Diretor da PUC-SP diz que casos de intolerância em jogos universitários são frequentes: ‘Todo ano’


Universidade apura o caso internamente e prevê resposta em 40 dias; professor propõe código de ética para frear intolerância em eventos do tipo. Defesas de alunos não foram localizadas

Por Caio Possati
Atualização:

A Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) começou a investigar internamente o caso de racismo e aporofobia (aversão ou hostilidade a pessoas pobres) cometido durante os Jogos Jurídicos Estaduais, no fim de semana, em Americana, interior de São Paulo.

Estudantes da PUC-SP foram filmados gritando as palavras “cotistas” e “pobres” em direção a alunos da Universidade de São Paulo (USP), durante uma partida de handebol. Ao menos três pessoas foram previamente identificadas, e duas delas chegaram a ser desligadas dos respectivos estágios. O Estadão não conseguiu localizar as defesas dos alunos.

Dois dos alunos da PUC que emitiram as ofensas foram identificados e demitidos dos escritórios onde estagiavam. Foto: reprodução/Redes Sociais
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“A gente vai fazer avaliação do ponto de vista educacional para buscar quais são as medidas punitivas no âmbito da instituição”, disse ao Estadão o diretor da faculdade de Direito da PUC-SP, Vidal Serrano Nunes Júnior, que não descarta a possibilidade de expulsão dos estudantes.

Para ele, o problema não se restringe apenas à PUC-SP, mas considera que reclamações de agressões e intolerância são recorrentes em outros jogos universitários. “Todo ano tem: em Medicina, Engenharia, Direito. Tem sempre algum problema envolvido”, diz.

Por esse motivo, ele acredita que o episódio de Americana não pode ficar restrito somente a punição, mas reforça a necessidade de a universidade propor um Código de Ética que possa ser compartilhado e respeitado por todos que participam desses eventos universitários.

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“O problema não é um problema da PUC-SP, (acontece em) todos os jogos universitários. São recorrentes as reclamações de agressões e a gente pode contribuir propondo às universidades uma espécie de código de ética”, diz.

Abertura de comissão para fazer investigação interna

Na segunda-feira, 18, a universidade formou uma comissão sindicante com três professores para apurar o episódio. Até o momento, ninguém foi punido pela PUC-SP. Os alunos já estão de férias e só está frequentando o espaço acadêmico quem ainda precisa fazer provas substitutivas e exames.

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Nunes Júnior é cauteloso quanto ao futuro de cada estudante, e prefere aguardar as investigações. Mas reconhece que a conduta dos alunos pode ter ultrapassado o limite dos regimentos internos da instituição.

“A PUC-SP abraça a questão do pluralismo, humanismo, que são nossos princípios cardeais. Isso faz com que a conduta deles tenha eventualmente violado o nosso estatuto”, comentou.

A comissão é formada por três professores e tem previsão para apresentar resultado em 40 dias. A ideia é ouvir os envolvidos, testemunhas e até as vítimas, que também serão convidadas a depor. Todos os envolvidos terão ampla defesa, garante a universidade.

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“A comissão sindicante vai fazer uma apuração, ver a extensão do fato, garantir a ampla defesa aos alunos investigados e depois vai propor à reitoria uma punição”, disse o docente. “As punições podem variar de uma advertência até expulsão”.

A possibilidade de identificar mais agressores não está descartada. “Pelas imagens. parece que tem mais pessoas falando. Dá a impressão que tem mais gente, mas não é certeza ainda”, afirmou Nunes Júnior.

As primeiras convocações formais deverão ser feitas a partir da semana que vem e, até esta terça-feira, 19, ninguém havia procurado a diretoria para prestar esclarecimento ou, eventualmente, apresentar outra versão do episódio, segundo o diretor.

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A Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) começou a investigar internamente o caso de racismo e aporofobia (aversão ou hostilidade a pessoas pobres) cometido durante os Jogos Jurídicos Estaduais, no fim de semana, em Americana, interior de São Paulo.

Estudantes da PUC-SP foram filmados gritando as palavras “cotistas” e “pobres” em direção a alunos da Universidade de São Paulo (USP), durante uma partida de handebol. Ao menos três pessoas foram previamente identificadas, e duas delas chegaram a ser desligadas dos respectivos estágios. O Estadão não conseguiu localizar as defesas dos alunos.

Dois dos alunos da PUC que emitiram as ofensas foram identificados e demitidos dos escritórios onde estagiavam. Foto: reprodução/Redes Sociais

“A gente vai fazer avaliação do ponto de vista educacional para buscar quais são as medidas punitivas no âmbito da instituição”, disse ao Estadão o diretor da faculdade de Direito da PUC-SP, Vidal Serrano Nunes Júnior, que não descarta a possibilidade de expulsão dos estudantes.

Para ele, o problema não se restringe apenas à PUC-SP, mas considera que reclamações de agressões e intolerância são recorrentes em outros jogos universitários. “Todo ano tem: em Medicina, Engenharia, Direito. Tem sempre algum problema envolvido”, diz.

Por esse motivo, ele acredita que o episódio de Americana não pode ficar restrito somente a punição, mas reforça a necessidade de a universidade propor um Código de Ética que possa ser compartilhado e respeitado por todos que participam desses eventos universitários.

