Maripé Menéndez, Diretora do International Baccalaureate para a Ibero-América explica o desafiador e abrangente programa criado para o ensino médio.
Reconhecido globalmente como um currículo abrangente e desafiador para o ensino médio, o International Baccalaureate Diploma - IBDP, é um programa que tem por objetivo promover pensadores críticos, empáticos, corajosos, que assumem riscos e irão colaborar com a criação de um mundo mais justo e igualitário.
"Os alunos que participam do IB recebem uma educação de altíssima qualidade que amplia sua visão de mundo. É um programa criado para todos", explica a Dra. Maripé Menéndez, Diretora do International Baccalaureate para a Ibero-América (Desenvolvimento e Reconhecimento) da Fundação IB.
"Trabalhamos para que mais de 5.700 escolas (47% delas públicas), localizadas em 160 países, que atendem a mais de dois milhões de estudantes, possam oferecer uma educação abrangente e rigorosa que permita aos alunos compreender e lidar com as complexidades do nosso mundo e equipá-los com o conhecimento, as habilidades e as atitudes para agir com responsabilidade no futuro", enfatiza a educadora.
Um currículo internacional para formar cidadãos globais, desde cedo. Esse é o grande diferencial do IB Diploma. Trata-se de uma educação holística, pensando no futuro mercado de trabalho no qual o mercado é o mundo, e o aluno deve estar capacitado para identificar e conectar-se com as mais diferentes possibilidades.
"Se você só tem oportunidades, mas não tem preparação, vai ter dificuldades de levar a cabo aquilo que é proposto. E se você tem muita preparação, mas não sabe como detectar as oportunidades, vai ter dificuldades em aplicar seus conhecimentos. Essa mistura da preparação com a capacidade de enxergar a oportunidade, faz parte da visão holística que oferecemos aos nossos alunos".
Entre 2018 e 2022, o número de programas de IB em todo o mundo cresceu 34,2%. No Brasil, onde é oferecido desde 1980, é adotado por 62 escolas. Somos o 8º país no mundo que mais cresce em termos de instituições de ensino que adotam o programa IBDP, e ampliá-lo para escolas da rede pública faz parte dos planos da Fundação IB.
"Trazer o programa para uma escola quer dizer investir na formação dos professores, ter o compromisso de mudar o que acontece em sala de aula", explica Maripé. "Afinal, a instituição mais importante de um país é seu sistema educacional e é importante formar constantemente seus professores".
O que torna o IB Diploma tão especial?
O IB Diploma instiga a curiosidade e a capacidade criativa de seus alunos, exigindo deles um imenso apetite por conhecimento e disposição para enfrentar os desafios propostos. O currículo, composto por seis grupos de disciplinas e três matérias do núcleo obrigatório, pode variar em suas ofertas, embora algumas matérias, como matemática, idiomas, física e química, sejam obrigatoriamente oferecidas por todas as escolas.
Os alunos escolhem seis disciplinas, relacionadas aos seus interesses e programas universitários aos quais pretendem se candidatar. Três delas são em nível superior (HL) e três em nível padrão (SL). Além dessas seis, o núcleo DP (DP Core), é formado por três componentes obrigatórios, que visam ampliar sua experiência educacional e desafiá-los a aplicar seus conhecimentos e habilidades.
Dentro desse rico quadro de oportunidades, os alunos adquirem uma mentalidade internacional porque são instigados a pensar globalmente. Também se percebem mais competentes, preparados para solucionar analiticamente problemas da vida real, capazes de entender o que acontece em seu ambiente e de seguir suas carreiras em qualquer parte do globo.
"O que queremos saber? O que queremos fazer com o que sabemos? Como contextualizamos isso globalmente? Essas são as três perguntas que esperamos que nossos alunos se façam ao longo do programa", explica Maripé.
E, como essa riquíssima exposição à conhecimentos e possibilidades de criar e implementar projetos, é impossível não desejar cumprir com a missão do International Baccalaureate: ajudar a criar um mundo melhor e mais pacífico por meio da compreensão e do respeito interculturais.
Andrea Tissenbaum, a Tissen, escreve sobre estudar fora e a experiência internacional. Também oferece assessoria em educação e carreiras internacionais.
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