"A África faz parte de nós!". Esse é o tema que faz parte do livro de Ensino Religioso que as turmas dos 3ºs Anos do Ensino Fundamental - Anos Iniciais, do Colégio Marista Glória, estão estudando. Para o estudo, as professoras buscaram uma literatura em que os alunos pudessem também praticar uma modalidade textual (escrever cartas).
Na abertura desse projeto, a bibliotecária Valéria Aparecida Cordero dos Santos, cuidadosamente selecionou o livro "Os tesouros de Monifa", escrito por Sonia Rosa.
"É de extrema importância conhecer a história e cultura dos povos africanos, pois eles fazem parte da formação do povo brasileiro", explica a bibliotecária.
Durante a leitura realizada por ela, olhos atentos e curiosos somavam-se ao desejo de descobrirem mais sobre a temática trabalhada. No livro, o tema de ancestralidade e escravidão é escrito de forma sensível e poética, adequado para o estudo.
"Ele conta a história de uma menina que se encanta ao conhecer a vida de sua tataravó por memórias registradas em versos, diário, músicas e uma carta. Esses escritos foram guardados em uma caixa e passados de geração a geração", revela Valéria.
No decorrer da história, o livro presenteia o leitor com a "carta de Monifa". Assim, após ouvir e conhecer a história da personagem, cada turma recebeu "uma caixa de tesouro". Dentro dela, havia uma carta manuscrita com palavras de muito afeto demonstrando a importância da leitura e um pequeno texto norteador que convidava os alunos a escreverem uma carta resposta à personagem, pensando em atitudes, palavras de acolhimento ou até mesmo ações que poderiam realizar o sonho dela: "Respeito entre homens de todas as cores!"
Escrever e decorar
Os alunos das cinco turmas escreveram e decoraram as cartas. Algumas foram utilizadas na produção de um mural na entrada da biblioteca e as demais foram organizadas em pastas, identificadas por turma e expostas no interior do mesmo local.
No balcão em que estão as pastas com as cartas escritas pelos alunos, mantém-se o livro selecionado dentre outros com a temática: gênero cartas e cultura africana. Com isso, todos que frequentam o espaço terão a oportunidade de apreciar a produção escrita dos terceiros anos, bem como verificar outras leituras.
Para confecção das cinco caixas tesouro, foram utilizadas sobras de papel colorido e caixas de papelão, fortalecendo o compromisso com uma educação que incentiva e pratica a sustentabilidade.
Segundo a professora Cintia Frauches, responsável pelo projeto, a ideia é trazer para cada turma o princípio de união, igualdade e a valorização de cada história.
"A caixa tesouro será aberta na última semana de aula como forma de confraternização quando os alunos retomarão as memórias construídas durante o ano", afirma a docente.