Poderoso canal gratuito de difusão global de nossa produção acadêmica, The Conversation ganha edição brasileira. Confira!
A edição brasileira do The Conversation, o mais democrático portal de divulgação científica do mundo, acaba de ser lançada. Com ele, cientistas brasileiros ganham um canal exclusivamente dedicado a divulgar o andamento das suas últimas pesquisas, opiniões sobre os temas atuais mais relevantes e as últimas notícias do meio acadêmico.
Plataforma única de colaboração entre acadêmicos e jornalistas, o The Conversation se tornou, em uma década, a principal fonte mundial de notícias e análises baseadas em pesquisa. Criado em 2011, na Austrália, o portal nasceu da missão de unir o rigor acadêmico com o estilo jornalístico. Seu objetivo é produzir conteúdo de qualidade sobre Ciência em uma linguagem que possa ser facilmente compreendida por um público não especialista, sem perda de qualidade.
"Este definitivamente não é um site tradicional de notícias", explica o editor chefe, Daniel Stycer. "É Ciência para todos, em formato atraente e atual, mas feito com responsabilidade e, sobretudo, carinho pelo conteúdo tratado. Queremos evitar tanto a superficialidade às vezes encontrada nas notícias de jornal quanto o aprofundamento hermético que vemos nos papers científicos tradicionais".
Atualmente, o The Conversation funciona como uma rede global de sites com equipes dedicadas trabalhando na Austrália e Nova Zelândia, EUA, Reino Unido, França, África, Indonésia, Espanha e Canadá. O Brasil passa a ser o nono país dessa rede e o primeiro a publicar em Português.
Todo o conteúdo é produzido diretamente por pesquisadores das mais importantes instituições científicas do Brasil, com a curadoria e o suporte editorial de uma equipe de jornalistas profissionais. O site é 100% gratuito, de leitura livre e de republicação livre, sob licença Creative Commons.
"O conhecimento que oferecemos aqui pode e deve ser reproduzido livremente, em qualquer lugar do mundo - com os devidos créditos, é claro. Fazemos isso porque somos um grupo sem fins lucrativos orientado por um objetivo claro: proporcionar acesso a um jornalismo explicativo de alta qualidade, que contribua para uma melhor tomada de decisões", reforça Stycer.
Graças a essa política, as publicações do The Conversation têm um alcance global. Além dos cerca de 20 milhões de leitores que acessam mensalmente as diferentes versões do site, outras 40 milhões de pessoas têm acesso ao conteúdo, por meio de republicações em outros veículos.
Intercâmbio global de cientistas
O funcionamento do The Conversation é parecido com o de uma revista acadêmica: estimula pesquisadores a sugerirem seus artigos e trabalhos como pautas a serem publicadas. Mas usa sua origem digital para ser muito mais útil que isso.
"Ao colaborar com seu artigo, o pesquisador brasileiro, por exemplo, ganha automaticamente sua própria página na nossa comunidade online, com ficha acadêmica e profissional, histórico de sua produção e, principalmente, uma grande porta aberta para ter seus escritos republicados globalmente em outras filiais do The Conversation ou em um dos nossos 20 mil veículos parceiros. Entre eles, alguns dos mais importantes sites de jornais, revistas e redes de TV de todo o mundo", explica Stycer.
Os números da comunidade The Conversation
Atualmente, o The Conversation Media Group, entidade sem fins lucrativos que administra a plataforma internacional de conteúdo e o licenciamento da marca pelo mundo, possui uma comunidade de mais de 90 mil acadêmicos cadastrados, todos necessariamente vinculados a uma das cerca de três mil universidades e instituições de pesquisa que apoiam o projeto. Nos últimos dez anos, mais de 152 mil artigos já foram publicados!
No Brasil, o The Conversation começou a ser gestado há cinco anos, quando uma equipe voluntária de pesquisadores, professores e jornalistas começou a desenvolver este projeto valioso, que abre horizontes de intercâmbio entre pesquisadores brasileiros com outros pesquisadores do mundo inteiro participantes dessa comunidade. "O portal quer ajudar a melhorar a qualidade e a abrangência da divulgação do conhecimento científico produzido nas universidades e institutos de pesquisa brasileiros, aproximando o país da Ciência de ponta no exterior. Aqui, queremos contribuir para o enriquecimento dos debates públicos, especialmente aqueles que versam sobre o futuro e o bem-estar do meio ambiente e da população", reforça Stycer.
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Fonte: The Conversation
Andrea Tissenbaum, a Tissen, escreve sobre estudar fora e a experiência internacional. Também oferece assessoria em educação e carreiras internacionais.
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