Blog dos Colégios

Opinião|Os ritos da adolescência


Por Colégio Pentágono
 Foto: Estadão

Vista como fase de transição entre a infância e a vida adulta, a adolescência é alvo de muitos investimentos da sociedade, preocupada em preparar a nova geração. Mas o que significa "virar" um adolescente? Qual é o impacto de viver sob o signo da "transição"? Como viver sempre inacabado a esperar o momento no qual finalmente você pode ser?

Para o adolescente, esse processo não é uma "fase" ou "período" de transição. O futuro está muito distante para servir como referência. Desta maneira, a adolescência não é sentida como transição. Esta fase é a única vida que este jovem conhece.

continua após a publicidade

Ao longo da história, todas as sociedades criaram e cultivaram práticas culturais que ajudavam os seus indivíduos a organizar as fases da vida, estabelecendo marcos de referência. Nós conhecemos essas práticas como rituais. Os mais fáceis de observarmos como exemplos deste processo são os rituais religiosos, que marcam a formação de um indivíduo dentro de uma cosmologia específica.

A escola também é marcada por momentos simbólicos que organizam a temporalidade da vida do aluno. No Colégio Pentágono, este processo vital de condução do amadurecimento do jovem é sistematizado, principalmente, em duas frentes: no currículo de Formação Social e nos projetos de série que se encadeiamem uma sequência progressiva. O objetivo é apoiar esta transição do aluno e permitir a construção de um acervo de referências, de um patrimônio identitário.

Vejamos essa sucessão.

continua após a publicidade

No 6º ano, os alunos retomam a relação consigo mesmos a partir da perspectiva do patrimônio familiar, no Projeto Identidade. Ao longo do primeiro semestre, o aluno é estimulado por diversos procedimentos a revisitar a sua história e a de seus antepassados, reorganizando esse vínculo para poder se compreender de maneira mais profunda como parte de uma família. Esse elo é o mais importante, pois permite a estabilidade emocional necessária para o aluno expandir a sua identidade e compreender que, além de possuir um patrimônio familiar, é seu direito, também, um patrimônio social.

Assim, os próximos dois projetos ajudam a expandir a sua identidade para englobar as referências de sua sociedade. Ao longo do segundo semestre do 6º ano, no Projeto Água, Céu e Terra, e no 7º ano, no Projeto Historicidades, o patrimônio identitário do aluno acrescenta à sua riqueza as ideias de patrimônio cultural e natural. Conhecendo a região da nascente do Rio Tietê e as Cidades Históricas de Minas Gerais, os alunos vivenciam e ampliam a compreensão de sua sociedade, de seu país. Isso permite ampliar o conjunto de referências identitárias do aluno. Ele não é apenas membro de uma família que o ama, é também parte de um país com uma imensa riqueza cultural e material.

A retomada do trajeto se dará na criação de momentos nos quais o adolescente em formação poderá voltar para si mesmo e refletir. Esse é o objetivo do projeto do 8º ano, Identidade e transformação. Por meio das aulas das diferentes disciplinas, os temas difíceis e importantes da puberdade, como corpo, sociabilidade e respeito entre os diferentes, são abordados para ajudar o aluno a sedimentar os valores trabalhados ao longo dos outros projetos. O adolescente passa, então, a valorizar e a perceber que este conjunto de patrimônios lhe permite formar e fortalecer o seu patrimônio como indivíduo.

continua após a publicidade

No 9º ano, por meio da linguagem teatral e da retomada da história de São Paulo, os alunos do Colégio Pentágono transformam toda essa longa fase de transição em uma grande apresentação cultural. Une-se, neste momento tão delicado da transição do Ensino Fundamental para o Ensino Médio, o repertório de referências visitado nos quatro anos do Ensino Fundamental II. Assim, a apresentação do teatro para os familiares é o rito final desta transição, empoderando nossos novos jovens adultos como cidadãos de um mundo que nunca precisou tanto de indivíduos capazes de respeitar o seu patrimônio, ancorar-se no presente e seguir o futuro acadêmico no intrigante amanhã que se anuncia.

