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Opinião|Tiradentes foi um herói? Entenda as novas interpretações sobre a figura no ensino atual


Por assessoriaimprensa

A coordenadora de História do Colégio Rio Branco, Mirtes Timpanaro, explica aspectos controversos dessa mudança de perspectiva e como as escolas podem trabalhar novas abordagens

No dia 21 de abril, é comemorado o feriado nacional de Tiradentes - homenageando Joaquim José da Silva Xavier, na data de sua morte. O líder da Inconfidência Mineira entrou para a história do Brasil, e hoje é nome de cidade, de rua, de praças e de metrô, além de estampar a nossa moeda de 5 centavos. O estudo dessa figura não poderia ficar de fora das escolas, mas, nos últimos anos, o enfoque utilizado tem sido reavaliado. 

Até a década de 1970, Tiradentes era visto, inclusive nas salas de aula, como um grande símbolo de valor, um herói. Com novas pesquisas aprofundadas sobre o tema, aplica-se uma visão mais científica e objetiva sobre o movimento histórico como um todo. "A gente desmistifica sem destruir a figura, entendendo a importância dela, o seu contexto e o que realizou, mas sem colocá-la como um mito", explica Mirtes Timpanaro, coordenadora de História do Colégio Rio Branco.

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Inconfidência Mineira

De origem humilde, Tiradentes foi um alferes insatisfeito por não ter sido promovido de posto e era mais um dos mineiros indignados com as condições coloniais. Assim, ele passou a integrar reuniões secretas promovidas pela descontente elite mineradora - movimento chamado, pelos portugueses que se sentiram traídos, de Inconfidência Mineira. O motim, previsto para fevereiro de 1789, não chegou a se concretizar, pois o grupo foi denunciado antes, por Joaquim Silvério dos Reis. 

"Após a delação, a Coroa portuguesa prende todos os envolvidos, incluindo Tiradentes, que passam por um julgamento de três anos. Somente o alferes teve sua sentença mantida, sendo enforcado e, em seguida, decapitado. O corpo foi esquartejado e cada parte colocada em diferentes trechos do Caminho Novo, para os súditos da Coroa nunca esquecerem a lição", explicita Timpanaro.

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A construção - e desconstrução - de um mito

Depois da Proclamação da República, em 1889, Tiradentes passou a ser usado como símbolo da luta pela liberdade no Brasil. Para construir uma ideia de nação, era necessário promover ídolos, ou ícones populares. "Buscou-se um personagem branco, de uma 'camada social não duvidosa', para integrar o panteão dos heróis brasileiros", explica a coordenadora. Na Ditadura Militar, época em que o feriado foi inaugurado, o mineiro também foi usado como representante do país.

Com as Diretas Já, movimento que buscou retomar as eleições, pesquisadores iniciaram o processo de desconstruir a imagem de herói nacional. Revisaram documentos que traziam aspectos excluídos em fontes anteriores e, então, alcançaram uma visão menos mistificada. Como historiadora, Mirtes Timpanaro afirma: "Eu vejo o Tiradentes como uma pessoa comum que apostou em uma saída violenta. Não deu certo, pagou com a vida e será eternamente revisitado e relido. Ele nunca quis ser um símbolo de nada".

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Em sala de aula

Ressaltando a pluralidade brasileira e o múltiplo acontecimento de movimentos que buscavam liberdade, muitas instituições de ensino, como o Colégio Rio Branco, trabalham a Inconfidência Mineira junto com a Conjuração Baiana, por exemplo. Com esse estudo, os alunos podem ter uma visão mais completa da trajetória nacional, sem inferiorizar a atuação na Bahia, que, por ser protagonizada, majoritariamente, por pretos e ex-escravizados, foi minimizada por muitos anos. 

"A criação de heróis faz parte da história dos países e das nações. O berço desses mitos não é só o Brasil, todos os países constroem seus protagonistas históricos. Na sala de aula, tentamos demonstrar que, muitas vezes, os heróis são figuras silenciosas, eles são os anônimos que modificam a vida das pessoas, sem notoriedade. Essas pessoas são mais heróis do que qualquer criação nacional", completa a coordenadora.

