Blog dos Colégios

Educação à distância X Educação apesar da distância


Assim que a suspensão das aulas foi determinada pelo governo do Estado, em menos de uma semana tivemos que nos preparar para trabalhar à distância. Muitas questões surgiram: Vamos adotar uma única plataforma? Várias? Quais? Melhor publicar os roteiros de estudo no site? Como receber de volta? E como proceder com as crianças? Live? Aulas online? Gravar vídeos e postar? Como propor atividades para que elas não venham a depender tanto dos pais? Como evitar o excesso de telas? Quais aprendizagens devemos priorizar neste momento com os recursos que teremos? Como convidar estudantes a fazê-las? E como acompanhar o que estão fazendo? Como dar retorno sobre as produções deles?

Por Colégio Equipe

A partir de trocas entre professores e coordenação, optou-se, no EFII e no EM, por usar a plataforma Google Sala de Aula. E o aprendizado de como usá-la, tanto para professores como para alunos já se deu durante o isolamento. Na EI e na EFI optamos por usar nosso próprio site para postagem das atividades. A princípio nos pareceu que as crianças não conseguiriam usar a plataforma do Google com autonomia. Outros complicadores se agregavam: ter seus próprios e-mails, saber escrever e salvar arquivos, depender do computador da casa para realizar as tarefas. No uso da plataforma, professores e estudantes elaboram e realizam a maioria das atividades lá diretamente. Já no EI e EFI os professores elaboram as atividades, o setor de informática posta e os estudantes as enviam por e-mail.

Acontece que estruturar este sistema foi apenas o primeiro passo. Em seguida o desafio dos professores foi adaptar conteúdos e atividades que foram planejadas para serem realizadas em encontros presenciais para o trabalho à distância. Alguns se arriscaram em vídeos, outros em estudos dirigidos, mas todos sentiam falta do retorno imediato dos estudantes a suas propostas. Nem tirar dúvidas sobre um enunciado era fácil. Muito menos adequar o tempo para realizar cada tarefa. Entretanto, cada um foi encontrando o seu jeito de se fazer comunicar e de manter contato nessa nova condição.

Aqui é importante ressaltar que, num contexto como este, é muito fácil nos perdermos dos nossos objetivos educacionais. A tecnologia tende a se impor como conteúdo e não a se portar como um mero recurso pedagógico e educacional. Quantas vezes nos vimos submergidos apenas no como fazer, quando deveríamos buscar articular o quê e para quê nossos estudantes devem fazer uma atividade proposta por nós. Isso porque o ensino tecnicista (do qual o ensino à distância é um bom exemplo) coloca o recurso e a técnica no centro do processo ensino-aprendizagem.

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Fácil cair na armadilha de "deliveries de atividades": professor faz o pedido, estudante entrega (ou não)! Fácil também reduzir o processo ensino-aprendizagem à mera transmissão de conteúdos! Na verdade a tecnologia limita a experiência de interação tanto do professor com seus estudantes quanto deles entre si. Ela não dá conta do processo educacional como um todo que envolve o encontro entre professores e estudantes mediados pelos conteúdos visando a aprendizagens.

O ritmo coletivo de aprendizagem de uma turma, coordenado e balizado pelos professores em aulas, por exemplo, perde-se à distância e passam a prevalecer os ritmos individuais. Em todos os ciclos, se para alguns estudantes as primeiras atividades propostas eram muitas, exigindo muitas horas de estudo diário, para outros o ritmo estava adequado e para outros ainda o ritmo estava lento. Infelizmente, constatamos também que alguns não conseguiram dar conta delas numa rotina sem demarcações claras de tempo e de espaço. E com as crianças essa questão do ritmo se agrava, pois dependem mais de adultos na supervisão/organização das suas tarefas.

Contudo não podemos perder o foco da essência do nosso trabalho educacional e pedagógico, nem de nosso papel de educadores. Não queremos e não estamos fazendo ensino à distância. Estamos usando ferramentas de ensino à distância, para manter o vínculo das crianças e dos jovens com a escola, com seus educadores e com o processo ensino-aprendizagem! Porque a distância neste momento se faz necessária, estamos usando a tecnologia como um recurso de aproximação, como um recurso para manter nossos vínculos, esses sim fundamentais no processo educacional.

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Certamente teremos prejuízos na aprendizagem de conteúdos específicos! É importante que tenhamos clareza disso. Entretanto esses conteúdos serão reorganizados nos planejamentos dos professores, quando as aulas presenciais forem retomadas. Já o vínculo e o afeto, quando se rompem, são bem mais difíceis de serem resgatados. Então, tudo o que estamos fazendo neste momento (fichas de atividades, vídeos, áudios, estudos dirigidos, indicações de leitura, indicações de filmes, músicas e aulas online) é para nos mantermos juntos aos nossos estudantes, convidando-os ao estudo e a aprendizagens. E queremos que essa presença seja prazerosa, desafiadora, criativa, amorosa.