André Côrtes de Oliveira Coordenador do Ensino Fundamental II da unidade Perdizes do Colégio Pentágono

 Foto: Estadão

Vista como fase de transição entre a infância e a vida adulta, a adolescência é alvo de muitos investimentos da sociedade, preocupada em preparar a nova geração. Mas o que significa "virar" um adolescente? Qual é o impacto de viver sob o signo da "transição"? Como viver sempre inacabado a esperar o momento no qual finalmente você pode ser?

Para o adolescente, esse processo não é uma "fase" ou "período" de transição. O futuro está muito distante para servir como referência. Desta maneira, a adolescência não é sentida como transição. Esta fase é a única vida que este jovem conhece.

Ao longo da história, todas as sociedades criaram e cultivaram práticas culturais que ajudavam os seus indivíduos a organizar as fases da vida, estabelecendo marcos de referência. Nós conhecemos essas práticas como rituais. Os mais fáceis de observarmos como exemplos deste processo são os rituais religiosos, que marcam a formação de um indivíduo dentro de uma cosmologia específica.

A escola também é marcada por momentos simbólicos que organizam a temporalidade da vida do aluno. No Colégio Pentágono, este processo vital de condução do amadurecimento do jovem é sistematizado, principalmente, em duas frentes: no currículo de Formação Social e nos projetos de série que se encadeiamem uma sequência progressiva. O objetivo é apoiar esta transição do aluno e permitir a construção de um acervo de referências, de um patrimônio identitário.

Vejamos essa sucessão.

No 6º ano, os alunos retomam a relação consigo mesmos a partir da perspectiva do patrimônio familiar, no Projeto Identidade. Ao longo do primeiro semestre, o aluno é estimulado por diversos procedimentos a revisitar a sua história e a de seus antepassados, reorganizando esse vínculo para poder se compreender de maneira mais profunda como parte de uma família. Esse elo é o mais importante, pois permite a estabilidade emocional necessária para o aluno expandir a sua identidade e compreender que, além de possuir um patrimônio familiar, é seu direito, também, um patrimônio social.

Assim, os próximos dois projetos ajudam a expandir a sua identidade para englobar as referências de sua sociedade. Ao longo do segundo semestre do 6º ano, no Projeto Água, Céu e Terra, e no 7º ano, no Projeto Historicidades, o patrimônio identitário do aluno acrescenta à sua riqueza as ideias de patrimônio cultural e natural. Conhecendo a região da nascente do Rio Tietê e as Cidades Históricas de Minas Gerais, os alunos vivenciam e ampliam a compreensão de sua sociedade, de seu país. Isso permite ampliar o conjunto de referências identitárias do aluno. Ele não é apenas membro de uma família que o ama, é também parte de um país com uma imensa riqueza cultural e material.

A retomada do trajeto se dará na criação de momentos nos quais o adolescente em formação poderá voltar para si mesmo e refletir. Esse é o objetivo do projeto do 8º ano, Identidade e transformação. Por meio das aulas das diferentes disciplinas, os temas difíceis e importantes da puberdade, como corpo, sociabilidade e respeito entre os diferentes, são abordados para ajudar o aluno a sedimentar os valores trabalhados ao longo dos outros projetos. O adolescente passa, então, a valorizar e a perceber que este conjunto de patrimônios lhe permite formar e fortalecer o seu patrimônio como indivíduo.

No 9º ano, por meio da linguagem teatral e da retomada da história de São Paulo, os alunos do Colégio Pentágono transformam toda essa longa fase de transição em uma grande apresentação cultural. Une-se, neste momento tão delicado da transição do Ensino Fundamental para o Ensino Médio, o repertório de referências visitado nos quatro anos do Ensino Fundamental II. Assim, a apresentação do teatro para os familiares é o rito final desta transição, empoderando nossos novos jovens adultos como cidadãos de um mundo que nunca precisou tanto de indivíduos capazes de respeitar o seu patrimônio, ancorar-se no presente e seguir o futuro acadêmico no intrigante amanhã que se anuncia.

