Brasil fica atrás de Uzbequistão e Kosovo em avaliação de leitura para alunos do ensino fundamental


Entre 65 nações participantes, País ficou à frente apenas de Irã, Jordânia, Egito e África do Sul

Por Redação
Atualização:

Dados da avaliação global Pirls (sigla em inglês de Progress in International Reading Literacy Study) divulgados nesta terça-feira, 16, mostram o Brasil à frente somente de Irã, Jordânia, Egito e África do Sul em um ranking que avaliou em 57 países a capacidade de alunos do 4º ano do ensino fundamental de leitura e compreensão de textos. Também participaram do exame oito nações/cidades chamadas de “benchmarking” pelos organizadores.

As provas foram feitas em 2021 e mostram o efeito da pandemia na educação. O resultado foi considerado ruim por especialistas porque coloca o Brasil muito atrás dos países desenvolvidos. O exame é realizado por amostragem em larga escala em escolas públicas e privadas, abrangendo todo o território nacional.

Brasil apresenta desempenho fraco em avaliação internacional de educação que mede níveis de leitura e compreensão de texto. Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO
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Foi a primeira vez que o Brasil participou da avaliação. O Pirls é um exame focado especificamente em leitura e realizado a cada cinco anos, desde 2001. A prova é organizada pela IEA (International Association for the Evaluation of Educational Achievement), uma cooperativa internacional de instituições de pesquisa, acadêmicos e analistas.

Dados compilados pelo Iede (Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional) mostram que o Brasil está, na média, atrás de Azerbaijão, Uzbequistão, Omã e Kosovo. O País obteve média de 419 pontos, pouco acima da pontuação mais baixa da escala.

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De acordo com a avaliação do Pirls, os estudantes na faixa dos 400 pontos, como os brasileiros, conseguem, ao ler textos literários predominantemente fáceis, localizar, recuperar e reproduzir informações, ações ou ideias explicitamente declaradas. Também são capazes de fazer inferências simples e diretas sobre as ações dos personagens.

Já com relação a textos informativos, podem localizar, recuperar e reproduzir informações explícitas, além de fazer inferências simples e diretas para fornecer uma razão para um resultado. 75% dos estudantes brasileiros estão atrás da média de Israel, por exemplo.

O Pirls é reconhecido como um exame de referência internacional para avaliar a leitura no 4º ano do ensino fundamental, considerado um importante ponto de transição no desenvolvimento acadêmico dos alunos como leitores. Entre os países que participaram do exame estão Albânia, Austrália, Áustria, Bélgica, Bulgária, Croácia, Chipre, República Checa, Dinamarca, Finlândia, França, Geórgia, Hungria, Letônia, Lituânia, Marrocos, Nova Zelândia, Noruega, Sérvia, Eslovênia, Espanha, Suécia e Turquia.

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Em nota divulgada nesta terça-feira, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) detalhou que mais de 4.900 alunos do 4º ano do ensino fundamental brasileiro foram avaliados em 187 escolas públicas e privadas.

“O Pirls afere as habilidades em leitura de alunos do 4º ano do ensino fundamental, momento em que, normalmente, o aluno já aprendeu a ler e está colocando a leitura em prática como um instrumento de aprendizado. Por isso, a avaliação busca coletar dados, justamente, sobre esse ponto da trajetória escolar”, informou o órgão brasileiro.

Os resultados do Pirls permitem que cada país avalie os conhecimentos e as habilidades de leitura de seus estudantes em relação aos demais países participantes, diz o Inep. “A troca de experiências, a partir dos resultados obtidos, pode contribuir para o permanente aprimoramento da qualidade da educação e para a equidade dos resultados de aprendizagem”, acrescenta.

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A pontuação média alcançada pelos estudantes brasileiros (419) se localiza no Nível Baixo da escala pedagógica de proficiência do exame, detalha o Inep. A escala aponta o nível avançado para pontuação acima de 625, alto para valores acima de 550, intermediário para notas acima de 475 e baixo, a partir de 400, faixa em que o Brasil se encontra.

38% não dominam habilidades básicas de leitura, diz Inep

Em nota publicada sobre o desempenho do Brasil na avaliação, o Inep recordou que a realização do exame foi feita durante a crise sanitária provocada pelo coronavírus. “Em primeiro lugar, é importante lembrar que a aplicação do Pirls 2021 ocorreu durante o período de emergência global em função da pandemia de Covid-19″, afirmou.

