Blog dos Colégios

Paternidade e paternalismo: um fio de navalha para o educador


Para nós educadores existem concepções de limites muito tênues, cuja confusão das linhas demarcatórias pode ser de consequências danosas. Este é o caso dos conceitos em epígrafe.

Por Colégio FAAP

Tomemos o conceito de paternidade em seu sentido mais amplo, ou seja, a responsabilidade que alguém assume por outro ser humano de provedor, protetor, formador, mesmo não o tendo gerado. A sacralidade desse sentimento, entranhada em nossa humanidade, é capaz de extremos de altruísmo ou de egoísmo num espectro inimaginável e que, extrapolando sua essência, provoca distorções perigosas.

Gerar, amparar e libertar a cria para que ela possa viver uma felicidade autônoma se apresenta hoje, cada vez mais, como um dos grandes desafios do educador: insegurança, incertezas, vazio de valores e de referências éticas nos levam a exageros ou omissões constantes.

O risco paternalista, enquanto degradação perniciosa da paternidade, nos empurra para o medo de deixar nossos filhos caírem no erro, nos leva ao equívoco maior de não lhes permitir aprender com o erro e com o risco.

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O que nos trouxe a essas singelas e um tanto óbvias reflexões foi o balanço final da Semana do Colégio FAAP: dado um amplo roteiro de atividades esportivas e culturais, liberar nossos alunos para construir esse complexo evento, sempre nos suscitou expectativas. No entanto, mais uma vez, fomos agradavelmente surpreendidos pelo desempenho, criatividade, espírito de cooperação e cidadania que, apesar da acirrada competição, tomou conta do evento.

Talvez como consequência do absenteísmo crescente dos pais, constata-se uma onda crescente de paternalismo nas famílias que tem infantilizado toda uma geração nos estratos sociais mais elevados. Ou por excesso de zelo, ou por crise de consciência, as famílias criam ambientes sufocantes de uma artificialidade perigosa.

Nossa experiência nos mostra que recebendo uma base moral sólida na infância, fundamentada no exemplo, só o ar rarefeito da liberdade assistida será capaz de afastar nossos jovens dos males quase epidêmicos que assolam nossa civilização. Todo o resto será esforço inócuo, tardio, mas do qual não podemos, jamais, abrir mão, pois uma vida é toda a humanidade!

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Professor Henrique Vailati Neto é diretor do Colégio FAAP - SP. Formado em História e Pedagogia, com mestrado em Administração. É professor universitário nas disciplinas de Sociologia e Ciência Política. Tem quatro filhos e quatro netos.

 

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Troque ideia com o professor: col.diretoria@faap.br

Tomemos o conceito de paternidade em seu sentido mais amplo, ou seja, a responsabilidade que alguém assume por outro ser humano de provedor, protetor, formador, mesmo não o tendo gerado. A sacralidade desse sentimento, entranhada em nossa humanidade, é capaz de extremos de altruísmo ou de egoísmo num espectro inimaginável e que, extrapolando sua essência, provoca distorções perigosas.

Gerar, amparar e libertar a cria para que ela possa viver uma felicidade autônoma se apresenta hoje, cada vez mais, como um dos grandes desafios do educador: insegurança, incertezas, vazio de valores e de referências éticas nos levam a exageros ou omissões constantes.

O risco paternalista, enquanto degradação perniciosa da paternidade, nos empurra para o medo de deixar nossos filhos caírem no erro, nos leva ao equívoco maior de não lhes permitir aprender com o erro e com o risco.

O que nos trouxe a essas singelas e um tanto óbvias reflexões foi o balanço final da Semana do Colégio FAAP: dado um amplo roteiro de atividades esportivas e culturais, liberar nossos alunos para construir esse complexo evento, sempre nos suscitou expectativas. No entanto, mais uma vez, fomos agradavelmente surpreendidos pelo desempenho, criatividade, espírito de cooperação e cidadania que, apesar da acirrada competição, tomou conta do evento.

Talvez como consequência do absenteísmo crescente dos pais, constata-se uma onda crescente de paternalismo nas famílias que tem infantilizado toda uma geração nos estratos sociais mais elevados. Ou por excesso de zelo, ou por crise de consciência, as famílias criam ambientes sufocantes de uma artificialidade perigosa.

Nossa experiência nos mostra que recebendo uma base moral sólida na infância, fundamentada no exemplo, só o ar rarefeito da liberdade assistida será capaz de afastar nossos jovens dos males quase epidêmicos que assolam nossa civilização. Todo o resto será esforço inócuo, tardio, mas do qual não podemos, jamais, abrir mão, pois uma vida é toda a humanidade!

 

Professor Henrique Vailati Neto é diretor do Colégio FAAP - SP. Formado em História e Pedagogia, com mestrado em Administração. É professor universitário nas disciplinas de Sociologia e Ciência Política. Tem quatro filhos e quatro netos.

 

Troque ideia com o professor: col.diretoria@faap.br

Tomemos o conceito de paternidade em seu sentido mais amplo, ou seja, a responsabilidade que alguém assume por outro ser humano de provedor, protetor, formador, mesmo não o tendo gerado. A sacralidade desse sentimento, entranhada em nossa humanidade, é capaz de extremos de altruísmo ou de egoísmo num espectro inimaginável e que, extrapolando sua essência, provoca distorções perigosas.

Gerar, amparar e libertar a cria para que ela possa viver uma felicidade autônoma se apresenta hoje, cada vez mais, como um dos grandes desafios do educador: insegurança, incertezas, vazio de valores e de referências éticas nos levam a exageros ou omissões constantes.

O risco paternalista, enquanto degradação perniciosa da paternidade, nos empurra para o medo de deixar nossos filhos caírem no erro, nos leva ao equívoco maior de não lhes permitir aprender com o erro e com o risco.

O que nos trouxe a essas singelas e um tanto óbvias reflexões foi o balanço final da Semana do Colégio FAAP: dado um amplo roteiro de atividades esportivas e culturais, liberar nossos alunos para construir esse complexo evento, sempre nos suscitou expectativas. No entanto, mais uma vez, fomos agradavelmente surpreendidos pelo desempenho, criatividade, espírito de cooperação e cidadania que, apesar da acirrada competição, tomou conta do evento.

Talvez como consequência do absenteísmo crescente dos pais, constata-se uma onda crescente de paternalismo nas famílias que tem infantilizado toda uma geração nos estratos sociais mais elevados. Ou por excesso de zelo, ou por crise de consciência, as famílias criam ambientes sufocantes de uma artificialidade perigosa.

Nossa experiência nos mostra que recebendo uma base moral sólida na infância, fundamentada no exemplo, só o ar rarefeito da liberdade assistida será capaz de afastar nossos jovens dos males quase epidêmicos que assolam nossa civilização. Todo o resto será esforço inócuo, tardio, mas do qual não podemos, jamais, abrir mão, pois uma vida é toda a humanidade!

 

Professor Henrique Vailati Neto é diretor do Colégio FAAP - SP. Formado em História e Pedagogia, com mestrado em Administração. É professor universitário nas disciplinas de Sociologia e Ciência Política. Tem quatro filhos e quatro netos.

 

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