“O problema não é um problema da PUC-SP, (acontece em) todos os jogos universitários. São recorrentes as reclamações de agressões e a gente pode contribuir propondo às universidades uma espécie de código de ética”, diz.

Abertura de comissão para fazer investigação interna

Na segunda-feira, 18, a universidade formou uma comissão sindicante com três professores para apurar o episódio. Até o momento, ninguém foi punido pela PUC-SP. Os alunos já estão de férias e só está frequentando o espaço acadêmico quem ainda precisa fazer provas substitutivas e exames.

Nunes Júnior é cauteloso quanto ao futuro de cada estudante, e prefere aguardar as investigações. Mas reconhece que a conduta dos alunos pode ter ultrapassado o limite dos regimentos internos da instituição.

“A PUC-SP abraça a questão do pluralismo, humanismo, que são nossos princípios cardeais. Isso faz com que a conduta deles tenha eventualmente violado o nosso estatuto”, comentou.

A comissão é formada por três professores e tem previsão para apresentar resultado em 40 dias. A ideia é ouvir os envolvidos, testemunhas e até as vítimas, que também serão convidadas a depor. Todos os envolvidos terão ampla defesa, garante a universidade.

“A comissão sindicante vai fazer uma apuração, ver a extensão do fato, garantir a ampla defesa aos alunos investigados e depois vai propor à reitoria uma punição”, disse o docente. “As punições podem variar de uma advertência até expulsão”.

A possibilidade de identificar mais agressores não está descartada. “Pelas imagens. parece que tem mais pessoas falando. Dá a impressão que tem mais gente, mas não é certeza ainda”, afirmou Nunes Júnior.

As primeiras convocações formais deverão ser feitas a partir da semana que vem e, até esta terça-feira, 19, ninguém havia procurado a diretoria para prestar esclarecimento ou, eventualmente, apresentar outra versão do episódio, segundo o diretor.

A Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) começou a investigar internamente o caso de racismo e aporofobia (aversão ou hostilidade a pessoas pobres) cometido durante os Jogos Jurídicos Estaduais, no fim de semana, em Americana, interior de São Paulo.

Estudantes da PUC-SP foram filmados gritando as palavras “cotistas” e “pobres” em direção a alunos da Universidade de São Paulo (USP), durante uma partida de handebol. Ao menos três pessoas foram previamente identificadas, e duas delas chegaram a ser desligadas dos respectivos estágios. O Estadão não conseguiu localizar as defesas dos alunos.

Dois dos alunos da PUC que emitiram as ofensas foram identificados e demitidos dos escritórios onde estagiavam. Foto: reprodução/Redes Sociais

“A gente vai fazer avaliação do ponto de vista educacional para buscar quais são as medidas punitivas no âmbito da instituição”, disse ao Estadão o diretor da faculdade de Direito da PUC-SP, Vidal Serrano Nunes Júnior, que não descarta a possibilidade de expulsão dos estudantes.

Para ele, o problema não se restringe apenas à PUC-SP, mas considera que reclamações de agressões e intolerância são recorrentes em outros jogos universitários. “Todo ano tem: em Medicina, Engenharia, Direito. Tem sempre algum problema envolvido”, diz.

Por esse motivo, ele acredita que o episódio de Americana não pode ficar restrito somente a punição, mas reforça a necessidade de a universidade propor um Código de Ética que possa ser compartilhado e respeitado por todos que participam desses eventos universitários.

“O problema não é um problema da PUC-SP, (acontece em) todos os jogos universitários. São recorrentes as reclamações de agressões e a gente pode contribuir propondo às universidades uma espécie de código de ética”, diz.

Abertura de comissão para fazer investigação interna

Na segunda-feira, 18, a universidade formou uma comissão sindicante com três professores para apurar o episódio. Até o momento, ninguém foi punido pela PUC-SP. Os alunos já estão de férias e só está frequentando o espaço acadêmico quem ainda precisa fazer provas substitutivas e exames.

Nunes Júnior é cauteloso quanto ao futuro de cada estudante, e prefere aguardar as investigações. Mas reconhece que a conduta dos alunos pode ter ultrapassado o limite dos regimentos internos da instituição.

“A PUC-SP abraça a questão do pluralismo, humanismo, que são nossos princípios cardeais. Isso faz com que a conduta deles tenha eventualmente violado o nosso estatuto”, comentou.

A comissão é formada por três professores e tem previsão para apresentar resultado em 40 dias. A ideia é ouvir os envolvidos, testemunhas e até as vítimas, que também serão convidadas a depor. Todos os envolvidos terão ampla defesa, garante a universidade.

“A comissão sindicante vai fazer uma apuração, ver a extensão do fato, garantir a ampla defesa aos alunos investigados e depois vai propor à reitoria uma punição”, disse o docente. “As punições podem variar de uma advertência até expulsão”.

A possibilidade de identificar mais agressores não está descartada. “Pelas imagens. parece que tem mais pessoas falando. Dá a impressão que tem mais gente, mas não é certeza ainda”, afirmou Nunes Júnior.

As primeiras convocações formais deverão ser feitas a partir da semana que vem e, até esta terça-feira, 19, ninguém havia procurado a diretoria para prestar esclarecimento ou, eventualmente, apresentar outra versão do episódio, segundo o diretor.

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