A coordenadora de História do Colégio Rio Branco, Mirtes Timpanaro, explica aspectos controversos dessa mudança de perspectiva e como as escolas podem trabalhar novas abordagens

No dia 21 de abril, é comemorado o feriado nacional de Tiradentes - homenageando Joaquim José da Silva Xavier, na data de sua morte. O líder da Inconfidência Mineira entrou para a história do Brasil, e hoje é nome de cidade, de rua, de praças e de metrô, além de estampar a nossa moeda de 5 centavos. O estudo dessa figura não poderia ficar de fora das escolas, mas, nos últimos anos, o enfoque utilizado tem sido reavaliado. 

Até a década de 1970, Tiradentes era visto, inclusive nas salas de aula, como um grande símbolo de valor, um herói. Com novas pesquisas aprofundadas sobre o tema, aplica-se uma visão mais científica e objetiva sobre o movimento histórico como um todo. "A gente desmistifica sem destruir a figura, entendendo a importância dela, o seu contexto e o que realizou, mas sem colocá-la como um mito", explica Mirtes Timpanaro, coordenadora de História do Colégio Rio Branco.

Inconfidência Mineira

De origem humilde, Tiradentes foi um alferes insatisfeito por não ter sido promovido de posto e era mais um dos mineiros indignados com as condições coloniais. Assim, ele passou a integrar reuniões secretas promovidas pela descontente elite mineradora - movimento chamado, pelos portugueses que se sentiram traídos, de Inconfidência Mineira. O motim, previsto para fevereiro de 1789, não chegou a se concretizar, pois o grupo foi denunciado antes, por Joaquim Silvério dos Reis. 

"Após a delação, a Coroa portuguesa prende todos os envolvidos, incluindo Tiradentes, que passam por um julgamento de três anos. Somente o alferes teve sua sentença mantida, sendo enforcado e, em seguida, decapitado. O corpo foi esquartejado e cada parte colocada em diferentes trechos do Caminho Novo, para os súditos da Coroa nunca esquecerem a lição", explicita Timpanaro.

A construção - e desconstrução - de um mito

Depois da Proclamação da República, em 1889, Tiradentes passou a ser usado como símbolo da luta pela liberdade no Brasil. Para construir uma ideia de nação, era necessário promover ídolos, ou ícones populares. "Buscou-se um personagem branco, de uma 'camada social não duvidosa', para integrar o panteão dos heróis brasileiros", explica a coordenadora. Na Ditadura Militar, época em que o feriado foi inaugurado, o mineiro também foi usado como representante do país.

Com as Diretas Já, movimento que buscou retomar as eleições, pesquisadores iniciaram o processo de desconstruir a imagem de herói nacional. Revisaram documentos que traziam aspectos excluídos em fontes anteriores e, então, alcançaram uma visão menos mistificada. Como historiadora, Mirtes Timpanaro afirma: "Eu vejo o Tiradentes como uma pessoa comum que apostou em uma saída violenta. Não deu certo, pagou com a vida e será eternamente revisitado e relido. Ele nunca quis ser um símbolo de nada".

Em sala de aula

Ressaltando a pluralidade brasileira e o múltiplo acontecimento de movimentos que buscavam liberdade, muitas instituições de ensino, como o Colégio Rio Branco, trabalham a Inconfidência Mineira junto com a Conjuração Baiana, por exemplo. Com esse estudo, os alunos podem ter uma visão mais completa da trajetória nacional, sem inferiorizar a atuação na Bahia, que, por ser protagonizada, majoritariamente, por pretos e ex-escravizados, foi minimizada por muitos anos. 

"A criação de heróis faz parte da história dos países e das nações. O berço desses mitos não é só o Brasil, todos os países constroem seus protagonistas históricos. Na sala de aula, tentamos demonstrar que, muitas vezes, os heróis são figuras silenciosas, eles são os anônimos que modificam a vida das pessoas, sem notoriedade. Essas pessoas são mais heróis do que qualquer criação nacional", completa a coordenadora.