André Côrtes de Oliveira Coordenador do Ensino Fundamental II da unidade Perdizes do Colégio Pentágono

 Foto: Estadão

Vista como fase de transição entre a infância e a vida adulta, a adolescência é alvo de muitos investimentos da sociedade, preocupada em preparar a nova geração. Mas o que significa "virar" um adolescente? Qual é o impacto de viver sob o signo da "transição"? Como viver sempre inacabado a esperar o momento no qual finalmente você pode ser?

Para o adolescente, esse processo não é uma "fase" ou "período" de transição. O futuro está muito distante para servir como referência. Desta maneira, a adolescência não é sentida como transição. Esta fase é a única vida que este jovem conhece.

Ao longo da história, todas as sociedades criaram e cultivaram práticas culturais que ajudavam os seus indivíduos a organizar as fases da vida, estabelecendo marcos de referência. Nós conhecemos essas práticas como rituais. Os mais fáceis de observarmos como exemplos deste processo são os rituais religiosos, que marcam a formação de um indivíduo dentro de uma cosmologia específica.

A escola também é marcada por momentos simbólicos que organizam a temporalidade da vida do aluno. No Colégio Pentágono, este processo vital de condução do amadurecimento do jovem é sistematizado, principalmente, em duas frentes: no currículo de Formação Social e nos projetos de série que se encadeiamem uma sequência progressiva. O objetivo é apoiar esta transição do aluno e permitir a construção de um acervo de referências, de um patrimônio identitário.

Vejamos essa sucessão.

No 6º ano, os alunos retomam a relação consigo mesmos a partir da perspectiva do patrimônio familiar, no Projeto Identidade. Ao longo do primeiro semestre, o aluno é estimulado por diversos procedimentos a revisitar a sua história e a de seus antepassados, reorganizando esse vínculo para poder se compreender de maneira mais profunda como parte de uma família. Esse elo é o mais importante, pois permite a estabilidade emocional necessária para o aluno expandir a sua identidade e compreender que, além de possuir um patrimônio familiar, é seu direito, também, um patrimônio social.

Assim, os próximos dois projetos ajudam a expandir a sua identidade para englobar as referências de sua sociedade. Ao longo do segundo semestre do 6º ano, no Projeto Água, Céu e Terra, e no 7º ano, no Projeto Historicidades, o patrimônio identitário do aluno acrescenta à sua riqueza as ideias de patrimônio cultural e natural. Conhecendo a região da nascente do Rio Tietê e as Cidades Históricas de Minas Gerais, os alunos vivenciam e ampliam a compreensão de sua sociedade, de seu país. Isso permite ampliar o conjunto de referências identitárias do aluno. Ele não é apenas membro de uma família que o ama, é também parte de um país com uma imensa riqueza cultural e material.

A retomada do trajeto se dará na criação de momentos nos quais o adolescente em formação poderá voltar para si mesmo e refletir. Esse é o objetivo do projeto do 8º ano, Identidade e transformação. Por meio das aulas das diferentes disciplinas, os temas difíceis e importantes da puberdade, como corpo, sociabilidade e respeito entre os diferentes, são abordados para ajudar o aluno a sedimentar os valores trabalhados ao longo dos outros projetos. O adolescente passa, então, a valorizar e a perceber que este conjunto de patrimônios lhe permite formar e fortalecer o seu patrimônio como indivíduo.

No 9º ano, por meio da linguagem teatral e da retomada da história de São Paulo, os alunos do Colégio Pentágono transformam toda essa longa fase de transição em uma grande apresentação cultural. Une-se, neste momento tão delicado da transição do Ensino Fundamental para o Ensino Médio, o repertório de referências visitado nos quatro anos do Ensino Fundamental II. Assim, a apresentação do teatro para os familiares é o rito final desta transição, empoderando nossos novos jovens adultos como cidadãos de um mundo que nunca precisou tanto de indivíduos capazes de respeitar o seu patrimônio, ancorar-se no presente e seguir o futuro acadêmico no intrigante amanhã que se anuncia.

André Côrtes de Oliveira Coordenador do Ensino Fundamental II da unidade Perdizes do Colégio Pentágono

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.