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Entretanto, o instituto reconheceu que a pontuação alcançada coloca o Brasil “no nível baixo da escala pedagógica de proficiência” do Pirls”, e cita que 38% dos estudantes brasileiros não dominam as habilidades básicas de leituras, e que somente 13% alcançaram nível alto ou avançado de proficiência em compreensão leitora. Ainda conforme o Inep, o domínio básico de leitura foi atingido apenas por 24% dos avaliados.

“Esse resultado evidencia que os alunos, ao lerem predominantemente textos literários e informacionais com nível de dificuldade fácil, são capazes de localizar e recuperar informações explícitas”, diz o Inep na mensagem. “Também é possível identificar que os estudantes brasileiros conseguem fazer inferências diretas sobre alguma ação do personagem (textos literários) ou sobre a razão para um determinado resultado (textos informativos)”.

“No entanto”, continua a nota, “aproximadamente 38% dos participantes do Pirls 2021 não dominam as habilidades mais básicas de leitura, como recuperar e reproduzir um pedaço de informação declarada no texto”, informa o Inep. “Cerca de 24% dos alunos dominavam apenas as habilidades básicas de leitura e somente 13% dos estudantes brasileiros podem ser considerados proficientes em compreensão leitora no 4º ano de escolarização, pois alcançaram nível alto ou avançado de proficiência”.

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O instituto afirmou ainda na mensagem que, dentro de algumas semanas, lançará o Relatório Nacional do Pirls 2021.

Dados da avaliação global Pirls (sigla em inglês de Progress in International Reading Literacy Study) divulgados nesta terça-feira, 16, mostram o Brasil à frente somente de Irã, Jordânia, Egito e África do Sul em um ranking que avaliou em 57 países a capacidade de alunos do 4º ano do ensino fundamental de leitura e compreensão de textos. Também participaram do exame oito nações/cidades chamadas de “benchmarking” pelos organizadores.

As provas foram feitas em 2021 e mostram o efeito da pandemia na educação. O resultado foi considerado ruim por especialistas porque coloca o Brasil muito atrás dos países desenvolvidos. O exame é realizado por amostragem em larga escala em escolas públicas e privadas, abrangendo todo o território nacional.

Brasil apresenta desempenho fraco em avaliação internacional de educação que mede níveis de leitura e compreensão de texto. Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO

Foi a primeira vez que o Brasil participou da avaliação. O Pirls é um exame focado especificamente em leitura e realizado a cada cinco anos, desde 2001. A prova é organizada pela IEA (International Association for the Evaluation of Educational Achievement), uma cooperativa internacional de instituições de pesquisa, acadêmicos e analistas.

Dados compilados pelo Iede (Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional) mostram que o Brasil está, na média, atrás de Azerbaijão, Uzbequistão, Omã e Kosovo. O País obteve média de 419 pontos, pouco acima da pontuação mais baixa da escala.

De acordo com a avaliação do Pirls, os estudantes na faixa dos 400 pontos, como os brasileiros, conseguem, ao ler textos literários predominantemente fáceis, localizar, recuperar e reproduzir informações, ações ou ideias explicitamente declaradas. Também são capazes de fazer inferências simples e diretas sobre as ações dos personagens.

Já com relação a textos informativos, podem localizar, recuperar e reproduzir informações explícitas, além de fazer inferências simples e diretas para fornecer uma razão para um resultado. 75% dos estudantes brasileiros estão atrás da média de Israel, por exemplo.

O Pirls é reconhecido como um exame de referência internacional para avaliar a leitura no 4º ano do ensino fundamental, considerado um importante ponto de transição no desenvolvimento acadêmico dos alunos como leitores. Entre os países que participaram do exame estão Albânia, Austrália, Áustria, Bélgica, Bulgária, Croácia, Chipre, República Checa, Dinamarca, Finlândia, França, Geórgia, Hungria, Letônia, Lituânia, Marrocos, Nova Zelândia, Noruega, Sérvia, Eslovênia, Espanha, Suécia e Turquia.

Em nota divulgada nesta terça-feira, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) detalhou que mais de 4.900 alunos do 4º ano do ensino fundamental brasileiro foram avaliados em 187 escolas públicas e privadas.

“O Pirls afere as habilidades em leitura de alunos do 4º ano do ensino fundamental, momento em que, normalmente, o aluno já aprendeu a ler e está colocando a leitura em prática como um instrumento de aprendizado. Por isso, a avaliação busca coletar dados, justamente, sobre esse ponto da trajetória escolar”, informou o órgão brasileiro.