A coordenadora de História do Colégio Rio Branco, Mirtes Timpanaro, explica aspectos controversos dessa mudança de perspectiva e como as escolas podem trabalhar novas abordagens

No dia 21 de abril, é comemorado o feriado nacional de Tiradentes - homenageando Joaquim José da Silva Xavier, na data de sua morte. O líder da Inconfidência Mineira entrou para a história do Brasil, e hoje é nome de cidade, de rua, de praças e de metrô, além de estampar a nossa moeda de 5 centavos. O estudo dessa figura não poderia ficar de fora das escolas, mas, nos últimos anos, o enfoque utilizado tem sido reavaliado. 

Até a década de 1970, Tiradentes era visto, inclusive nas salas de aula, como um grande símbolo de valor, um herói. Com novas pesquisas aprofundadas sobre o tema, aplica-se uma visão mais científica e objetiva sobre o movimento histórico como um todo. "A gente desmistifica sem destruir a figura, entendendo a importância dela, o seu contexto e o que realizou, mas sem colocá-la como um mito", explica Mirtes Timpanaro, coordenadora de História do Colégio Rio Branco.

Inconfidência Mineira

De origem humilde, Tiradentes foi um alferes insatisfeito por não ter sido promovido de posto e era mais um dos mineiros indignados com as condições coloniais. Assim, ele passou a integrar reuniões secretas promovidas pela descontente elite mineradora - movimento chamado, pelos portugueses que se sentiram traídos, de Inconfidência Mineira. O motim, previsto para fevereiro de 1789, não chegou a se concretizar, pois o grupo foi denunciado antes, por Joaquim Silvério dos Reis. 

"Após a delação, a Coroa portuguesa prende todos os envolvidos, incluindo Tiradentes, que passam por um julgamento de três anos. Somente o alferes teve sua sentença mantida, sendo enforcado e, em seguida, decapitado. O corpo foi esquartejado e cada parte colocada em diferentes trechos do Caminho Novo, para os súditos da Coroa nunca esquecerem a lição", explicita Timpanaro.

A construção - e desconstrução - de um mito

Depois da Proclamação da República, em 1889, Tiradentes passou a ser usado como símbolo da luta pela liberdade no Brasil. Para construir uma ideia de nação, era necessário promover ídolos, ou ícones populares. "Buscou-se um personagem branco, de uma 'camada social não duvidosa', para integrar o panteão dos heróis brasileiros", explica a coordenadora. Na Ditadura Militar, época em que o feriado foi inaugurado, o mineiro também foi usado como representante do país.

Com as Diretas Já, movimento que buscou retomar as eleições, pesquisadores iniciaram o processo de desconstruir a imagem de herói nacional. Revisaram documentos que traziam aspectos excluídos em fontes anteriores e, então, alcançaram uma visão menos mistificada. Como historiadora, Mirtes Timpanaro afirma: "Eu vejo o Tiradentes como uma pessoa comum que apostou em uma saída violenta. Não deu certo, pagou com a vida e será eternamente revisitado e relido. Ele nunca quis ser um símbolo de nada".

Em sala de aula

Ressaltando a pluralidade brasileira e o múltiplo acontecimento de movimentos que buscavam liberdade, muitas instituições de ensino, como o Colégio Rio Branco, trabalham a Inconfidência Mineira junto com a Conjuração Baiana, por exemplo. Com esse estudo, os alunos podem ter uma visão mais completa da trajetória nacional, sem inferiorizar a atuação na Bahia, que, por ser protagonizada, majoritariamente, por pretos e ex-escravizados, foi minimizada por muitos anos. 

"A criação de heróis faz parte da história dos países e das nações. O berço desses mitos não é só o Brasil, todos os países constroem seus protagonistas históricos. Na sala de aula, tentamos demonstrar que, muitas vezes, os heróis são figuras silenciosas, eles são os anônimos que modificam a vida das pessoas, sem notoriedade. Essas pessoas são mais heróis do que qualquer criação nacional", completa a coordenadora.

