kamarianakis, embaixador do Canadá no Brasil. Foto: Embaixada do Canadá no Brasil

Emmanuel Kamarianakis, embaixador do Canadá no Brasil, explica como a produção de conhecimento tem fortalecido parcerias e laços de colaboração entre países.

País reconhecido internacionalmente por sua expertise em inovação, o Canadá tem um longo histórico de investimento em Pesquisa & Desenvolvimento, financiamento de programas de parceria acadêmica e industrial, implementação de políticas e regulamentações favoráveis à inovação, e incentivo ao avanço da ciência e da tecnologia no setor privado. As universidades e colleges são uma parte integral dessa estrutura de inovação. Em uma era de rápidas mudanças tecnológicas, econômicas, ambientais e sociais, os pesquisadores canadenses estão enfrentando os maiores desafios do mundo e criando um Canadá mais próspero, inclusivo e inovador.

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"Em nosso sistema educacional, procuramos capital humano de alta qualidade. Educação para nós não é sobre a quantidade de alunos que recebemos, mas sobre garantir que podemos atrair excelentes alunos, das mais diferentes partes do mundo. Por isso investimos em nossas universidades, que são reconhecidas mundialmente e precisam de estudantes que possam multiplicar conhecimento e fortalecer os laços de colaboração entre países", explica Emmanuel Kamarianakis, embaixador do Canadá no Brasil.

Diferente de outros países, o sistema educacional canadense não é regido pelo governo federal, mas pelos governos de cada província. Essa descentralização garante um modelo igualitário para financiar universidades, no qual a distribuição equitativa de recursos resulta na oferta de uma educação superior de excelência em todas as instituições de ensino.

"Ao longo dos últimos 10 anos fizemos investimentos significativos no nosso ecossistema de ciência, tecnologia e inovação - que está muito ligado ao nosso sistema de educação superior (especialmente a pós-graduação) - e financiamos inúmeros trabalhos nas áreas aplicadas e teóricas, muitas vezes utilizando nosso sistema universitário como um vetor, um canal de integração do conhecimento", reforça.

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Um bom exemplo disso, foi a criação dos Global Innovation Clusters, ecossistemas de inovação de primeira linha que envolvem diferentes províncias do país e, por meio de parcerias entre o setor privado, governo e universidades, desenvolvem cinco áreas chave: tecnologia digital (Vancouver), indústrias de proteína (Saskatchewan), manufatura avançada (sul de Ontário), inteligência artificial (Montreal) e tecnologias oceânicas (províncias atlânticas do Canadá).

"É complexo fazer com que os sistemas científicos e tecnológicos de diferentes países conversem entre si: todos temos modelos diferentes, abordagens diferentes e até as próprias universidades têm regras específicas. No entanto, nós incentivamos essas entidades (canadenses ou internacionais) a colaborarem entre si, sem micro gerenciamento. Nosso papel é aplicar recursos em pesquisa para transformar conhecimento em iniciativas práticas, promover o investimento em inovação e comercialização, agir como um catalisadores para o desenvolvimento de competências e talentos, e apoiar o crescimento e a expansão de empresas e de inovações que ajudam outros países em seu desenvolvimento", reforça o embaixador, que também foi Diretor Geral de Investimento. Inovação e Educação na sede da Global Affairs Canada.

Sim, a abordagem e o incentivo canadense para a colaboração internacional em ciência e tecnologia são fortes e envolvem múltiplos parceiros, inclusive o Brasil por meio de programas como o IRAP, que por meio da parceria EMBRAPE, FAPESP e National Research Council in Canada, financia empresas para desenvolver propriedades intelectuais e soluções. Este ano, Brasil e Canadá comemoram 13 anos do Acordo de Ciência, Tecnologia e Inovação (CTI). O acordo inclui o estabelecimento de um Comitê Conjunto para promover a colaboração bilateral em ciência, tecnologia e inovação entre parceiros canadenses e brasileiros da indústria, academia e governo.

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Em 2022, o Canadá recebeu cerca de 550 mil estudantes estrangeiros, dos quais 35 mil eram brasileiros, segundo o Ministério da Imigração, Refugiados e Cidadania. O Brasil está entre os 10 países (nono colocado) que mais envia estudantes para cursos de longa duração ao Canadá (10,385 brasileiros com permissões de estudos em 2022).

E você, trabalha com pesquisa ou pensa em fazer uma pós-graduação no Canadá? Conheça as ofertas de bolsas de estudo:

  1. Research Chair for Excellence - link
  2. Banting Postdoctoral Fellowships - link
  3. Vanier Canada Graduate Scholarships - link
  4. Organization of American States Academic Scholarship Program - link

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Andrea Tissenbaum, a Tissen, escreve sobre estudar fora e a experiência internacional. Também oferece assessoria em educação e carreiras internacionais

Entre em contato: tissenglobal@gmail.com

Siga o Blog da Tissen no LinkedinInstagramFacebook e Twitter.