Os resultados do Pirls permitem que cada país avalie os conhecimentos e as habilidades de leitura de seus estudantes em relação aos demais países participantes, diz o Inep. “A troca de experiências, a partir dos resultados obtidos, pode contribuir para o permanente aprimoramento da qualidade da educação e para a equidade dos resultados de aprendizagem”, acrescenta.

A pontuação média alcançada pelos estudantes brasileiros (419) se localiza no Nível Baixo da escala pedagógica de proficiência do exame, detalha o Inep. A escala aponta o nível avançado para pontuação acima de 625, alto para valores acima de 550, intermediário para notas acima de 475 e baixo, a partir de 400, faixa em que o Brasil se encontra.

38% não dominam habilidades básicas de leitura, diz Inep

Em nota publicada sobre o desempenho do Brasil na avaliação, o Inep recordou que a realização do exame foi feita durante a crise sanitária provocada pelo coronavírus. “Em primeiro lugar, é importante lembrar que a aplicação do Pirls 2021 ocorreu durante o período de emergência global em função da pandemia de Covid-19″, afirmou.

Entretanto, o instituto reconheceu que a pontuação alcançada coloca o Brasil “no nível baixo da escala pedagógica de proficiência” do Pirls”, e cita que 38% dos estudantes brasileiros não dominam as habilidades básicas de leituras, e que somente 13% alcançaram nível alto ou avançado de proficiência em compreensão leitora. Ainda conforme o Inep, o domínio básico de leitura foi atingido apenas por 24% dos avaliados.

“Esse resultado evidencia que os alunos, ao lerem predominantemente textos literários e informacionais com nível de dificuldade fácil, são capazes de localizar e recuperar informações explícitas”, diz o Inep na mensagem. “Também é possível identificar que os estudantes brasileiros conseguem fazer inferências diretas sobre alguma ação do personagem (textos literários) ou sobre a razão para um determinado resultado (textos informativos)”.

“No entanto”, continua a nota, “aproximadamente 38% dos participantes do Pirls 2021 não dominam as habilidades mais básicas de leitura, como recuperar e reproduzir um pedaço de informação declarada no texto”, informa o Inep. “Cerca de 24% dos alunos dominavam apenas as habilidades básicas de leitura e somente 13% dos estudantes brasileiros podem ser considerados proficientes em compreensão leitora no 4º ano de escolarização, pois alcançaram nível alto ou avançado de proficiência”.

O instituto afirmou ainda na mensagem que, dentro de algumas semanas, lançará o Relatório Nacional do Pirls 2021.

Dados da avaliação global Pirls (sigla em inglês de Progress in International Reading Literacy Study) divulgados nesta terça-feira, 16, mostram o Brasil à frente somente de Irã, Jordânia, Egito e África do Sul em um ranking que avaliou em 57 países a capacidade de alunos do 4º ano do ensino fundamental de leitura e compreensão de textos. Também participaram do exame oito nações/cidades chamadas de “benchmarking” pelos organizadores.

As provas foram feitas em 2021 e mostram o efeito da pandemia na educação. O resultado foi considerado ruim por especialistas porque coloca o Brasil muito atrás dos países desenvolvidos. O exame é realizado por amostragem em larga escala em escolas públicas e privadas, abrangendo todo o território nacional.

Brasil apresenta desempenho fraco em avaliação internacional de educação que mede níveis de leitura e compreensão de texto. Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO

Foi a primeira vez que o Brasil participou da avaliação. O Pirls é um exame focado especificamente em leitura e realizado a cada cinco anos, desde 2001. A prova é organizada pela IEA (International Association for the Evaluation of Educational Achievement), uma cooperativa internacional de instituições de pesquisa, acadêmicos e analistas.

Dados compilados pelo Iede (Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional) mostram que o Brasil está, na média, atrás de Azerbaijão, Uzbequistão, Omã e Kosovo. O País obteve média de 419 pontos, pouco acima da pontuação mais baixa da escala.

De acordo com a avaliação do Pirls, os estudantes na faixa dos 400 pontos, como os brasileiros, conseguem, ao ler textos literários predominantemente fáceis, localizar, recuperar e reproduzir informações, ações ou ideias explicitamente declaradas. Também são capazes de fazer inferências simples e diretas sobre as ações dos personagens.

Já com relação a textos informativos, podem localizar, recuperar e reproduzir informações explícitas, além de fazer inferências simples e diretas para fornecer uma razão para um resultado. 75% dos estudantes brasileiros estão atrás da média de Israel, por exemplo.