A coordenadora de História do Colégio Rio Branco, Mirtes Timpanaro, explica aspectos controversos dessa mudança de perspectiva e como as escolas podem trabalhar novas abordagens

No dia 21 de abril, é comemorado o feriado nacional de Tiradentes - homenageando Joaquim José da Silva Xavier, na data de sua morte. O líder da Inconfidência Mineira entrou para a história do Brasil, e hoje é nome de cidade, de rua, de praças e de metrô, além de estampar a nossa moeda de 5 centavos. O estudo dessa figura não poderia ficar de fora das escolas, mas, nos últimos anos, o enfoque utilizado tem sido reavaliado. 

Até a década de 1970, Tiradentes era visto, inclusive nas salas de aula, como um grande símbolo de valor, um herói. Com novas pesquisas aprofundadas sobre o tema, aplica-se uma visão mais científica e objetiva sobre o movimento histórico como um todo. "A gente desmistifica sem destruir a figura, entendendo a importância dela, o seu contexto e o que realizou, mas sem colocá-la como um mito", explica Mirtes Timpanaro, coordenadora de História do Colégio Rio Branco.

Inconfidência Mineira

De origem humilde, Tiradentes foi um alferes insatisfeito por não ter sido promovido de posto e era mais um dos mineiros indignados com as condições coloniais. Assim, ele passou a integrar reuniões secretas promovidas pela descontente elite mineradora - movimento chamado, pelos portugueses que se sentiram traídos, de Inconfidência Mineira. O motim, previsto para fevereiro de 1789, não chegou a se concretizar, pois o grupo foi denunciado antes, por Joaquim Silvério dos Reis. 

"Após a delação, a Coroa portuguesa prende todos os envolvidos, incluindo Tiradentes, que passam por um julgamento de três anos. Somente o alferes teve sua sentença mantida, sendo enforcado e, em seguida, decapitado. O corpo foi esquartejado e cada parte colocada em diferentes trechos do Caminho Novo, para os súditos da Coroa nunca esquecerem a lição", explicita Timpanaro.

A construção - e desconstrução - de um mito

Depois da Proclamação da República, em 1889, Tiradentes passou a ser usado como símbolo da luta pela liberdade no Brasil. Para construir uma ideia de nação, era necessário promover ídolos, ou ícones populares. "Buscou-se um personagem branco, de uma 'camada social não duvidosa', para integrar o panteão dos heróis brasileiros", explica a coordenadora. Na Ditadura Militar, época em que o feriado foi inaugurado, o mineiro também foi usado como representante do país.

Com as Diretas Já, movimento que buscou retomar as eleições, pesquisadores iniciaram o processo de desconstruir a imagem de herói nacional. Revisaram documentos que traziam aspectos excluídos em fontes anteriores e, então, alcançaram uma visão menos mistificada. Como historiadora, Mirtes Timpanaro afirma: "Eu vejo o Tiradentes como uma pessoa comum que apostou em uma saída violenta. Não deu certo, pagou com a vida e será eternamente revisitado e relido. Ele nunca quis ser um símbolo de nada".

Em sala de aula

Ressaltando a pluralidade brasileira e o múltiplo acontecimento de movimentos que buscavam liberdade, muitas instituições de ensino, como o Colégio Rio Branco, trabalham a Inconfidência Mineira junto com a Conjuração Baiana, por exemplo. Com esse estudo, os alunos podem ter uma visão mais completa da trajetória nacional, sem inferiorizar a atuação na Bahia, que, por ser protagonizada, majoritariamente, por pretos e ex-escravizados, foi minimizada por muitos anos. 

"A criação de heróis faz parte da história dos países e das nações. O berço desses mitos não é só o Brasil, todos os países constroem seus protagonistas históricos. Na sala de aula, tentamos demonstrar que, muitas vezes, os heróis são figuras silenciosas, eles são os anônimos que modificam a vida das pessoas, sem notoriedade. Essas pessoas são mais heróis do que qualquer criação nacional", completa a coordenadora.