Emmanuel Kamarianakis, embaixador do Canadá no Brasil. Foto: Embaixada do Canadá no Brasil

Emmanuel Kamarianakis, embaixador do Canadá no Brasil, explica como a produção de conhecimento tem fortalecido parcerias e laços de colaboração entre países.

País reconhecido internacionalmente por sua expertise em inovação, o Canadá tem um longo histórico de investimento em Pesquisa & Desenvolvimento, financiamento de programas de parceria acadêmica e industrial, implementação de políticas e regulamentações favoráveis à inovação, e incentivo ao avanço da ciência e da tecnologia no setor privado. As universidades e colleges são uma parte integral dessa estrutura de inovação. Em uma era de rápidas mudanças tecnológicas, econômicas, ambientais e sociais, os pesquisadores canadenses estão enfrentando os maiores desafios do mundo e criando um Canadá mais próspero, inclusivo e inovador.

"Em nosso sistema educacional, procuramos capital humano de alta qualidade. Educação para nós não é sobre a quantidade de alunos que recebemos, mas sobre garantir que podemos atrair excelentes alunos, das mais diferentes partes do mundo. Por isso investimos em nossas universidades, que são reconhecidas mundialmente e precisam de estudantes que possam multiplicar conhecimento e fortalecer os laços de colaboração entre países", explica Emmanuel Kamarianakis, embaixador do Canadá no Brasil.

Diferente de outros países, o sistema educacional canadense não é regido pelo governo federal, mas pelos governos de cada província. Essa descentralização garante um modelo igualitário para financiar universidades, no qual a distribuição equitativa de recursos resulta na oferta de uma educação superior de excelência em todas as instituições de ensino.

"Ao longo dos últimos 10 anos fizemos investimentos significativos no nosso ecossistema de ciência, tecnologia e inovação - que está muito ligado ao nosso sistema de educação superior (especialmente a pós-graduação) - e financiamos inúmeros trabalhos nas áreas aplicadas e teóricas, muitas vezes utilizando nosso sistema universitário como um vetor, um canal de integração do conhecimento", reforça.

Um bom exemplo disso, foi a criação dos Global Innovation Clusters, ecossistemas de inovação de primeira linha que envolvem diferentes províncias do país e, por meio de parcerias entre o setor privado, governo e universidades, desenvolvem cinco áreas chave: tecnologia digital (Vancouver), indústrias de proteína (Saskatchewan), manufatura avançada (sul de Ontário), inteligência artificial (Montreal) e tecnologias oceânicas (províncias atlânticas do Canadá).

"É complexo fazer com que os sistemas científicos e tecnológicos de diferentes países conversem entre si: todos temos modelos diferentes, abordagens diferentes e até as próprias universidades têm regras específicas. No entanto, nós incentivamos essas entidades (canadenses ou internacionais) a colaborarem entre si, sem micro gerenciamento. Nosso papel é aplicar recursos em pesquisa para transformar conhecimento em iniciativas práticas, promover o investimento em inovação e comercialização, agir como um catalisadores para o desenvolvimento de competências e talentos, e apoiar o crescimento e a expansão de empresas e de inovações que ajudam outros países em seu desenvolvimento", reforça o embaixador, que também foi Diretor Geral de Investimento. Inovação e Educação na sede da Global Affairs Canada.

Sim, a abordagem e o incentivo canadense para a colaboração internacional em ciência e tecnologia são fortes e envolvem múltiplos parceiros, inclusive o Brasil por meio de programas como o IRAP, que por meio da parceria EMBRAPE, FAPESP e National Research Council in Canada, financia empresas para desenvolver propriedades intelectuais e soluções. Este ano, Brasil e Canadá comemoram 13 anos do Acordo de Ciência, Tecnologia e Inovação (CTI). O acordo inclui o estabelecimento de um Comitê Conjunto para promover a colaboração bilateral em ciência, tecnologia e inovação entre parceiros canadenses e brasileiros da indústria, academia e governo.

Em 2022, o Canadá recebeu cerca de 550 mil estudantes estrangeiros, dos quais 35 mil eram brasileiros, segundo o Ministério da Imigração, Refugiados e Cidadania. O Brasil está entre os 10 países (nono colocado) que mais envia estudantes para cursos de longa duração ao Canadá (10,385 brasileiros com permissões de estudos em 2022).