Vale ainda dizer que, à medida que professores se familiarizam com as ferramentas e que estudantes e pais passam a nos dar retornos sobre como tem sido realizar as atividades, estamos aprimorando nosso trabalho. Estamos conseguindo focar nos nossos objetivos, aprendendo a escolher as mediações adequadas para trabalhá-los, ou seja, estamos fazendo uso da tecnologia como um meio de aproximação e não de ensino à distância. E quanto mais conhecimento da tecnologia e familiaridade com ela adquirimos, mais claro fica para nós que ela é apenas um recurso no processo educacional, ou seja, ela jamais irá substituir as aulas e os encontros presenciais entre educadores e alunos.

Luciana Fevorini Diretora Escolar

A partir de trocas entre professores e coordenação, optou-se, no EFII e no EM, por usar a plataforma Google Sala de Aula. E o aprendizado de como usá-la, tanto para professores como para alunos já se deu durante o isolamento. Na EI e na EFI optamos por usar nosso próprio site para postagem das atividades. A princípio nos pareceu que as crianças não conseguiriam usar a plataforma do Google com autonomia. Outros complicadores se agregavam: ter seus próprios e-mails, saber escrever e salvar arquivos, depender do computador da casa para realizar as tarefas. No uso da plataforma, professores e estudantes elaboram e realizam a maioria das atividades lá diretamente. Já no EI e EFI os professores elaboram as atividades, o setor de informática posta e os estudantes as enviam por e-mail.

Acontece que estruturar este sistema foi apenas o primeiro passo. Em seguida o desafio dos professores foi adaptar conteúdos e atividades que foram planejadas para serem realizadas em encontros presenciais para o trabalho à distância. Alguns se arriscaram em vídeos, outros em estudos dirigidos, mas todos sentiam falta do retorno imediato dos estudantes a suas propostas. Nem tirar dúvidas sobre um enunciado era fácil. Muito menos adequar o tempo para realizar cada tarefa. Entretanto, cada um foi encontrando o seu jeito de se fazer comunicar e de manter contato nessa nova condição.

Aqui é importante ressaltar que, num contexto como este, é muito fácil nos perdermos dos nossos objetivos educacionais. A tecnologia tende a se impor como conteúdo e não a se portar como um mero recurso pedagógico e educacional. Quantas vezes nos vimos submergidos apenas no como fazer, quando deveríamos buscar articular o quê e para quê nossos estudantes devem fazer uma atividade proposta por nós. Isso porque o ensino tecnicista (do qual o ensino à distância é um bom exemplo) coloca o recurso e a técnica no centro do processo ensino-aprendizagem.

Fácil cair na armadilha de "deliveries de atividades": professor faz o pedido, estudante entrega (ou não)! Fácil também reduzir o processo ensino-aprendizagem à mera transmissão de conteúdos! Na verdade a tecnologia limita a experiência de interação tanto do professor com seus estudantes quanto deles entre si. Ela não dá conta do processo educacional como um todo que envolve o encontro entre professores e estudantes mediados pelos conteúdos visando a aprendizagens.

O ritmo coletivo de aprendizagem de uma turma, coordenado e balizado pelos professores em aulas, por exemplo, perde-se à distância e passam a prevalecer os ritmos individuais. Em todos os ciclos, se para alguns estudantes as primeiras atividades propostas eram muitas, exigindo muitas horas de estudo diário, para outros o ritmo estava adequado e para outros ainda o ritmo estava lento. Infelizmente, constatamos também que alguns não conseguiram dar conta delas numa rotina sem demarcações claras de tempo e de espaço. E com as crianças essa questão do ritmo se agrava, pois dependem mais de adultos na supervisão/organização das suas tarefas.

Contudo não podemos perder o foco da essência do nosso trabalho educacional e pedagógico, nem de nosso papel de educadores. Não queremos e não estamos fazendo ensino à distância. Estamos usando ferramentas de ensino à distância, para manter o vínculo das crianças e dos jovens com a escola, com seus educadores e com o processo ensino-aprendizagem! Porque a distância neste momento se faz necessária, estamos usando a tecnologia como um recurso de aproximação, como um recurso para manter nossos vínculos, esses sim fundamentais no processo educacional.

Certamente teremos prejuízos na aprendizagem de conteúdos específicos! É importante que tenhamos clareza disso. Entretanto esses conteúdos serão reorganizados nos planejamentos dos professores, quando as aulas presenciais forem retomadas. Já o vínculo e o afeto, quando se rompem, são bem mais difíceis de serem resgatados. Então, tudo o que estamos fazendo neste momento (fichas de atividades, vídeos, áudios, estudos dirigidos, indicações de leitura, indicações de filmes, músicas e aulas online) é para nos mantermos juntos aos nossos estudantes, convidando-os ao estudo e a aprendizagens. E queremos que essa presença seja prazerosa, desafiadora, criativa, amorosa.

Vale ainda dizer que, à medida que professores se familiarizam com as ferramentas e que estudantes e pais passam a nos dar retornos sobre como tem sido realizar as atividades, estamos aprimorando nosso trabalho. Estamos conseguindo focar nos nossos objetivos, aprendendo a escolher as mediações adequadas para trabalhá-los, ou seja, estamos fazendo uso da tecnologia como um meio de aproximação e não de ensino à distância. E quanto mais conhecimento da tecnologia e familiaridade com ela adquirimos, mais claro fica para nós que ela é apenas um recurso no processo educacional, ou seja, ela jamais irá substituir as aulas e os encontros presenciais entre educadores e alunos.

