Uma turma do 5º ano do Ensino Fundamental - Anos Iniciais, do Colégio Marista Arquidiocesano, está produzindo um projeto visando, além de compreender sobre a questão dos refugiados, promover doações para uma Ong denominada Casa Venezuela, que recebe cidadãos venezuelanos que buscam abrigo no Brasil. A entidade tem como objetivo facilitar e otimizar o processo de integração socioeconômica dos migrantes venezuelanos, que chegam ao país fugindo da crise e à procura de uma vida com mais paz, dignidade e oportunidades.
Os pequenos estão promovendo pesquisas e debates em sala de aula sobre a recepção de refugiados em um território e as condições necessárias para acolhê-los. Aprenderam a diferença entre imigrantes e refugiados e, por meio de reportagens, conheceram também a situação em mais países, como o Afeganistão, Ucrânia, Coreia do Norte e China.
Blanca Montilla, representante da Ong Casa Venezuela, falou aos alunos sobre a situação de seus compatriotas que buscam refúgio em outras nações. Segundo dados oficiais da ACNUR, agência da ONU para refugiados, que protege e oferece assistência às pessoas refugiadas, deslocadas e apátridas em todo o mundo, mais de 6 milhões de cidadãos já deixaram o país. Os estudantes também puderam participar de um grupo de debate com estudantes do 3º ano do Ensino Médio, a fim de exercitarem suas falas, com diferentes temas, praticando alguns aspectos da democracia, como a liberdade de expressão.
O trabalho denominado "Refugiados: a luta pela vida" está sendo orientado pela coordenadora pedagógica Lilian Gramorelli e conduzido pela professora Dezirê Grazioli Machado e faz parte do desenvolvimento do Projeto de Intervenção Social (PIS) da turma, uma prática pedagógica Marista que promove o diálogo e o protagonismo, permitindo entender as necessidades humanas e sociais, questioná-las e traçar caminhos para enfrentar as problematizações contemporâneas.
De acordo com Dezirê Grazioli Machado, um dos pontos principais discutidos com as crianças é sobre o conceito de democracia, as liberdades de expressão, de imprensa, respeito às diferenças, acesso à informação e as liberdades individuais. "Nas aulas de História, eles aprenderam que existem países que não vivem em uma democracia, como é viver sob a sombra de um governo autoritário e seus efeitos sobre a vida da população", explica a docente.