E você, trabalha com pesquisa ou pensa em fazer uma pós-graduação no Canadá? Conheça as ofertas de bolsas de estudo:

  1. Research Chair for Excellence - link
  2. Banting Postdoctoral Fellowships - link
  3. Vanier Canada Graduate Scholarships - link
  4. Organization of American States Academic Scholarship Program - link

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Emmanuel Kamarianakis, embaixador do Canadá no Brasil. Foto: Embaixada do Canadá no Brasil

Emmanuel Kamarianakis, embaixador do Canadá no Brasil, explica como a produção de conhecimento tem fortalecido parcerias e laços de colaboração entre países.

País reconhecido internacionalmente por sua expertise em inovação, o Canadá tem um longo histórico de investimento em Pesquisa & Desenvolvimento, financiamento de programas de parceria acadêmica e industrial, implementação de políticas e regulamentações favoráveis à inovação, e incentivo ao avanço da ciência e da tecnologia no setor privado. As universidades e colleges são uma parte integral dessa estrutura de inovação. Em uma era de rápidas mudanças tecnológicas, econômicas, ambientais e sociais, os pesquisadores canadenses estão enfrentando os maiores desafios do mundo e criando um Canadá mais próspero, inclusivo e inovador.

"Em nosso sistema educacional, procuramos capital humano de alta qualidade. Educação para nós não é sobre a quantidade de alunos que recebemos, mas sobre garantir que podemos atrair excelentes alunos, das mais diferentes partes do mundo. Por isso investimos em nossas universidades, que são reconhecidas mundialmente e precisam de estudantes que possam multiplicar conhecimento e fortalecer os laços de colaboração entre países", explica Emmanuel Kamarianakis, embaixador do Canadá no Brasil.

Diferente de outros países, o sistema educacional canadense não é regido pelo governo federal, mas pelos governos de cada província. Essa descentralização garante um modelo igualitário para financiar universidades, no qual a distribuição equitativa de recursos resulta na oferta de uma educação superior de excelência em todas as instituições de ensino.

"Ao longo dos últimos 10 anos fizemos investimentos significativos no nosso ecossistema de ciência, tecnologia e inovação - que está muito ligado ao nosso sistema de educação superior (especialmente a pós-graduação) - e financiamos inúmeros trabalhos nas áreas aplicadas e teóricas, muitas vezes utilizando nosso sistema universitário como um vetor, um canal de integração do conhecimento", reforça.

Um bom exemplo disso, foi a criação dos Global Innovation Clusters, ecossistemas de inovação de primeira linha que envolvem diferentes províncias do país e, por meio de parcerias entre o setor privado, governo e universidades, desenvolvem cinco áreas chave: tecnologia digital (Vancouver), indústrias de proteína (Saskatchewan), manufatura avançada (sul de Ontário), inteligência artificial (Montreal) e tecnologias oceânicas (províncias atlânticas do Canadá).

"É complexo fazer com que os sistemas científicos e tecnológicos de diferentes países conversem entre si: todos temos modelos diferentes, abordagens diferentes e até as próprias universidades têm regras específicas. No entanto, nós incentivamos essas entidades (canadenses ou internacionais) a colaborarem entre si, sem micro gerenciamento. Nosso papel é aplicar recursos em pesquisa para transformar conhecimento em iniciativas práticas, promover o investimento em inovação e comercialização, agir como um catalisadores para o desenvolvimento de competências e talentos, e apoiar o crescimento e a expansão de empresas e de inovações que ajudam outros países em seu desenvolvimento", reforça o embaixador, que também foi Diretor Geral de Investimento. Inovação e Educação na sede da Global Affairs Canada.

Sim, a abordagem e o incentivo canadense para a colaboração internacional em ciência e tecnologia são fortes e envolvem múltiplos parceiros, inclusive o Brasil por meio de programas como o IRAP, que por meio da parceria EMBRAPE, FAPESP e National Research Council in Canada, financia empresas para desenvolver propriedades intelectuais e soluções. Este ano, Brasil e Canadá comemoram 13 anos do Acordo de Ciência, Tecnologia e Inovação (CTI). O acordo inclui o estabelecimento de um Comitê Conjunto para promover a colaboração bilateral em ciência, tecnologia e inovação entre parceiros canadenses e brasileiros da indústria, academia e governo.

Em 2022, o Canadá recebeu cerca de 550 mil estudantes estrangeiros, dos quais 35 mil eram brasileiros, segundo o Ministério da Imigração, Refugiados e Cidadania. O Brasil está entre os 10 países (nono colocado) que mais envia estudantes para cursos de longa duração ao Canadá (10,385 brasileiros com permissões de estudos em 2022).

E você, trabalha com pesquisa ou pensa em fazer uma pós-graduação no Canadá? Conheça as ofertas de bolsas de estudo:

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