O Pirls é reconhecido como um exame de referência internacional para avaliar a leitura no 4º ano do ensino fundamental, considerado um importante ponto de transição no desenvolvimento acadêmico dos alunos como leitores. Entre os países que participaram do exame estão Albânia, Austrália, Áustria, Bélgica, Bulgária, Croácia, Chipre, República Checa, Dinamarca, Finlândia, França, Geórgia, Hungria, Letônia, Lituânia, Marrocos, Nova Zelândia, Noruega, Sérvia, Eslovênia, Espanha, Suécia e Turquia.

Em nota divulgada nesta terça-feira, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) detalhou que mais de 4.900 alunos do 4º ano do ensino fundamental brasileiro foram avaliados em 187 escolas públicas e privadas.

“O Pirls afere as habilidades em leitura de alunos do 4º ano do ensino fundamental, momento em que, normalmente, o aluno já aprendeu a ler e está colocando a leitura em prática como um instrumento de aprendizado. Por isso, a avaliação busca coletar dados, justamente, sobre esse ponto da trajetória escolar”, informou o órgão brasileiro.

Os resultados do Pirls permitem que cada país avalie os conhecimentos e as habilidades de leitura de seus estudantes em relação aos demais países participantes, diz o Inep. “A troca de experiências, a partir dos resultados obtidos, pode contribuir para o permanente aprimoramento da qualidade da educação e para a equidade dos resultados de aprendizagem”, acrescenta.

A pontuação média alcançada pelos estudantes brasileiros (419) se localiza no Nível Baixo da escala pedagógica de proficiência do exame, detalha o Inep. A escala aponta o nível avançado para pontuação acima de 625, alto para valores acima de 550, intermediário para notas acima de 475 e baixo, a partir de 400, faixa em que o Brasil se encontra.

38% não dominam habilidades básicas de leitura, diz Inep

Em nota publicada sobre o desempenho do Brasil na avaliação, o Inep recordou que a realização do exame foi feita durante a crise sanitária provocada pelo coronavírus. “Em primeiro lugar, é importante lembrar que a aplicação do Pirls 2021 ocorreu durante o período de emergência global em função da pandemia de Covid-19″, afirmou.

Entretanto, o instituto reconheceu que a pontuação alcançada coloca o Brasil “no nível baixo da escala pedagógica de proficiência” do Pirls”, e cita que 38% dos estudantes brasileiros não dominam as habilidades básicas de leituras, e que somente 13% alcançaram nível alto ou avançado de proficiência em compreensão leitora. Ainda conforme o Inep, o domínio básico de leitura foi atingido apenas por 24% dos avaliados.

“Esse resultado evidencia que os alunos, ao lerem predominantemente textos literários e informacionais com nível de dificuldade fácil, são capazes de localizar e recuperar informações explícitas”, diz o Inep na mensagem. “Também é possível identificar que os estudantes brasileiros conseguem fazer inferências diretas sobre alguma ação do personagem (textos literários) ou sobre a razão para um determinado resultado (textos informativos)”.

“No entanto”, continua a nota, “aproximadamente 38% dos participantes do Pirls 2021 não dominam as habilidades mais básicas de leitura, como recuperar e reproduzir um pedaço de informação declarada no texto”, informa o Inep. “Cerca de 24% dos alunos dominavam apenas as habilidades básicas de leitura e somente 13% dos estudantes brasileiros podem ser considerados proficientes em compreensão leitora no 4º ano de escolarização, pois alcançaram nível alto ou avançado de proficiência”.

O instituto afirmou ainda na mensagem que, dentro de algumas semanas, lançará o Relatório Nacional do Pirls 2021.

Dados da avaliação global Pirls (sigla em inglês de Progress in International Reading Literacy Study) divulgados nesta terça-feira, 16, mostram o Brasil à frente somente de Irã, Jordânia, Egito e África do Sul em um ranking que avaliou em 57 países a capacidade de alunos do 4º ano do ensino fundamental de leitura e compreensão de textos. Também participaram do exame oito nações/cidades chamadas de “benchmarking” pelos organizadores.

As provas foram feitas em 2021 e mostram o efeito da pandemia na educação. O resultado foi considerado ruim por especialistas porque coloca o Brasil muito atrás dos países desenvolvidos. O exame é realizado por amostragem em larga escala em escolas públicas e privadas, abrangendo todo o território nacional.

Brasil apresenta desempenho fraco em avaliação internacional de educação que mede níveis de leitura e compreensão de texto. Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO

Foi a primeira vez que o Brasil participou da avaliação. O Pirls é um exame focado especificamente em leitura e realizado a cada cinco anos, desde 2001. A prova é organizada pela IEA (International Association for the Evaluation of Educational Achievement), uma cooperativa internacional de instituições de pesquisa, acadêmicos e analistas.