A coordenadora de História do Colégio Rio Branco, Mirtes Timpanaro, explica aspectos controversos dessa mudança de perspectiva e como as escolas podem trabalhar novas abordagens

No dia 21 de abril, é comemorado o feriado nacional de Tiradentes - homenageando Joaquim José da Silva Xavier, na data de sua morte. O líder da Inconfidência Mineira entrou para a história do Brasil, e hoje é nome de cidade, de rua, de praças e de metrô, além de estampar a nossa moeda de 5 centavos. O estudo dessa figura não poderia ficar de fora das escolas, mas, nos últimos anos, o enfoque utilizado tem sido reavaliado. 

Até a década de 1970, Tiradentes era visto, inclusive nas salas de aula, como um grande símbolo de valor, um herói. Com novas pesquisas aprofundadas sobre o tema, aplica-se uma visão mais científica e objetiva sobre o movimento histórico como um todo. "A gente desmistifica sem destruir a figura, entendendo a importância dela, o seu contexto e o que realizou, mas sem colocá-la como um mito", explica Mirtes Timpanaro, coordenadora de História do Colégio Rio Branco.

Inconfidência Mineira

De origem humilde, Tiradentes foi um alferes insatisfeito por não ter sido promovido de posto e era mais um dos mineiros indignados com as condições coloniais. Assim, ele passou a integrar reuniões secretas promovidas pela descontente elite mineradora - movimento chamado, pelos portugueses que se sentiram traídos, de Inconfidência Mineira. O motim, previsto para fevereiro de 1789, não chegou a se concretizar, pois o grupo foi denunciado antes, por Joaquim Silvério dos Reis. 

"Após a delação, a Coroa portuguesa prende todos os envolvidos, incluindo Tiradentes, que passam por um julgamento de três anos. Somente o alferes teve sua sentença mantida, sendo enforcado e, em seguida, decapitado. O corpo foi esquartejado e cada parte colocada em diferentes trechos do Caminho Novo, para os súditos da Coroa nunca esquecerem a lição", explicita Timpanaro.

A construção - e desconstrução - de um mito

Depois da Proclamação da República, em 1889, Tiradentes passou a ser usado como símbolo da luta pela liberdade no Brasil. Para construir uma ideia de nação, era necessário promover ídolos, ou ícones populares. "Buscou-se um personagem branco, de uma 'camada social não duvidosa', para integrar o panteão dos heróis brasileiros", explica a coordenadora. Na Ditadura Militar, época em que o feriado foi inaugurado, o mineiro também foi usado como representante do país.

Com as Diretas Já, movimento que buscou retomar as eleições, pesquisadores iniciaram o processo de desconstruir a imagem de herói nacional. Revisaram documentos que traziam aspectos excluídos em fontes anteriores e, então, alcançaram uma visão menos mistificada. Como historiadora, Mirtes Timpanaro afirma: "Eu vejo o Tiradentes como uma pessoa comum que apostou em uma saída violenta. Não deu certo, pagou com a vida e será eternamente revisitado e relido. Ele nunca quis ser um símbolo de nada".

Em sala de aula

Ressaltando a pluralidade brasileira e o múltiplo acontecimento de movimentos que buscavam liberdade, muitas instituições de ensino, como o Colégio Rio Branco, trabalham a Inconfidência Mineira junto com a Conjuração Baiana, por exemplo. Com esse estudo, os alunos podem ter uma visão mais completa da trajetória nacional, sem inferiorizar a atuação na Bahia, que, por ser protagonizada, majoritariamente, por pretos e ex-escravizados, foi minimizada por muitos anos. 

"A criação de heróis faz parte da história dos países e das nações. O berço desses mitos não é só o Brasil, todos os países constroem seus protagonistas históricos. Na sala de aula, tentamos demonstrar que, muitas vezes, os heróis são figuras silenciosas, eles são os anônimos que modificam a vida das pessoas, sem notoriedade. Essas pessoas são mais heróis do que qualquer criação nacional", completa a coordenadora.

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