Fora a restrição de relógios, a proibição do uso de lápis e borracha durante a prova é a principal reclamação dos estudantes em relação às novas regras do Enem.
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Para Jun Taniguchi, de 19 anos, a medida vai atrapalhar os alunos. “E se eu fizer uma conta de matemática enorme e errar? Vai faltar espaço.” Candidato ao curso de Educação Física, o jovem também critica a proibição de relógios. “Os que têm problemas com o tempo, como eu, serão prejudicados.” Ele reclama ainda da pouca divulgação das novas regras.
A vestibulanda Fernanda Delosi Rocha, de 18 anos, concorda com Taniguchi e afirma que tentará praticar a resolução de contas de matemática a caneta. A estudante, que prestará Medicina em universidades estaduais como a de São Paulo e federais como a do Paraná, considera que as medidas são uma reação exagerada ao vazamento da prova do Enem no ano passado.
“As regras eram normais, como em qualquer vestibular. Agora eles proíbem até lápis. Estou indignada”. A estudante diz, no entanto, que está acostumada com a limitação do uso de relógio. “Nem chego a levar em vestibulares porque sei que muitos não deixam usar. Costumo perguntar o horário para o fiscal”.
Gabriela Roncon, de 18 anos, vestibulanda de Direito, concorda com as mudanças. Esta é a segunda vez que ela fará a prova e, por isso, está segura em relação às novas regras. “Eu acho que essas medidas devem ser tomadas, sim. Ainda mais depois do que aconteceu em 2009”. Para Gabriela, a proibição do relógio não será problema, já que, geralmente, o horário é informado no quadro pelos fiscais de prova. A estudante ressalta ainda que, em outros vestibulares, o sistema é parecido com o adotado pelo Enem. Para a prova, os estudantes devem levar cartão de identificação, identidade e caneta de tinta preta.