Luciana Fevorini Diretora Escolar

A partir de trocas entre professores e coordenação, optou-se, no EFII e no EM, por usar a plataforma Google Sala de Aula. E o aprendizado de como usá-la, tanto para professores como para alunos já se deu durante o isolamento. Na EI e na EFI optamos por usar nosso próprio site para postagem das atividades. A princípio nos pareceu que as crianças não conseguiriam usar a plataforma do Google com autonomia. Outros complicadores se agregavam: ter seus próprios e-mails, saber escrever e salvar arquivos, depender do computador da casa para realizar as tarefas. No uso da plataforma, professores e estudantes elaboram e realizam a maioria das atividades lá diretamente. Já no EI e EFI os professores elaboram as atividades, o setor de informática posta e os estudantes as enviam por e-mail.

Acontece que estruturar este sistema foi apenas o primeiro passo. Em seguida o desafio dos professores foi adaptar conteúdos e atividades que foram planejadas para serem realizadas em encontros presenciais para o trabalho à distância. Alguns se arriscaram em vídeos, outros em estudos dirigidos, mas todos sentiam falta do retorno imediato dos estudantes a suas propostas. Nem tirar dúvidas sobre um enunciado era fácil. Muito menos adequar o tempo para realizar cada tarefa. Entretanto, cada um foi encontrando o seu jeito de se fazer comunicar e de manter contato nessa nova condição.

Aqui é importante ressaltar que, num contexto como este, é muito fácil nos perdermos dos nossos objetivos educacionais. A tecnologia tende a se impor como conteúdo e não a se portar como um mero recurso pedagógico e educacional. Quantas vezes nos vimos submergidos apenas no como fazer, quando deveríamos buscar articular o quê e para quê nossos estudantes devem fazer uma atividade proposta por nós. Isso porque o ensino tecnicista (do qual o ensino à distância é um bom exemplo) coloca o recurso e a técnica no centro do processo ensino-aprendizagem.

Fácil cair na armadilha de "deliveries de atividades": professor faz o pedido, estudante entrega (ou não)! Fácil também reduzir o processo ensino-aprendizagem à mera transmissão de conteúdos! Na verdade a tecnologia limita a experiência de interação tanto do professor com seus estudantes quanto deles entre si. Ela não dá conta do processo educacional como um todo que envolve o encontro entre professores e estudantes mediados pelos conteúdos visando a aprendizagens.

O ritmo coletivo de aprendizagem de uma turma, coordenado e balizado pelos professores em aulas, por exemplo, perde-se à distância e passam a prevalecer os ritmos individuais. Em todos os ciclos, se para alguns estudantes as primeiras atividades propostas eram muitas, exigindo muitas horas de estudo diário, para outros o ritmo estava adequado e para outros ainda o ritmo estava lento. Infelizmente, constatamos também que alguns não conseguiram dar conta delas numa rotina sem demarcações claras de tempo e de espaço. E com as crianças essa questão do ritmo se agrava, pois dependem mais de adultos na supervisão/organização das suas tarefas.

Contudo não podemos perder o foco da essência do nosso trabalho educacional e pedagógico, nem de nosso papel de educadores. Não queremos e não estamos fazendo ensino à distância. Estamos usando ferramentas de ensino à distância, para manter o vínculo das crianças e dos jovens com a escola, com seus educadores e com o processo ensino-aprendizagem! Porque a distância neste momento se faz necessária, estamos usando a tecnologia como um recurso de aproximação, como um recurso para manter nossos vínculos, esses sim fundamentais no processo educacional.

Certamente teremos prejuízos na aprendizagem de conteúdos específicos! É importante que tenhamos clareza disso. Entretanto esses conteúdos serão reorganizados nos planejamentos dos professores, quando as aulas presenciais forem retomadas. Já o vínculo e o afeto, quando se rompem, são bem mais difíceis de serem resgatados. Então, tudo o que estamos fazendo neste momento (fichas de atividades, vídeos, áudios, estudos dirigidos, indicações de leitura, indicações de filmes, músicas e aulas online) é para nos mantermos juntos aos nossos estudantes, convidando-os ao estudo e a aprendizagens. E queremos que essa presença seja prazerosa, desafiadora, criativa, amorosa.

Vale ainda dizer que, à medida que professores se familiarizam com as ferramentas e que estudantes e pais passam a nos dar retornos sobre como tem sido realizar as atividades, estamos aprimorando nosso trabalho. Estamos conseguindo focar nos nossos objetivos, aprendendo a escolher as mediações adequadas para trabalhá-los, ou seja, estamos fazendo uso da tecnologia como um meio de aproximação e não de ensino à distância. E quanto mais conhecimento da tecnologia e familiaridade com ela adquirimos, mais claro fica para nós que ela é apenas um recurso no processo educacional, ou seja, ela jamais irá substituir as aulas e os encontros presenciais entre educadores e alunos.

Luciana Fevorini Diretora Escolar

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