Dados compilados pelo Iede (Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional) mostram que o Brasil está, na média, atrás de Azerbaijão, Uzbequistão, Omã e Kosovo. O País obteve média de 419 pontos, pouco acima da pontuação mais baixa da escala.

De acordo com a avaliação do Pirls, os estudantes na faixa dos 400 pontos, como os brasileiros, conseguem, ao ler textos literários predominantemente fáceis, localizar, recuperar e reproduzir informações, ações ou ideias explicitamente declaradas. Também são capazes de fazer inferências simples e diretas sobre as ações dos personagens.

Já com relação a textos informativos, podem localizar, recuperar e reproduzir informações explícitas, além de fazer inferências simples e diretas para fornecer uma razão para um resultado. 75% dos estudantes brasileiros estão atrás da média de Israel, por exemplo.

O Pirls é reconhecido como um exame de referência internacional para avaliar a leitura no 4º ano do ensino fundamental, considerado um importante ponto de transição no desenvolvimento acadêmico dos alunos como leitores. Entre os países que participaram do exame estão Albânia, Austrália, Áustria, Bélgica, Bulgária, Croácia, Chipre, República Checa, Dinamarca, Finlândia, França, Geórgia, Hungria, Letônia, Lituânia, Marrocos, Nova Zelândia, Noruega, Sérvia, Eslovênia, Espanha, Suécia e Turquia.

Em nota divulgada nesta terça-feira, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) detalhou que mais de 4.900 alunos do 4º ano do ensino fundamental brasileiro foram avaliados em 187 escolas públicas e privadas.

“O Pirls afere as habilidades em leitura de alunos do 4º ano do ensino fundamental, momento em que, normalmente, o aluno já aprendeu a ler e está colocando a leitura em prática como um instrumento de aprendizado. Por isso, a avaliação busca coletar dados, justamente, sobre esse ponto da trajetória escolar”, informou o órgão brasileiro.

Os resultados do Pirls permitem que cada país avalie os conhecimentos e as habilidades de leitura de seus estudantes em relação aos demais países participantes, diz o Inep. “A troca de experiências, a partir dos resultados obtidos, pode contribuir para o permanente aprimoramento da qualidade da educação e para a equidade dos resultados de aprendizagem”, acrescenta.

A pontuação média alcançada pelos estudantes brasileiros (419) se localiza no Nível Baixo da escala pedagógica de proficiência do exame, detalha o Inep. A escala aponta o nível avançado para pontuação acima de 625, alto para valores acima de 550, intermediário para notas acima de 475 e baixo, a partir de 400, faixa em que o Brasil se encontra.

38% não dominam habilidades básicas de leitura, diz Inep

Em nota publicada sobre o desempenho do Brasil na avaliação, o Inep recordou que a realização do exame foi feita durante a crise sanitária provocada pelo coronavírus. “Em primeiro lugar, é importante lembrar que a aplicação do Pirls 2021 ocorreu durante o período de emergência global em função da pandemia de Covid-19″, afirmou.

Entretanto, o instituto reconheceu que a pontuação alcançada coloca o Brasil “no nível baixo da escala pedagógica de proficiência” do Pirls”, e cita que 38% dos estudantes brasileiros não dominam as habilidades básicas de leituras, e que somente 13% alcançaram nível alto ou avançado de proficiência em compreensão leitora. Ainda conforme o Inep, o domínio básico de leitura foi atingido apenas por 24% dos avaliados.

“Esse resultado evidencia que os alunos, ao lerem predominantemente textos literários e informacionais com nível de dificuldade fácil, são capazes de localizar e recuperar informações explícitas”, diz o Inep na mensagem. “Também é possível identificar que os estudantes brasileiros conseguem fazer inferências diretas sobre alguma ação do personagem (textos literários) ou sobre a razão para um determinado resultado (textos informativos)”.

“No entanto”, continua a nota, “aproximadamente 38% dos participantes do Pirls 2021 não dominam as habilidades mais básicas de leitura, como recuperar e reproduzir um pedaço de informação declarada no texto”, informa o Inep. “Cerca de 24% dos alunos dominavam apenas as habilidades básicas de leitura e somente 13% dos estudantes brasileiros podem ser considerados proficientes em compreensão leitora no 4º ano de escolarização, pois alcançaram nível alto ou avançado de proficiência”.

O instituto afirmou ainda na mensagem que, dentro de algumas semanas, lançará o Relatório Nacional do Pirls 2021.

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